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Página 1 de 14 3ª Aula – Resumo: Informações Básicas Para Tratar de Gestão da Qualidade SILVA, João Batista. O Quanto Custa Fazer Errado?. 2015, 103p.,Monografia, Bacharelado em Administração, ULBRA-Canoas. Quadro 1 - Definições da Teoria Geral da Administração Conceito de: Definição: Teorias Teorias são explicações, interpretações ou proposições sobre a administração e as organizações. Por exemplo: teoria da burocracia e teorias da motivação. A própria definição da administração como processo de planejar, organizar, executar e controlar é uma teoria. Enfoque Um enfoque, também chamado de pensamento, abordagem ou perspectiva, é um aspecto particular das organizações ou uma forma de estuda-las. Poe exemplo: enfoque sistêmico, enfoque comportamental. Escola Escola é uma linha de pensamento ou conjunto de autores que usaram o mesmo enfoque, escolheram o mesmo aspecto especifico para analisar, ou adotaram o mesmo raciocínio: escola das relações humanas, escola japonesa. Modelo de Gestão Modelo de gestão (ou de administração) é um conjunto de doutrinas e técnicas do processo administrativo. Muitas vezes, o modelo está associado a uma base cultural: modelo japonês de administração. Modelo de Organização Modelo de organização é um conjunto de características que definem organizações e a forma como são administradas. Por exemplo: modelo burocrático (ou mecanicista) de organização. Doutrina ou Preceito Uma doutrina (ou preceito) é um princípio de conduta, que contém valores implícitos ou explícitos. As doutrinas recomendam como agir, orientado os julgamentos e as decisões dos administradores. Poe exemplo: o movimento da administração cientifica tinha uma doutrina da eficiência. Técnicas As técnicas são soluções para problemas. Organogramas, metodologias de planejamento, estudos de tempos e movimentos e sistemas de controle são exemplos de técnicas. Fonte: Quadro adaptado de (MAXIMIANO, 2012, p. 7-8). Quadro 2 - Principais enfoques, escolas e modelos de administração e os períodos em que se desenvolveram Ideias – Enfoques – Teorias 1900 - 1925 1925 - 1950 1950 - 1975 1975 – 2000 Produção de massa, preocupação com eficiência (ênfase na eficiência dos processos produtivos). Administração cientifica, linha de montagem. Popularização do sistema Ford. Sistema Toyota de produção. Modelo japonês. Empresa de classe mundial, Seis Sigma, redesenho de processos. Humanismo, enfoque comportamental, Escola das relações Humanas (ênfase nas pessoas e na condição Humana). Características individuais. Relações humanas, dinâmica de grupo, liderança. Administração participativa. Gestão de pessoas, qualidade de vida no trabalho, ética. Escola da qualidade (ênfase na uniformidade, na conformidade e na adequação ao uso). Controle estatístico da qualidade. Administração da qualidade Qualidade total, qualidade no Japão. Sistemas de qualidade, qualidade garantida, Normas ISO. Página 2 de 14 Ideias – Enfoques – Teorias 1900 - 1925 1925 - 1950 1950 - 1975 1975 – 2000 Enfoque do processo administrativo (ênfase no papel dos gerentes e no processo de administrar organizações). Enfoque funcional da administração, políticas de negócios. Processo decisório, estruturação das grandes empresas, política de negócios, administração por objetivos. Planejamento estratégico Administração de projetos, administração por processos, supply chain management, papéis e competências gerenciais. Teoria das organizações (ênfase no atendimento da natureza das organizações). Tipo ideal de burocracia. Teoria das Organizações. Modelos de organização Imagens das organizações, aprendizagem organizacional. Enfoque sistêmico (ênfase na compreensão de totalidades e relações entre as partes). Aplicação do pensamento sistêmico na concepção de processos produtivos, especialmente a linha de montagem. Teoria geral dos sistemas Pensamento sistêmico influenciando todas as ideias da administração. Principais Gurus Taylor, Fayol, Weber, Shewhart Mayo, Bertalanffy, Deming, Sloan. Ohno, Toyoda, Ishikawa, Ansoff. Porter, Morgan, Hammer, Mintzberg. Fonte. Maximiano (2012, p. 9). Quadro 3 - Linha do tempo da administração e os eventos históricos relacionados à estes eventos Período e Local Evento 3000 a.C., Mesopotâmia Civilização suméria. Escrituração de operações comerciais. Primeiros dirigentes e funcionários administrativos profissionais. Século XXVI a.C., Egito Construção da Grande pirâmide. Evidências de planejamento, organização e controle sofisticados. Século XXIV a.C., China O Imperador Yao usa o princípio da assessoria para dirigir o país de forma descentralizada. Século XVIII a.C., Babilônia Código de Hamurábi. Escrituração meticulosa de operações. Evidências de ênfase no controle. Século XVI a.C., Egito Descentralização do reino. Logística militar para proteção das províncias. Século XII a.C., China Constituição da Dinastia Chow. Século VIII a.C., Roma Começo do Império romano, que duraria 12 séculos. Os embriões de todas as instituições administrativas modernas são criados nesse período. Página 3 de 14 Período e Local Evento (continuação) Século VI a.C., China Confúcio expõe uma doutrina sobre o comportamento ético dos cidadãos e dos governantes. Século V a.C., China Mêncio procura sistematizar princípios da administração. Século V a.C., Grécia Democracia, ética, qualidade, método científico, teorização e outras ideias fundamentais. Século IV a.C., China Sun-Tzu prescreve princípios de estratégia e comportamento gerencial. Século III a.C., Roma O Exército romano é o modelo para os exércitos nos séculos seguintes. Esse modelo influenciaria outros tipos de organizações. 1494, Gênova Luca Pacioli divulga o sistema de partidas dobradas para escrituração contábil no livro Summa de arithmetica,geometria, proportioni et proportionalita (Obras Completas de Aritmética, Geometria, Proporções e Proporcionalidades). Século XVI, Veneza O Arsenal de Veneza usa contabilidade de custos, numeração de peças inventariadas, peças padronizadas e intercambiáveis e técnicas de administração de suprimentos. O Arsenal também utiliza uma linha de montagem para equipar os navios. Em 1754, durante uma visita de Henrique III da França, um navio foi montado, equipado e posto ao mar em uma hora. Século XVI, Florença Maquiavel publica O Príncipe, um tratado sobre a arte de governar, em que enunciadas às qualidades do dirigente. Meados do século XVII, Inglaterra Início da Revolução Industrial. 1776, Inglaterra A riqueza das nações, de Adam Smith, descreve e elogia o princípio da divisão do trabalho e a especialização dos trabalhadores. Século XVIII, Estados Unidos Thomas Jefferson descreve para o Congresso a fabricação de peças intercambiáveis para a produção de mosquetes na França. Final do século XVIII, Europa e Estados Unidos Desenvolve-se a produção baseada em peças padronizadas e intercambiáveis. 1800, Inglaterra A Fundição Soho, na Inglaterra, criada por James Watt para fabricar a locomotiva a vapor, é uma coleção de inovações administrativas: procedimentos padronizados de trabalho, especificações de peças e ferramentas, previsão de vendas e planejamento de produção, salários de incentivo, tempos padronizados, festas e bonificações de natal para os empregados, sociedade de socorros mútuos para os empregados, contabilidade e auditoria. Página 4 de 14 Período e Local Evento (continuação) 1810, Escócia Robert Owen inicia uma experiência de administração Humanista na fiação de New Lanark. Início do Século XIX, França Primeiros sistemas de participação nos resultados para os trabalhadores. Início do século XIX, Inglaterra Primeiros sindicatos de trabalhadores. 1832, Inglaterra Charles Babbage publica On the economy of machinery and manufactures, obra que adianta alguns princípios da abordagem científica no estudo e na prática da administração. Final do século XIX, Alemanha Wilhelm Wundt cria a psicologia experimental. 1881, Estados Unidos Joseph Wharton funda a primeira faculdade de administração. Final do século XIX até os anos 10 do século XX, Estados Unidos Movimento da administração cientifica. Início do século XX, Estados Unidos Hugo Munsterberg, discípulo de Wundt, radicado nos Estados Unidos, seguidor de Taylor, estabelece a psicologia aplicada a administração. Anos 10, Estados Unidos Em 1910, Henry Ford estabelece a primeira planta dedicada exclusivamente à montagem final, em Kansas City. Em 1912, o conceito de linhas de montagem, sem a mecanização, é aplicado a fabricação de motores, radiadores e componentes elétricos. No começo de 1914, a Ford adota a linha de montagem móvel e mecanizada para a montagem de chassis. Ford também adota o dia de trabalho de oito horas e duplica o valor do salário, para cinco dólares por dia. Anos 10, Alemanha Max Weber desenvolve estudos sobre a burocracia. 1912, Alemanha Wertheimer propõe a Gestalt, a teoria da forma, uma das bases do enfoque sistêmico. 1916, França Fayol publica Administração industrial e geral. Anos 20, Estados Unidos Pierre du Pont e Alfred Sloan organizam a Companhia DuPont e a General Motors e criam as bases das grandes estruturas. 1927, Estados Unidos Shewhart cria o controle estatístico da qualidade. Página 5 de 14 Período e Local Evento (continuação) Final dos anos 20, Estados Unidos Experimento de Hawthorne. Surge a escola das relações humanas. Final dos anos 30 e Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos Expansão do movimento do controle estatístico da qualidade na indústria da guerra. 1938, Estados Unidos Chester Barnard publica As Funções do executivo. 1946, Inglaterra Emery e Trist desenvolvem a ideia dos sistemas sociotécnicos. Anos 50, Estados Unidos Feigenbaum propõe a ideia do departamento de controle da qualidade. Anos 50, Japão Especialistas americanos, como Deming, visitam o Japão para ministrar cursos de controle da qualidade. A Toyota aprimora o sistema Ford de produção de automóveis, ajustando-o a suas necessidades por meio de técnicas como Just in Time, Kanban e prensagem flexível de chapas de metal. Em 1957, o primeiro automóvel Toyota chega à América. Kaoru Ishikawa propõe o company-wide quality control. Anos 50-60, Estados Unidos Guerra Fria entre União Soviética e Estados Unidos. Desenvolvem-se os grandes programas de exploração espacial e defesa nacional. O campo da administração de projetos consolida-se como disciplina. 1961, Estados Unidos Feigenbaum apresenta a ideia de controle de qualidade total. 1967, Estados Unidos Lawrence e Lorsch desenvolvem os conceitos de diferenciação e integração, uma das bases da chamada teoria contingencial (situacional) da administração. Anos 60 – 70, escala global Começa a aplicação intensiva de computadores para o tratamento de problemas administrativos, como administração de pessoal, contabilidade e controle de suprimentos. 1969, Estados Unidos Fundação do Project Management Institute (PMI). 1973, Estados Unidos Mintzberg Publica The nature of managerial work. Anos 70 – 80, escala global Dissemina-se o modelo japonês de administração Anos 80, escala global Tem início a aplicação em larga escala de microcomputadores ao trabalho de fábrica e escritório, às escolas e atividades domésticas. Anos 80, Estados Unidos General Motors e Toyota associam-se na New United Motor Manufacturing Inc. (Nummi), que passa a funcionar na antiga fábrica da GM em Fremont, Califórnia, tornando-se em pouco tempo uma unidade exemplar. A Nummi consolida o modelo japonês no Ocidente. 1982, Estados Unidos Peters e Waterman publicam In search of excellence (Vencendo a crise, no Brasil). Página 6 de 14 Período e Local Evento (continuação) 1992, Estados Unidos Peter Senge publica The learning organization. Anos 80 – 90 até passagem para o século XXI Acelera-se a utilização de tecnologias de tratamento de informações e comunicações, possibilitando a pulverização de operações das empresas. Computadores, telefones, fax e televisão tornam possível trabalhar, comprar e usar o banco sem sair de casa. Abertura das economias nacionais, enxugamento do Estado, programas de estabilização econômica, mercados globais, nações interdependentes, necessidade de mecanismos de coordenação global, internet. Terceiro Milênio Aumento da ênfase no meio ambiente, terceirização em larga escala, fim do emprego, empreendedorismo, qualidade de vida no trabalho, autogestão, administração no Terceiro Setor. Fonte: Maximiano (2012) p. 15 a 18. Quadro 4 - Principais teorias administrativas e seus principais enfoques Ênfase Teorias Administrativas Principais Enfoques Nas Tarefas Administração Científica Racionalização do trabalho ao nível operacional Na Estrutura Teoria Clássica Teoria Neoclássica Organização formal. Princípios gerais da administração. Funções do administrador. Teoria da Burocracia Organização formal burocrática. Racionalidade organizacional. Na Estrutura Teoria Estruturalista Múltipla abordagem: Organização formal e informal. Análise intra-organizacional e análise Inter organizacional. Nas Pessoas Teoria das Relações Humanas Organização Informal. Motivação, liderança, comunicações e dinâmica de grupo. Teoria do Comportamento Organizacional Estilos de Administração. Teoria das decisões. Integração dos objetivos organizacionais e individuais. Teoria do desenvolvimento Organizacional Mudança organizacional planejada. Abordagem de sistema aberto. No Ambiente Teoria Estruturalista Análise intra-organizacional e análise ambiental. Abordagem de sistema aberto. Teoria da Contingência Análise ambiental (imperativo ambiental). Abordagem de sistema aberto. Página 7 de 14 Ênfase Teorias Administrativas Principais Enfoques Na Tecnologia Teoria da Contingência Administração da tecnologia (imperativo tecnológico). Na Competitivid ade Novas Abordagens na Administração Caos e complexidade. Aprendizagem organizacional. Capital intelectual. Fonte: Chiavenato (2014, p.12). Quadro 5 - Linha do tempo com as principais teorias do pensamento administrativo Anos Teorias 1903 Administração Científica 1909 Teoria da Burocracia 1916 Teoria Clássica 1932 Teoria das Relações Humanas 1947 Teoria Estruturalista 1951 Teoria dos Sistemas 1953 Abordagem Sociotécnica 1954 Teoria Neoclássica 1957 Teoria Comportamental 1962 Desenvolvimento Organizacional 1972 Teoria da Contingência 1990 Novas abordagens Fonte: Chiavenato (2014, p.13). Quadro 6 - Evolução da qualidade no século XX: Conceitos, profissionais e empresas Década Tendências, Momentos Importantes ou Surgimento de Novos Conceitos nos Processos de Melhoria da Qualidade. Idealizador ou responsável Pais ou Empresa Pioneira 00 – 10 Qualidade com Foco na produtividade Formulação dos Conceitos de Administração Cientifica e Produtividade Frederick Taylor Midavale Steel Co. 20 Qualidade com Foco na Produtividade Formulação dos Conceitos de Controle da Qualidade Sistematização dos Processos de Produção em Massa Henri Ford Ford Motors 30 Qualidade com Foco na Produtividade Formulação dos Conceitos de Controle Estatístico do Processo - CEP Walter Shewhart EUA Página 8 de 14 Década Tendências, Momentos Importantes ou Surgimento de Novos Conceitos nos Processos de Melhoria da Qualidade. Idealizador ou responsável Pais ou Empresa Pioneira 40 Qualidade com Foco na Conformidade Utilização das Técnicas de Controle nas Indústrias Bélicas Norte-Americanas Vários EUA Estudos sobre o Custo da Qualidade Joseph Juran Várias 50 Qualidade com Foco na Produtividade Formulação dos Conceitos de Falha H. A. Watson Várias Sistematização do programa 5S Várias Japão Concepção das Teorias Motivacionais Hierarquia das Necessidades Abraham Maslow Várias Teoria dos dois fatores Frederick Herzberg Várias Formulação do Conceito Teoria X e Y Douglas McGregor Várias 60 Qualidade com Foco no Controle Formulação do Conceito Zero Defeito Philip Crosby Várias Sistematização dos Círculos de Controle da Qualidade Kaoru Ishikawa Japão Formulação do Conceito Just-in-Time Taiichi Ohno Toyota 70 Qualidade com Foco no Produto Final Influência do Modelo Japonês no Ocidente Vários Várias Utilização de Técnicas Estatísticas nos Processos de Qualidade Joseph Juran e Edwards Deming Várias Sistematização de Sistema da Qualidade Empresarial Edwards Deming Várias Sistematização da Trilogia da Qualidade: Planejamento, Custo e Controle. Joseph Juran Várias Concepção da Técnica Desdobramento da Função Qualidade – QFD Yoji Akao Mitsubishi 80 Qualidade com Foco nos Processos Concepção da Metodologia/Prêmio Malcolm Baldrige Ronald Reagan EUA Concepção da Primeira Versão da ISO 9000 Vários Europa Sistematização dos Conceitos de Reengenharia de Processos Michael Hammer Ford Motors Sistematização dos Conceitos de Benchmarking Robert Camp Xerox Concepção da Metodologia Seis Sigma Robert Galvin Motorola Utilização e Adaptação de Conceitos de Produção das Organizações Japonesas no Ocidente: Just-in-Time; Manutenção Produtiva Total; Produção Celular; Tomes de Trabalho. Vários Várias 90 Qualidade com Foco no Cliente Sistematização e integração dos Conceitos de Estratégias, Estrutura, Comprometimento, Processos Produtivos e Mercado. Jack Welch GE Utilização da Análise de Valor nos processos de Qualidade Vários Ford Motors Utilização de Técnicas de análise de Experimentos nos Processos de Qualidade. Vários Várias Concepção da Segunda Versão da ISO 9000 Vários Europa Página 9 de 14 Adaptação e Utilização dos Conceitos de Falhas e Confiabilidade aos Processos Empresariais. Vários Várias Utilização da Rede/Internet para Integrar a Cadeia de Suprimento Vários Várias Utilização da TI nos Processos de Qualidade Vários Várias Fonte: Rodrigues (2012, p. 10-12). Quadro 7 - Evolução da qualidade no século XXI: Conceitos, profissionais e empresas. Década Tendências, Momentos Importantes ou Surgimento de Novos Conceitos nos Processos de Melhoria da Qualidade. Idealizador ou responsável Pais ou Empresa Pioneira 1º Década Qualidade com Foco na Produtividade Integração e Otimização da Cadeia de Suprimento: Fornecedor, Empresa, Cliente. Consórcio Modular López de Arriortúa VW Resende Condomínio Industrial Vários GM Gravataí Concepção da Terceira e da Quarta Versões da ISO 9000. Vários Europa Tendência de Customização em cada Empresa das Metodologias e Técnicas nos Processos de Qualidade. Vários Várias Tendência de Sistematização e Integração de Conceitos Ambientais e Sociais aos Processos Produtivos. Vários Várias Tendência de Utilização de Conhecimento Multidisciplinar e Multidepartamental para Integração na Organização. Vários Várias Fonte: Rodrigues (2012,p. 10-12). Quadro 8 - Linha do tempo dos principais eventos da qualidade no Brasil de 1876 a 2004 1876 Criação do Instituto Nacional de Pesos e Medidas – INPM, RJ. 1922 Criação do Instituto Nacional de Tecnologia – INT, RJ. 1930 Criação de Pesquisas tecnológicas – IPT, SP. 1940 Criação da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, em 28/09/1940, RJ. 1973 Criação do Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial – INMETRO, em substituição ao INPM, RJ. 1974 Criação da Fundação Cristiano Ottoni, ligada a Universidade Federal de Minas Gerais. Criação da Associação Brasileira para o Controle da Qualidade – ABCQ, São Bernardo do Campo, SP. 1978 Criação do Instituto Brasileiro da Qualidade Nuclear – IBQN, RJ. Enviada para o Japão a primeira de brasileiros para ser treinada pela Japanese Union of Scientists and Engineers – JUSE. 1981 Criação da Associação Mineira de Círculos de Controle da Qualidade – AMCCQ, MG. 1982 Ishikawa ministra uma série de palestras para executivos brasileiros. 1983 Feigenbaum ministra uma série de palestras para executivos brasileiros. Realizado o 1] seminário de Garantia da Qualidade do Instituto Brasileiro do Petróleo – IBP, SP. 1985 Crosby ministra uma série de palestras para executivos brasileiros. 1986 Deming ministra uma série de palestras para executivos brasileiros. Lançado, pelo governo, o Projeto de Especialização em Gestão da Qualidade – PEGQ. Página 10 de 14 1987 Criado curso de pós-graduação lato sensu em Controle da Qualidade na Universidade Católica de Petrópolis, RJ. 1988 Criado a subárea de mestrado em Qualidade Industrial do Programa de Engenharia de Produção da COPPE/UFRJ, e início da primeira turma. 1989 Emitido o primeiro certificado ISO 9000 no Brasil. Criada a Marca de Conformidade do Inmetro. 1990 Lançado o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade – PBQP. Instituído o mês de novembro como sendo o Mês da Qualidade. Promulgado o Código de Defesa do Consumidor, Lei Nº 8.078 de 11-09-90. Realizado o Congresso Internacional de Normatização e Qualidade da ABNT, SP. Lançado pela presidência da VARIG - maior empresa privada nacional – o processo TQC, Compromisso VARIG com a Qualidade. Lançada a série de normas NBR-19000, tradução de série ISO 9000, pela ABNT. 1991 Realizado o 1º Congresso Brasileiro da Qualidade e Produtividade da UBQ. Vitória, ES. Publicado um dos primeiros trabalhos no mundo sobre os Princípios de Deming aplicados a educação: Deming Vai à Escola. Criada a Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade. 1992 Criado o Comitê da Qualidade – CB25 da AMNT. IBM Sumaré recebe o 1º Prêmio Nacional da Qualidade, PNQ – categoria indústria. Realizado o II CBQP / VIII Congresso nacional de Círculos de Controle da Qualidade da UBQ, Rio de Janeiro, RJ. 1993 Realizado o III CBQP / IX CNCCQ da UBQ, Gramado RS. Xeros ganha o PNQ na categoria Indústria. 1994 Realizado o IV CBQP / X CNCCQ da UBQ, Belo Horizonte, MG. Citibank ganha o PNQ na categoria Serviços. Criado o Instituto da Qualidade Automotiva – IQA, São Paulo, SP. 1995 Realizado o V CBQP / XI CNCCQ da Associação Paranaense para a Qualidade, Curitiba, PR. SERASA ganha o PNQ na categoria Serviços – 1º empresa nacional a recebê-lo. 1996 Emitido o milésimo certificado ISSO 9000, em solenidade no Rio de Janeiro. Defendida e registrada a 42º tese de mestrado em Qualidade na COPPE/UFRJ. Realizado o VI CBQP / XII CNCCQ da UBQ, Salvador, BA. Alcoa Alumínio S/A – Poços de Caldas ganha o PNQ na categoria Indústria. 1997 Citibank Corporate Banking na categoria Prestadora de Serviços, Copesul Cia. Petroquímica do Sul e Weg Motores Ltda. Na categoria Manufaturas ganham o PNQ. Realizado pela UBQ o VII CBQP / XIII CNCCQ, Vitória, ES. 1998 Siemens Divisão de Telecomunicações ganha o PNQ na categoria Manufaturas. Realizado o VIII CBQP / XIV CNCCQ, Rio de Janeiro, RJ. 1999 Caterpillar Brasil Ltda. Ganha o PNQ na categoria Manufaturas. Cetrel S.A. Empresa de Proteção Ambiental ganha o PNQ na categoria Médias Empresas. Realizado o IX CBQP / XV CNCCQ Pela UBQ/RN, Natal RN. 2000 SERASA Centralização de Serviços dos Bancos S/A Ganha na categoria Grandes Empresas. Realizado o x CBQP / XI CNCCQ pela associação Gaúcha para a Qualidade, Gramado, RS. 2001 Bahia Sul Celulose S/A ganha o PNQ na categoria Grandes Empresas Realizado pelo UBQ o XI CBQP / XVII CNCCQ, Ouro Preto, MG. 2002 Gerdau Aços Finos Piratini e Politeno Indústria e Comércio S/A ganham o PNQ na categoria Grandes Empresas. Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre ganha o PNQ na categoria Página 11 de 14 Organizações sem Fins Lucrativos. Realizado o XII CBQP UBQ, Vitória, ES. 2003 Dana Albarus – Divisão de Cardans ganha o PNQ na categoria Grandes Empresas. Escritório de Engenharia Joal Teitelbaum ganha o PNQ na categoria Médias Empresas. Realizado o XIII CBQP da UBQ, Rio de Janeiro, RJ. 2004 Realizado o XIV CBQP da UBQ, Gramado RS. Realizado pela ABNT o Seminário Internacional: Qualidade, Sustentabilidade & Responsabilidade Social, São Paulo, SP. Quadro 9 - Conceitos de custos Gasto É o sacrifício financeiro despendido para obtenção de produtos ou serviços, deve ser reconhecido contabilmente e implica na redução do ativo dado em pagamento. Desembolso É a saída financeira da empresa, e o momento em que ocorre a entrega dos ativos como efeito de pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço. Investimentos São todos os gastos ativados em função da utilidade futura de bens ou serviços obtidos. Custos São todos os gastos relativos a bens e serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços. Também é um gasto, porém reconhecido como custo no momento da fabricação de um produto ou na execução de um serviço. Despesas São todos os gastos com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas e consumidos direta ou indiretamente para obtenção de receitas, que venham a provocar redução do patrimônio como, por exemplo, comissões sobre vendas. Perdas São bens ou serviços consumidos de forma anormais e involuntários. São gastos não intencionais decorrentes de fatores externos, fortuitos ou da atividade produtiva normal da empresa. Fonte: Crepaldi (2010, p. 6-8). Quadro 10 - Duas categorias de custo da não qualidade CUSTOS INTERNOS DOS DEFEITOS Matérias-primas e produtos refugados Produtos que precisam ser retrabalhados Modificações nos processos produtivos Perda de receita Tempo de espera dos equipamentos parados para correções Pressa ou tensão para entrega dos produtos corrigidos ou consertados CUSTOS EXTERNOS DOS DEFEITOS Cumprimento das garantias oferecidas ao cliente Perda de encomendas Processamento de devoluções Custos de processos nos organismos de defesa do consumidor Comprometimento da imagem Perda de clientes e de mercado Fonte: Maximiano (2008, p. 161). Página 12 de 14 Quadro 11 - Conceitos de processos Teóricos: Conceito de Processo: Davenport (1994) Davenport define processo como, uma ordenação específica das atividades de trabalho no tempo e no espaço, com um começo, um fim, inputs e outputs claramente identificados, enfim uma estrutura para ação. Harrington (1993) Já Harrington o define como sendo um grupo de tarefas interligadas logicamente, que utilizam os recursos da Organização para gerar os resultados definidos, de forma a apoiar o seu objetivo. Johansson et al. (1995) Para Johansson, processo é o conjunto de atividades ligadas que tomam um insumo (input) e o transformam para criar um resultado (output). Teoricamente, a transformação que nele ocorre deve adicionar valor e criar um resultado que seja mais útil e eficaz ao recebedor acima ou abaixo da cadeia produtiva. Rummler e Brache (1994) Já Rummler e Brache, afirmam ser uma série de etapas criadas para produzir um produto ou serviço, incluindo várias funções e abrangendo o espaço em branco entre os quadros do organograma, sendo visto como uma “cadeia de agregação de valores”. Equipe do Centro de Ciências da Coordenação do MIT Outra forma de pensar a respeito de processos é apresentada pela equipe do Centro de Ciências da Coordenação do MIT, que considera os processos como sequências semi repetitivas de eventos que, geralmente, estão distribuídas de forma ampla no tempo e espaço, possuindo fronteiras ambíguas (Pentland et al., 1999). Página 13 de 14 Quadro 12 - Características das informações valiosas Fonte: Ralph, Reynolds (2012, p. 7). CARACTERÍSTICAS DEFINIÇÕES Acessíveis As informações devem ser facilmente acessíveis para os usuários autorizados para que possam obtê-la no formato e no tempo certo para atender suas necessidades. Exatas As informações exatas estão livres de erros. Em alguns casos, as informações imprecisas são geradas porque dados imprecisos são colocados no processo de transformação (isso é comumente chamado de lixo entra e lixo sai [GIGO - garbage in, garbage out]). Completas Informações completas contêm todos os fatos importantes. Por exemplo, um relatório de investimentos que não inclua todos os custos importantes não é completo. Econômicas As informações devem também ser relativamente econômicas para ser produzidas. Os tomadores de decisões devem sempre comparar o valor das informações com o custo de produzi-las. Flexíveis As informações flexíveis podems er utilizadas para diversos propósitos. Por exemplo, informações sobre qual a disponibilidade no estoque, de uma peça em particular, podem ser utilizadas por representantes de venda para fechar uma venda, por um gerente de produção para determinar se é preciso repor os estoques e por um executivo financeiro para determinar o valor total investido pela empresa em estoque. Relevantes Informações relevantes são importantes para o tomador de decisões. Informações que mostram que os preços da madeira vão cair podem não ser relevantes para um fabricante de chips para computador. Confiáveis Informações confiáveis são aquelas em que os usuários podem acreditar. Em muitos casos, a confiabilidade das informações depende da confiabilidade do método da coleta de dados. Em outros casos, a confiabilidade depende da fonte das informações. Um boato originário de uma fonte desconhecida de que os preços do petróleo podem subir pode não ser confiável. Seguras As informações devem ser garantidas contra o acesso de usuários não autorizados. Simples As informações devem ser simples, e não exageradamente complexas. Informações sofisticadas e detalhadas podem não ser necessárias. De fato, informações demais podem causar sobrecarga de informações, fazendo com que o tomador possua informações demais, tornando-o incapaz de determinar o que é realmente importante. Apresentadas em tempo hábil Informações devem ser apresentadas no momento exato, quando elas são necessárias. Saber as condições do tempo da semana passada não ajudará, quando se esta tentando decidir qual roupa vestir hoje. Verificáveis As informações devem ser verificáveis. Isso significa que você pode verificá-las para assegurar-se de que elas são corretas, talvez verificando muitas fontes para a mesma informação. Tabela 1.2 Características das informações valiosas Página 14 de 14 Quadro 13 - Atributos importantes para a qualidade das informações Fonte: O´Brien (2010, p.15). Prontidão A informação deve ser fornecida quando for necessária Aceitação A informação deve ser atualizada quando for fornecida Frequência A informação deve ser fornecida tantas vezes quantas forem necessárias Período A informação pode ser fornecida sobre períodos passados, presentes e futuros Precisão A informação deve estar isenta de erros Relevância A informação deve estar relacionada às necessidades de informação de um receptor específico para uma situação específica Integridade Toda informação que for necessária deve ser fornecida Concisão Apenas a informação que for necessária deve ser fornecida Amplitude A informação pode ter um alcance amplo ou estreito, ou um foco interno ou externo. Desempenho A informação pode revelar desempenho pela mensuração das atividades concluídas, do progresso realizado ou dos recursos acumulados Clareza A informação deve ser fornecida de uma forma que seja fácil de compreender Detalhe A informação pode ser fornecida em forma detalhada ou resumida Ordem A informação pode ser organizada em uma sequência predeterminada Apresentação A informação pode ser apresentada de forma narrativa, numérica, gráfica ou outras Mídia A informação pode ser fornecida na forma de documentos em papel impresso, monitores de vídeo ou outras mídias Um resumo dos atributos da qualidade da informação. Define os atributos que devem estar presentes em produtos de informação de alta qualidade. Dimensão do Tempo Dimensão do Conteúdo Dimensão da Forma
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