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73414 Remedios Constitucionais Aula 01 190115 (1)

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Remédios Constitucionais 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
1 
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Sumário 
 
1. Remédios Constitucionais ...................................................................................... 2 
1.1 Habeas Corpus .................................................................................................. 2 
1.1.1 Origem do Habeas Corpus .............................................................................. 3 
1.1.2 Características ................................................................................................ 4 
1.1.2.1 Gratuidade .............................................................................................. 4 
1.1.2.2 Contra quem se impetra ......................................................................... 4 
1.1.2.3 Natureza penal ........................................................................................ 5 
1.1.2.4 Procedimento Especial ........................................................................... 5 
1.1.2.5 Ação ou recurso? .................................................................................... 5 
1.1.2.6 Cabimento............................................................................................... 5 
1.1.2.7 Impetrantes ............................................................................................ 6 
1.1.2.8 Identificação ........................................................................................... 7 
1.1.2.9 Quem concede o Habeas Corpus ............................................................ 7 
1.1.3 Espécies de Habeas Corpus .......................................................................... 13 
1.1.3.1 Preventivo ............................................................................................. 13 
1.1.3.4 Repressivo/Liberatório ......................................................................... 14 
1.1.3.4 Suspensivo ............................................................................................ 14 
1.1.3.4 Trancativo ou Profilático ....................................................................... 14 
1.1.4 Punições Disciplinas Militares ...................................................................... 15 
1.1.5 Entendimentos jurisprudenciais importantes .............................................. 16 
1.1.6 Questões de provas ...................................................................................... 18 
 
 
Remédios Constitucionais 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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1. Remédios Constitucionais 
1.1 Habeas Corpus 
O Habeas Corpus visa proteger a liberdade de locomoção. O art. 5, LXVIII da 
Constituição Federal de 1988 afirma: 
 
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado 
de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso 
de poder; 
 
Outros artigos relacionados a esse tema são o art. 647 a 648 do Código de Processo 
Penal. 
 
 Qualquer pessoa pode impetrar Habeas Corpus? A doutrina trata da regra, mas 
existem exceções. O Magistrado, na qualidade de juiz, no exercício da função não 
pode impetrar habeas corpus, de ofício, pois, de regra, o Poder Judiciário não age de 
ofício, apenas em determinadas situações. 
 
 É necessário advogado para impetrar Habeas Corpus? Em grau de Recurso Ordinário 
que vai para o STF e STJ, têm que ter advogado. 
 
O Habeas Corpus tutela a liberdade de locomoção (jus ambulandi), isto é, o jus 
libertati por ilegalidade ou abuso de poder. Esse remédio constitucional está assegurado 
tanto no art. 5, LXVIII da Constituição Federal de 1988 como, também, no art. 647 e 648 do 
Código de Processo Penal: 
 
Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de 
sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição 
disciplinar. 
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal: 
 I - quando não houver justa causa; 
 II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei; 
 III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo; 
 IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação; 
 V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a 
autoriza; 
Remédios Constitucionais 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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 VI - quando o processo for manifestamente nulo; 
 VII - quando extinta a punibilidade. 
 
Em relação às características desse remédio constitucional, cabe destacar o art. 5, XV, 
da Constituição Federal de 1988, assegura a livre locomoção no território nacional em 
tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele 
sair com seus bens. Assim, o direito de locomoção é considerado direito de primeira geração 
(direitos individuais, civis, políticos), e abrange o direito de ir, vir e permanecer. 
Atenção₁: O Habeas Corpus é um remédio constitucional que protege as pessoas e o 
seu patrimônio. 
 
 A Infraero impede o embarque de dono com o cachorro vacinado, cabível Habeas 
Corpus? Sim, pois, como dito, o HC é um remédio constitucional que protege as 
pessoas e o seu patrimônio. O legitimado ativo é o dono e não o cachorro. 
 
Atenção₂: A primeira geração de direitos fundamentais envolve os direitos 
individuais, civis, políticos. A segunda geração envolve os direitos sociais e econômicos. A 
terceira geração envolve os direitos de fraternidade, solidariedade, direito ambiental, direito 
do consumido. A quarta geração envolve a biotecnologia. A quinta geração questões 
envolvendo a internet, cibernética. Essas três primeiras gerações são gerações tradicionais, 
que retomam os ideais da Revolução Francesa: Liberté, Igualité e Fraternité. 
 
 Quando o Habeas Corpus foi inserido no Direito Brasileiro? Em 1891, antes do 
decreto de Dom Pedro. Em 1968 houve restrição da amplitude do HC, nos crimes 
envolvendo crimes políticos, contra a segurança nacional, ordem econômica e social 
e economia popular. 
 
Atenção₃: Jus ambulandi e jus libertati são sinônimos para direito de locomoção. 
 
1.1.1 Origem do Habeas Corpus 
O HC teve origem na Inglaterra em 19 de junho de 1.215, na Carta Maga da 
Inglaterra, Capítulo XXIX, art. 48, com o Rei João sem Terra: 
 
Remédios Constitucionais 
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Art. 48. Ninguém poderá ser detido, preso ou despojado de seus bens, costumes e 
liberdades, senão em virtude de julgamento de seus pares, de acordo com as leis do país. 
 
CEPERJ – 2011 
O habeas corpus surge no direito brasileiro na Constituição de: 
a) 1937 
b) 1891 
c) 1988 
d) 1934 
e) 1946 
 
Comentário: B. No Brasil, surgiu em 1891. 
 
1.1.2 Características 
1.1.2.1 Gratuidade 
Corpus e Habeas Data sãoremédios constitucionais sem custos. 
 
1.1.2.2 Contra quem se impetra 
Se impetra contra ato de autoridade pública (se houver abuso de autoridade ou 
ilegalidade) ou particular (apenas no caso de ilegalidade). 
Exemplo₁: Se o servidor público não estiver no exercício da função comete 
ilegalidade. 
Exemplo₂: Delegado de Polícia, faz interrogatório e a pessoa não responde a 
pregunta, sabendo que tem o direito de ficar calada, não fala. O Delegado prende a pessoa. 
Configura abuso de autoridade. É cabível Habeas Corpus. 
Exemplo₃: Internação de um filho em uma clínica psiquiátrica. Essa pessoa fica 
mantida lá e a pessoa ou terceiro pode impetrar HC contra ato de particular, por se tratar de 
ilegalidade. 
Atenção₁: Abuso de poder é um gênero do qual se têm desvio de poder e excesso de 
poder. 
Atenção₂: A Lei nº 4.898 de 1965 (art. 3 e 4) define o que constitui abuso de 
autoridade. 
 
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1.1.2.3 Natureza penal 
A natureza penal do habeas corpus impede que na sua impetração haja cumulação 
com um pedido indenização por danos morais e materiais (área cível). Ou seja, o Habeas 
Corpus possui natureza penal. 
 
1.1.2.4 Procedimento Especial 
O Habeas Corpus faz parte de um procedimento especial, inclusive, o HC é tão 
urgente que existem juízes de plantão, que, estejam atuando em um processo precisam 
parar tudo e julgar o Habeas Corpus. 
 
1.1.2.5 Ação ou recurso? 
O Habeas Corpus é uma ação e não um recurso. Essa ação pode ser julgado em grau 
de Recurso Ordinário (STF ou STJ). Se isso acontecer, têm que ter advogado. 
 
HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO E REVISÃO CRIMINAL 
O art. 5, LXVIII, da Constituição Federal que será concedido habeas corpus “sempre que 
alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de 
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder”. NÃO CABENDO A SUA UTILIZAÇÃO 
COMO SUBSTITUTO DE RECURSO ORDINÁRIO, TAMPOUCO DE RECURSO ESPECIAL, 
NEM COMO SUCEDÂNEO DA REVISÃO CRIMINAL. (STJ, HC 210961/SP. Relator (a) 
Ministro Assusete Magalhães (1151) T6 – SEXTA TURMA, DJe 11/03/2014. 
 
HABEAS CORPUS, SUBSTITUTIVO DE RECURSO CONSTITUCIONAL. INADEQUAÇÃO DA VIA 
ELEITA. 
Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição Federal 
remédio jurídico expresso, o recurso ordinário. Diante da impetração de novo habeas 
corpus em caráter substitutivo escamoteia o instituto recursal próprio, em manifesta 
burla ao preceito constitucional. 2. A Corte Superior não conheceu da impetração dada 
a pendência de análise de agravo em recurso especial manejado contra o mesmo ato do 
Tribunal de Justiça, em flagrante violação do instituto da ação constitucional do habeas 
corpus (art. 5, LXVIII, da Constituição da República). (STF, HC 120361/MG. Relator (a) 
Ministra Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 18/03/2014). 
 
1.1.2.6 Cabimento 
Cabe tanto para o STJ quanto para o STF (art. 105 e art. 102, ambos da Constituição 
Federal de 1988). 
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Art. 105. As partes poderão também argüir de suspeitos os peritos, os intérpretes e os 
serventuários ou funcionários de justiça, decidindo o juiz de plano e sem recurso, à vista 
da matéria alegada e prova imediata. 
 
Art. 102. Quando a parte contrária reconhecer a procedência da argüição, poderá ser 
sustado, a seu requerimento, o processo principal, até que se julgue o incidente da 
suspeição. 
 
 Atenção₁: Recurso ordinário em sede de Habeas Corpus têm que ter advogado. 
 Atenção₂: Impetrar é pedir. 
 
 Pessoa jurídica pode ser beneficiada do Habeas Corpus? A regra é não. Se a pessoa 
natural for indiciada junto com a pessoa jurídica e é concedido o HC para essa pessoa 
natural, indiretamente, vai beneficiar a pessoa jurídica (essa é a exceção). Não pode, 
de regra (melhor resposta para questões objetivas), mas, em eventual prova 
discursiva, pode alegar essa hipótese mencionada. 
 
 O STF pode impetrar Habeas Corpus se é o órgão responsável por julgar? Não. 
Quando o órgão do Poder Judiciário é responsável por julgar, jamais pode impetrar. 
 
 Um alienígena pode impetrar um Habeas Corpus? Alienígena é sinônimo de 
estrangeiro. Já que os direitos fundamentais são universais eles alcançam, inclusive, 
os alienígenas (caiu em uma questão!). 
 
1.1.2.7 Impetrantes 
Regra: Qualquer pessoa (natural ou jurídica). 
Exceção: “O magistrado na qualidade de juiz de Direito, no exercício da atividade 
jurisdicional, a Turma Recursal, o Tribunal poderão concedê-lo de ofício, em exceção ao 
princípio da inércia do órgão jurisdicional”. (Pedro Lenza, 16ª edição, pág. 1.041) 
 
INSPETOR DA POLÍTICA CIVIL – PC – RJ 
2) Indique a pessoa impossibilitada de figurar no polo ativo da ação de habeas corpus: 
a) estrangeiro, em causa própria; 
b) menor de idade, em favor de outrem. 
c) a pessoa jurídica, em defesa de pessoa física; 
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d) o politicamente incapaz; 
e) o Magistrado, na qualidade de juiz. 
 
Comentário: E. Quando o órgão do Poder Judiciário é responsável por julgar, jamais 
pode impetrar. 
 
1.1.2.8 Identificação 
O impetrante deve ser identificado na petição inicial e a sua assinatura é 
indispensável. Não se admite, portanto, o habeas corpus apócrifa (anônimo). 
O analfabeto pode assinar com as suas impressões digitais, constituindo o habeas 
corpus a rogo. 
 
CESP/DELEGADO DE POLÍCIA – PCES – 2011 
3) Áureo, acadêmico de direito, interpôs recurso ordinário em habeas corpus com o 
objetivo de pleitear, perante o STJ, o trancamento da ação penal promovida contra 
Ângelo. Nessa situação, independentemente da qualidade técnica da peça recursal em 
questão, deve-se reconhecer a ausência de capacidade postulatória de Áureo, mas tal 
circunstância não impossibilitará que o órgão julgador defira a ordem de ofício, diante 
da magnitude dos direitos envolvidos. 
 
Comentário: A afirmativa está certa. Era necessário advogado, mas isso não impede 
que o STJ analise o caso e, conceda o Habeas Corpus de ofício. 
 
1.1.2.9 Quem concede o Habeas Corpus 
O Habeas Corpus têm natureza penal, isso significa que: existe crime estadual, 
federal, eleitoral e militar, mas a Justiça do Trabalho é a única que não atua na área penal e, 
se não atua na área penal, não pode julgar Habeas Corpus. O CNJ também não julga Habeas 
Corpus, porque não atua no âmbito jurisdicional, apenas fiscaliza. 
Atenção: Em prova oral de Delegado, a banca perguntou se menor de idade poderia 
ser preso. Um candidato respondeu, categoricamente, que não poderia. O examinador disse 
que ele estava equivocado, porque menor de idade pode ser preso civilmente por dívida de 
pensão alimentícia, se ele fosse emancipado. OU seja, a banca não perguntou se poderia ser 
preso na esfera penal ou cível, mas se poderia ser preso. 
 
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TRF – 1ª REGIÃO (RJ) – Juiz do Trabalho 
4) José, residente em Mangaratiba, se envolve numa briga com o dono da confecção 
onde trabalhava em Angra dos Reis e é preso. A mulher de José, estudante de Direito, 
impetra habeas corpus em favor dele. Assinale a resposta correta: 
a) A mulher de José não poderia impetrar habeas corpus, por se tratar de ato privativo 
de advogado e depender de outorga de poderes. 
b) Por se tratar de fato ocorrido no ambiente de trabalho, compete à Vara do Trabalho 
de Angra dos Reis apreciar o pedido. 
c) A mulher de José poderia contratar um advogado para impetrar habeas corpus, mas 
dependeria de outorga de poderes para tanto. 
d) A mulher de José poderia impetrar habeas corpus perante a Vara do Trabalho de 
Mangaratiba, independentemente de procuração. 
e) Nenhuma das respostas anteriores. 
 
Comentário: E. A alternativa “a” está errada, pois poderia. A alternativa “b” está 
incorreta, pois a Justiça do Trabalho não é competente. A alternativa “c” está incorreta, pois 
não precisa de advogado, nesse caso. A alternativa “d” está incorreta, pois não poderia 
impetrar na Vara do Trabalho. Assim, a resposta correta é a letra “e”. 
 
Existem crimes na área do trabalho: condição análoga a de escravo, que são julgados 
pela Justiça Federal. 
 
ÓRGÃO COMPETENTE PARA JULGAR O HABEAS CORPUS 
PACIENTE COATOR COMPETÊNCIA 
NÃO TEM FORO NÃO TEM FORO JUIZ DE 1º 
NÃO TEM FORO TEM FORO FORO DO COATOR 
COMPETENTE PARA JULGAR 
CRIMES COMUM 
http://www.facebook.com/concurseirofocadooficial 
 
“A jurisprudência desta Casa de Justiça firmou a orientação de que, em regra, a 
competência para o julgamento de HABEAS CORPUS CONTRA ATO DE AUTORIDADE é do 
TRIBUNAL A QUE COUBER A APRECIAÇÃO DA AÇÃO PENAL CONTRA ESSA MESMA 
AUTORIDADE. Precedente: STF, RE 141.209, Rel. Min. Sepúlveda Pertence. 
Remédios Constitucionais 
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Ou seja, se a vítima não tem foro e o coator têm, esse habeas corpus será julgado 
pelo órgão competente da pessoa que tem foro, seria julgada se tivesse cometido um crime. 
 
Se o paciente não tem foro, mas o coator têm, a competência será do STJ. 
 
ÓRGÃO COMPETENTE PARA JULGAR O HABEAS CORPUS 
PACIENTE COATOR COMPETÊNCIA 
_______________________ MINISTRO DE ESTADO OU 
COMANDANTE DA 
MARINHA, DO EXÉRCITO OU 
DA AERONÁUTICA 
STJ 
http://www.facebook.com/concurseirofocadooficial 
 
Se o paciente têm foro e o coator não, será julgado pelo STF, conforme a tabela 
abaixo. 
 
ÓRGÃO COMPETENTE PARA JULGAR O HABEAS CORPUS 
PACIENTE COATOR COMPETÊNCIA 
MINISTRO DE ESTADO OU 
COMANDANTE DA 
MARINHA, DO EXÉRCITO OU 
DA AERONÁUTICA 
_______________________ STF 
http://www.facebook.com/concurseirofocadooficial 
 
 
 
 
 
Remédios Constitucionais 
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No caso de governadores e outros, atenção para a tabela abaixo: 
 
ÓRGÃO COMPETENTE PARA JULGAR O HABEAS CORPUS 
PACIENTE COMPETÊNCIA 
Governadores dos Estados e 
do DF; 
 
Desembargadores dos TJS 
dos Estados e do DF; 
 
Os membros dos TRFs, dos 
TREs e dos TRTs; 
 
Os membros dos Tribunais 
de Contas dos Estados e do 
DF. 
STJ 
http://www.facebook.com/concurseirofocadooficial 
 
ÓRGÃO COMPETENTE PARA JULGAR O HABEAS CORPUS 
COATOR/PACIENTE COMPETÊNCIA 
Membros dos Conselhos ou 
Tribunais de Contas dos 
Municípios; 
 
Membros do Ministério 
Público da União, que 
oficiem perante tribunais. 
 
STJ 
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O juiz de primeiro grau julga o Habeas Corpus quando o coator/paciente não tem 
foro por prerrogativa de função. 
Exemplo₁: É o juiz estadual que vai julgar habeas corpus por abuso de poder de 
delegado da polícia civil. 
Exemplo₂: É o juiz federal que vai julgar o habeas corpus de prisão por abuso do 
poder do delegado da polícia federal. 
 
VUNESPE – 2014 – DESENVOLVESP – ADVOGADO 
Um comandante da Marinha praticou o crime de lesão corporal dolosa e foi preso em 
flagrante. Seu advogado impetrou habeas corpus que deverá ser processado e julgado, 
originariamente, pelo 
a) Juiz Federal competente 
b) Superior Tribunal de Justiça 
c) Supremo Tribunal Federal 
d) Conselho Nacional de Justiça 
e) Superior Tribunal Militar 
 
Comentário: C. 
 
Atenção: Não confundir restrição da locomoção (habeas corpus), com restrição do 
acesso (mandado de segurança). Só vai haver restrição da locomoção quando confina. 
 
 Observação: Nas penas restritivas de direito, previstas no art. 43 do Código Penal, a 
primeira corrente entende que não é cabível Habeas Corpus. Pena restritiva de direito não 
restringe o direito de liberdade, mas sim, a pena privativa de liberdade. É o caso de penas 
aplicadas ao usuário na lei nº 11.343/06, art. 28. A segunda corrente entende que é cabível, 
porque de acordo com o art. 44, §4, pode haver uma ameaça indireta da liberdade de 
locomoção em decorrência da possibilidade de conversão em penas privativas de liberdade. 
 
 
Art. 43. As penas restritivas de direitos são: (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) 
I - prestação pecuniária; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 
II - perda de bens e valores; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 
III - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 
IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; (Incluído pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984 , renumerado com alteração pela Lei nº 9.714, de 25.11.1998) 
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V - interdição temporária de direitos; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984 , 
renumerado com alteração pela Lei nº 9.714, de 25.11.1998) 
VI - limitação de fim de semana. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984 , renumerado 
com alteração pela Lei nº 9.714, de 25.11.1998) 
 
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de 
liberdade, quando: (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) 
I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for 
cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena 
aplicada, se o crime for culposo; (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) 
II - o réu não for reincidente em crime doloso; (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) 
III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, 
bem como os motivos e as circunstâncias indicarem queessa substituição seja 
suficiente. (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) 
§ 4o A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o 
descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo da pena privativa de 
liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, 
respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão. (Incluído pela Lei nº 
9.714, de 1998) 
 
Assim, se na prova, vier alguma questão absurda falando de procedimento e ação 
penal, perguntando se é cabível habeas corpus, não interessa o teor em si da questão, mas, 
nesse caso, deve ser respondido que sim cabe habeas corpus. Se falar em pena restritiva de 
direito, deve ser respondido que não cabe habeas corpus. 
 
Súmula nº 693, STF 
Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a 
processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada. 
 
 Pessoa cometeu um crime, existe a possibilidade de ela não ser presa em flagrante, 
nesse momento? Duas situações. A primeira, no caso de usuário de drogas não 
podem ser preso em flagrante delito (art. 28, da Lei 11.343/06), sendo submetido à 
advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade e 
medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. A segunda 
exceção é o Presidente da República não pode ser preso em flagrante delito (é um 
impedimento da prisão em flagrante), nas situações de crime comum. 
 
 
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1.1.3 Espécies de Habeas Corpus 
Em todas as espécies de habeas corpus não se admite dilação probatória, a prova 
deve ser pré constituída, ou seja, não é possível apresentar prova em momento posterior. 
 
1.1.3.1 Preventivo 
É cabível no caso de ameaça. 
O juiz concederá salvo-conduto. 
No âmbito da Comissão Parlamentar de Inquérito, já que será interrogado por 
pessoas que não são da área jurídica, possuem receio de serem presas. E, por isso, é comum 
impetrarem Habeas Corpus, para o juiz conceder salvo-conduto. 
 
 O Juiz pode autorizar a quebra de sigilo bancário? Sim. 
 
 A Comissão Parlamentar de Inquérito pode autorizar a quebra de sigilo bancário? 
Sim. Quando determina, precisa da colegialidade, isto é, votação da maioria absoluta 
dos membros da CPI. A maioria absoluta é uma espécie de maioria qualificada 
(gênero), da qual se têm três espécies. A maioria qualificada, qualquer maioria, a 
regra é que a maioria têm que ter como referência o total de membros, 
independentemente de estarem presentes ou não. A exceção é se for maioria 
simples ou relativa. E aí vai ter como referência aqueles que estiverem presentes. É 
um gênero do qual tem três espécies: maioria absoluta (50% +1º número inteiro 
acima da metade), com referência ao total de número de membros, maioria de 2/3 
do total. A exceção é a maioria relativa que é a contagem dos presentes e procura 
primeiro número inteiro acima da metade. 
 
Observação: Não cabe habeas corpus para determinar quebra de sigilo bancário no 
curso de um processo administrativo tributário, determinada pela autoridade fiscal. 
 
 Qual a decisão do Poder Judiciário que não precisa ser fundamentada? Júri Popular, 
pois são eles que julgam e não o Juiz. O Juiz, somente, estará presente na audiência e 
para dosar a pena. Todas as demais precisam ser fundamentadas. 
 No Senado Federal têm 81 senadores dividido por 2 não é 42 (não pode fazer 
arredondamento). É 41. 
Remédios Constitucionais 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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 O Ministério Público pode autorizar a quebra de sigilo bancário? Não. Antigamente, 
podia autorizar a quebra de sigilo de dados bancários, fiscais e telefônicos. Precisa 
pedir autorização para o Poder Judiciário. 
 
1.1.3.4 Repressivo/Liberatório 
É cabível no caso de lesão. 
O juiz concederá alvará de soltura. 
 
1.1.3.4 Suspensivo 
No Habeas Corpus suspensivo existe uma ordem de prisão que ainda não foi 
cumprida. 
É um meio termo entre o habeas corpus repressivo e habeas corpus preventivo. 
Caso concedido, será determinado a expedição do contra mandado (recolhimento do 
mandado de prisão). 
 
1.1.3.4 Trancativo ou Profilático 
A finalidade do Habeas Corpus trancativo ou profilático é trancar o andamento do 
inquérito policial ou da ação penal. 
Possui como requisitos: manifesta atipicidade, persecução criminal teratológica 
(contrária a lei), presente uma causa de extinção da punibilidade e inocência do acusado. 
 
 
HC TRANCATIVO OU PROFILÁTICO 
“O habeas corpus, por ser ação de rito célere, demandar prova pré-constituída e dotada 
de absoluta certeza, somente poderá ser o instrumento apto para trancar a ação pena, 
qual, excepcionalmente, manifestarem-se, de forma, inequívoca e patente, a inocência 
do acusado, a atipicidade da conduta ou a extinção da punibilidade, in casu, a denúncia 
descreveu elementos indiciários suficientes da autoria e da materialidade do delito e 
lavagem de dinheiro.” (STJ, REsp. 1.046.892/CE, Rel. Min. Laurita Vaz, Quinta Turma – J. 
16.08/2012). 
 
Remédios Constitucionais 
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Atenção: O Habeas Corpus Trancativo costuma cair seguidamente nos concursos 
públicos. 
 
1.1.4 Limitar no Habeas Corpus 
É possível liminar no Habeas Corpus preventivo ou repressivo, desde que presente os 
pressupostos (fumus bônus iuris e periculum in mora). 
É concedido prontamente, mediante juízo sumário, porém precário, não definitivo. É 
usado caso haja demora na prestação jurisdicional. 
 
1.1.4 Punições Disciplinas Militares 
O art. 142, §2, da Constituição Federal de 1988 afirma que não caberá habeas corpus 
em relação a punições disciplinares militares, desde que não haja abuso de poder. 
Essa regra também se aplica aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Territórios, por foça do art. 42, §1 da CF/88. 
As punições militares por indisciplina vai de 0 a 30 dias. E, nessa situação, a 
autoridade superior que é a competente define dentro desse prazo quanto tempo o sujeito 
vai ficar preso. Enquanto ficar preso não vai ser cabível habeas corpus, salvo, se ultrapassar 
os 30 dias em razão de violação aos pressupostos da legalidade. 
 
 O Poder Judiciário pode avaliar mérito de ato administrativo? Só quando esgotar 
todas as fases administrativas. 
 
REVOGAÇÃO ANULAÇÃO 
EXTINÇÃO DO ATO DISCRICIONÁRIO RETIRADA DO ATO POR ILEGALIDADE 
PRÓPRIA ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO OU PODER JUDICIÁRIO 
EX NUNC EX TUNC 
 
Atenção: Os atos administrativos discricionários são passíveis de controle judicial no 
quesito “legalidade”. Não pode, no entanto, o Judiciário analisar o mérito (oportunidade e 
conveniência). 
Remédios Constitucionais 
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livrosdoutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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CEPERJ – DEGASE - AUXILIAR ADMINISTRATIVO 
5) É admissível o habeas corpus no caso de 
a) Punições militares 
b) Pena de multa 
c) Valoração da pena 
d) Indiciamento em inquérito policial 
e) Extinção da punibilidade 
 
Comentário: E. A base é o art. 107 do Código Penal. 
 
CESPE – 2011 – PC-ES – DELEGADO DE POLÍCIA – ESPECÍFICOS 
Julgue o item que se segue, relativo ao controle da administração pública. 
 
O controle que o Poder Legislativo exerce sobre a administração pública limita-se às 
hipóteses previstas na Constituição Federal de 1988 (CF) e abrange aspectos de 
legalidade e de mérito do ato administrativo. 
 
Comentário: Certo. As funções típicas do Poder legislativo é legislar e fiscalizar. É o 
único poder que exerce duas funções típicas. Mérito do ato administrativo é fiscalizar. A 
questão colocou “mérito do ato administrativo” e, por isso, muita gente assinalou como 
errada, quando está certa, pois se trata de fiscalizar. 
 
1.1.5 Entendimentos jurisprudenciais importantes 
a) Cabimento de HC e MS contra ato de Juizado Especial 
Compete ao TJ-TRF julgar HABEAS CORPUS contra ato de Turma Recursal de Juizado 
Especial (STF, HC 86.834/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, 23/08/06, Inf. 437, STF); Superada a 
Súmula 690 do STF. 
 
Atenção: Antigamente, quem julgava HC e MS contra ato de Juizado Especial era o 
STF. A Súmula 690 dizia isso e foi superada. Hoje, é o STJ ou o TRF. 
 
Tendo por base o art. 21 da LC nº 35/79 (LOMAN – Lei Orgânica da Magistratura 
Nacional), a própria Turma Recursal de Juizado Especial será competente para julgar 
Mandado de Segurança impetrada contra os seus atos. (STF, MS 24.691-Qo/MG, Rel. Marco 
Aurélio, Tribunal Pleno, DJ de 26.06/2005). 
Remédios Constitucionais 
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Exemplo: O HC ou o Mandado de Segurança impetrado contra o Juiz de primeiro grau 
é a Turma Recursal. Habeas Corpus contra ato de Turma Recursal, TJ ou TRF. Mandado de 
Segurança contra ato de Turma Recursal será competente a própria Turma Recursal de 
Juizado Especial. 
 
CESPE – OAB. Assinale a opção correta com relação à garantia constitucional do habeas 
corpus. 
a) Caso uma decisão de turma recursal de juizados especiais criminais constitua ato 
coator da liberdade de locomoção de um acusado, será cabível habeas corpus dirigido 
ao STJ. 
b) Caso a sentença penal condenatória emanada de juiz militar imponha pena de 
exclusão de militar ou de perda de patente, será cabível a utilização do habeas corpus. 
c) Caso ocorra, ao fim de um processo penal, a fixação de pena de multa em sentença 
penal condenatória, ficará prejudicada a utilização do habeas corpus, haja vista a sua 
destinação exclusiva à tutela do direito de ir e vir. 
d) Ainda que já extinta a pena privativa de liberdade, é cabível a utilização de habeas 
corpus para pedido de reabilitação de paciente. 
 
Comentário: C. 
 
Atenção: O princípio da presunção da inocência só se aplica na esfera penal. 
Essa questão já caiu em concurso. Muitos pensaram que é presumidamente inocente 
em qualquer situação e é apenas na esfera penal. 
 
Súmula nº 693, STF 
Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a 
processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada. 
 
Em pena de multa não há ameaça direta ou indireta a locomoção. 
 
Súmula nº 694, STF 
Não cabe habeas corpus contra a imposição da pena de exclusão de militar ou de perda 
de patente ou de função pública. 
 
Súmula nº 695, STF 
Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade. 
 
Remédios Constitucionais 
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doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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1.1.6 Questões de provas 
 
UESPI – 2009 – PC-PI – Delegado 
7) A garantia constitucional que prevê a existência e o julgamento do habeas corpus, é 
um remédio judicial que pode ser aplicado em situações concretas de: 
a) violação de direito líquido e certo à permanência em sua moradia, em decorrência de 
ato desapropriatório ilegal. 
b) aplicação indevida de pena restritiva de direitos em processo criminal. 
c) pena pecuniária demasiada aplicada em caráter de confisco. 
d) ato do Ministério da Justiça que não permite a saída de estrangeiro do território 
nacional. 
e) Punição disciplinar de policial militar que importe em sua prisão. 
 
Comentário: D. 
 
CESPE/PROCURADOR DO ESTADO/PB 
O Habeas Corpus não é a medida idônea para impugnar decisão judicial que autoriza a 
quebra de sigilos fiscal e bancário em procedimento criminal, visto que a quebra do 
sigilo, por si só, não repercute no direito de ir e vir do indivíduo. 
 
Comentário: Errada. 
 
CESPE/PROCURADOR/AGU/2010 
O Habeas Corpus constitui, segundo o STF, medida idônea para impugnar decisão 
judicial que autoriza a quebra de sigilos fiscal e bancário em procedimento criminal. 
 
Comentário: Certa. 
 
OFICIAL DE CARTÓRIO DA POLÍCIA CIVIL PCRJ 
10) Sob o prisma constitucional, a ação de habeas corpus limitar-se-á a tutelar a 
liberdade ambulatorial do paciente, não admitindo cumulação de pedido de indenização 
por danos morais ou materiais sofridos em razão do encarceramento indevido; 
 
Comentário: Errada. 
 
 
Remédios Constitucionais 
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TJDFT – JUIZ SUBSTITUTO 
11) Assinale a alternativa errada: 
a) o habeas corpus é garantia constitucional prevista no artigo 5º, inciso LXVIII, da CF, 
com finalidade específica: proteção à liberdade de locomoção, à liberdade individual de 
ir, vir e ficar; 
 b) o habeas corpus deverá ser impetrado contra ato do coator, que poderá ser tanto de 
autoridade (delegado de polícia, promotor de justiça, juiz de direito, tribunal etc.) como 
particular. No primeiro caso, nas hipóteses de ilegalidade e abuso de poder, enquanto 
que, no segundo caso, somente nas hipóteses de ilegalidade; 
 c) neste tipo de writ, é dispensada a presença do advogado, admitindo-se sua 
impetração até mesmo via fax. Mas, um mínimo de formalidade é indispensável a 
qualquer instrumento processual e, sendo assim, um dos requisitos de observância 
obrigatória, mesmo que em sede de hábeas corpus, refere-se à identificação do 
impetrante, na petição inicial. A impetração sem qualquer identificação é tida por 
anônima e, portanto, inadmissível; 
 d) a impetração com a devida identificação, mas sem a assinatura confirmatória ao final 
da petição inicial, portanto apócrifa, é admitida, em homenagem à magnitude do direito 
que o instrumento busca resguardar e, ainda, em conformidade com jurisprudência 
emanada do Supremo Tribunal Federal. 
 
Comentário: D. 
 
 
	1. Remédios Constitucionais
	1.1 Habeas Corpus
	1.1.1 Origem do Habeas Corpus
	1.1.2 Características
	1.1.2.1 Gratuidade
	1.1.2.2 Contra quem se impetra
	1.1.2.3 Natureza penal
	1.1.2.4 Procedimento Especial
	1.1.2.5 Ação ou recurso?
	1.1.2.6 Cabimento1.1.2.7 Impetrantes
	1.1.2.8 Identificação
	1.1.2.9 Quem concede o Habeas Corpus
	1.1.3 Espécies de Habeas Corpus
	1.1.3.1 Preventivo
	1.1.3.4 Repressivo/Liberatório
	1.1.3.4 Suspensivo
	1.1.3.4 Trancativo ou Profilático
	1.1.4 Punições Disciplinas Militares
	1.1.5 Entendimentos jurisprudenciais importantes
	1.1.6 Questões de provas

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