Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Direito Processual do Trabalho O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 1 www.cursoenfase.com.br Sumário Bibliografia indicada ....................................................................................................... 2 1. Direito processual do trabalho ............................................................................... 2 1.1 Aplicação subsidiária no processo do trabalho ................................................ 2 1.2 Peculiaridades aplicadas ao processo do trabalho ........................................... 3 1.2.1 “Jus postulandi” na justiça do trabalho ....................................................... 3 Direito Processual do Trabalho O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 2 www.cursoenfase.com.br Bibliografia indicada CLT CPC Livro do professor Carlos Henrique Bezerra Leite – manual. Livro do Mauro Schiavi Livro do Sérgio Pinto Martins 1. Direito processual do trabalho 1.1 Aplicação subsidiária no processo do trabalho No direito processual do trabalho, não há um código de processo do trabalho. Então, a CLT fica responsável pelo direito material e processual. No entanto, se houver na CLT omissão, será possível aplicar as regras do CPC, desde que haja compatibilidade dessas regras com o sistema processual trabalhista. Exemplo: sentença foi proferida, condenando A, B e C, sendo que cada um dos réus possuem um advogado. Se fosse seguir a regra do CPC, art. 191, o prazo para apelação seria em dobro, pois há litisconsórcio passivo com procuradores distintos. Essa regra não existe na CLT, então ela é omissa. Ocorre que o art. 191, CPC não é compatível com o processo do trabalho, que busca a celeridade e essa regra deixa o processo mais lento. Então, não basta omissão, é necessária compatibilidade. Art. 191. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos. Na execução trabalhista o CPC não tem aplicação direta subsidiária, pois para chegar ao CPC deve-se primeiro passar pela lei de execuções fiscais e apenas se esta não resolver é que se deve buscar o CPC. A multa de 10% prevista no art. 475-J, CPC, não está prevista na CLT. Então, o professor entende que esse artigo poderia ser aplicado no processo do trabalho, pois a regra é omissa e compatível. Porém, esse não é o entendimento do TST, que entende que não há omissão, pois no art. 880 e 884, CLT tem regras próprias que tratam da execução trabalhista e, por isso, não se deveria aplicar nenhum outro diploma subsidiariamente. Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á mandado de penhora e avaliação. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) § 1o Do auto de penhora e de avaliação será de imediato intimado o executado, na pessoa de seu advogado (arts. 236 e 237), ou, na falta deste, o seu representante legal, ou Direito Processual do Trabalho O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 3 www.cursoenfase.com.br pessoalmente, por mandado ou pelo correio, podendo oferecer impugnação, querendo, no prazo de quinze dias. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) § 2o Caso o oficial de justiça não possa proceder à avaliação, por depender de conhecimentos especializados, o juiz, de imediato, nomeará avaliador, assinando-lhe breve prazo para a entrega do laudo. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) § 3o O exequente poderá, em seu requerimento, indicar desde logo os bens a serem penhorados. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) § 4o Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput deste artigo, a multa de dez por cento incidirá sobre o restante. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) § 5o Não sendo requerida a execução no prazo de seis meses, o juiz mandará arquivar os autos, sem prejuízo de seu desarquivamento a pedido da parte. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) O CPC sempre é a fonte subsidiária do processo do trabalho? Errado, pois apenas quando houver omissão e compatibilidade o CPC será utilizado. Além disso, ainda que fosse omisso e compatível, não é sempre subsidiário, pois nos casos de execução, deve-se buscar primeiramente a Lei de Execução Fiscal e apenas se esta não for aplicável é que se buscará o CPC. 1.2 Peculiaridades aplicadas ao processo do trabalho 1.2.1 “Jus postulandi” na justiça do trabalho Jus postulandi significa “direito de postular”. CLT art. 791. Pessoalmente = não precisa de advogado. Conforme o art. 791, CLT, os empregados e empregadores poderão reclamar na justiça do trabalho pessoalmente, ou seja, sem o auxílio de um advogado. Exemplo: Astolfo ajuizou na Vara do Trabalho uma reclamação trabalhista sem advogado em face da empresa X. Conforme o art. 791, CLT, tanto Astolfo como a empresa X poderiam apresentar defesa sem advogado. Então, digamos que a sentença tenha sido totalmente improcedente, conforme o art. 791, CLT poderia haver o recurso ordinário sem o auxílio de advogado. Desse RO haveria a prolação de um acórdão, e dele caberia recurso de revista, cuja competência para julgamento é do TST. Pelo que está escrito no art. 791, CLT poderia haver a interposição do recurso de revista sem advogado. No entanto, a súmula 425, TST resolveu mitigar o que está escrito na lei. Então, a partir da edição dessa súmula, apenas pode postular em juízo sem advogado se for apenas até o TRT, pois se quiser interpor recursos no TST, irá necessitar de advogado, bem como se quiser ajuizar uma ação rescisória, uma ação cautelar, um mandado de segurança, independentemente de qual instancia esteja, e os Direito Processual do Trabalho O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 4 www.cursoenfase.com.br recursos de competência do TST, nesses casos será necessário o auxílio de advogado. Portanto, em regra, no processo do trabalho não precisa de advogado para recorrer, exceto nos casos citados alhures. Observação: o jus postulandi na justiça do trabalho serve apenas para quem tem relação de emprego. Então, se uma diarista resolver postular contra o seu contratante, ela precisará de advogado, pois se trata de uma relação e trabalho e não de emprego.
Compartilhar