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APOSTILA DE PARASITOLOGIA

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Fonte: http://www.invivo.fiocruz.br/media/anunciojeca.jpg
Parasitismo: definição e classificação
O parasitismo é uma associação entre duas espécies diferentes onde uma (parasita) vive às custas
de uma outra (hospedeiro).
- Quanto ao tamanho (número de células): podem ser classificados em microparasitas
(unicelulares) e macroparasitas (pluricelulares). Dá-se o nome generalizado de infecção, quando
parasitas unicelulares se instalam no hospedeiro e de infestação quando os pluricelulares se
instalam.
- Quanto à localização no hospedeiro: podem ser classificados em ectoparasitas e endoparasitas.
Os ectoparasitas se localizam externamente aos tegumentos do hospedeiro e os endoparasitas se
localizam no interior do hospedeiro.
São exemplos de ectoparasitas: pulgas, carrapatos, sanguessugas entre muitos outros.
São exemplos de endoparasitas: vírus, bactérias, protozoários em geral.
- Quanto à capacidade de adaptação dos parasitas aos seus hospedeiros: podem ser classificados
em euríxenos e estenóxenos.
Os euríxenos apresentam grande amplitude adaptativa a diversos hospedeiros. O conhecido
Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas, parasita do homem, do cão, do gambá e do
tatu.
Os estenóxenos apresentam especificidade, ou seja, parasitam sempre o mesmo hospedeiro.
- Quanto ao número de hospedeiros: podem ser classificados em monogenéticos e digenéticos.
. Os monogenéticos passam todo o seu ciclo vital parasitando um único hospedeiro. Como
exemplo, podemos apontar o oxiúro (Enterobius vermicularis). Os digenéticos conseguem
completar seu ciclo vital somente ao passar por, pelo menos, dois parasitas. Como exemplo, as
Taenia (ou solitárias).
- Quanto à necessidade de realização do parasitismo: podem ser classificados em obrigatórios e
facultativos.
. Os obrigatórios encontram no parasitismo o único meio de sobrevivência, não conseguindo
nutrir-se de outra maneira. A esmagadora maioria dos parasitas são obrigatórios.
. Os facultativos encontram no parasitismo, o principal mas não único meio de sobrevivência. Um
curioso exemplo é encontrado nas orquídeas, sabidamente vegetais classificados como epífitas,
mas que, havendo necessidade, lançam suas raízes e retiram seiva elaborada do vegetal onde está
apoiada.
Parasitismo: definições importantes
PARASITO – HOSPEDEIRO – VETOR – AMBIENTE
. Parasito: organismo (protozoário, asquelminto, platelminto ou artrópodo) que vive às custas de
outro (hospedeiro), normalmete causando-lhe males à saúde. É o agente etiológico da doença.
. Hospedeiro: indivíudo onde se “aloja” um parasito. O hospedeiro definitive é aquele que abriga o
parasite na forma adulta ou na fasev da reprodução sexuada. Hospedeiro intermediário é aquele
que abriga o parasite na fase larvária ou assexuada.
. Reservatório natural: hospedeiros naturais que se tornam uma fonte de infecção para a o ser
humano (forma humana da parasitose). O parasite permanence “viável” sem causar a doença.
. Vetor: são os transmissores “mecânicos” do parasito.
. Portador: é o indivíduo susceptível a um patóhgeno; manifesta a parasitose em maior grau (sin
tomático) ou menor grau (assintomáco).
. Ambiente: é o hospedeiro; esse constui-se o ambiente do parasito. O parasite precise se instalar
no hospedeiro para sobreviver. “
Doença de Chagas - Trypanosoma cruzi
Generalidades
- Também conhecida como Mal de Chagas, Chaguismo ou Tripanossomíase Americana.
- Infecção causada por insetos hemípteros (barbeiros), dos gêneros Triatoma, Rhodnius e
Panstrongylus.
- Enfermidade descoberta em 1909 pelo Médico Carlos Chagas.
- O nome do protozoário Trypanosoma cruzi é uma homenagem ao Epidemiologista Oswaldo Cruz.
Ciclo de Vida do Parasito
- Um inseto infectado suga o sangue de um hospedeiro e deposita fezes infectadas com
tripomastigotos perto da picada; ao se coçar, o hospedeiro leva o tripomastigoto para a ferida ou
para alguma mucosa (olho, nariz ou boca).
- Dentro do organismo do hospedeiro (definitivo), os tripomastigotos invadem células de diversos
tipos, onde se transformam em amastigotos; esses se dividem por fissão binária podendo atingir
500 indivíduos por célula; a célula incha e rebenta. Os amastigotos transformam-se em
tripomastigotos que são liberados na circulação sangüínea, onde vão infectar novas células e
assim por diante.
- Um novo inseto transmissor pica indivíduos enfermos, sugando tripamastigotos que estão na
corrente sangüínea. Tripamastigotos transformam-se em epimastigotos dentro do intestino do
inseto, multiplicam-se e alguns desses epimastigotos, transformam-se em tripomastigotos
novamente; são expulsos com as fezes quando o inseto pica um outro indivíduo.
- O período necessário para o parasita se multiplicar e ser em número suficiente para a picada ser
infecciosa é de aproximadamente 6 dias.
Ciclo de vida de Trypanosoma cruzi
Fonte:http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a9/Chagas_ciclo_de_doen%C3%A7a.JPG
Trypanosoma cruzi – amastigotos
Fonte: http://www.arikah.net/enciclopedia-portuguese/Doen%C3%A7a_de_Chagas
Trypanosoma cruzi na corrente sanguínea visto ao M.E.
Fonte: http://www.ioc.fiocruz.br/pages/informerede/corpo/noticia/2006/fevereiro/img/chagas_2.jpg
Transmissão
- A infecção de um novo hospedeiro pode ocorrer por transfusão de sangue, por transplante de
órgãos ou por via placentária.
- Em 2005, apareceu no Brasil uma forma nova de infecção, por via oral, quando algumas pessoas
ingeriram caldo-de-cana; certamente a cana foi moída juntamente com barbeiros parasitados.
Manifestações Clínicas
- Apresenta uma fase aguda (curta duração); em alguns casos há progressão para uma fase
crônica.
- Fase aguda:
. geralmente assintomática; após a picada, a incubação dura de 1 semana a 1 mês; no local da
picada pode se desenvolver o chagoma.
. outros possíveis sintomas são febre, linfadenopatia, anorexia, hepatoesplenomegalia, miocardite
branda e mais raramente meningoencefalite.
- Fase crônica:
Forma indeterminada:
. O paciente permanece assintomático por 10 a 20 anos; nesse período, o parasita se reproduz, de
forma lenta, causando danos irreversíveis por exemplo o coração e ao sistema nervoso; apesar de
afetado, o fígado pode regenerar-se.
Forma determinada:
. após 10 a 30 anos, aparecem: demência (3%), cardiomiopatia (30%), dilatação do trato
digestório (6%);
. no cérebro, podem aparecer granulomas;
. a enfermidade não tem cura, mas a vida do paciente, com tratamento adequado, pode ser
prolongada;
. pode ocorrer a morte súbita em ambos os casos e (infecção aguda e caso crônico) pela
destruição do sistema condutor de batimentos cardíacos, ou danos cerebrais críticos
Diagnóstico
- Microscópio: na fase aguda, após cerca de 2 semanas da picada, busca-se o parasito no sangue.
- Xenodiagnóstico: utiliza-se barbeiros não contaminados ou cobaias.
- Detecção do DNA do parasita.
- Detecção de anticorpos específicos contra o parasita no sangue.
Tratamento
- Na fase aguda, a administração de fármacos (Nifurtimox, Benzonidazol) curam completamente
ou pelo menos diminuem a probabilidade de que se passe para a fase crônica (80% dos casos ou
mais).
- Na fase crônica não há cura, havendo apenas a possibilidade de um tratamento paliativo.
Prevenção
- Combate ao vetor, melhorando as condições de higiene e moradia das populações menos
favorecidas. Em zonas endêmicas, a utilização de DDT é indicada.
Formas tripomastigotas sanguineas
do Trypanosoma cruzi,
vistas no microscópio óptico
Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=sera-mesmo-possivel-fazer-vacina-contra-doenca-chagas
Leishmaniose - Leishmania
Generalidades
- Também conhecida como leishmaníase ou calazar, existem 14 espécies que causam patogenias
no ser humano.
- São conhecidos três tipos de leshimaniose: a visceral (ataca os órgãos internos), a cutânea
(ataca a pele) e a mucocutânea (atacaas mucosas e a pele). No Brasil, são encontradas as três
formas.
- A enfermidade é transmitida pela fêmea do mosquito (díptero) pertencente ao gênero
Phlebotomus (Velho Mundo) ou Lutzomyia (Novo Mundo).
- São protozoários que parasitam especialmente os macrófagos mas também outras células
fagocitárias de mamíferos, sendo capazes de resistir ao processo da fagocitose.
- Os promastigotas (fase infecciosa - extracelular) são alongados e possuem flagelo locomotor; o
amastigota (intracelular) não possui flagelo.
Ciclo de Vida do Parasito
- Apesar do ciclo de vida das espécies não ser igual, existem muitos pontos em comum.
- São liberados no sangue pela picada de mosquitos pertencentes à dois gêneros (Lutzomyia e
Phlebotomus); os promastigotos de Leishmania ligam-se aos macrófagos, sendo fagocitados por
eles; não são destruídos pelos ácidos e enzimas liberados pelos lisossomos dos macrófagos e,
portanto, não são digeridos; transformam-se em amastigotos em cerca de 12 horas e começam e
se multiplicar por divisão binária; saem então para o sangue (ou para a linfa) invadindo mais
macrófagos.
- Os amastigotos que são ingeridos pelos dípteros transmissores levam, em média, oito dias para
transformarem-se em promastigotos; multiplicam-se no intestino do inseto e depois migram para
as probóscides.
Ciclo de vida de Leishmania
Fonte: http://aapredbook.aappublications.org/content/images/large/2006/1/071_07.jpeg
Lesão sausada por leishimaniose cutânea
Fonte: http://www.mgm.ufl.edu/~gulig/mmid/parasitology/Leishmania%20Ulcer.JPG
Epidemiologia
- Os parasitas são transmitidos pela picada dos mosquitos dos gêneros Phlebotomus (Velho
Mundo) e Lutzomyia (Novo Mundo).
. Leishmania donovani é a mais freqüente causa da leishimaniose visceral; o reservatório natural
são os seres humanos e os cães;
. Leishmania infantum provoca uma variante menos grave e existe na região mediterrânea; seu
reservatório natural são os cães, os lobos e as raposas;
. Leishmania chagasi ocorre na América Latina, inclusive no Brasil; o reservatório natural são os
cães e os gambás.
Progressão e Principais Sintomas
- Após a infecção causada por Leishmania, pode-se observar dois quadros distintos:
. Na maioria dos casos o sistema imunológico reage com eficácia destruindo os macrófagos
portadores de Leishmania. A infecção é controlada e aparecem sintomas leves ou inexistentes; o
hospedeiro fica curado e as manifestações da enfermidade são apenas cutâneas.
. Se o sistema imunológico escolher uma resposta com produção de anticorpos, não haverá
eficácia e as leishmanias vão se esconder no interior dos macrófagos. A infecção vai progredir
para a leishmaniose visceral.
. Indivíduos imunodeprimidos, especialmente os portadores de AIDS, não reagem com respostas
imunitárias vigorosas, desenvolvendo progressões mais perigosas e rápidas.
- A leishmaniose visceral (kala-azar ou febre dumdum) apresenta um período de incubação de
vários meses a vários anos. As leishmanias danificam os órgãos ricos em macrófagos baço, fígado,
medula óssea).
Caracterizada nos indivíduos que desenvolvem sintomas por inicio insidioso de febre, tremores
violentos, diarréia, suores, mal estar, fadiga, anemia, leucopenia e algumas vezes por
manifestações cutâneas como úlceras e zonas de pele escura.
- A leishmaniose cutânea apresenta um período de incubação de algumas semanas a alguns
meses. Após esse tempo, surgem sintomas como surgimento de pápulas ulcerantes extremamente
irritantes nas zonas picadas pelo mosquito, que progridem para crostas com liquido seroso. Há
também escurecimento por hiperpigmentação da pele. A leishmaniose mucocutânea é semelhante
mas com maiores e mais profundas lesões, que se estendem às mucosas da boca, nariz ou
genitais.
Diagnóstico
- Microscópio: observação dos parasitas em amostras de linfa, sangue ou do baço (biopsias)
- Cultura detectando o DNA do parasita
- Testes imunológicos
Tratamento e Prevenção
- Ministrar compostos antimoniais, Pentamidina, Anfotericina ou Miltefosina.
- A prevenção se dá pela melhoria das condições sócio-econômicas das populações menos
favorecidas e pela erradicação dos insetos transmissores em áreas habitadas e, ainda, pela
utilização de repelentes.
Giardíase – Giardia lamblia
Generalidades
- Giargia lamblia é um protozoário flagelado cosmopolita. Giardia lamblia, Giardia intestinalis e
Giardia duodenale são sinonímias. Apresentam formas de trofozoito e cisto.
- Apresenta a capacidade de viver em estado livre durante bastante tempo, especialmente em
pequenas coleções de água.
- A enfermidade é conhecida como giardíase, giardiose ou lambliose; ataca o intestino e é
considerada comum e de baixo risco.
- Trofozoítos: em forma de pêra, móveis (possuem 8 flagelos e 2 núcleos) e medem
aproximadamente 15 micrômetros; reproduzem-se de forma assexuada.
- Cistos: são arredondados, imóveis e com espessa parede celular; possuem 8 núcleos e medem
cerca de 12 micrômetros.
Giardia em mucosa intestinal
Fonte:http://www.med-
chem.com/Para/prob%20of%20month/IMAGES/Giardia,%20trophs%20(2)%20in%20mucus%20string,fixed%20great.jpg
Ciclo de Vida do Parasito
- Protozoário com ciclo de vida muito simples. Os trofozoitos representam as formas ativas dentro
do hospedeiro e multiplicam-se no seu intestino.
- Os trofozoitos possuem proteínas de adesão ás células da mucosa, sendo, normalmente
arrastados com as fezes; alguns trofozoitos transformam-se em cistos que também são arrastados
com a fezes.
- Uma vez fora do hospedeiro, os cistos conseguem resistir por semanas até meses.
- Quando ingeridos por algum animal, são “ativados” na passagem pelo estômago,
transformando-se em trofozoitos.
Ciclo de vida de Giardia
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/67/Giardia_lamblia_Lebenszyklus.png
Epidemiologia
- A giardíase é uma enfermidade que existe em todo o mundo, sendo que em países “em
desenvolvimento”, como o Brasil, chega a atingir 50% da população e, em países europeus não
chega a 5%.
- É uma infecção de transmissão oral-anal e os grupos de risco estão entre as pessoas (crianças,
mulheres e homens) com baixa taxa de higiene e pessoas com baixa taxa de higiene que
pratiquem o sexo anal.
- Giardia infecta seres humanos, além dos cães, gatos e gado em geral. A transmissão pode ser
interespecífica ou intra-específica; são necessários, em média, 20 cistos ingeridos para que uma
infecção se estabeleça.
Progressão e Principais Sintomas
- Após a ingestão de água ou alimentos contaminados com cistos, esses são ativados pelo ácido
do estômago e transformam-se em trofozoitos que ficam ativos no intestino.
- Por, em média 10 dias, os trofozoitos multiplicam-se na mucosa intestinal, especialmente no
duodeno e alimentam-se do bolo alimentar do hospedeiro.
- Produzem toxinas e, sua multiplicação provoca inflamação do intestino; acontece o apagamento
das vilosidades intestinais e, por isso, se dá a mal absorção de nutrientes.
- Na maioria dos casos, a giardíase é assintomática, mas pode haver esteatorreia (diarréia
gordurosa e mal cheirosa), diarréia aquosa sem sangue, má absorção de vitaminas lipossolúveis,
dores abdominais, náuseas e vômitos.
- Naqueles onde a subnutrição ou mesmo a nutrição deficiente já está presente, uma carga
elevada de Giardia pode aumentar e muito a subnutrição, o que leva a perda de peso e síndromes
por carência de certos nutrientes.
- Na maioria das vezes o próprio sistema imunitário resolve o problema em poucas semanas, mas
existem casos que os sintomas ficam presentes durante anos.
Diagnóstico
- Microscópio: observação dos parasitas em amostras de fezes.
Tratamento e Prevenção
- Tratamento: administração de Metronidazole ou Nitazoxanida
- Prevenção: saneamento básico eficiente e boa higiene com o corpo, com os alimentos e com a
água.
Giardia fotografadaao microscópio eletrônico
Fonte: http://www.sharinginhealth.ca/images/GL_CDC_PHIL_11642.jpg
Tricomonose Humana – Trichomonas vaginalis 
Generalidades
- A Tricomonose, tricomoníase ou tricomoniose é considerada a doença sexualmente transmissível
mais comum em todo o mundo.
- É causada pelo protozoário parasito Trichomonas vaginalis que mede cerca de 15 micrômetos.
- O protozoário é anaeróbico (é desprovido de mitocôndrias), mas possui hidrogenossomas
(produzem hidrogênio).
- Não possui a forma cística, apenas o trofozoito que é infeccioso e ativo.
- Possui 4 ou 5 flagelos e uma membrana ondulante que lhe confere mobilidade; ainda um
axostilo (protuberância em forma de estilete)
- Os trofozoitos reproduzem-se assexuadamente por divisão binária simples
Trichomonas vaginalis – Trofozoito
Fonte: http://www.scielo.cl/fbpe/img/pd/v25n3-4/img06-01.gif
Tricomonose Humana na mulher
Fonte: http://medicinadocasal.com.br/wp-content/uploads/2011/06/Imagem-1708.jpg
Tricomonose Humana no homem
Fonte: http://medicinadocasal.com.br/wp-content/uploads/2011/06/Imagem-1698.jpg
Transmissão e Ciclo de Vida do Parasito
- A transmissão ocorre normalmente pela relação sexual, mas poderá ocorrer também pelo uso
comum de roupas íntimas e toalhas e mesmo por secreção vaginal em acentos sanitários.
- Calcula-se que, entre os 15 e 45 anos de idade, de 10 a 25% das mulheres apresentem essa
infecção.
- O parasito passa de um hospedeiro para o outro e reproduz-se através de divisão binária.
- Período de incubação: de 4 dias a 4 semanas.
Trichomonas vaginalis – Ciclo de vida
Fonte: http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/images/ParasiteImages/S-Z/Trichomoniasis/Trichomonas_LifeCycle.gif
Epidemiologia
- De acordo com a OMS há 170 milhões de infecções por ano, sendo que nos “países em
desenvolvimento” 5% dos homens e 15% das mulheres estão parasitadas por Trichomonas. Essa
parasitose afeta apenas o ser humano, sendo que as mulheres são mais parasitadas por terem
mucosas genitais mais extensas e receptivas do que os homens; esses tem mais possibilidades de
serem assintomáticos.
- É um parasito que pode sobreviver na água (inclusive com um baixo teor de cloro) por horas.
Progressão e Principais Sintomas
- Nas mulheres: os sintomas iniciam com o aparecimento de secreção espumosa, verde-amarelada
ou amarelada, vinda da vagina; a vulva pode apresentar-se irritada e dolorida, sendo que o ato
sexual também pode causar dor; em casos mais graves, há a presença de inflamação na vulva e
nos lábios vaginais. Os sintomas mais freqüentes são dor ao urinar e aumento da freqüência das
micções.
- Nos homens: a maioria é assintomática; em alguns casos há secreção, espumosa, proveniente
da uretra; a dor ao urinar é comum. Pode haver dor nos testículos e infecção na próstata.
Diagnóstico
- Mulheres: exame de amostra da secreção vaginal ao microscópio.
- Homens: secreções colhidas antes de urinar, pela manhã, são utilizadas para culturas para que
assim possa se detectar ou não a presença do parasito, ao microscópio.
Tratamento e Prevenção
- Mulheres: Metronidazol em dose única com eficácia de 95%, desde que o parceiro receba
tratamento simultâneo. Homens: o mesmo tratamento durante 7 dias.
- Prevencão: sexo seguro e parceiros constantes, além de se evitar a utilização de sanitários
públicos não esterelizados e de roupas alheias.
Amebíase – Entamoeba
Generalidades
- A doença também é conhecida como disenteria amébica.
- A Entamoeba histolytica movimenta-se por intermédio dos pseudópodos; possui capacidade de
fagocitar. São conhecidas duas formas: o trofozoito (com movimento) e o cisto (sem movimento e
infeccioso).
- Outros protozoários do gênero Entamoeba raramente ou nunca causam enfermidades no ser
humano; Entamoeba histolytica evoluiu para a qualidade de parasita.
- A doença pode ainda ser mais grave ao atacar o fígado causando um abcesso conhecido como
abcesso hepático amébico.
- A Entamoeba alimenta-se do bolo alimentar do hospedeiro, de bactérias intestinais, de líquidos
intracelulares e pode ainda fagocitar eritrócitos.
Entamoeba – Cisto e Trofozoito
Fonte: http://galeon.com/parasitologia/images1/004/Entacolitrofoqui.jpg
Transmissão e Ciclo de Vida do Parasito
- Os cistos (forma infecciosa) medem 15 micrômetros e são expelidos para o meio junto com as
fezes do indivíduo parasitado.
- Um novo hospedeiro ingere água ou alimentos contaminados; na passagem do cisto de
Entamoeba pelo estômago, há a transformação, já no intestino em uma forma amébica que se
divide em 8 trofozoitos; os trofozoitos aderem-se ao meio e causam doenças; alguns
transformam-se em cistos que são eliminados, vindo a contaminar outros seres humanos.
Ciclo de vida de Entamoeba
Fonte: http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/images/ParasiteImages/A-F/Amebiasis/Amebiasis_LifeCycle.gif
Epidemiologia
- Dados da OMS indicam 70.000 óbitos por ano entre as 50 milhões de novas infecções.
- A amebíase é encontrada especialmente nos países tropicais mas também ocorre nos de zona
temperada e fria. A larga abrangência da doença se dá, especialmente, pelas más condições de
higiene em que vive parte da população mundial.
- Mesmo sendo, na maioria dos casos, assintomática, a infecção vai atingir 2/3 dos países
africanos, da Ásia tropical e da América Latina.
- Se levarmos em conta apenas as espécies Entamoeba histolytica e Entamoeba dispar, estima-se
que 10% da população mundial estejam parasitados, sendo a terceira maior causa de mortes por
parasitoses.
- No Brasil, entre as formas sintomática e assintomática, estima-se que 23% da população
estejam parasitados; existem áreas endêmicas onde os casos atingem mais de 45% da população
e existem áreas onde praticamente não ocorrem casos.
- A forma assintomática é mais encontrada na Europa, nos Estados Unidos e no Canadá; as
formas graves estão concentradas nos países da América do Sul, na Índia, no Egito e no México.
Progressão e Principais Sintomas
- Trofozoitos de Entamoeba multiplicam-se e alimentam-se do bolo fecal; destroem os eritrócitos
do intestino.
- Mesmo que a doença seja totalmente controlada pelo sistema imunitário, a eliminação de cistos
ocorre, através das fezes.
- Caso o número de parasitas seja grande, vai ocorrer uma extensa necrose da mucosa do
intestino, com ruptura dos vasos sanguineos e destruição de células caliciformes.
- O sistema imunitário reage gerando focos de inflamação no intestino, gerando mal absorção de
água e nutrientes dos alimentos ingeridos; ocorre diarréia com eliminação de sangue e muco.
- Outros sintomas: dores intestinais, náuseas e vômitos, formação de úlceras intestinais e anemia.
- A disenteria amébica pode tornar-se recorrente (períodos assintomáticos e outros sintomáticos)
e permanecer durante muitos anos. Podem ocorrer infecções bacterianas devido à fratura da
mucosa do intestino.
- Os parasitas podem disseminar-se além do trato gastrointestinal; no fígado, destroem
hepatócitos até que o sistema imunitário controle a proliferação através da formação de um
abcesso (que pode causar problemas hepáticos); raramente, podem ser formados abcessos no
cérebro ou no baço.
- Os sintomas da invasão sistêmica são: febre alta ondulante, sudorese elevada, tremores, dores
abdominais especialmente na zona do fígado, hepatomegalia e fadiga.
Diagnóstico
- Microscópio: observação das fezes coletadas durante 3 dias seguidos.
- Fezes formadas: observação de cistos; fezes diarreicas: observação de trofozoitos.
- A maioria dos portadores de amebíase sistêmica já podem ter tido o problema intestinal
resolvido pela ação do sistema imunitário; usa-se a tomografia computadorizada do fígado,
detecção do DNA do parasita ou detecção de anticorpos específicos.
Tratamento
- O tratamento é feito através da administração de metronidazole, iodoquinol, paramomicinaou
furoato de diloxanida, e em alguns casos, dehydroemetina.
- Abcessos hepáticos avançados normalmente necessitam de intervenção cirúrgica.
Prevenção
- Higiene (saneamento básico); em zonas endêmicas, ferver a água e não ingerir vegetais ou
frutas cruas.
Entamoeba moshkovkii, espécie de vida livre, não causa patogenias, sendo encontrada em estações de 
tratamento de água e esgoto e ainda em coleções de água sem contaminação.
Fonte:http://4.bp.blogspot.com/-H9U2eF8Iy1s/TatXUPb-ERI/AAAAAAAAAA0/jSj4XJnzWZ8/s320/F2.large.jpg
Toxoplasmose - Toxoplasma gondii
Generalidades
- Protozoário do grupo dos Apicomplexa, assim como o Plasmodium.
- Trata-se de uma doença infecciosa adquirida ou congênita. É encontrada em diversos animais
de estimação e de consumo humano, tais como gatos, cães, bovinos, suínos, caprinos e ainda em
diversos animais silvestres. Em diversos deles, como bovinos, caprinos e suínos causa aborto e o
nascimento de fetos mal formados.
- O animal mais ligado à toxoplasmose é o gato, já que ingere cistos presentes nos tecidos de
ratos, lagartixas, pássaros, baratas e depois elimina oocistos nas fezes. Os oocistos esporulam no
ambiente e depois se tornam infectantes (processo que demora de 1 a 5 dias).
Taquizoitos de Toxoplasma gondii (indicados pelas setas)
Fonte: http://www.ufrgs.br/para-site/Imagensatlas/Protozoa/Imagens/taquizoito.jpg
Trofozoitos de Toxoplasma gondii
Fonte: http://galeon.com/parasitologia/images1/006/Toxoplasmatrof3.jpg
Cisto tecidual contendo bradizoito de Toxoplasma gondii
Fonte:http://www.ufrgs.br/para-site/Imagensatlas/Protozoa/Imagens/bradi3.jpg
Ciclo de Vida do Parasito
- Durante o ciclo vital, assume diversas formas dependendo do estágio em que se encontra.
- O ciclo tem início quando animais ingerem carne de outros animais, como por exemplo, carne de
rato ou de coelho; na carne contaminada, estão os cistos de Toxoplasma gondii.
- Dentro dos enterócitos dos animais que ingeriram a carne contaminada, o protozoário se
replica, de forma assexuada, e alguns, por meiose, diferenciam-se em gametas.
- Gametas masculinos e femininos, provenientes do mesmo protozoário ou de protozoários
diferentes, se fundem, dando origem a um oocisto (forma dormente e resistente, composta por
um zigoto e por uma parede celular espessa).
- Após 9 dias, cada gato pode expulsar mais de 500 milhões de oocistos, em cada defecação.
- No meio ambiente, após alguns dias, o oocisto sofre novamente divisão meiótica (esporulação),
formando 2 esporocistos, cada um com 4 esporozoitos (forma altamente resistente, inclusive à
desinfetantes e, em locais úmidos pode durar até 5 anos).
- Quando ingeridos por um animal, os esporozoitos são ativados em taquizoitos. Um adulto ou
uma criança que mexa em material contaminado (uma erva, por exemplo) e depois leve a mão à
boca (hospedeiro intermediário).
- Os taquizoitos se multiplicam nas células do hospedeiro intermediário e alguns formam cistos
nos tecidos.
- As formas ativas são destruídas pelas defesas naturais do organismos mas os cistos
permanecem intocados.
- Caso o animal (lagartixa, coelho, ave entre outros) for devorado por um gato, os cistos “liberam”
parasitas em seu intestino, infectando assim, o hospedeiro definitivo.
Ciclo de vida de Toxoplasma gondii
Fonte: http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/images/ParasiteImages/S-Z/Toxoplasmosis/Toxoplasma_LifeCycle.gif
Epidemiologia
- Ocorre em todo o mundo. Estima-se que mais de 50% da população mundial, inclusive nos
países desenvolvidos, tenha anticorpos específicos para esse parasito.
- O ser humano é infectado ingerindo oocistos expelidos junto com as fezes de animais infectados
ou mesmo ao consumir carne mal processada proveniente de um animal que esteja parasitado
(porco, boi, carneiro entre outros).
Progressão e Principais Sintomas
- A forma ativa no ser humano, assim como nos hospedeiros intermediários, é o taquizoito, que
invade as células humanas se reproduzindo por mitose, especialmente nos macrófagos, em células
musculares e cerebrais.
- Depois da ruptura da célula, os parasitas descendentes saem e invadem novas células. Na
maioria dos casos são debelados pelo sistema imunitário, com exceção dos que conseguem virar
cistos.
- Os seres humanos com sistema imunitário saudável, normalmente não apresentam sintomas.
Naqueles com AIDS a infecção torna-se grave, sendo a toxoplasmose, nesses casos, não
controlada e cerebral.
- Uma infecção durante a gravidez pode gerar fetos mal formados (1/3 dos casos), já que os
parasitas conseguem atravessar a placenta e infectar o feto; em infecções que acontecem antes
da concepção, não há risco para o feto, mesmo com a presença de cistos.
- Os cistos não se reproduzem rapidamente e, ao contrário, formam uma estrutura resistente,
cheia de líquido onde o parasita de reproduz lentamente.
- Os cistos crescem e podem vir a afetar negativamente as estruturas onde estão (músculos,
cérebro, coração e retina, na maioria dos casos); em função do exposto, é comum vermos
diversas alterações neurológicas, problemas cardíacos e mesmo cegueira.
- O portador ganha imunidade para os cistos que, mesmo permanecendo viáveis durante anos,
não se disseminam. Tal imunidade serve também para proteção contra possíveis ingestões de
oocistos.
- Se o ser humano apresentar imunodeficiência (AIDS , transplante de órgãos), as formas ativas
podem ser reativadas originando pneumonia, meningoencefalite com danos cerebrais, miocardite,
com alta taxa de mortalidade.
Diagnóstico
- Sorologia – detecção de anticorpos específicos contra o parasita.
Tratamento e Prevenção
- Na maioria dos casos o tratamento é desnecessário; na gravidez e em imunodeprimidos usa-se
espiramicina, pirimetamina, sulfadiazina.
- Mulheres grávidas devem evitar o contato com animais e a ingestão de carnes cruas ou mal
processadas.
- A população em geral deve ter cuidado ao lidar com animais e ter a higiene básica observada.
Malária - Plasmodium
Generalidades
- Também conhecida como paludismo, carneirada, batedeira, febre palustre, febre internitente,
febre terçã benigna ou febre terçã maligna ou febre quartã, impaludismo, maleita, maligna,
malina, perniciosa, sezão ou sezões, sezonismo, tremedeira, causada por protozoários do gênero
Plasmodium.
- Doença infecciosa, que pode apresentar-se aguda ou crônica.
- Os protozoários são transmitidos pela picada de mosquitos do gênero Anopheles.
- Leva a óbito mais de 500 milhões de pessoas por ano, um milhão de crianças com menos de
cinco anos), sendo a principal parasitose tropical.
- Crianças que sobrevivem podem ficar com danos cerebrais graves.
- Cinco espécies do gênero Plasmodium podem produzir infecções nos seres humanos:
. Plasmodium falciparum: causa a malária maligna (forma mais grave); ataca hemácias jovens e
maduras; ciclo de vida mais rápido; responsável por 90% dos óbitos.
. Plasmodium vivax: causador da doença na forma crônica (malária benigna); ataca eritrócitos
jovens; pode ficar dormente por anos e depois reaparecer.
. Plasmodium malarie: causador da doença na forma crônica (malária benigna); ataca glóbulos
vermelhos maduros.
. Plasmodium ovale: causador da doença na forma crônica (malária benigna); ataca eritrócitos
jovens; pode ficar dormente por anos e depois reaparecer; muito comum na África; rara no
Pacífico ocidental e na América do Sul.
. Plasmodium knowlesi: inicialmente considerado como causador da malária em macacos,
comprovou-se, recentemente, também ser causador de um tipo específico de malária nos seres
humanos. Infectados respondem bem ao tratamento e, em média, 10% apresentam complicações
que potencialmente podem levar ao óbito.
Plasmodium entre células sanguíneas
http://animal.discovery.com/invertebrates/monsters-inside-me/pictures/plasmodium.html
Plasmodium falciparum
Fonte: http://galeon.com/parasitologia/images1/007/falciparumgame.jpgAnopheles – fêmea adulta
Fonte: http://www.gasdetection.com/news2/anopheles_mosquito_4_hnd.jpg
Ciclo de Vida do Parasito
- Esporozoitos (estão presentes nas glândulas salivares do mosquito) são injetados no sangue do
hospedeiro. Invadem o fígado, onde na forma de esquizontes (grande e multinucleada),
reproduzem-se assexuadamente e geram merozoitos (formas invasoras dos glóbulos vermelhos).
- Uma vez dentro de um eritrócito (glóbulo vermelho) o sistema imunitário não consegue detectar
a presença do parasita, ocasião em que as manifestações clínicas param.
- Divide-se assexuadamente até que o eritrócito rebenta, quando a febre volta assim como outros
sintomas; os merozoitos e substâncias químicas produzidas por eles, ainda nos eritrócitos, são
dispersas na corrente sangüínea e, imediatamente são identificados pelos leucócitos, que
produzem citocinas que vão estimular o cérebro. Por isso pode voltar febre violenta com tremores
e mal estar geral.
- Os merozoitos invadem novas hemácias, multiplicam-se e, alguns se transformam em
gametodontes, que são sugados no sangue por outros mosquitos. Dentro do corpo do mosquito,
gametodontes masculinos e femininos fundem-se e dão origem a um zigoto; este se multiplica em
novos esporozoitos que migram para as glândulas salivares do mosquito, infectando novos
hospedeiros. A fase sexuada permite uma maior variabilidade genética.
Ciclo de vida do Plasmodium
Fonte:http://1.bp.blogspot.com/-j4cYTlIZtzo/TcsBJORT4kI/AAAAAAAAAYw/vzUJhS1_nDY/s1600/malaria-ciclo-mosquito.png
Transmissão
- Anopheles somente sobrevive em áreas onde as temperaturas não fiquem abaixo dos 15oC. As
larvas se desenvolvem em coleções de água paradas.
- Populações com número suficientemente grande de indivíduos para que a doença seja
transmitida, só acontecem em áreas onde a umidade seja alta e as médias de temperatura fiquem
entre 20 e 30oC.
- Anopheles não costuma picar o rosto nem as mãos, já que nesses locais os vasos sanguíneos
são menos acessíveis; prefere, as pernas, os braços e o pescoço.
Progressão e Sintomas
- Quando a malária é causada por Plasmodium falciparum, os sintomas são inespecíficos (dor de
cabeça, febre, fatiga). Tais sintomas podem durar até 6 dias para e até semanas para Plasmodium
falciparum.
- No decorrer do processo, com a destruição das hemácias e com o fim do ciclo reprodutivo do
parasita, ocorre febre intensa com calafrios.
- As crises são mais freqüentes ao cair da tarde; iniciam-se com subida de temperatura até 40oC,
seguida de palidez e tremores violentos, que duram de 15 minutos a 1 hora. Cessam os tremores
e seguem-se de 2 a 6 horas de febre de 41oC; ao final, vermelhidão da pele e sudorese excessiva.
- Até a crise seguinte, que ocorre entre 2 e 3 dias, o doente sente-se bem.
- Se a malária for causada por Plasmodium falciparum, (malária maligna), podem-se acrescentar
sintomas mais graves, tais como choque circulatório, desmaios, convulsões, delírios e crises vaso-
oclusivas. O óbito pode ocorrer a cada crise.
- Ainda pode ocorrer a malária cerebral: verifica-se a oclusão de vasos sangüíneos no cérebro
pelos eritrócitos infectados causando défices mentais e coma, ou défice mental irreversível. Podem
ainda ocorrer danos hepáticos graves
- Os sintomas crônicos mais vistos são: anemia, cansaço, redução da capacidade de trabalho e da
inteligência funcional, hemorragias e infartos
- A malária benigna resulta em debilitação crônica, raramente levando ao óbito
- Caso não seja diagnosticada e tratada adequadamente, a malária maligna pode evoluir
rapidamente e levar ao óbito.
Epidemiologia
- Sem dúvida, é uma das doenças mais significativas para a humanidade.
- Está potencialmente presente em todos os lugares onde existam seres humanos e mosquitos do
gênero Anopheles em quantidade suficiente para infectar os hospedeiros.
- O continente africano é particularmente atingido (apenas o norte da África e a África do Sul
ainda são poupados).
- No continente americano ocorre em toda a região central e norte da América do Sul (incluindo
mais da metade do território brasileiro).
- No continente asiático ocorre em todo o subcontinente indiano, Oriente Médio, Ásia Central,
Sudeste Asiático, Indonésia, Filipinas e sul da China.
- Na região mediterrânea, incluindo o sul da Europa, já foi erradicada.
- Quase 3 bilhões de pessoas vivem em áreas endêmicas, distribuídas em mais de 100 países.
- Em Portugal os casos são poucos e normalmente da malária branda; são levados por pessoas
infectadas fora do continente.
- A malária maligna é tratada como uma emergência médica; as demais são tratadas como
doenças crônicas.
Diagnóstico
Diagnóstico clínico:
- Devido à importância dessa doença, sempre deve-se levar em conta a possibilidade de estar o
doente infectado com Plasmodium, tanto em áreas endêmicas quanto em áreas não endêmicas.
- Deve-se tentar resgatar todo tipo de informação sobre a área residencial e de trabalho e o modo
de vida da pessoa.
- Também são importantes as informações sobre transfusões de sangue, compartilhamento de
agulhas e transplante de órgãos.
Diagnóstico laboratorial:
- A certeza da infecção só é obtida com a demonstração do parasito ou de antígenos relacionados
à ele, no sangue periférico do paciente. Para tal, usa-se os seguintes métodos:
. Gota espessa: simples, eficaz e de baixo custo; visualiza-se, através de M.O., o parasito, após
coloração com corante vital (azul de metileno e Giemsa).
. Esfregaço delgado: pouca sensibilidade; a gota espessa é aproximadamente 30 vezes mais
eficiente, mas este é o método que permite, facil e seguramente, a diferenciação dos parasitos
. Teste rápidos para a detecção de antígenos: testes imunocromatográficos, são realizados em
fitas de nitrocelulose, contendo anticorpo monoclonal contra antígenos específicos do parasito.
Prevenção
- Dormir coberto por rede anti-mosquito.
- Erradicação do Anopheles nas áreas onde a doença mais se prolifera.
- Utilização de cremes repelentes de insetos.
- Drenagem de pântanos.
Tratamento
- O tratamento farmacológico está baseado na susceptibilidade do parasita à radicais livres e
substâncias oxidantes; fármacos aumentam a concentração desses e conseguem eliminar os
parasitas; as doses não são letais para as células humanas.
- A quinina, extraída há muito tempo da casca da árvore Cinchona, ainda é utilizado, mas a
maioria dos parasitas já mostra-se resistente à sua ação. Utiliza-se, atualmente, drogas sintéticas
como quinacrina, cloroquina e primaquina, ou mesmo uma mistura das 3.
- A artemisinina, extraída de uma planta chinesa, vem demonstrando bons resultados. Produz
radicais livres em contato e ferro (existente especialmente na hemoglobina nas hemácias, onde se
reproduz os parasitas). Os efeitos colaterais são mínimos. A produção atual ainda é insuficiente.
Trata-se do único fármaco antimalárico para o qual ainda não há casos descritos de resistência.
Esquistossomose - Schistosoma
Generalidades
- Também conhecida por barriga d´água, é uma doença crônica, endêmica em várias regiões
tropicais e subtropicais, que mata aproximadamente 200.000 pessoas todos os anos. Trata-se da
mais grave parasitose causada por um organismo multicelular. É causada pelo parasita
Schistossoma (Platyhelminthes, Trematoda, Digenia).
- As principais formas (ciclo evolutivo) são:
. forma adulta: forma fusiforme, onde são encontrados os dois sexos. O macho é mais grosso,
com uma “calha” longitudinal (canal ginecóforo) no corpo onde se encaixa a fêmea, que é
cilíndrica, mais fina e mais longa. Medem, em média, de 10 a 20 mm.
. ovos: em forma arredondada ou elipsoidal, medem aproximadamente 60 micrômetros;
apresentam um “espinho” afiado.
. miracídios: unicelulares, ciliados, nascem dos ovos e vive, na água
. esporocistos: formas unicelulares que se dividem dentro do molusco
. cercárias:medem 0,5 mm; formas larvares, multicelulares, com caudas (bífidas); abandonam o
hospedeiro intermediário para se alojar no definitivo.
Schistosoma mansoni - adultos
Fonte: http://picasaweb.google.com/lh/photo/udM8JyJVkJbdnKNzpRiidA
Ciclo de Vida do Parasito
- Hospedeiros de Schistosoma, vemos nos caramujos, o início do ciclo, onde ocorre a fase
assexuada. Há a multiplicação dos esporocistos, dando origem às cercarias (multinucleadas);
essas saem dos moluscos para a água.
- Ao entrar em contato em contato com água, normalmente de rios, onde exista o caramujo com
Schistosoma, o ser humano contamina-se; as larvas penetram pela pele ou pela mucosa, ou pela
ingestão da água. As larvas penetram até encontrar pequenos vasos sangüíneos, entram neles e
vão até as veias; passam pelo coração, vão até os pulmões, onde se fixam.
- Decorridos alguns dias, larvas se transformam na forma jovem do parasito, migrando pelas veias
pulmonares, pelo coração e pela aorta até atingirem o fígado, onde amadurecem em formas
sexuais (machos e fêmeas). Após o acasalamento, migram juntos por migração retrógrada,
atingindo as veias mesentéricas e do plexo hemorroidário superior (no caso de Schistosoma
haematobium o plexo vesical da bexiga).
- Atingindo seu objetivo, os parasitas põem milhares de ovos diariamente, por um período que
pode variar entre 3 e 40 anos.
Os ovos passam dos vasos ao lúmen do intestino ou da bexiga e destroem os tecidos
intervenientes; atravessam a parede dos vasos sangüíneos (o que causa danos sérios – pelos seus
“espinhos” e pela reação do sistema imunitário); atingem o inestino e são eliminados pelas fezes
(ou a bexiga e são eliminados pela urina).
- Em contato com a água, os ovos liberam miracídios natantes que encontram um molusco para
servir de hospedeiro intermediário. Ao penetrar no molusco, multiplica-se assexuadamente
(esporocisto); há o desenvolvimento na forma larvar (cercária) que é liberada, após
aproximadamente 6 semanas, dando reinício ao ciclo.
Transmissão
- Ao entrar em contato em contato com água, normalmente de rios, onde exista o caramujo com
Schistosoma, o ser humano contamina-se; as larvas penetram pela pele ou pela mucosa, ou pela
ingestão da água.
Schistosoma mansoni – ciclo de vida do parasito
Fonte: http://herramientas.educa.madrid.org/animalandia/ficha.php?id=90
Progressão e Sintomas
- A fase de penetração (pela pele ou pela mucosa) normalmente é assintomática, exceto nos
indivíduos que já foram parasitados antes, quando é comum eritema, urticária e purido.
- A incubação dura 2 meses. Na fase aguda, pela disseminação das larvas pelo corpo, nota-se
febre, mal estar, cefaléia, astenia, dores abdominais, diarréia com sangue, dispnéia, tosse com
sangue, entre outras manifestações. Ao analisar o sangue constata-se eosinofilia.
- Na fase crônica, a reação do sistema imunitário, causa inflamação. A fase crônica inicia-se após
cerca de 2 meses. Pela produção de grande quantidade de ovos, ocorre uma reação inflamatória,
ao redor dos ovos. Esses, são disseminados pelo sangue, podendo lesar pulmão e cérebro.
Tecidos destruídos são substituídos por fibrose cicatricial.
- Nas parasitoses intestinais, há diminuição da elasticidade hepática e diminuição do fluxo de
sangue, devido a fibrosação que é causada pela grande quantidade de ovos ali depositada. Veias
que chegam ao fígado dilatam-se e se formam varizes, que envolvem os intestinos, o estômago, o
esôfago e o baço.
O paciente apresenta hemorragias, dores abdominais e diarréia com sangue. O óbito pode ocorrer
devido à hipertensão, cirrose hepática ou rebentamento de uma variz esofágica.
- Nas parasitoses urinárias, os sintomas crônicos são dor ao urinar, presença de sangue na urina,
fibrose e ulceração das vias e dos vasos urinários e possível insuficiência renal (fatal). Podem
ainda ocorrer lesões deformantes dos órgãos sexuais e cancro da bexiga.
Epidemiologia
- São 200 milhões de casos registrados em todo o mundo, sendo que as espécies mais
importantes do ponto de vista patogenético são:
. Schistosoma mansoni – hospedeiro intermediário: moluscos (caramujos) do gênero
Biomphalaria; reservatórios em macacos, roedores e cães. Endêmico na África (Angola,
Moçambique e Guiné-Bissau). Ocorre no Egito, em Madagascar e na Arábia. No Brasil ocorre no
nordeste (60 a 80% dos parasitados estão lá), mas também existe no sul; rara na Amazônia.
Ocorre ainda nas Guianas, Venezuela e Caraíbas.
. Schistosoma haematobium – hospedeiro intermediário: moluscos (caramujos) do gênero Bulinus;
reservatório em macacos. Ocorre na África (Angola, Moçambique e Guiné-Bissau), no Egito e no
Iraque, sendo que existem pequenos focos na Arábia e na Índia. Já foram descritos casos em
Portugal.
. Schistosoma japonicum – hospedeiro intermediário: moluscos (caramujos) do gênero
Oncomelania; reservatórios em gado, búfalos, cães, porcos e roedores. É endêmico do sul da
China, Filipinas, Malásia e de algumas ilhas da Indonésia.
- Tanto moluscos adultos quanto suas larvas preferem “águas paradas”
Biomphalaria glabrata, caramujo hospedeiro de Schistosoma
Fonte: http://www.gscontroledepragas.com.br/imagens/esquis02.jpg
Diagnóstico
- Ovos podem ser encontrados através de exame parasitológico de fezes, mas se o homem tiver
sido parasitado recentemente, o exame demonstra baixa sensibiliade.
- Pode-se utilizar coproscopia qualitativa (Hoffman, por exemplo) ou quantitativa (Kato-Katz, por
exemplo).
- O hemograma acusa leucopenia, anemia e plaquetopenia. As funções hepáticas também são
alteradas.
- Em alguns casos, utiliza-se a ultra-sonografia, onde pode-se constatar fibrose e espessamento
periportal, hipertrofia do lobo hepático e aumento do calibre da artéria mesentérica superior.
Ser humano parasitado com Schistosoma
Fonte:http://www.abdn.ac.uk/ibes/research/int_phys/vector/
Prevenção
- Saneamento básico.
- Programas para a erradicação do molusco.
- Proteção (especialmente dos pés e das pernas) ao entrar em ambientes onde possa existir o
molusco.
Tratamento
- A OMS recomenda a Oxamniquine e o Praziquantel, mas esses medicamentos podem ser contra-
indicados em casos de pacientes graves.
- O tratamento cirúrgico é recomendado em casos como o hiperesplenismo.
Schistosoma mansoni
Fonte: http://parasitologia.galeon.com
Teníase - Taenia
Generalidades
- Tênias ou solitárias são Platyhelminthes – Cestoda, que parasitam o intestino do ser humano
(hospedeiro definitivo), sendo como hospedeiros intermediários o porco (Taenia sollium) e o boi
(Taenia saginata) e os peixes no caso da Diphyllobothrium latum. O corpo achatado com formato
de fita; a adesão à parede intestinal é possível pela utilização do escólex, com 4 ventosas. No caso
de Taenia sollium ainda existe 2 ganchos auxilia na fixação do helminto à mucosa intestinal (fato
que permite uma clara distinção entre as 2 espécies). Quando o homem é hospederio
intermediário da T. solium, a doença mas grave é a cisticercose.
Escólex de Taenia saginata (d) e escólex de Taenia sollium
Fonte: http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/Search_Choices.htm
- Taenia sollium: o corpo pode ser dividido em escólex, (cabeça) colo (ou pescoço) e estróbilos
ou proglótides. O escólex (porção anterior) serve para a fixação no intestino do hospedeiro. No
colo são produzidos novos anéis por estrobilização. No corpo estão muitos anéis (proglotides),
divididos em imaturos, maduros e “grávidos”. Um ser humano parasitado chega a liberar 40.000
ovos fecundados em cada anel eliminado nas fezes. Nesses ovos estão as oncosferas
(“embriões”).
- O hospedeiro intermediário (porco) ingere os ovos e, esses, ao chegarem ao intestino, liberam
as oncosferas, que entram na corrente sangüínea, alojando-se em tecidos; ali, evoluem para o
estágio de cisticerco (larva). Ao ingerir carne de porco crua ou mal cozida, o homem torna-se
hospedeiro definitivo.- Ainda pode ocorrer a ingestão de ovos, tornando-se hospedeiro intermediário; os ovos sofrem
maturação e se tornam cisticercos. Nesse caso, ocorre deficiência visual, fraqueza muscular e
eplepsia. A doença recebe o nome de cisticercose sendo mais grave do que a teníase.
- Taenia saginata: o hospedeiro intermediário é o boi e o ser humano só aparece como
hospedeiro definitivo.
- Teania de peixes: Difilobotríase
- As proglótides são eliminadas fora das evacuações, uma a uma. A espécie pode atingir 10 m de
comprimento.
Proglótide madura de Taenia sollium (d) e proglótide madura de Taenia saginata
Fonte: http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/Search_Choices.htm
Ovo de Taenia
Fonte: http://parasitologia.galeon.com
Taenia sollium - Cisticerco
Fonte: http://parasitologia.galeon.com
Taenia sollium - Excólex
Fonte: http://parasitologia.galeon.com
Taenia sollium - Proglótide
Fonte: http://parasitologia.galeon.com
Taenia saginata – Escólex
Fonte: http://parasitologia.galeon.com
Taenia saginata – Proglótide
Fonte: http://parasitologia.galeon.com
Ciclo de Vida do Parasito e Transmissão
- As proglótides maduras possuem entre 80.000 a 100.000 ovos. A proglótide destaca-se do
animal dentro do lúmen intestinal ou no exterior e se desintegra, liberando os ovos. São liberadas
com as fezes humanas.
- Os ovos são ingeridos com água pelo porco (ao ingerir detritos) e pela boi (ao ingerir vegetais);
os ovos eclodem no intestino, gerando oncosferas que penetram na mucosa intestinal
disseminando-se pelo sangue, indo até os tecidos, penetrando especialmente nos músculos, no
fígado e no cérebro.
- Ao se alimentar de carne crua ou mal passada de animais parasitados, o homem também é
parasitado.
Ciclo de vida de Taenia
Fonte: http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/images/ParasiteImages/S-Z/Taeniasis/Taenia_LifeCycle.gif
Progressão e Sintomas
- É uma enfermidade que com grande freqüência mostra-se assintomática; em alguns casos há
reação imunológica como eosinofilia, náuseas, diarréia ou obstipação, dores abdominais e
alterações no apetite.
- Em indivíduos subnutridos, geralmente agravam o quadro de desnutrição. Uma vez parasitado e
curado, o indivíduo pode ser novamente parasitado.
Neurocisticercose
- A cicticercose humana é uma enfermidade muito mais grave do que a teníase. Os cisticercos
localizam-se no sistema nervoso central (neurocisticercose), nos olhos, nos músculos e nas
vísceras, podendo permanecer nesses locais por até 30 anos. No decorrer desse tempo, aparecem
crises convulsivas, cefaléias, vômitos, alterações na visão, hidrocefalia, podendo ocorrer o óbito.
- Os ovos são extremamente resistentes à ação de substâncias químicas; a destruição pode ser
conseguida com elevação da temperatura a 90oC.
- Cuidados higiênicos básicos devem ser observados para que se evite a transmissão da doença.
Epidemiologia
- Tênias ocorrem em todo o mundo, sendo freqüentes inclusive em países europeus.
- Taenia saginata: ocorre em qualquer lugar do mundo onde haja gado bovinoi para ser
consumido. Estima-se qua haja 60 milhões de seres humanos parasitados. Estima-se ainda que
até 5% do gado bovino da Europa estejam contaminados com cistircercos, sendo que nos paíse
menos desenvolvidos o número pode atingir os 50%.
- Taenia sollium: ocorre em qualquer lugar do mundo. Na população da América Latina, 5% estão
parasitados. Até 25% dos porcos estão parasitados com cisticercos. É um parasita muito comum
na África e na Ásia.
Diagnóstico
- Observação, ao M.O., de amostras fecais à procura de ovos ou proglótides.
- Cistircercose é diagnosticada através de imagiologia e confirmada através de biópsia.
Tratamento
-A teníase intestinal é tratada com fármaco antiparasíticos como por exemplo Praziquantel
(aumenta a permeabilidade da menbrana levando à paralisia que os deslocam do tecido do
hospedeiro), Mebendazole (inibe a absorção de glicose, diminui a deposição de glicogênio nos
microtubulos das células tegumentárias do parasita, gerando imobilidade e morte.)
- A cisticercose é tratada com Praziquantel e corticóides.
Prevenção
- Saneamento básico e controle sobre a alimentação humana por parte do governo.
- Prevenção pessoal, evitando consumir carnes cruas ou mal passadas.
Ascaridíase – Ascaris lumbricoides
Generalidades
- Também conhecida como ascaríase, trata-se de uma parasitose, na maioria dos casos benigna,
causada pelo Nematoda – Ascarídeo – Ascaris lumbricoides, popularmente conhecido como
lombriga.
- O corpo é fusiforme, não segmentado.
- A reprodução é sexuada, sendo que as fêmeas são maiores do que os machos (elas podem
atingir os 40 cm de comprimento).
- Os ovos medem cerca de 50 micrômetros de diâmetro.
Vista parcial do trato digestório de um ser humano parasitado com Ascaris lumbricoidesl
Fonte: http://content.nejm.org/content/vol358/issue14/images/medium/13f1.gif
Ciclo de Vida do Parasito e Transmissão
- Os ovos são liberados junto com as fezes de um indivíduo infestado. A larva, em ambientes
quentes e úmidos, permanece dentro do ovo, desenvolvendo-se. Ao ingerir água ou alimentos
(especialmente as verduras) com ovos, o indivíduo é infestado. Logo após as larvas são liberadas
no intestino delgado e, através da parede do intestino, caem na corrente sangüínea.
- Infestam então o fígado, crescem (em menos de uma semana) e voltam aos vasos sangüíneos,
passam pelo coração e vão para os pulmões, onde invadem os alvéolos, onde crescem mais ainda.
Ao atingirem um tamanho muito grande para os alvéolos, sobem pelos brônquios, chegam à
faringe onde são, na maioria, deglutidas. Passam pelo estômago até o intestino delgado,
completando seu desenvolvimento. Tornam-se adultos, copulam e liberam ovos que saem com as
fezes.
Ciclo de vida de Ascaris lumbricoides
Fonte: http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/images/ParasiteImages/A-F/Ascariasis/Ascariasis_LifeCycle.gif
Ascaris lumbricoides – Ovo não fertilizado (e) e fertilizado (d) – 200 X
Fonte: http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/images/ParasiteImages/A-F/Ascariasis/Ascaris_egg_unfert2_200x.jpg
Fonte: http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/images/ParasiteImages/A-F/Ascariasis/Ascaris_egg_fert_200x.jpg
Ascaris lumbricoides – Ovo com larva visível (e) e com larva saindo (d) – 200 X
Fonte: http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/images/ParasiteImages/A-F/Ascariasis/Ascaris_egg_larva2.jpg
Fonte: http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/images/ParasiteImages/A-F/Ascariasis/Ascaris_egg_larva3.jpg
Ascaris lumbricoides no trato intestinal
Fonte: http://drjoea.googlepages.com/Ascariasis-post-surgical-1c.jpg/Ascariasis-post-surgical-1c-full.jpg
Progressão e Sintomas
- Na maioria dos indivíduos parasitados, a enfermidade é assintomática, pois apenas um pequeno
número de vermes está presente.
- Para que o parasito adulto chegue ao lúmen do intestino, passam-se 2 meses; durante esse
período as larvas passam por diversos órgãos fígado, pulmões), onde, normalmente, não causam
problemas maiores mas, se em grande número, podem causar irritação pulmonar com
hemorragias e hemoptise e ainda dispneia e febre.
- Ao chegarem ao intestino e se transformarem nas formas adultas, os parasitos se nutrem com o
bolo alimentar, causando, possivelmente, náuseas, vômitos, diarréias e dores abdominais.
-Complicações mais graves são raras e acontecem, na maioria, em crianças com grande número
de parasitos que podem formar um bolo, obstruindo a passagem dos alimentos para o intestino.
Um grande número de parasitos na passagem pelos pulmões podem provocar asfixia.
Migração de parasitos para os ductos biliares, pancreáticos ou apêndice pode causar inflamação
nessas regiões. Hemorragias podem existir caso o número de vermes seja elevado e esses
venham a se instalar em órgãos onde não se instalariam normalmente.
- Pode levar à morte.
Epidemiologia
- Ocorre em todo o mundo, especialmente em paísestropicais; no mundo, estima-se que
aproximadamente 1,4 bilhão de pessoas estejam parasitadas por Ascaris lumbricoides.
Diagnóstico
- Através da observação dos ovos nas fezes, com a utilização de M.O.
Tratamento
- Fármacos como Mebendazole, Pirantel (promove contrações súbitas seguidas de paralisia dos
helmintos) ou Nitazoxanida (Annita: inibe uma enzima indispensável à vida do parasita); repetir o
tratamento decorridas algumas semanas, matando larvas que porventura ainda estejam migrando
para o intestino.
Prevenção
- Saneamento básico, tratamento da água consumida pelos seres humanos, higiene pessoale
combate a insetos como moscas e baratas.
Toxocaríase – Larva Migrans Visceral
Toxocara canis e Toxocara catis
Generalidades
- Parasitose causada por Toxocara canis (hospedeiro é o cão) e Toxocara catis (hospedeiro é o
gato).
- São Nematoda – Ascarídeos (Família Ascarididae).
- O adulto mede de 4 cm a 18 cm de comprimento.
- Em cães e gatos são parasitas intestinais (intestino delgado); no ser humano, manifesta-se de
outra forma, encistando-se nos tecidos.
Vista parcial de Toxocara
Fonte: http://animal.discovery.com/invertebrates/monsters-inside-me/pictures/toxocara-nematode.html
Toxocara canis - Adultos
Fonte: http://parasitologia.galeon.com
Toxocara canis – Ovo Embrionado
Fonte: http://www.ufrgs.br/para-site/Imagensatlas/Animalia/Imagens/ovotoxocara.jpg
Ciclo de Vida do Parasito e Transmissão
- O hospedeiro ingere os ovos e esses eclodem no intestino; penetram na mucosa intestinal e
migram até diversos órgãos (fígado, pulmões, cérebro, olhos e músculos); no caminho, provocam
hemorragias e algumas reações imunitárias destrutivas. Encistam e permanecem encistados.
- Vermes adultos, no intestino, eliminam ovos que vão contaminar a terra e ser ingeridos por
cães, gatos ou mesmo pelo ser humano, pelo contato com a terra, com alimentos ou água
contaminados.
- A transmissão pode ainda ocorrer de mãe para filho pela placenta ou pelo leite materno.
Ciclo de vida de Toxocara canis
Fonte: http://www.dpd.cdc.gov/
Progressão e Sintomas
- A parasitose normalmente é assintomática. Sintomas podem aparecer dependendo do(s)
orgão(s) afetado(s). Os mais vistos são: febre intermitente, prurido, perda de peso, diarréias e
hepatomegalia, tosse, falta de ar, problemas neurológicos e de visão.
- Larvas vivem alguns anos e após esse período degeneram.
Epidemiologia
- Em qualquer lugar do mundo onde se encontre cães e gatos, ocorrem Toxocara canis e Toxocara
catis. - Na Europa, cerca de 5% já foram infectados. Em países tropicais o número pode chegar a
2/3 da população.
Diagnóstico
- Pela detecção de anticorpos.
Tratamento
- Nos casos sintomáticos pode ser utilizado o Mebendazole.
Prevenção
- Cuidados básicos de higiene, inclusive evitar que cães e gatos defequem em locais onde crianças
brinquem. Deve-se controlar as parasitoses em cães e gatos.
Enterobíase (Oxiuríase) - Enterobius vermicularis
Generalidades
- Também conhecida como oxiuríase é uma parasitose bastante conhecida; os vermes, Nematoda,
alcançam pouco menos de 15 mm de comprimento, parasitando o intestino, especialmente do ser
humano.
- Comum também em países desenvolvidos, atinge especialmente as crianças.
- Dióicos, (as fêmeas atingem normalmente os 10 mm) e (os machos atingem os 3 mm)
Enterobius vermicularis- Adulto
Fonte: http://parasitologia.galeon.com
Enterobius vermicularis – Fotomicrografia de um apêndice parasitado
Fonte: http://parasitologia.galeon.com
Enterobius vermicularis – Parasitando trato digestório
Fonte: http://parasitologia.galeon.com
Ciclo de Vida do Parasito e Transmissão
- Após a ingestão dos ovos, as formas adultas formam-se no intestino, onde acasalam; a fêmea
guarda os ovos e o macho morre.
- A fêmea migra para o cólon intestinal; à noite sai do reto, passa pelo esfíncter e deposita os
ovos (cerca de 10.000 com 40 micrômetros cada) na mucosa anal, no lado externo do corpo do
hospedeiro, retornando para dentro. O processo cauda irritação e os movimentos da fêmea são
percebidos com um prurido.
- Os ovos ficam presos à roupa íntima; misturam-se na poeira ou são carregados com as fezes.
Podem ainda ser transportados por alimentos contaminados.
- Em casos de diarréia, é comum fêmeas serem expelidas.
Ciclo de vida de Enterobius vermicularis
Fonte: http://www.dpd.cdc.gov/
Progressão e Sintomas
- O período de incubação é de aproximadamente 1 mês.
- Normalmente é uma parasitose assintomática, exceto pela coceira (prurido) anal, especialmente à
noite.
- Se o hospedeiro estiver parasitado por um número grande de vermes, pode ocorrer dores
abdominais, náuseas, vômitos, diarréia e prurido anal constante. Ainda, o hábito de coçar a zona
anal, pode levar à lesões. Podem ainda, raramente, aparecer apendicite, hemorróidas, subnutrição
(especialmente em crianças) e necrose na mucosa intestinal.
Epidemiologia
- Enterobius vermicularis ocorre em todo o mundo estando entre todos os grupos sociais, sendo
mais comum em regiões de clima temperado e entre os que vivem em condições precárias de
higiene.
- Aproximadamente 500 milhões de casos são registrados todos os anos no mundo; que 50% das
crianças são parasitadas em alguma fase da vida.
Diagnóstico
- Fita adesiva colocada na região anal; observa-se a fita ao M.O. Para possível visualização dos ovos.
Tratamento
- Mebendazole ou Pirantel (paralisia espática, relaxamento da musculatura e desprendimento do
parasita) exterminam parasitas adultos; a dose deve ser ministrada por até 3 dias, com repetição.
Prevenção
- Saneamento básico e cuidados básicos de higiene.
- Limpar (retirar) o pó da moradia, de preferência com pano úmido.
- Lavar a roupa de indivíduos parasitados com água quente, água sanitária ou formalina (Lisoforme).
Artrópodos – Ácaros
Demodex folliculorum e Demodex brevis
Generalidades
- Demodex foliculorum é normalmente encontrado no interior dos folículos pilosos e Demodex
brevis nas glândulas sebáceas associadas aos folículos pilosos. Vulgarmente conhecidos como
“cravos”, medem de 0,1 a 0,4 mm.
- Não são patogênicos exceto nos casos de blefarite.
- Blefarite: inflamação das pálpebras caracterizada pela produção excessiva de uma camada
lipídica, criando assim condições favoráveis à infecções bacterianas. Como sintomas, coceira,
irritação nos olhos, lacrimejamento e possível perda dos cílios.
Demodex foliculorim
Fonte: http://lh3.ggpht.com/idintl/R9qHQShf69I/AAAAAAAAFz0/DxrodVscMzU/1443.JPG?imgmax=512
Demodex foliculorim
Fonte: http://lh3.ggpht.com/idintl/R9qHQShf69I/AAAAAAAAFz0/DxrodVscMzU/1443.JPG?imgmax=512
Corte de um folículo piloso mostrando Demodex foliculorim
Fonte: http://www.telmeds.org/AVIM/Apara/artropodos/clase_arachnida/acaros/images_Dfolliculorum/Dfolliculorum_piel2.jpg
Artrópodos - Pulgas - Tunga penetrans
Generalidades e Ciclo de Vida
- Conhecida como “pulga-da-areia” (machos) e “bicho-do-pé” (fêmeas), mede cerca de 1 mm de
comprimento e distribui-se por todo o mundo.
- Achatada lateralmente, é um inseto ápode; a parte anterior termina em forma aguda (pontuda) o
que favorece a penetração na pele do hospedeiro.
- Os adultos (machos e fêmeas virgens) vivem em solos arenosos, quentes e secos, especialmente
próximos a chiqueiros e a domicílios humanos.
-Hematófogas, as fêmeas fecundadas penetram na pele do hospedeiro (porco ou homem), ficando
apenas uma pequena parte para for a para que possa respirar. Os locais preferidos são a sola dos pés,
os espaços entre os dedos e sob as unhas.
- Cerca de 100 ovos são expelidos, os quais em chão úmido e sombreado, darão origem às larvas e
pupas.
- Depois de 15 dias o corpo da fêmea é expulso pela reação inflamatória da pele.
- Sintomas: prurido, reação inflamatória, pode haver infecçõessecundária por C. tetani, C. perfringes
ou fungos.
- Tratamento extirpação dos parasitas em condições assépticas, limpeza do ferimento vacina
antitetânica.
- Prevenção: uso de calçados.
Tunga penetrans
Fonte: http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/sms/usu_img/tunga.jpg
Lesões inicialmente causadas por Tunga penetrans
Fonte: http://www.gefor.4t.com/concurso/parasitologia/tungapenetrans8.jpg
Lesões inicialmente causadas por Tunga penetrans
Fonte: http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/sms/usu_img/tunga.jpg
Artrópodos – Piolhos
Pediculus capitis e Pediculus humanus
Generalidades e Ciclo de Vida
- São conhecidos como piolhos humanos. Pediculus capitis é o “piolho da cabeça”, sendo
encontrado associado aos fios de cabelo da cabeça e Pediculus humanus é o “piolho do corpo”,
mais comum nos países frios. É frequente quando os hábitos de higiene são precários, sendo
encontrado nas dobras do corpo e na roupa.
- Após a postura, os ovos, conhecidos como lêndeas, (cerca de 90 em Pediculus capitis e cerca
de 300 em Pediculus humanus) necessitam ficar por 4 a 14 dias “incubados”; após a eclosão, as
ninfas se tornam adultas em 2 semanas; adultos amadurecem sexualmente em 4 horas, copulam
imediatamente e vivem por 3 a 4 semanas.
- Sintomas: inflamação cutânea, purido e infecções secundárias
- Tratamento: utilização de piolhicidas, (novos: benzoato de benzila, permitrina, deltametrina)
- Prevenção: Higiene pessoal, lavar bem as roupas.
Pediculus capitis - adulto
Fonte: http://k53.pbase.com/u45/holopain/large/34663240.Pediculuscapitis.jpg
Pediculus capitis - Ovo
Fonte: http://i.pbase.com/u45/holopain/large/34663239.Pediculuscapitisegg.jpg
Pediculus humanus - adulto
Fonte: http://pathmicro.med.sc.edu/para-lab2/pediculus_humanus/Pediculus_humanus20X.jpg
Pediculus humanus - Ovo
Fonte: http://www.ufrgs.br/para-site/Imagensatlas/Athropoda/Imagens/lendea01.jpg
Artrópodos – Piolhos - Pthirus pubis
Generalidades e Ciclo de Vida
- Popularmente conhecido como “chato” é um piolho (inseto) é o causador da pediculose genital;
localiza-se especialmente nos pelos pubianos mas também pode aparecer nas axilas e
sobrancelhas.
- Após a postura, os ovos (de 100 a 300) necessitam ficar por 4 a 14 dias “incubados”; após a
eclosão, as ninfas se tornam adultas em 2 semanas; adultos amadurecem sexualmente em 4
horas, copulam imediatamente e vivem por 3 a 4 semanas.
- Sintomas: inflamação cutânea, purido e infecções secundárias
- Tratamento: utilização de piolhicidas.
- Prevenção: Evitar constante troca de parceiro sexual e lavar bem as roupas íntimas.
Pthirus pubis - adulto
Fonte: http://www.afpmb.org/pubs/Field_Guide/Images/originals/Fig.%2077.jpg
Infestação de Pthirus pubis
Fonte: modificado de http://www.afpmb.org/pubs/Field_Guide/Images/originals/Fig.%2077.jpg
Artrópodos – Dipteros - Dermatobia hominis
Generalidades e Ciclo de Vida
- Vulgarmente conhecida como “berne”, a parasitose é causada por um inseto díptero, onde sua
larva se desenvolve na pele de alguns mamíferos, inclusive do ser humano.
- A postura dos ovos é feita em outro inseto (preferencialmente hematófogo); esse transporta os
ovos e as larvas saem sobre a pele do hospedeiro.
- Na epiderme, a larva se desenvolve (por lesão) e o ciclo dura de 35 a 45 dias (pode se prolongar
por até 3 meses). Os principais sintomas são inflamações e tumefações (lesões semelhantes à
furúnculos). Infecções secundárias podem ocorrer.
- Na remoção da larva, deve-se impedir que essa respire e deve-se remove-la cirurgicamente;
passar éter iodoformado e cobrir a lesão. Recomenda-se a aplicação de vacina anti-tetânica.
Dermatobia hominis - Adulto
Fonte: http://www.afpmb.org/pubs/Field_Guide/Images/originals/Fig.%20211.jpg.
Dermatobia hominis - Larva
Fonte: http://www.afpmb.org/pubs/Field_Guide/Images/originals/Fig.%20167.jpg
Larva de Dermatobia hominis na pele humana
Fonte: http://farm1.static.flickr.com/228/480796744_ce6f301283.jpg?v=0

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