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Resenha a arte de ouvir

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FAPAN – FACULDADE DE PARAISO DO NORTE
ANDREIA MENEZES SILVA
RESENHA: ARTE DE OUVIR
PARAÍSO DO NORTE
02/09/2014
A arte de ouvir
 (Alves,2009)
O texto aponta que, embora, de todos os cinco sentidos, o ouvir seja essencial para a vida em comunidade, ele acaba por ser o menos praticado no mundo de hoje. De fato vivemos em uma sociedade barulhenta, que fala demais, grita exageradamente e poucas vezes as pessoas desfrutam do silêncio. Não há como ouvir o outro, sem que você se cale e assuma a posição de dar importância ao que está sendo dito. 
Podemos observar que o silêncio e a arte de ouvir são tão escassos, nessa geração moderna e tecnológica, que, por vezes, um grupo de pessoas está reunido, e o silêncio aparente do ambiente está sendo tomado por mãos e mentes, que, estão ativas “falando” com várias pessoas ao mesmo tempo, sem ouvir nenhuma delas. Hoje já não se sabe o que é dar atenção, e valorizar uma fala. 
Não sabemos nos calar, por isso não sabemos ouvir. O autor cita o exemplo dos diálogos que acontecem dentro dos elevadores. Os olhares se cruzam e em seguida, o silêncio ocupa o espaço, mas, este parece representar uma atitude mal-educada, então, palavras obrigatórias surgem numa conversa sem sentido, apenas para calar o silêncio. Entretanto, seja no elevador, ou em um ambiente em que haja intimidade entre as pessoas, antes que alguém termine um assunto ou uma história que deseja partilhar, um comentário surge sem que este, termine sua fala, chegando muitas vezes a mudar o foco ou o tema referido. 
As escolas não ensinam o ser humano a ouvir, até mesmo porque dificilmente alunos ouvem os professores, ou professores ouvem os alunos dentro do ambiente escolar. Alves cita no texto, a pequena aluna Andrea, que foi marcada pela fala ou pelos gritos, de sua professora em seu primeiro dia de aula, muitas das nossas crianças tem sido vitimas desta violência auditiva. Os adultos não tem quem os ouça, por consequência também tem dificuldade para ouvir. Não há como negar que este retrato é reflexo, do ser humano e de todo o seu processo de desenvolvimento e avanços tecnológicos. Para ouvir é preciso tempo, e em uma sociedade imediatista, onde tempo é dinheiro, as pessoas não vão querer perder dinheiro, ou seja, tempo. 
Os adultos que podem, resolvem sua necessidade de serem ouvidos, com psicanalistas, Já as crianças que também anseiam serem ouvidas, se fecham em seus mundinhos. Lugar esse repleto de vida, cores, criatividade, histórias e sonhos. Alves diz: É dos sonhos que nasce a inteligência. Se assim o é, podemos concluir que muitos sonhos serão mortos e enterrados se não aprendermos, ensinarmos e praticarmos o ouvir. E como consequência, em pouco tempo teremos uma sociedade desprovida de inteligência. 
Precisamos de pessoas que ouçam, nossas crianças precisam de pais e educadores que as ouçam. Nossa sociedade e nosso futuro como homens dependem disso.
 
Referência:
MAIA, Christiane M.; SHEIBEL, Maria F.; URBAN, Ana C. Didática: organização do trabalho pedagógico. Curitiba:IESDE, 2009.

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