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ABORDAGENS TERAPÊUTICAS PARA DORES CRÔNICAS Profa. Thais Pompeu Rio de Janeiro 2017 O QUE É A DOR? O QUE É A DOR? Segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), a dor é definida como uma experiência emocional e sensorial desagradável associada com um dano tecidual potencial ou real, ou descritos em termos deste dano. Dor MERSKEY, H. & BOGDUK, N. IASP Press, 1994. Tratado do Homem, René Descartes, 1664 Em 2000 foi publicado, pela Joint Commission Accreditation of Healthcare Organizations (JCAHO), a norma que descreve a dor como 5º sinal vital O QUE É A DOR? Dor aguda Duração de minutos a dias Características Dor Aguda Dor Crônica Função Função de Alerta Sem função fisiológica Etiologia Agente externo Desconhecida Duração Transiente Prolongada Exemplos Dor Somática Dor visceral Dor Neuropática, Dor fantasma, Câncer, osteoartrose Dor crônica Duração de meses a anos CLASSIFICAÇÕES DA DOR Quanto a duração CLASSIFICAÇÕES DA DOR Quanto a causa Pode ser causada por: Procedimentos cirúrgicos, degeneração de articulações, ossos e nervos, tumores, artrite e etc. Osteoartrite Lombalgias Dor Oncológica CLASSIFICAÇÕES DA DOR Quanto a localização Change Pain – Acesso em Março de 2016 CLASSIFICAÇÕES DA DOR Quanto a Patogênese Nociceptiva Nociceptiva e Neuropática Neuropática Dor causada por estímulos nocivos ao organismo. Dor Somática e Dor Visceral Dor causada por lesão ou doença afetando o sistema somatossensorial. Dor Fantasma, Lombalgias, Lesão da medula espinhal, Oncológica 2 tipos de componentes Oncológica, Lombalgias. CLASSIFICAÇÕES DA DOR Quanto a Patogênese Dor Nociceptiva: Mecanismo de proteção do organismo Dor Inflamatória: Mecanismo de proteção após injúria inevitável Dor Patológica: Mecanismo maladaptativo resultante de funcionamento anormal do sistema nervoso CRÔNICA FISIOPATOLOGIA DA DOR ? Inflamatória Neuropática Disfuncional Dor Crônica Woolf et al., 2009. Dor X Nocicepção FISIOPATOLOGIA DA DOR FISIOPATOLOGIA DA DOR NOCICEPÇÃO DESCONFORTO EMOÇÃO SOFRIMENTO DOR FISIOPATOLOGIA DA DOR Nociceptor: As células que sentem dor! FISIOPATOLOGIA DA DOR Geração da Dor Woolf et al., 2009. FISIOPATOLOGIA DA DOR Fibras que conduzem a dor: Fibras Aα e Aβ: Mielinizadas; largo diâmetro; Estão relacionadas com a propriocepção e contatos com a pele. Fibras Aδ: Levemente mielinizadas; médio diâmetro; Nocicepção (mecânica, térmica e química). Fibras C: Não mielinizadas; pequeno diâmetro; Nocicepção (mecânica, térmica e química) FISIOPATOLOGIA DA DOR Percepção da Dor na Medula Espinhal FISIOPATOLOGIA DA DOR Medula Espinhal Ponte Mesencéfalo Neurônio sensorial 3ário Neurônio sensorial 2ário Neurônio sensorial 1ário Nociceptores Trato espino talâmico Tálamo Córtex Somato-sensorial Bulbo REAÇÕES À DOR FISIOPATOLOGIA DA DOR Como Controlar a Dor? FISIOPATOLOGIA DA DOR Teoria do Portão Medular da Dor FISIOPATOLOGIA DA DOR Via Inibitória Descendente da Dor Núcleo da rafe PAG Corno dorsal Medula espinhal Bulbo Mesencéfalo Córtex PAG NMR Corno Dorsal HipotálamoTálamo NRPG Periferia LC (+) (+) ( + ) ( + ) (+) (+) NA5-HT Enk ( - ) Opióides Opióides Opióides Córtex PAG NMR Corno Dorsal HipotálamoTálamo NRPG Periferia LC (+) (+) ( + ) ( + ) (+) (+) NA5-HT Enk ( - ) Opióides Opióides Opióides PAG = Substância cinzenta periaquedutal NMR = Núcleo magno da rafe NRPG = Núcleo reticular paragigantocelular FISIOPATOLOGIA DA DOR Via Inibitória Descendente da Dor FISIOPATOLOGIA DA DOR Mediadores Endógenos de Analgesia Norepinefrina Serotonina GABA Endocanabinóides Peptídeos Opióides Nucleosídeos FISIOPATOLOGIA DA DOR Dor Aguda X Dor Crônica 9 ANOS 52 ANOS ? DOR AGUDA DOR CRÔNICA FISIOPATOLOGIA DA DOR CRÔNICA Dor aguda e dor crônica: Principal diferença fisiológica Dor Aguda Resposta adaptativa Dor Dor Crônica Sensibilização Central Dor X Alterações no SNC Sensibilização Periférica Alterações no SNP Disparos espontâneos de Dor DOR CRÔNICA: SINTOMAS Sinais/Sintomas Definição Resposta Patológica Hipoestesia Sensação reduzida a estímulos não dolorosos Percepção reduzida Hipoalgesia Sensação reduzida a estímulos dolorosos Percepção reduzida Parestesia Sensação não dolorosa contínua (Formigamento) - Dor superficial Sensação de dor contínua (Queimação) - Alodinia Mecânica Estímulos mecânicos normalmente não dolorosos evoca dor Sensação de queimação penetrante Hiperalgesia Mecânica Estímulos mecânicos dolorosos promovem uma resposta exagerada Dor superficial lacerante Alodinia ao Aquecimento Aquecimento normalmente não doloroso provoca dor Sensação de queimação Alodinia ao Resfriamento Resfriamento normalmente não doloroso provoca dor Sensação de queimação Baron, R. et al. The Lancet, 9, 2010. DOR CRÔNICA: DIAGNOSTICANDO Escalas para Avaliação Qualitativa e Quantitativa da Dor A escala de dor LANSS é um instrumento capaz de distinguir com boa confiabilidade uma dor de predomínio nociceptivo, neuropático ou misto. A escala vai de 0 a 24 pontos e consta de duas seções: uma que explora os aspectos qualitativos e outra os aspectos sensitivos da dor. A dor nociceptiva Na escala de dor LANSS, esse tipo de dor corresponde a escores inferiores a 8 pontos. A dor neuropática Na escala de dor LANSS, os escores são superiores a 16 pontos. A dor mista é a dor com escore entre 8 e 16 pontos na escala de dor LANSS, indicando lesão simultânea de nervos e tecidos adjacentes, como ocorre na gênese da dor oncológica, dor ciática e síndrome do túnel do carpo. LANSS - Leeds Assessment of Neuropathic Symptoms and Signs - tipo TIPOS DE DOR CRÔNICA DOR : TRATAMENTO DOR SUBJETIVIDADE DIAGNÓSTICO SINTOMAS FÍSICO PSICOLÓGICO FARMACOLÓGICO TRATAMENTO DOR: TRATAMENTO Pirâmide Analgésica Moderna Raffa, RB et al. J Clin. Pharm Ther. 39, 2014 DOR AGUDA: TRATAMENTO AINES Opióides Dor Leve Dor Moderada Dor Moderada Dor Severa Adjuvantes Terapêuticos Relaxantes Musculares FÁRMACOS ADJUVANTES CAFEÍNA •Antagonista A1, A2A e A2B; •Inibidor de Fosfodiesterase •Cefaleia • Enxaqueca • Dor Pós Operatória Uso Clínico •VO • 30mg-100mg Vias e Dose Vasoconstrição FÁRMACOS ADJUVANTES CAFEÍNA •Taquicardia • Insônia • Reações Gástricas •Agitação • Tremores Reações Adversas Interações Medicamentosas •Indutores de CYP (Rifampicina, BDZs e etc) •BDZs; •AAS; -Gestantes e Lactantes; -Gastrites; - Insônia. DOR CRÔNICA: TRATAMENTO Dworkin, R.H. et al. Pain 132, 237-251, 2007 ANALGÉSICOS OPIÓIDES FORTE Morfina Oxicodona Metadona Buprenorfina Meperidina Fentanil ANALGÉSICOS OPIÓIDES MODERADO Codeína Tramadol Tapentadol ANTAGONISTA Naloxona Naltrexona ANALGÉSICOS OPIÓIDES Mecanismo de Ação Vias de administração PARENTERAL iv, im, sc Ex. Morfina Codeína Propoxifeno Intranasal: (butorfanol) Patch transdérnico: (Fentanil) Intratecal: Morfina; Buprenorfina, fentanil PCA = Patient Controlled Analgesia ANALGÉSICOS OPIÓIDES ANALGÉSICOS OPIÓIDES Fármaco T1/2 (h) Via Dose Duração Morfina 2 Parenteral Oral 10 mg 30 mg 3 – 4 h Metadona 15-40 Parenteral Oral 10 mg 20 mg 6 – 8 h Meperidina* 3 – 4 Parenteral Oral 100 mg 300 mg 3 – 4 h Codeína 2 - 4 Parenteral Oral 75 mg 130 mg 3 – 4 h Propoxifeno 6 - 12 Oral 130 mg 4 – 6 h Buprenorfina 5 Parenteral 0,3-0,4 mg 6 – 8 h Nalbufina 4 – 6 Parenteral 10 mg 3 – 4 h Fentanil 3 - 4 Parenteral 0,1 mg 1 – 2 h Fármaco T1/2 (h) Via Dose Duração Morfina 2 Parenteral Oral 10 mg 30 mg 3 – 4 h Metadona 15-40 Parenteral Oral 10 mg 20 mg 6 – 8 h Meperidina* 3 – 4 Parenteral Oral 100 mg 300 mg 3 – 4 h Codeína 2 - 4 Parenteral Oral 75 mg 130 mg 3 – 4 h Propoxifeno 6 - 12 Oral 130 mg 4 – 6 h Buprenorfina 5 Parenteral 0,3-0,4 mg 6 – 8 h Nalbufina 4 – 6 Parenteral 10 mg 3 – 4 h Fentanil 3 - 4 Parenteral 0,1 mg 1 – 2 h ANALGÉSICOS OPIÓIDES Indicações Terapêuticas 1. DOR moderada / severa – visceral ou pós-operatória FAINES FAINES + Opióide Fraco Opióide Forte FAINES FAINES + Opióide Fraco Opióide Forte Morfina Buprenorfina Meperidina Fentanil Sulfentanil Codeína Propoxifeno Pentazocina Nalbufina Dores Oncológicas Dores Inflamatórias ANALGÉSICOS OPIÓIDES Indicações Terapêuticas Inflamatória Disfuncional Neuropática ? ANALGÉSICOS OPIÓIDES Efeitos Adversos AGUDO CRÔNICO INTOXICAÇÃO Náuseas, vômitos* Constipação Sedação* Retenção urinária* Depr. respiratória* Broncoconstricção Hipotensão Euforia Tolerância Dependência Miose Sedação intensa Depr. Respiratória Coma Tratamento: Ventilação Naloxona iv AGUDO CRÔNICO INTOXICAÇÃO Náuseas, vômitos* Constipação Sedação* Retenção urinária* Depr. respiratória* Broncoconstricção Hipotensão Euforia Tolerância Dependência Miose Sedação intensa Depr. Respiratória Coma Tratamento: Ventilação Naloxona iv ANALGÉSICOS OPIÓIDES Efeitos Adversos Alto grau de Tolerância Tolerância Moderada Tolerância Mínima Analgesia Supr. da Tosse Sedação Depr. respiratória Náuseas e vômitos Retenção urinária Euforia / Disforia Bradicardia Miose Constipação Convulsão Alto grau de Tolerância Tolerância Moderada Tolerância Mínima Analgesia Supr. da Tosse Sedação Depr. respiratória Náuseas e vômitos Retenção urinária Euforia / Disforia Bradicardia Miose Constipação Convulsão ANALGÉSICOS OPIÓIDES Abordagens Terapêuticas Multialvos Vantagens -Redução de Efeitos Adversos -- Melhora no espectro de ação -- Redução da dependência -Fraco Agonista opióide -Inibe recaptação de 5-HT e NA -Antagonista NMDA -Agonista TRPV1 -Neuropatia diabética dolorosa -Fibromialgia -Dores Neuropáticas Tramadol Dose máxima: 400mg/dia ANALGÉSICOS OPIÓIDES Abordagens Terapêuticas Multialvos Tapentadol -Agonista opióide Moderado -Inibe recaptação de NE -Fraca Inibição da recaptação de 5- HT -Metabolismo de Fase II -Efeito Opióide melhor -Redução de Efeitos Gastrointestinais -Dose 50 mg, 75mg, 100 mg. -4-6 h -- Dose Máxima: 600- 700mg ANALGÉSICOS OPIÓIDES Estratégias para Redução da Tolerância ANALGÉSICOS OPIÓIDES Interações Medicamentosas Grupo de Drogas Interação com os Opióides Sedativo-hipnóticos Álcool Depressão do SNC (particular/ a depressão respiratória) Antipsicóticos da Sedação Efeito variável na depressão resp. Acentuação do efeito cv Inibidores da MAO Contra-indicação relativa devido ao alto risco de coma hiperpirético, convulsão e hipertensão ATCs e Fenotiazídicos Da potência da morfina Grupo de Drogas Interação com os Opióides Sedativo-hipnóticos Álcool Depressão do SNC (particular/ a depressão respiratória) Antipsicóticos da Sedação Efeito variável na depressão resp. Acentuação do efeito cv Inibidores da MAO Contra-indicação relativa devido ao alto risco de coma hiperpirético, convulsão e hipertensão ATCs e Fenotiazídicos Da potência da morfina Desenvolvimento de Dependência D. FÍSICA Sintomas: D. PSICOLÓGICA ANALGÉSICOS OPIÓIDES ANALGÉSICOS OPIÓIDES Inovações recentes: Onde estamos ? Oxicodona de liberação controlada Redução da dependência Redução de efeitos adversos Morfina + Naltrexona Redução de efeitos constipantes ANALGÉSICOS OPIÓIDES ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS Amitriptilina Nortriptilina Doxepina Principais Indicações -Neuropatia Diabética Dolorosa - Lesão de nervo Periférico -- Esclerose Múltipla -Lesão Medular, - Enxaqueca Efeitos ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS Fármacos Captação de NA Captação 5-HT Efeitos Bloqueadores H1 Ach Amitriptilina ++ ++ ++++ + ++++ ++ Nortriptilina +++ ++ +++ +++ ++++ Bloqueio H1: sedação, sonolência e dificuldade de conccentração Bloqueio muscarínico: xerostomia, visão turva, constipação, retenção urinária Bloqueio 1: hipotensão ISRS ISRS Principais Indicações Diabetes Esclerose Múltipla Lesão de nervo periférico Lesão medular Compressão vascular Agentes tóxicos Enxaqueca OUTROS FÁRMACOS Clonidina Mecanismo de Ação OUTROS FÁRMACOS Clonidina Indicações Clínicas Lesão de nervo periférico Lesão medular Câncer Diabetes Enxaqueca ANTICOVULSIVANTES Pregabalina Gabapentina Principais Indicações -Neuropatia Diabética Dolorosa - Lesão de nervo Periférico -- Neuralgia Pós-Herpética -Lesão Medular, 75 ou 150 mg (até 2x/dia) 300 ou 400 mg (até 3x/dia) Mecanismo de Ação Ligante da subunidade α2-δ de VGCC ANTICOVULSIVANTES Principais Efeitos Adversos • Sedação •Tonteira •Edema Periférico Principais Interações Medicamentosas -Captopril; - Lisinopril; -Trandolapril --Opioides ANTICOVULSIVANTES ANTICOVULSIVANTES Fármacos Adjuvantes ou de Escolha em Casos Especiais Carbamazepina Topiramato Ácido Valpróico Principais Indicações -Neuropatia Diabética Dolorosa - Lesão de nervo Periférico -- Neuralgia Pós-Herpética -Enxaqueca; Terapia Adjuvante Escolha Lamotrigina ANTICOVULSIVANTES Fármacos Adjuvantes ou de Escolha em Casos Especiais Topiramato •Parestesia •Fadiga •Náuseas •Perda de Peso •Redução da capacidade de raciocínio Doses e Vias de Administração • 50mg (2 x ao dia) • Idoso (50mg) •VO Efeitos Adversos Uso para prevenção da enxaqueca (Eficácia semelhante a Amitriptilina). Não há evidências suficientes que apontem para a sua eficácia em dores neuropáticas. • Rápida absorção • Início de ação mais rápido, intenso e prolongada que a procaína • Tempo de efeito intermediário (60-120 min); • Formulações para Liberação contínua garantindo efeito prolongado; • Extensamente metabolizada pelo fígado • Uso Tópico: Tratamento da Neuralgia Pós-Herpética, Dor dental crônica, fibromialgia, lombalgias. •Bloqueio do nervo Lidocaína ANESTÉSICOS LOCAIS Bloqueador de Canais de Sódio Dependente de Voltagem Lidocaína ANESTÉSICOS LOCAIS •Arritmias • Confusão Mental •Sonolência •Hipertensão •Hipotensão Doses e Vias de Administração • 1% a 5% •Transdérmica •Subcutânea •IV Efeitos Adversos AGENTES DESSENSIBILIZANTES CAPSAICINA TRPV1 Nociceptor Dor AGENTES DESSENSIBILIZANTES 0,025% ou 0,075% Indicações clínicas •Neuralgia Pós-Herpética •Osteoartrite •Artrite Reumatóide •Fibromialgia •Coceira •Neuropatia diabética Efeitos Adversos •Dor •Eritema • Perda de sensibilidade AGENTES DESSENSIBILIZANTES CASO CLÍNICO ABORDAGEM TERAPÊUTICA Dor e o SUS Tratamento Medicamentoso – PCDT/CEAF de Dor Crônica O tratamento das dores nociceptiva e mista deve respeitar a proposta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de escalonamento (Degraus da Escada Analgésica, a seguir), que inclui analgésicos, anti-inflamatórios, fármacos adjuvantes e opióides (fracos e fortes). A base do tratamento da dor neuropática envolve o uso de medicamentos antidepressivos tricíclicos e antiepilépticos na maioria dos casos, sendo os opioides reservados somente a pacientes com dor a eles refratária. A primeira escolha, portanto, para os casos de dor neuropática, são os medicamentos antidepressivos tricíclicos, não havendo diferença em termos de eficácia entre os representantes do grupo. Se não houver resposta ao tratamento, devem ser associados antiepilépticos tradicionais (como a gabapentina) e morfina, obedecendo à seguinte sequência: 1. Antidepressivos tricíclicos 2. Antidepressivos tricíclicos + antiepilépticos tradicionais 3. Antidepressivos tricíclicos + gabapentina 4. Antidepressivos tricíclicos + gabapentina + morfina Opióides fortes: morfina, oxicodona, metadona, fentanila, hidromorfona. Opióides fracos: codeína, tramadol. INFORMAÇÕES • www.dol.inf.br • www.dor.gov.br • www.painresearchforum.org • www.iasp-pain.org • emedicine.medscape.com • www.americanpainsociety.org Bibliografia recomendada • Current – Dor – Diagnóstico e Tratamento • Dor Crônica – Diagnóstico, investigação e tratamento Caso 1 Homem, 61 anos de idade, diabético e etilista. Há 1 ano, refere dor intensa em queimação nos membros inferiores, mesmo em repouso. Queixa-se de formigamento nas pontas dos dedos das mãos e pés. Exame Físico Pressão arterial: 150/90 mmHg deitado e 120/80 mmHg em posição ortostática. Ausculta cardiovascular e respiratórias sem alterações. Alteração da sensibilidade em pesquisa com monofilamento em pés, mas com pulsos + e não diminuídos em extremidades. Qual o possível diagnóstico e terapia farmacológica? Caso 2 Homem, 20 anos de idade, há 2 semanas com lombalgia que se iniciou após prática esportiva. Faz uso de anti-inflamatórios com melhora parcial. Ao exame, apresenta dor à palpação da musculatura glútea à esquerda com irradiação para a região sacral. Caso 3 Mulher, 63 anos de idade, com antecedente de neoplasia colônica com metástases ósseas em tratamento paliativo com uso de dipirona e codeína para controle de dor, evoluindo há 3 meses com piora da dor óssea. Não apresenta febre nem outras alterações em relação à consulta anterior.
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