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Classificação dos Bens - Direito Civil

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Bens
- São materiais ou imateriais corpóreos (existem no plano físico) ou incorpóreos (frutos da ideia humana – mas não existem no plano material – ex: crédito)
- Valor econômico escassez (≠ abundância e pode ser usado por qualquer um) e utilidade
- Servem de objeto em uma relação jurídica – que tenha conteúdo patrimonial
Classificação
Bens considerados em si mesmo
Bens móveis ou imóveis – Art. 79 a 84
Imóveis:
- por sua natureza solo, subsolo e espaço aéreo. Todo bem fixado ao solo de forma NATURAL.
- por acessão física ARTIFICIAL incorporados ao solo pelo ser humano. Ex: construções e plantações.
- por acessão intelectual (Maria Helena Diniz) utilizados para exploração/utilização do bem imóvel, incorporam-se no bem. Ex: pertenças, usados de forma duradoura. – geladeira, fogão, armário.
- por determinação legal a lei expressamente dispõe que deve ser tratado como bem imóvel. Ex: herança (ou direito à sucessão aberta) – bem imóvel até o momento da partilha.
Móveis:
- por sua natureza podem ser transportados de um lugar a outro sem que se destrua pelo fato dessa característica. Que se movem por força própria (semoventes: animais) ou por força humana (objetos).
- por antecipação àprincipio eram imóveis, mas que foram mobilizados em atenção À sua destinação econômica. Ex: fruto pendente foi retirado para um finalidade; floresta de eucaliptos cujas arvores foram cortadas para uso da madeira.
- por determinação legal a lei escolheu. Ex: energias que podem ser aproveitadas. CC/02, art. 83.
Obs: navios e aeronaves são considerados bens móveis, embora estejam sujeitos à matricula como bens imóveis. Isso serve para uma segurança jurídica ao adquirente do bem.
Bens fungíveis
Podem ser substituídos por outro da mesma espécie da mesma espécie, qualidade e quantidade. Mutuo – no empréstimo de um bem, outro bem pode ser devolvido, desde que seja da mesma espécie, qualidade e quantidade. Ex: dinheiro
Não podem ser bens imóveis estes são SEMPRE INFUNGÍVEIS.
Já os bens infungíveis não podem ser substituídos, são bens singulares. Comodato – ao empestar o bem, após o seu uso, este mesmo bem deve ser devolvido. Ex: obras de arte.
Bens consumíveis
Um bem consumível pode se tornar inconsumível por vontade das partes, sem que vincule terceiros. Ex: um produtor de vinho caro pode emprestar o bem para exposição sem que seja consumido. No entanto, se um terceiro o consome, o bem deixa de ser inconsumível, obviamente.
Bens divisíveis
Objetos que ao serem fracionados não alteram seu valor, sua substância, ou prejuízo ao uso.
Por força da lei ou por vontade das partes, bens podem ser considerados indivisíveis.
Universalidade = conjunto de bens. Recebem tratamento uniforme.
Universalidade de fato conjunto de coisas corpóreas. Ex: biblioteca, cardume etc.
Universalidade de direito incorpóreos. Ex: herança, patrimônio, massa falida.
Capítulo II – Bens Reciprocamente considerados
Principal – independe de outros bens.
Acessórios – Existem em razão do principal. Seguem a sorte do principal.
Frutos = acessório que o bem principal produz e que não afeta a substância do bem principal. Ex: aluguel – fruto civil do bem imóvel quando locado. Mês a mês gera-se o rendimento que não afeta o bem principal, mantendo a matéria do imóvel.
Naturais – ocorre pela força da natureza. Ex: fruto de uma árvore
Industriais – pela intervenção humana.
Civis – rendimentos gerados pelo uso da própria coisa.
Pendentes – ainda unidos à coisa principal
Estantes – armazenados para venda ou consumo
Percipiendos – deveriam ter sido colhidos mas não foram
Consumidos – efetivamente utilizados e não existem mais.	
Colhidos – já se separaram da coisa principal
Produtos = se retirado importa na diminuição do bem principal. Ex: retirada do petróleo dos postos, importando na diminuição dele.
Tanto frutos quanto produtos podem ser objetos de negócios jurídicos mesmo quando não forem coletados do bem principal.
Pertenças?
- não integram o principal (regra)
- para uso duradouro
Ex: radio do carro – pertence ao carro, podendo ser destinado a uso de modo duradouro, mas não integra o carro, podendo ser descartado.
As pertenças embora sejam bens acessórios, em regra, não seguem a sorte do principal. Exceções: determinação legal, manifestação de vontade, a depender do caso. 
Benfeitorias?
OBRAS realizadas nos bens móveis ou imóveis sem que alterem a natureza deles. Podem melhorar, conservar ou embelezar, mas se passam a modificar a natureza do bem deixa de ser benfeitoria. Assim como, se não houver intervenção do possuidor/proprietário do bem.
Capitulo III – Titularidade do bem 
Quem possui o bem?
- Particular: Pessoa jurídica de direito privado ou pessoa natural.
Se não pertence a ninguém??? “Res nullius”
- Público: Pessoa jurídica de direito publico interno.
Uso comum: uso do público sem que haja restrições ao acesso nem necessidade de permissão especial. Rios, praças públicas, estradas.
Uso especial: destinados a uma função pública da administração federal, estadual ou municipal. Escolas públicas, museus, teatros públicos, fóruns, demais repartições públicas.
Dominicais: são bens que não estão destinados. Constituem patrimônio público. Ex: mar territorial, terras devolutas.
Verificar na análise do caso, da situação se o bem tem ou não finalidade pública por meio da AFETAÇÃO e DESAFETAÇÃO.
Os bens públicos possuem uma disciplina jurídica diferenciada, possuem prerrogativas diferenciadas:
Inalienáveis (em regra!) = os bens de uso comum e de uso especial. Poderão haver casos em que algum bem seja DESAFETADO, e a partir daí poderá ser alienado.
Bens dominicais, por não possuírem destinação, podem ser alienados, desde que sejam seguidas as exigências legais.
Imprescritíveis = Os bens públicos não carecem de prazo, não podendo ser adquiridos por usucapião. (Art. 102) 
Usucapião é um modo de aquisição da propriedade e ou de qualquer direito real que se dá pela posse prolongada da coisa, de acordo com os requisitos legais, sendo também denominada de prescrição aquisitiva.
Impenhoráveis = Não é possível executar bens públicos por penhora.
É possível e lícito que o Estado ordene taxa para uso de algum bem público, conforme estabelecido previamente em lei.

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