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FIGURAS PARCELARES OU DESDOBRAMENTOS DA BOA FÉ RESUMO

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FIGURAS PARCELARES OU DESDOBRAMENTOS DA BOA-FÉ:
Venire Conta Factum Proprium
Teoria dos Atos Próprios, ou seja, ninguém pode agir conta os próprios atos. Essa teoria é uma teoria de interpretação, é utilizada para interpretar contratos, obrigações, relações entre as partes. Esse principio é dividido em duas vertentes:
1- Ele proíbe o comportamento contraditório, ou seja, uma pessoa que age de uma forma em determinado momento e de outra, em outro momento do contrato. 
 Ex: Um juiz intima a parte para se manifestar em 10 dias, quando ela se manifesta em 10 dias, o juiz diz que o prazo processual na verdade era 5 dias. Isso é um comportamento contraditório. 
2- Ele não pode ser beneficiado pela própria torpeza, ou seja, o descumprimento de uma determinada obrigação não pode resultar em vantagem para quem descumpriu.
 Ex: É quando um empresa atrasa na entrega de um boleto bancário. A pessoa ta impedida de fazer o pagamento, pois não recebeu o boleto. Se o boleto enviado após a data de vencimento, a empresa que enviou não pode cobrar multa/juros. Se não ela vai ser beneficiada pela própria torpeza. 
Ele também está relacionado com o conceito de Boa Fé Objetiva, ou seja, as partes em determinado contrato tem que agir de boa fé. E os contratos e obrigações tem que ser interpretados de acordo com esse principio da boa fé.
Supressio
Pelo instituto da Supressio uma determinada obrigação que não é exigida mais pelas partes, ou seja, ela foi pactuada mais deixou de ser realizada, ela pode deixar de existir. Simplesmente porque as partes entenderam que ela não era mais necessária. Assim se da segurança jurídica, ou seja, se aquela obrigação não vinha sendo exigida, não pode em um determinado momento passar a ser exigida.
 Ex: imagina que um curso diz que para se iniciar tem que ter o numero mínimo de 20 alunos. Logo, só aparecem 15 interessados no momento da matricula, porem, apesar de não ter tido o numero mínimo de alunos o curso resolveu da inicio as aulas. As pessoas começam a frequentar o curso. No meio do curso o estabelecimento diz que ira cancelar, com justificativa de não ter o numero mínimo de alunos. Nesse caso havia uma boa fé, porque as pessoas esperavam, que apesar de ter uma regra de numero mínimo ela não ia ser exigida. 
O fato da regra não ter sido exigida no primeiro momento, já era uma expectativa de segurança jurídica dos outros em que pode implicar na supressio, ou seja pode implicar que aquela obrigação não é mais exigível. 
Surrectio
É o surgimento de um direito em face de uma conduta, uma pratica que vem se repetindo no decurso de uma obrigação. 
 Ex: João é proprietário de um bar e contrata com Antônio para lhe entregar toda segunda feira as bebidas,. Na terceira semana após o acordo, Antônio liga pra entregar na sexta feira. Com essa ligação a entrega se firma em toda sexta feira. Logo surge o instituto da Surrectio, com o novo direito da entrega em outra data. 
Tu Quoque
Até tu Brutus, no direito Romano, logo, ele lembra o Venire. Se tem dois atos:
1- Ilegítimo, o ato não deveria ter acontecido 
2- Legítimo, em tese o que pratica o ato tinha o direito de pratica-lo 
Logo ele perde o direito pelo primeiro ato Ilegítimo, a ilegitimidade do primeiro ato contamina o segundo.
 Ex: A exceção de um contrato não cumprido, pois, no contrato para exigir que o outro pague a sua parte, eu tenho que cumprir com a minha parte. Se ocorre de eu não cumprir a minha parte, ou seja, eu tenho o primeiro ato ilegítimo, eu não posso exigir que o outro cumpra a dele. Em tese poderia, mais o primeiro ato de não adimplir com minha obrigação, me impede que eu pratique a exigência do segundo ato. 
Duty To Mitigate The Loss
O dever de minorar suas próprias perdas, aquele que esta tendo um prejuízo ele tem o dever de minorar esses prejuízos, para não auferir lucro indevido abusivo. 
 Ex: Houve uma batida que envolve meu carro, ele tem seguro, ele vem a incendiar um incêndio pequeno, no qual daria para eu mesmo apagar, porem eu penso, “se eu deixar o carro pegar fogo e dar perca total a seguradora ira me dar um novo”, logo deixo o incêndio acabar com o carro. Se a seguradora tiver prova de que eu deixei o prejuízo ficar maior para que pudesse cobrar uma indenização maior (carro novo), eu posso ser penalizado. Pelo desdobramento Duty, eu tinha o dever minorar as minhas próprias perdas. 
Substance Performance 
Adimplemento Substancial, no contrato parcelado, adimplida a maioria das parcelas, não é justo, seria abusivo a rescisão do contrato inteiro pelo inadimplemento de uma pequena parte do contrato. 
 Ex: Eu estou financiando uma casa, eu dividi em 6 anos. Já se foi pago 98% da obrigação. Será que o banco pode reincidir o contrato?? Em tese sim, pois eu inadimpli o contrato, eu não cumpri com minha palavra. No entanto eu posso invocar a meu favor, de acordo com a boa fé, esse instituto do adimplemento substancial. Ou seja, eu vou alegar que, se foi pago a maioria, não é justo que o contrato seja reincidido por uma só parcela que não foi paga. Logo, não vou ser perdoado de pagar as prestações. Só ira invocar a teoria para evitar um mal maior que é a extinção do contrato.

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