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734 Lei 8122 Aula 01 270115

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Lei 8.112/90 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
1 
www.cursoenfase.com.br 
 Sumário 
1. Âmbito de aplicação da Lei 8.112 ............................................................................... 2 
1.1 Conceito de cargo público ..................................................................................... 3 
2. Formas de provimento ............................................................................................... 5 
2.1 Nomeação ............................................................................................................. 5 
2.1.2 Concurso público ............................................................................................ 5 
2.1.2 Posse do servidor público ............................................................................... 7 
2.1.3 Exercício .......................................................................................................... 8 
2.1.4 Estabilidade .................................................................................................... 8 
2.1.5 Estágio probatório ........................................................................................ 10 
2.2 Promoção ............................................................................................................ 12 
2.3 Readaptação........................................................................................................ 12 
2.4 Reversão .............................................................................................................. 13 
2.5 Reintegração ....................................................................................................... 14 
 
 
 
Lei 8.112/90 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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1. Âmbito de aplicação da Lei 8.112 
Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das 
autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais. 
A Lei 8.112 é aplicada para servidor público federal da Administração Pública direta, 
autárquica e fundacional. 
Cada ente federado possui sua própria autonomia financeira, política, orçamentária e 
dentro dessa autonomia que é concedida também possuem autonomia organizacional e 
administrativa para disciplinar suas próprias regras sobre servidores públicos. Cada Estado, 
município possui autonomia para criar seu próprio estatuto. 
A Lei 8.112 exclui a sua aplicação para os militares. 
Quando se fala em servidor público a lei engloba apenas servidor público em sentido 
estrito, ou seja, apenas o detentor de cargo público da Administração Pública direta 
(atividades realizadas pela administração diretamente), das autarquias federais e também 
para as fundações públicas de direito público federais (Fundação autárquica. Possui regime 
de autarquia). Nas fundações públicas de direito privado aplica o regime celetista. 
Art. 2º Lei 8112 - Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em 
cargo público. 
 
Art. 39 CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito 
de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da 
administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. 
O texto do art. 39 CF sofreu duas alterações e a segunda alteração foi declarada 
inconstitucional pelo STF. Esse artigo está relacionado com a Administração direta, 
autárquica e fundacional. Na redação da CF/88 havia sido determinado que cada ente 
federado escolhesse Regime Jurídico Único para seus servidores de carreira. RJU é o ente 
federado escolher entre o regime estatutário ou celetista. A União estabeleceu o seu RJU: 
estatutário. A EC 19/98 acabou com a obrigatoriedade do RJU e passou a ser possível a 
coexistência entre celetistas e estatutários de cada ente federado. Porém, em 2007 o STF 
declarou essa alteração inconstitucional por erro na tramitação da PEC com 
inconstitucionalidade formal em uma liminar (efeitos ex nunc). Hoje temos a 
obrigatoriedade do RJU. 
 
 
CF/88 EC 19/98 STF declara inconstucionalidade 
R.J.U Celetistas e estatuários com efeito ex nunc 
Lei 8.112/90 
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doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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1.1 Conceito de cargo público 
Art. 3º Lei 8112 - Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas 
na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. 
Servidor público detentor de cargo efetivo é o concursado (concurso de provas ou 
provas e títulos) podendo ser de carreira (possibilidade de promoção) ou de provimento 
isolado (não há possibilidade de promoção). 
Também há o detentor do cargo em comissão, que é aquele de livre nomeação e 
exoneração (ato administrativo discricionário da autoridade nomeante). O art. 37, V CF 
determina expressamente que a lei disciplinará limites percentuais mínimos para os 
servidores públicos de carreira. 
Cuidado para não confundir o cargo em comissão com a função de confiança. Existem 
funções internas dentro da Administração Pública que não possuem cargo respectivo 
(funções de natureza administrativas). A função de confiança é de livre designação e 
dispensa. A designação precisa necessariamente recair sobre servidor de cargo efetivo. 
Cargo em comissão e função de confiança serve para direção, chefia e 
assessoramento. 
Art. 37, V CF - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores 
ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por 
servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, 
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; 
A Súmula Vinculante 13 proíbe o nepotismo de ascendentes, descendentes, colateral, 
afim, cônjuge e companheiro até 3º grau inclusive. Essa súmula está relacionada com a 
resolução nº 07 do CNJ. 
Súmula vinculante 13 - A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, 
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de 
servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou 
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de 
função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste 
mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. 
Na Lei 8112 há muito tempo temos a proibição que o servidor público tenha sob a 
sua chefia ascendentes, descendentes, colateral, afim, cônjuge e companheiro até o 2º grau. 
Após a edição da súmula vinculante 13 estendemos essa interpretação. E a desobediência 
desse inciso do Art. 117 leva apenas a advertência. 
Art. 117 – Ao servidor é proibido: 
VIII – manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, 
companheiro ou parente até o segundograu civil; 
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O parágrafo único do art. 3º da Lei 8112 encontramos os elementos do cargo público. 
Art. 3º, Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados 
por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para 
provimento em caráter efetivo ou em comissão. 
Cargo público é aquele: 
a) Criado por lei: A regra é que a sua extinção também seria realizada por lei. Porém, 
há uma exceção na extinção, pois é possível haver extinção de cargo público por decreto 
autônomo (quando o cargo público estiver vago). 
Art. 84 – Compete privativamente ao Presidente da República: 
VI – dispor, mediante decreto, sobre: 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; 
 
b) Acesso a todos brasileiros: Esse brasileiro é o nato bem como o naturalizado. 
Porém, a CF separou cargos que são apenas de brasileiro nato. 
Art. 12, §3º CF: São privativos de brasileiro nato os cargos: 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; 
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
V - da carreira diplomática; 
VI - de oficial das Forças Armadas. 
VII - de Ministro de Estado da Defesa. 
 
Art. 89, VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, 
sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e 
dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a 
recondução. 
Além disso, é assegurado o cargo público ao estrangeiro na forma da lei. Exemplo: 
art. 207 CF. 
Art. 207, §1º CF - É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas 
estrangeiros, na forma da lei. 
c) Denominação própria 
 
d) Vencimentos pagos pelos cofres públicos 
 
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2. Formas de provimento 
Provimento são as formas de preenchimento do cargo. 
Art. 8o São formas de provimento de cargo público: 
I - nomeação; 
II - promoção; 
III - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
V - readaptação; 
VI - reversão; 
VII - aproveitamento; 
VIII - reintegração; 
IX - recondução. 
 
2.1 Nomeação 
É a forma de provimento originária, pois é a partir da nomeação que irão surgir as 
demais formas de provimento. 
Art. 9o A nomeação far-se-á: 
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de 
carreira; 
II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos. 
 Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial 
poderá ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, 
sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar 
pela remuneração de um deles durante o período da interinidade. 
Pode ocorrer tanto para cargo em comissão (nomeação livre/a juízo da autoridade 
competente por ato discricionário) como para cargos de provimento efetivo (por prévia 
aprovação em concurso público). 
 
2.1.2 Concurso público 
Art. 37, II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em 
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a 
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações 
para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; 
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, 
por igual período; 
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado 
em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade 
sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; 
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VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas 
portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; 
O concurso público é de provas ou provas e títulos com prazo de validade de até 2 
anos prorrogável por igual período. A prorrogação só pode acontecer uma única vez. 
A nomeação dos aprovados em concurso público deve ser feita com prioridade de 
aprovados em concursos posteriores. A ordem para nomeação de servidor de cargo efetivo 
deve ser feita de acordo com a ordem da classificação no concurso público. 
Súmula 15 STF - Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem o 
direito à nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da classificação. 
A CF determina que será reservado percentual para portadores de necessidade 
especiais sendo que o percentual está previsto na Lei 8112. 
Art. 5º, §2º Lei 8112 - Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se 
inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam 
compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas 
até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso. 
 
Art. 11, Lei 8112. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser 
realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo 
plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado 
no edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção 
nele expressamente previstas. 
Art. 12, Lei 8112. O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, podendo ser 
prorrogado uma única vez, por igual período. 
§ 1o O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em 
edital, que será publicado no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande 
circulação. 
§ 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso 
anterior com prazo de validade não expirado. 
Segundo o art. 12, §2º da Lei 8112 enquanto existir candidato aprovado no concurso 
público a Administração Pública não pode abrir novo concurso público enquanto houver 
candidato aprovado em concurso com prazo de validade aberta, mas deve ser realizada uma 
interpretação adequada, pois a Administração pode abrir novo concurso, porém dentro 
dessas novas vagas deverá convocar os candidatos aprovados no concurso anterior. 
A questão do candidato aprovado dentro do número de vagas, fora do número de 
vagas e em cadastro de reserva não está previstas na Lei 8.112, mas sim na jurisprudência. 
Tradicionalmente a nomeação sempre foi vista como ato administrativo UNILATERAL, pois o 
interessado não assina nada e esse ato parte da Administração. Além disso, nomeação 
sempre foi vista como ato discricionário. Porém, o Estado começou a abusar desse ato 
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discricionário dele ao realizar o concurso, não convocar os aprovados e em seguida já abrir 
novo concurso. Isso viola a moralidade administrativa e o princípio boa fé objetiva ao violar a 
própria regra que ela estipulou no edital, além de violar a eficiência administrativa e a 
impessoalidade. Os Tribunais Superiores passaram a entender que o candidato aprovado 
dentro do número de vagas passa de mera expectativa a ter direito subjetivo à nomeação. 
Além disso, os Tribunais Superiores entenderam que tudo está condicionado ao 
edital e se nele houver regras afirmando que a nomeação está condicionada a dotação 
orçamentária e essa dotação não vier a acontecer não haverá violação da boa fé. Bem como 
também não haverá violação em caso de acontecimentos de caso fortuito e força maior. 
O cadastro de reserva, segundo Tribunais Superiores e doutrina, é constitucional por 
atender o princípio da eficiência e boa administração pública. Porém, é possível haver 
violação da boa fé quando há aprovados em cadastro de reserva e a Administração Pública 
contrata terceirizados. Os candidatos aprovados no cadastro de reserva passarão da mera 
expectativa de direito para direito subjetivo de nomeação. 
Candidato aprovado fora do número de vagas do cadastro de reservas, para o STJ, 
não tem nenhuma expectativa de direito. 
 
2.1.2 Posse do servidor público 
Súmula 16 STF - Funcionário nomeado por concurso tem direito à posse. 
O termo funcionário não é mais utilizado hoje. 
Posse é ato bilateral. Acontece a investidura. 
Art. 7º Lei 8112 - A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. 
A posse ocorre somente após a nomeação. Ela não existe nas outras formas de 
provimento. 
Art. 13, §4º Lei 8112 - Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação. 
É um ato extremamente formal. O servidor público deve se sujeitar à avaliação por 
junta médica oficial. 
Art. 14 Lei 8112 - A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial. 
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e 
mentalmente para o exercício do cargo. 
O prazo para posse é de até 30 dias. Caso não a pessoa não tomar posse será 
declarado ineficaz o ato de nomeação. A posse pode ser adiada nas hipóteses do §2º do art. 
13. 
 
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Art. 13 Lei 8112. 
§ 1o A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de 
provimento. 
§ 6o Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo 
previsto no § 1o deste artigo. 
A posse é um ato personalíssimo, porém cabe representação por meio de procuração 
específica. 
Art. 13, §3º - A posse poderá dar-se mediante procuração específica. 
Na posse é necessário comprovar os requisitos da investidura. 
Art. 5º - São requisitos básicos para investidura em cargo público: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o gozo dos direitos políticos; 
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
V - a idade mínima de dezoito anos; 
VI - aptidão física e mental. 
 
2.1.3 Exercício 
O prazo para entrar em exercício no cargo em comissão e para o cargo efetivo é de 
até 15 dias após a posse. 
Art. 15, §1º - É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público 
entrar em exercício, contados da data da posse. 
Caso seja função de confiança o prazo será imediato. 
Art. 15, §4º - O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de 
publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado 
por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o 
término do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da publicação. 
Caso o servidor não entre em exercício no cargo efetivo e no cargo em comissão será 
exonerado. 
O prazo, para os devidos fins legais, é contado partir do exercício. 
 
2.1.4 Estabilidade 
Art. 21, Lei 8112. O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de 
provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos 
de efetivo exercício. (prazo 3 anos - vide EMC nº 19) 
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Art. 22, Lei 8112. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial 
transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja 
assegurada ampla defesa. 
Estabilidade é uma qualidade do cargo público efetivo que garante permanência do 
servidor público no cargo ou pelo menos na função que ele exercia dentro da respectiva 
esfera. 
Cuidado para a frase “A estabilidade se dá no serviço”, pois acontece apenas no 
serviço das respectivas funções e apenas do respectivo ente federado. 
Para adquirir estabilidade são necessários os seguintes requisitos: cargo efetivo, 3 
anos de efetivo exercício e avaliação especial de desempenho prevista no art. 41, §4º CF. 
Porém, existem formas de perda da estabilidade: processo administrativo assegurada ampla 
defesa e contraditório, sentença judicial transitada em julgado. Originalmente só havia esses 
dois casos, porém a CF sofreu alteração para permitir mais duas situações: avaliação especial 
de desempenho regulamentada por lei complementar e por excesso de gastos 
orçamentários (que ocorrerão por duas medidas sucessivas: 20% dos cargos em comissão e 
função de confiança, exoneração dos não estáveis – art. 19 ADCT e art. 33 EC/19 e só depois 
dessas duas medidas poderá ser exonerado o servidor público estável e caso ocorra essa 
situação para cada ano de serviço receberá um remuneração e nenhuma função 
assemelhada àquela declarada vaga não poderá ser criada pelos próximos 4 anos). 
Art. 41 CF. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para 
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. 
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei 
complementar, assegurada ampla defesa. § 2º Invalidada por sentença judicial a 
demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se 
estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em 
outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de 
serviço. 
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em 
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado 
aproveitamento em outro cargo. 
 § 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial 
de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. 
 
Art. 169, § 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, 
durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências: 
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I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e 
funções de confiança; 
II - exoneração dos servidores não estáveis. 
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para 
assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o 
servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um 
dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto 
da redução de pessoal. 
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização 
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço. 
 § 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado 
extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou 
assemelhadas pelo prazo de quatro anos. 
 § 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do 
disposto no § 4º. 
Não confundir estabilidade com vitaliciedade. Na vitaliciedade os membros do MP e 
o juiz só perderão o cargo por decisão judicial transitada em julgado. 
 
2.1.5 Estágio probatório 
É um processo de avaliação para determinar se o servidor possui aptidão para 
desempenho das funções daquele cargo público. 
Caso o servidor público seja inabilitado no estágio probatório será exonerado do 
cargo e caso possua estabilidade em outro cargo público federal será reconduzido ao cargo 
de origem. 
A exoneração deve observar ampla defesa e contraditório além de que dever ser 
motivada. 
Art. 34, Lei 8112 - Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á: 
I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório; 
II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo 
estabelecido. 
 
Súmula 21 STF- funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem 
demitido sem inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade. 
 
Art. 5º, CF 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
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Art. 50 Lei 9784 - Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos 
fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: 
A falta cometida no estágio probatório deve ser punida no devido procedimento 
estabelecido em lei com sanções razoáveis e proporcionais. 
Caso o servidor faça greve no estágio probatório será tratado da mesma forma que o 
servidor estável: em caso de greve legitima, os dias serão descontados, mas haverá 
possibilidade de compensação de horário. Em caso de greve ilegítima haverá desconto do 
horário e poderá punir. 
Art. 20, § 3o O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de 
provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou 
entidade de lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para 
ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do Grupo-
Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. 
 § 4o Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas as licenças e os 
afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento 
para participar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro 
cargo na Administração Pública Federal. 
§ 5o O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os afastamentos 
previstos nos arts. 83, 84, § 1o, 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em curso 
de formação, e será retomado a partir do término do impedimento. 
Servidor em estágio probatório pode ocupar cargo em comissão, inclusive para outro 
órgão. Se for em outro órgão cargo poderá ocupar cargo em comissão DAS 4, 5 ou 6 (DAS é o 
nível do cargo) e se for no mesmo órgão poderá ocupar cargo em comissão de qualquer em 
qualquer nível. 
O prazo do estágio probatório, na lei 8112, a redação diz 24 meses. Porém, na prova 
geralmente se pergunta o prazo que a doutrina, jurisprudência dos tribunais superiores e o 
parecer 02 da AGU estabelecem: 36 meses. A CF fala em estabilidade e no texto originário da 
CF a estabilidade era de 2 anos. A EC/98 estabeleceu o prazo de estabilidade de 36 meses. A 
Lei 8112 fala em estágio probatório com prazo de 24 meses, porém após a EC a doutrina 
entendeu que não seria proporcional estabelecer prazo distinto do prazo probatório para a 
estabilidade, pois, apesar de coisas distintas, estão interligadas. O estágio probatório é 
condição para se adquirir a estabilidade. 
 
 
 
Lei 8.112/90 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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2.2 Promoção 
Somente ocorre para o servidor de carreira. Servidor de provimento isolado não pode 
sofrer promoção. 
As regras para a promoção estarão inseridas na lei do cargo e não na Lei 8.112. 
Cuidado para não confundir com a progressão, que não é forma de provimento, mas 
sim mudança no padrão remuneratório do servidor público. 
Também não confundir a promoção com ascensão. Na ascensão o servidor saia da 
última classe da carreira dele e ingressava na primeira classe da carreira acima. A ascensão 
foi declarada inconstitucional pelo STF por violar o ingresso ao cargo público por violação a 
ausência de concurso público. Exemplo: Passar de técnico para analista. 
Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo 
posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que promover o 
servidor. 
 
2.3 Readaptação 
 Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e 
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade 
física ou mental verificada em inspeção médica. 
Readaptação é a investidura do servidor público em atividades compatíveis com 
limitações funcionais, físicas, mentais que tenha sofrido. 
A lei não fez limitação se o servidor deve ser estável ou não. Então, não deve ser 
interpretado para o menos: aplicar-se-á a readaptação para o servidor estável e o servidor 
não estável. 
O servidor público terá equiparação dos vencimentos. 
Art. 24, § 2o A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a 
habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese 
de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até 
a ocorrência de vaga. 
Se não houver cargo vago o servidor irá exercer suas funções como excedente, que é 
o desempenho das funções normalmente, porém não estará ocupando cargo nenhum. 
Assim é assegurada a readaptação para o não estável. 
Art. 24, § 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado. 
 
 
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2.4 Reversão 
Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: 
 I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da 
aposentadoria; ou 
II - no interesse da administração, desde que: 
a) tenha solicitado a reversão; 
b) a aposentadoria tenha sido voluntária; 
 c) estável quando na atividade; 
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação; 
e) haja cargo vago. 
Retorno à atividade do servidor público aposentado. Há duas espécies de reversão: 
reversão ato vinculado e reversão de ato discricionário. A reversão ato vinculado ocorre 
quando junta médica oficial declara insubsistentes os motivos da aposentadoria. É aplicada a 
servidor público estável e não estável. Não tendo cargo vago o servidor irá exercer suas 
funções como excedente. 
Art. 25, § 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá 
suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. 
Já a reversão discricionária ocorre no interesse da Administração a pedido do 
servidor ou da própria Administração, estável quando na ativa, aposentadoria voluntária, 
cargo vago e que a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação. 
Os proventos da aposentadoria não serão acumulados com a remuneração do cargo. 
Art. 25, § 4o O servidor que retornar à atividade por interesse da administração 
perceberá, em substituição aos proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo 
que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia 
anteriormente à aposentadoria. 
O servidor poderá se aposentar novamente com base nas remunerações atuais caso 
fique 5 anos no cargo. 
§ 5o O servidor de que trata o inciso II somente terá os proventos calculados com base 
nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo. 
Caso o servidor tiver 70 anos de idade não poderá ser revertido. 
 Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de 
idade. 
 
 
 
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2.5 Reintegração 
Art. 41, CF - § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele 
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, 
sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com 
remuneração proporcional ao tempo de serviço. 
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em 
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado 
aproveitamento em outro cargo. 
 
Art. 28, Lei 8112. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo 
anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando 
invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de 
todas as vantagens. 
É a reinvestidura do servidor no cargo que ele ocupava anteriormente em razão de 
sentença judicial ou decisão administrativa que invalida a sua demissão. 
Somente o servidor público estável tem direito a reintegração. Caso não tenha 
estabilidade a pessoa poderá conseguir invalidar a sua demissão então aplicar-se-ão por 
analogia, no que couber, as regras da reintegração. 
Caso o cargo tiver sido extinto o servidor será colocado em disponibilidade com 
remuneração proporcional. Se o cargo tiver sido transformado, o servidor irá ocupá-lo da 
mesma forma. O reintegrado tem o direito de reintegração de todas as suas vantagens. 
E em caso de cargo ocupado o reintegrante terá direito a ocupá-lo mesmo assim. O 
ocupante, se for estável no cargo, será posto em disponibilidade. Se o ocupante for estável 
em cargo de origem será reconduzido sem direito a indenização. Porém, caso o ocupante 
seja não estável não terá direito a permanência e será exonerado de plano.

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