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73415 Resumo Aula2P3 Lei 8112 (1)

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Lei 8.112 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
1 
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 Sumário 
10. Processo Administrativo Disciplinar ......................................................................... 2 
10.1 Instauração .......................................................................................................... 2 
10.2 Inquérito .............................................................................................................. 3 
10.3 Relatório .............................................................................................................. 5 
10.4 Julgamento .......................................................................................................... 5 
10.5 Prazo do PAD ....................................................................................................... 6 
10.6 Ampla defesa e contraditório ............................................................................. 6 
10.7 Processo Administrativo Sumário ....................................................................... 7 
10.8 Direito de petição do servidor ............................................................................ 8 
10.8.1 Revisão do Processo ..................................................................................... 9 
11. Direitos e vantagens do servidor público ............................................................... 11 
 
 
 
Lei 8.112 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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10. Processo Administrativo Disciplinar 
10.1 Instauração 
a) De ofício 
Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a 
promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo 
disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa. 
 
b) Sindicância 
Art. 145. Da sindicância poderá resultar: 
III - instauração de processo disciplinar. 
 
c) Representação 
Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que 
contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, 
confirmada a autenticidade. 
 
A partir da instauração a autoridade administrativa determinará a formação de 
comissão disciplinar, que é formada por três servidores públicos estáveis e um desses 
servidores será o Presidente que terá grau de hierárquico ou de escolaridade idêntico ou 
superior ao do indiciado. Ainda será escolhido um secretário dentre os seus membros. 
O STJ tem entendido que o sindicante não pode integrar a comissão disciplinar sob 
pena de violar o princípio da impessoalidade, da imparcialidade das decisões. 
Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três 
servidores estáveis designados pela autoridade competente, observado o disposto no 
§ 3o do art. 143, que indicará, dentre eles, o seu presidente, que deverá ser ocupante de 
cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior 
ao do indiciado. 
§ 1o A Comissão terá como secretário servidor designado pelo seu presidente, podendo a 
indicação recair em um de seus membros. 
§ 2o Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge, 
companheiro ou parente do acusado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, 
até o terceiro grau. 
 
 
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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10.2 Inquérito 
Serve para instrução probatória, para defesa formal e realização de um relatório. 
A instrução probatória está muito bem definida do art. 155 ao 160. 
Art. 155. Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, 
acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, 
recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa 
elucidação dos fatos. 
Art. 156. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou 
por intermédio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e 
contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial. 
§ 1o O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, 
meramente protelatórios, ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos. 
§ 2o Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato 
independer de conhecimento especial de perito. 
Art. 157. As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo 
presidente da comissão, devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser 
anexado aos autos. 
Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será 
imediatamente comunicada ao chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e 
hora marcados para inquirição. 
Art. 158. O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à 
testemunha trazê-lo por escrito. 
§ 1o As testemunhas serão inquiridas separadamente. 
§ 2o Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-se-á à 
acareação entre os depoentes. 
Art. 159. Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o 
interrogatório do acusado, observados os procedimentos previstos nos arts. 157 e 158. 
§ 1o No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente, e 
sempre que divergirem em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será 
promovida a acareação entre eles. 
§ 2o O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à inquirição 
das testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-se-
lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do presidente da comissão. 
Art. 160. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão 
proporá à autoridade competente que ele seja submetido a exame por junta médica 
oficial, da qual participe pelo menos um médico psiquiatra. 
Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado e 
apenso ao processo principal, após a expedição do laudo pericial. 
Nem toda prova requerida pelo indiciado será aceita. As meramente protelatórias 
serão negadas de plano. 
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
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Feita a instrução probatória será realizada a defesa formal do indiciado. Somente 
depois de a Administração realizar a instrução probatória é que será tipificada a infração e o 
servidor será intimado a apresentar defesa formal. 
Segundo o STJ essa intimação e indiciação posterior não violam a ampla defesa, pois 
isso decorre do princípio da verdade material que instrui os processos administrativos. É 
dever de a Administração buscar os eventos fáticos, reais do procedimento. O prazo é de 10 
dias. Se houver mais de um indiciado o prazo será comum de 20 dias. O prazo pode ser 
prorrogado em dobro. 
O réu revel é aquele intimado legalmente a apresentar sua defesa formal e não o faz. 
A Administração Pública nomeará umservidor como defensor dativo para que ele apresente 
a defesa formal do réu revel e esse servidor que atua como defensor dativo deverá ser 
ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível ou ter nível de escolaridade igual ou 
superior ao do indiciado. 
Art. 161. Tipificada a infração disciplinar, será formulada a indiciação do servidor, com a 
especificação dos fatos a ele imputados e das respectivas provas. 
§ 1o O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da comissão para 
apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do 
processo na repartição. 
§ 2o Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias. 
§ 3o O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para diligências reputadas 
indispensáveis. 
§ 4o No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para 
defesa contar-se-á da data declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão que 
fez a citação, com a assinatura de (2) duas testemunhas. 
Art. 162. O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o 
lugar onde poderá ser encontrado. 
Art. 163. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, 
publicado no Diário Oficial da União e em jornal de grande circulação na localidade do 
último domicílio conhecido, para apresentar defesa. 
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias 
a partir da última publicação do edital. 
Art. 164. Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar 
defesa no prazo legal. 
§ 1o A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e devolverá o prazo para 
a defesa. 
§ 2o Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designará 
um servidor como defensor dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou 
de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. 
 
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10.3 Relatório 
O relatório será conclusivo e fundamentado discorrendo acerca da responsabilidade 
e elucidando todos os eventos do procedimento. 
A comissão disciplinar não tem competência para aplicar sanção e sua função será 
extinta com a realização do relatório e o encaminhamento dos autos do processo para a 
autoridade que iniciou o PAD. 
Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá 
as peças principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a 
sua convicção. 
§ 1o O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do 
servidor. 
§ 2o Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal 
ou regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes. 
Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à 
autoridade que determinou a sua instauração, para julgamento. 
 
10.4 Julgamento 
A autoridade administrativa possui prazo de 20 dias para realizar o julgamento. 
Art. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade 
julgadora proferirá a sua decisão. 
§ 1o Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do 
processo, este será encaminhado à autoridade competente, que decidirá em igual prazo. 
§ 2o Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à 
autoridade competente para a imposição da pena mais grave. 
§ 3o Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade, o julgamento caberá às autoridades de que trata o inciso I do art. 141. 
§ 4o Reconhecida pela comissão a inocência do servidor, a autoridade instauradora do 
processo determinará o seu arquivamento, salvo se flagrantemente contrária à prova 
dos autos. 
O relatório não é vinculante, mas sim meramente opinativo. Se o julgamento não 
chegar à decisão do relatório terá que ser motivado. 
Art. 168. O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às 
provas dos autos. 
Parágrafo único. Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a 
autoridade julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-
la ou isentar o servidor de responsabilidade. 
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Se a autoridade administrativa que iniciou o PAD não tiver competência para 
julgamento, ela remeterá os autos do processo para a autoridade competente. 
 
10.5 Prazo do PAD 
Art. 152. O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá 60 
(sessenta) dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, 
admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem. 
Na forma da lei o prazo é de 120 dias. Porém, o STJ entende que devem ser somados 
os prazos do art. 167 e art. 147 acarretando um total de 140 dias. Pois o prazo de 120 dias 
do art. 152 deve ser lido junto com os outros dois artigos, pois o prazo de 60+60 dias é 
justamente o prazo do afastamento cautelar. 
Art. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade 
julgadora proferirá a sua decisão. 
Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na 
apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá 
determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 
(sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração. 
O afastamento cautelar serve para o servidor público não interferir na instrução 
probatória. 
Art. 147, Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o 
qual cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo. 
Para o STJ, consumado o prazo de 140 dias volta a correr o prazo prescricional e essa 
prescrição será a intercorrente, salvo se a demora ocorrer por conduta do próprio indiciado. 
 
10.6 Ampla defesa e contraditório 
Aplica-se de forma subsidiária as normas da Lei 9784 incidindo os princípios do 
processo administrativo (razoabilidade, proporcionalidade da decisão, motivação, 
oficialidade, gratuidade, verdade material, segurança jurídica, finalidade). 
Na ampla defesa observar a súmula vinculante 5. A defesa técnica no processo 
administrativo é meramente facultativa. E a faculdade a essa defesa técnica é estendida ao 
PAD. Não viola a CF a falta de defesa técnica por advogado no PAD. 
Súmula vinculante 5 - A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo 
disciplinar não ofende a Constituição. 
 
 
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10.7 Processo Administrativo Sumário 
Temos também um processo administrativo sumário. É mais célere. 
É aplicado em caso de demissão em dois casos: acumulação ilegal de funções e 
abandono de cargo ou inassiduidade habitual. 
Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou 
funções públicas, a autoridade a que se refere o art. 143 notificará oservidor, por 
intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de 
dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará procedimento 
sumário para a sua apuração e regularização imediata, cujo processo administrativo 
disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases: 
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por 
dois servidores estáveis, e simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da 
transgressão objeto da apuração; 
 II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e relatório; 
III - julgamento. 
§ 1o A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-á pelo nome e matrícula do 
servidor, e a materialidade pela descrição dos cargos, empregos ou funções públicas em 
situação de acumulação ilegal, dos órgãos ou entidades de vinculação, das datas de 
ingresso, do horário de trabalho e do correspondente regime jurídico. 
§ 2o A comissão lavrará, até três dias após a publicação do ato que a constituiu, termo 
de indiciação em que serão transcritas as informações de que trata o parágrafo anterior, 
bem como promoverá a citação pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio de sua 
chefia imediata, para, no prazo de cinco dias, apresentar defesa escrita, assegurando-se-
lhe vista do processo na repartição, observado o disposto nos arts. 163 e 164. 
§ 3o Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocência 
ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, 
opinará sobre a licitude da acumulação em exame, indicará o respectivo dispositivo legal 
e remeterá o processo à autoridade instauradora, para julgamento. 
§ 4o No prazo de cinco dias, contados do recebimento do processo, a autoridade 
julgadora proferirá a sua decisão, aplicando-se, quando for o caso, o disposto no § 3o do 
art. 167. 
 § 5o A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé, 
hipótese em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro 
cargo. 
 § 6o Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de 
demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos 
cargos, empregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal, hipótese em que 
os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados. 
§ 7o O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito 
sumário não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a 
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comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o 
exigirem. 
 § 8o O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste artigo, observando-se, no 
que lhe for aplicável, subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta Lei. 
 
Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, também será 
adotado o procedimento sumário a que se refere o art. 133, observando-se 
especialmente que: 
 I - a indicação da materialidade dar-se-á: 
 a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do período de ausência 
intencional do servidor ao serviço superior a trinta dias; 
b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao serviço sem 
causa justificada, por período igual ou superior a sessenta dias interpoladamente, 
durante o período de doze meses; 
 II - após a apresentação da defesa a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à 
inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos 
autos, indicará o respectivo dispositivo legal, opinará, na hipótese de abandono de 
cargo, sobre a intencionalidade da ausência ao serviço superior a trinta dias e remeterá 
o processo à autoridade instauradora para julgamento. 
 
10.8 Direito de petição do servidor 
É um direito do servidor de fazer pedidos. 
Art. 104. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa 
de direito ou interesse legítimo. 
Há uma burocracia a ser seguida. O pedido é encaminhado à autoridade competente 
para decidir, mas o servidor também deverá encaminhar os autos a sua autoridade superior 
hierárquica. 
Art. 105. O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e 
encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o 
requerente. 
Do indeferimento de pedidos ou de uma decisão contraria a interesses do servidor 
público não cabe recurso diretamente, mas sim pedido de reconsideração, que é juízo de 
retratação requerido à autoridade que proferiu a decisão. 
Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou 
proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado. 
Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsideração de que tratam os artigos 
anteriores deverão ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30 
(trinta) dias. 
Lei 8.112 
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O pedido de reconsideração não é renovável, pois é assim que a lei determina. E do 
indeferimento do pedido de reconsideração caberá recurso hierárquico. 
Art. 107. Caberá recurso: 
I - do indeferimento do pedido de reconsideração; 
II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. 
§ 1o O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o 
ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais 
autoridades. 
§ 2o O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver 
imediatamente subordinado o requerente. 
O prazo para o pedido de reconsideração e do recurso hierárquico é de 30 dias. 
Art. 108. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 
(trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida. 
Regra geral, esses recursos serão recebidos apenas no efeito devolutivo sendo que a 
autoridade administrativa poderá conceder efeito suspensivo. 
Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade 
competente. 
Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os 
efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado. 
O prazo prescricional (preclusão administrativa) para o servidor fazer requerimentos 
é de 5 anos de requerimentos relacionados a demissão, cassação de aposentadoria, 
disponibilidade e direitos patrimoniais e de 120 dias nos demais casos de requerimentos não 
tem prazo específicos determinados por lei. 
Art. 110. O direito de requerer prescreve: 
I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações 
de trabalho; 
II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado 
em lei. 
Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato 
impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado. 
 
10.8.1 Revisão do Processo 
É recurso especifico utilizado quando surgem fatos e circunstâncias novasdesconhecidas à época do julgamento a respeito da absolvição do servidor ou da 
inadequação da penalidade aplicada. 
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Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de 
ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a 
inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada. 
A partir da descoberta dos fatos e circunstâncias a pessoa terá que observar o prazo 
de 5 anos ou 120 dias para o ingresso do requerimento. 
O PAD é de ofício, a revisão também poderá ser de ofício. 
Art. 174, § 1o Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, 
qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão do processo. 
§ 2o No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo 
respectivo curador. 
Há a inversão do ônus da prova cabendo ao servidor ou quem alegou por ele provar 
os fatos novos. 
Art. 175. No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente. 
Tese jurídica, insatisfação da penalidade aplicada, mudança da tese jurídica, 
argumentação jurídica não são suficientes para pedido de revisão. 
Art. 176. A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a 
revisão, que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário. 
O juízo de admissibilidade do recurso hierárquico é realizado por Ministro de Estado 
ou autoridade com competência equivalente. 
Art. 177. O requerimento de revisão do processo será dirigido ao Ministro de Estado ou 
autoridade equivalente, que, se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente 
do órgão ou entidade onde se originou o processo disciplinar. 
Se for admitido o pedido de revisão a autoridade providenciará formação de 
comissão disciplinar tendo 60 dias para chegar à conclusão. 
Art. 177, Parágrafo único. Deferida a petição, a autoridade competente providenciará a 
constituição de comissão, na forma do art. 149. 
Art. 179. A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos. 
A revisão administrativa não poderá prejudicar o servidor. É proibida a aplicação de 
reformatio in pejus por questão de segurança jurídica. 
Art. 182. Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, 
restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição do cargo 
em comissão, que será convertida em exoneração. 
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de 
penalidade. 
 
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11. Direitos e vantagens do servidor público 
Vencimento é a retribuição que a Administração fornece em dinheiro, em pecúnia 
pelo exercício do cargo. 
Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor 
fixado em lei. 
 A remuneração é os vencimentos mais vantagens permanentes. O que é recebido 
mês a mês. Exemplo: gratificação por curso superior, gratificação dada por um aumento, 
abono remuneratório dado por uma lei. 
A Lei 8112 manteve no §4º do art. 41 o princípio da isonomia dos vencimentos das 
funções assemelhadas dos três poderes, que era previsto na CF, porém não era cumprido 
então foi retirado e colocado o inciso XII no art. 37. 
A remuneração não pode ser inferior a um salário mínimo, porém o vencimento 
pode. É entendimento consolidado do STF. 
Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens 
pecuniárias permanentes estabelecidas em lei. 
§ 1o A remuneração do servidor investido em função ou cargo em comissão será paga 
na forma prevista no art. 62. 
§ 2o O servidor investido em cargo em comissão de órgão ou entidade diversa da de sua 
lotação receberá a remuneração de acordo com o estabelecido no § 1o do art. 93. 
§ 3o O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é 
irredutível. 
§ 4o É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou 
assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as 
vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho . 
§ 5o Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo. 
 
Art. 37, XV CF - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos 
públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos 
arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; 
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão 
ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; 
A remuneração é irredutível, porém pode sofrer descontos. A CF admite desconto 
para incidência de IR, para contribuição social, para redutor do teto constitucional. A Lei 
8112 também permite desconto na forma do art. 44, I e II (falta não justificada e atraso 
injustificado). 
Art. 44. O servidor perderá: 
I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado; 
Lei 8.112 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências justificadas, 
ressalvadas as concessões de que trata o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese 
de compensação de horário, até o mês subseqüente ao da ocorrência, a ser estabelecida 
pela chefia imediata. 
O servidor também pode fazer estipulações em favor de terceiro. 
Art. 45, Parágrafo único. Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação 
em folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da administração e com reposição 
de custos, na forma definida em regulamento. 
É possível o desconto para pagamento de verbas atualizadas e devidas até 30 de 
junho de 1994. 
Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, 
serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para 
pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do 
interessado. 
Erro de processamento de folha do servidor público. O STJ tem entendido que erro 
no processamento por erro exclusivo da Administração Pública e com boa fé de servidor 
público não será devolvido. O servidor público só devolve se houver má fé. 
Art. 46, § 2o Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do 
processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, em uma única parcela. 
Desconto para pagamento de pensão alimentícia por decisão judicial. 
Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, 
seqüestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisão 
judicial. 
Desconto da multa administrativa. Desconto para indenização ao dono doloso ao 
erário. 
Art. 122, § 1o A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será 
liquidada na forma prevista no art. 46, na falta de outros bens que assegurem a 
execução do débito pela via judicial. 
Subsídio é verba remuneratória em parcela única (ver em aula de agentes públicos).

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