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SERVIÇO SOCIAL IDENTIDADE E ALIENAÇÃO; II Os ardis do capitalismo

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FACULDADE DO BAIXO PARNAÍBA
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
CAMILA LOPES, GEORDANIA MEIRELES, HELLEN CRISTINA, JOSÉ AYRTON, RAYSSA VASCONCELOS, VALERIA PATRICIO.
RESUMO: SERVIÇO SOCIAL IDENTIDADE E ALIENAÇÃO
Chapadinha – MA
2015
CAMILA LOPES, GEORDANIA MEIRELES, HELLEN CRISTINA, JOSÉ AYRTON, RAYSSA VASCONCELOS, VALERIA PATRICIO.
O QUE É SERVIÇO SOCIAL
Resumo apresentado à disciplina Introdução ao Serviço Social do Curso de Serviço Social da Faculdade do Baixo Parnaíba – FAP, para obtenção da primeira nota do segundo crédito.
Chapadinha – MA
2015
O século XIX foi um importante marco na história do desenvolvimento do capitalismo industrial. O mesmo em suas cinco primeiras décadas presenciou inclusive na Europa Ocidental as mudanças ocorridas pelo capitalismo.
O regime capitalista fez com que tudo em sua volta se alterasse. Impôs novos significados das coisas para que houvesse um novo ritmo de relações sociais de vida e de trabalho. Mostrando claramente que as novas influências, não eram só para atingir ás relações comerciais ou processo industrial, mais sim a sociedade como um todo.
Iniciando-se assim a segunda metade do século, a partir dessa alteração, aceleração de sobrevivência e socialização. Trazendo junto à isso, uma fase de progresso econômico e de expansão comercial jamais vista.
Foi através de seu signo de contradição que o capitalismo realizou sua marcha expansionista. Expandiu-se favorecendo a burguesia industrial.
Com todo esse progresso ocorrendo, o tributo social só tendia a aumentar e apenas os donos dos capitais se beneficiavam. Deixando assim a classe trabalhadora cada vez mais pobre.
A burguesia acreditava que o seu modo de produção instaurado e o seu próprio domino do capital sobre o ‘trabalho’ jamais seria mudado. Pois com o capitalismo europeu de pernas para ar e a classe trabalhadora com muitas derrotas sofridas, a mesma tinha isso como garantia e esperança. Acreditando ainda que seu poder de classe e o capitalismo estavam consolidados. 
A crise crescia cada vez mais, e os problemas sociais não paravam de surgir. Uma dura e difícil realidade surgia para os trabalhadores. Os mesmos em meio a tantas turbulências não recebiam investimentos para sua sobrevivência. Eram muitos problemas, principalmente nas áreas de saúde e habilitação. A exploração pela mão de obra era tão grande, que os graves problemas se davam mais pelas terríveis condições de trabalho, chegando a levar crianças e adultos a beira da morte.
O descontrole só crescia por conta das crises cíclicas do capitalismo. Atingindo a sociedade geral como um todo.
Com a forte união dos sindicatos nacionais, os trabalhadores já não se deixavam mais intimidar com as ameaças e ações repreensivas e punitivas da classe burguesa.
A década de 1870 foi de grande importância. Pois um valioso combate de igualdade social surgia, onde a exploração e a desigualdade tinham que estar excluídas para sempre. Um operariado sequioso veio, com intenção de implantar um novo tempo e uma nova sociedade, ou seja a Constituição do proletariado como classe social organizada.
A burguesia entra em cena novamente, fazendo com que a classe do proletariado fique concentrando na indústria, para assim então montar a sua identidade em cima da consciência de sua própria classe. Agindo assim através de suas estratégias com o trabalhador, para que o mesmo fique concentrado nas grandes cidades e nas grandes indústrias, a burguesia vai gerando dessa forma não só a posição da classe social, mas como também da classe política.
Os trabalhadores por se sentirem totalmente estranhos naquele novo mundo de mercado de trabalho, começou a se unir com outros trabalhadores, para assim buscarem uma boa superação em relação ao isolamento que tinham e a alienação que vinham sofrendo. Eram explorados e sofriam desigualdade por conta do regime capitalista, criando assim uma concepção de inimigos sobre eles.
O capitalismo ia infiltrando perversamente na vida dos trabalhadores, o mesmo individualmente passou a se defrontar com seus próprios companheiros de trabalho na sua vida cotidiana. Aos poucos iam percebendo a forma como estavam e tinham que se adaptar a aquele novo conceito de vida, criando individualmente para cada um deles, estratégias que o fizessem crescer profissionalmente e conseguisse alcançar seus interesses comuns.
Aos poucos os trabalhadores iam discernindo seu papel e a sua importância no circuito do capital, fazendo com que não só houvesse uma luta social e econômica entre eles, mais que disso resultasse uma nova luta de política de classes, pois o cenário já havia mudado, não se tinha mais ali como foco uma grande indústria, e sim a própria sociedade.
Quem tinha mais poder, vencia “a classe política” surgiu, fazendo cada um lutar por seus próprios ideais.
Por tanto através de sua força política os trabalhadores fortalecem a sua união, onde se consolidaram sua base associativa “o sindicato”.
Através de todos esses movimentos sociais, que fez-se com que houvesse a marcha ascendente em direção à classe política e à luta de classes.
Uma grande diferença em relação aos movimentos sociais dos trabalhadores ia sendo percebida, entre as primeiras do século XIX e aqueles ocorridos em seu terço final, em direção ao século XX.
A classe trabalhadora estava mais do que nuca forte e unida para lutarem por seus direitos, estavam mais consistentes e com estratégias mais ágeis.
Encerrando-se o século XIX, os trabalhadores fizeram com que a burguesia se sentisse fortemente ameaçada.
O Amadurecimento politico da classe trabalhadora, e a miséria generalizada, eram questões que enchiam de temor a burguesia europeia, ao longo do processo de industrialização capitalista.
A revolução industrial trouxe para os donos do capital a possibilidade de ampliar seus investimentos mediante o uso de inovações tecnológicas e inovações no modo de produção, com isso houve a necessidade do aumento da mão de obra principalmente para expandir os lucros. Com isso os trabalhadores entraram em concorrência entre si, favorecendo a burguesia, pois assim os salários não subiam e os trabalhadores trabalhavam ao máximo, gastando todas suas energias, ficando doentes e substituídos por novos operários.
Com a Lei do Cercamento os camponeses se viam obrigados a migrar para a cidade a procura de trabalho nas indústrias, tendo apenas sua força de trabalho a oferecer, e sem opção os trabalhadores se sujeitavam a todo tipo de humilhação. Além de receberem salários baixíssimos, muitos não conseguiam emprego e acabavam se tornando mendigos, evidenciando ainda mais a situação de extrema pobreza vivida. Na Inglaterra e na França o número de mendigos cresceu tanto que as autoridades começaram a chamar esse fenômeno de “praga dos mendigos” ou “praga dos sem teto”.
Devido à falta de trabalho, os mendigos eram considerados vadios, e os trabalhadores ficaram incapazes de realizar qualquer avanço em mobilidade social. Um agravante da situação eram as legislações da época que permitia que os mendigos fossem enforcados, e alguns marcados com ferro em brasa por se recusarem a trabalhar, um verdadeiro massacre contra os que já estavam na miséria.
Os capitalistas incentivavam a fixação de um número cada vez maior de trabalhadores nos arredores de suas indústrias, para atender a expansão da produção. Nesses bairros as condições básicas de vida saudável eram escassas, e a pobreza estava se amontoando e aumentando deliberadamente. Essa grande concentração de operários próximos as empresas interessava aos donos das indústrias, pois funcionava como uma reserva de mão de obra, e o aumento da procura de emprego levava a burguesia a diminuir os salários e trocar qualquer trabalhador que questionasse seu sistema.
 A expansão capitalista estava tomando proporções mundiais, espalhando-se por toda a Europa e chagando na América, fazendo com que o capitalismo parecesse auto propulsivo e inesgotável.Entretanto, acumular riqueza de um lado, significava aumentar a pobreza do outro.
No final da primeira metade do século XIX a mão de obra havia superado e muito a demanda, extrapolando o limite de mercado, que se enfraquecia devido a crises cada vez mais constantes. Para a burguesia, o massacre do proletariado era apenas um subproduto do regime capitalista, pois eles estavam interessados apenas no lucro e expansão do capital. 
É importante notar que a igreja também era a favor das ideias burguesas. Um pastor importante para a historia do Serviço Social foi Thomas Chalmers, membro da burguesia inglesa. Ele foi influente na formação da assistência social em países como Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos, com a criação de “fundos invisíveis de caridade”, para que os necessitados recebessem ajuda mediante os agentes envolvidos na assistência social.
O pastor anglicano Joseph Townsend dizia que a pobreza era condição necessária para a existência da riqueza, ele até mesmo concordava com a “Lei dos Pobres”.
Para a burguesia, o trabalhador interessava apenas como força de trabalho, e se interessavam apenas que ele estivesse apto a trabalhar, sem dar atenção às suas verdadeiras necessidades de sobrevivência.
Contraditoriamente a Inglaterra foi o primeiro país europeu a legislar e criar instituições para a prática assistencial juntamente com a igreja Evangélica.
Mas essa prática era apenas um objeto alienante com o proposito de controlar a pobreza e continuar sujeitando os trabalhadores à submissão, usando de três grandes estratégias: intimidação, repressão e punição.
Do século XV ao XIX as medidas tomadas por países da Europa em nome da estabilidade social e política eram verdadeiras atrocidades, contudo, com o amadurecimento da consciência de classe do proletariado estas medidas estavam sendo repudiadas.
Os donos do capital e o Estado burguês precisavam criar um tipo de assistência ilusória, que ocultasse suas reais intenções, como única saída para amansar as reivindicações do proletariado e dar resposta aos milhões de pobres que se juntavam contra a burguesia que a cada dia ficava mais fragilizada.
Em contrapartida, a classe trabalhadora estava amadurecendo politicamente, superando as ações quase que desorganizadas da metade do século XIX, reivindicando coletivamente seus direitos que as organizações de caridade não estavam conseguindo dar conta.
A estratégia tomada foi a união com o Estado, mesmo que para os capitalistas ele não passasse de um órgão a seu serviço. Usando essa nova aliança monolítica, a classe dominante demonstrava assumir a direção da prática. Seus interesses estavam interligando de uma só vez tanto a prática quanto seus agentes, evidenciando seus ardis, que são as estratégias utilizadas para maquiar suas reais intenções. “Os donos do capital, com aprovação dos próprios agentes, assumiam o domínio da pratica social, subordinando-a cada vez mais a seus interesses de classe” (MARTINELLI. p. 88).
Sendo assim, os donos do capital estavam sendo proprietários dos meios de produção, compradores da força de trabalho e mandantes da pratica, tudo isso com o intuito de ampliar o sistema capitalista, criando um verdadeiro fetichismo vinculado.
Subordinando-se cada vez mais ao proletariado, o serviço social perdia sua dimensão social e se distanciava de suas origens. Com um movimento cada vez mais contra seu contexto histórico, a profissão apenas enfatizava seu caráter alienante, produzido pelo alienador o capitalismo, subjugando e alienando os trabalhadores, mantendo-os sempre atados à vontade capitalista.

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