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Psicologia do Testemunho

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Psicologia Jurídica
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Psicologia do Testemunho
Indícios
Não se sabe se aconteceu há séculos, ou há pouco tempo, ou nunca.
Na hora de ir para o trabalho, um lenhador descobriu que o machado tinha sumido.
Observou o vizinho e comprovou que tinha o aspecto típico de um ladrão de machados, o olhar, os gestos, a maneira de falar...
Alguns dias depois, o lenhador achou o machado, que estava perdido num canto qualquer.
E, quando tornou a observar seu vizinho, comprovou que não parecia nem um pouco um ladrão de machados, nem o olhar, nem os gestos, nem a maneira de falar.
Eduardo Galeno
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Percepção e Apercepção
“os fatos são sempre vazios[...] são recipientes que tomarão a forma dos sentimentos que os preencherá”.
Juan Carlos Onetti
Por isso, é importante diferenciar Percepção e Apercepção
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Percepção
É uma condição neutra, sem desejo, sem memória e sem compreensão.
Apercepção
É a percepção carregada das vivências e das valorações individuais, assim como a herança do passado.
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A rigor, quando se fala coloquialmente de percepção, na verdade, estamos tratando de apercepção, o modo especial e particular como cada um percebe a realidade.
A apercepção agrega um juízo de valor, a bagagem existencial, a experiência de cada um.
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Percepção pura, portanto, só existiria abstratamente.
Quando se reproduz a lembrança de um acontecimento, repete-se não só a sensação da realidade já percebida, mas também a própria reação perceptiva daquela realidade.
Isso interessa diretamente a psicologia do testemunho, porque toda percepção será sempre uma apercepção: realidade + valor.
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Realidade Percebida X Realidade Imaginada
A realidade percebida decorre de fatos gerados externamente, enquanto a realidade imaginada advém de fatos gerados internamente, portanto, nem sempre elas coincidem.
Para indicar essas diferenças, utiliza-se um pequeno esquema:
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Fatos gerados externamente são caracteristicamente relacionados a:
Maior informação contextual(espaço-tempo);
Mais detalhes sensoriais (ruídos, gestos, gosto ou paladar, visão, etc,).
Fatos gerados internamente referem-se predominantemente a:
Mais informações idiossincráticas do sujeito (penso que, tenho a impressão que, para meu espanto, acho que...)
Relatos que costumam ser mais longos, com maior número de palavras, nomeadamente adjetivos ( expressões subjetivadas presas a fantasias sobre o acontecimento).
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Algumas Pesquisas
Udo Undeustsch, citado por Mioto, elaborou um instrumento denominado Análise da realidade da Declaração (Statement Reality Analisys) para diferenciar testemunhos verdadeiros e falsos, no caso de crianças vítimas de abuso sexual.
Partiu da ideia de que declarações baseadas em fatos reais (experimentados) são qualitativamente diferentes das que não se baseiam na realidade externa, produtos da mera fantasia.
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Esse instrumento consiste em entrevista, análise das declarações obtidas em vários níveis e testagem, propondo em informe especial com as seguintes opções:
1. Verossímil
2. Provavelmente verossímil
3. Indeterminada
4. provavelmente inverossímel
5. Inverossímel
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Estudos de Mira e Diges, igualmente citados por Mioto, procuram estimar a concordância das crenças comuns sobre as memórias das testemunhas, baseando-se na análise de metamemória
Referida investigação revela:
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Parece haver acordo que, sob condições de estresse e ameaça, a capacidade de fixar e recordar está limitada.
A maioria dos sujeitos considera que as mulheres serão piores testemunhas do que os homens, sobretudo ao deporem sobre fatos violentas.
A maioria pensa que, por se tratar de fatos desagradáveis, tender-se-á a superestimar a duração do incidente.
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A valoração que se faça da capacidade da testemunha é independente da segurança que ela própria diga possuir.
Em geral, no depoimento, ignora-se a influência do fenômeno da “transferência inconsciente”.
Considera-se que o depoimento de policiais é mais exato do que o de civis, mesmo depois de três meses do incidente.
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Os sujeitos tendem a responder corretamente, identificando a sequência de tomada de declaração mais correta.
Desvaloriza-se o depoimento de pessoas de idade.
Observa-se uma tendência para afirmar que as crianças são muito sugestionáveis.
É falsa a ideia de que o estado em que ficaram os veículos depois do acidente é o que mais facilmente recordarão as testemunhas.
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Por outro lado a etologia humana mostram que as crianças, as mulheres, os estrangeiros, os negros e todos aqueles que tiveram de sofrer muito por essa condição, são, em geral, melhores observadores do que aqueles cuja personalidade se desenvolveu sem maiores esforços.
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Na verdade, é no mundo que nossos sentidos ganham significado, pois este passa e perpassa pelo que é percebido.
Tudo está inscrito em um código de significados intra e intersubjetivo, capaz de ser ressignificado de acordo com o momento.
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Contribuições da Gestalt
A Teoria da Gestalt, cujos criadores foram os psicólogos alemães Kohler, Koffka e Wertheimer, enquanto reação contra a análise alegadamente artificial das teorias introspectivas, está baseada na premissa de que a percepção é determinada pelo caráter do campo como um todo.
O postulado básico é: O TODO É DIFERENTE DA SOMA DAS PARTES.
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PROXIMIDADE
Os elementos próximos no tempo ou no espaço tendem a ser percebidos juntos..
As linhas da figura tendem a ser vistas como três pares de linhas, mais do que de qualquer outra maneira.
Veja os exemplos trazidos por Marx e Hillix.
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SIMILARIDADE
Sendo as outras condições iguais, os elementos semelhantes tendem a ser vistos como pertencentes à mesma estrutura.
Observe a figura a seguir:
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DIREÇÃO
Tende-se a ver figuras de maneira tal, que a direção continue de um modo fluido.
Veja a seguir:
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DISPOSIÇÃO OBJETIVA
Quando é visto um certo tipo de organização, continua-se a vê-lo, mesmo quando os fatores de estímulo que levaram à percepção original estão agora ausentes. 
Observando progressivamente os pontos da esquerda para a direita, a tendência será continuar vendo os pares.
Olhe com atenção o exemplo que segue:
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DESTINO COMUM
Os elementos deslocados de maneira semelhante, de um grupo maior, tendem eles próprios, por sua vez, a serem agrupados.
Veja o exemplo a seguir:
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PREGNÂNCIA
As figuras são vista de um modo tão “bom” quanto possível, sob as condições de estímulo.
A figura boa é uma figura estável.
As lacunas de uma figura são geralmente fechadas porque a figura resultante é mais “pregnante”.
Veja os exemplos:
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Contribuições da Psicopatologia
Tradicionalmente, a psicologia do testemunho está relacionada com a função da memória, que exige que se tenha capacidade para fixar, conservar, evocar e reconhecer os acontecimentos.
Como uma câmara fotográfica, primeiro é necessário “bater a foto”, isto é, fixar a imagem, depois conservar essa imagem, quer dizer arquivá-la no filme da memória, para depois, quando necessário, poder evocá-la, revelando a imagem que estava arquivada.
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Essa é uma VISÃO bastante restrita da psicologia do testemunho, pois o homem relaciona-se com o meio através de várias outras funções além da memória. 
O ser humano não tem apenas memória dos fatos.
Somente no campo de uma das instâncias psíquicas da personalidade, o ego, cuja principal é fazer a comunicação do mundo individual
do sujeito com o meio ambiente, estão presentes muitas funções, sendo a memória apenas uma delas.
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Vamos ver estas funções que estão presente nesta relação do ego com o meio ambiente.
Sensopercepção
Atenção
Orientação
Consciência
Pensamento
Linguagem
Inteligência
Afeto
Conduta
Memória
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Sensopercepção
É a operação do ego ordenada ao conhecimento do mundo sensível.
É o fenômeno psíquico pelo qual a sensação se faz consciente.
Essa função congrega dois aspectos:
De um lado, estão as cinco funções sensoriais: audição, visão, tato, olfato e gustação
De outro lado, está a percepção propriamente dita, que não consiste em simples reações somáticas, mas depende de um processo de amadurecimento complexo, com componentes psicológicos e sociais.
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Sensopercepção
Pode-se dizer que a sensopercepção é a capacidade de perceber e interpretar os estímulos que se apresentam aos órgãos dos sentidos.
Dentro da função específica denominada sensopercepção pode ocorrer problemas ou prejuízos.
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Principais Alterações da Sensopercepção
Hiperestesia
É o aumento anormal das percepções.
Todos os sons, por exemplo, parecem altos ou as cores mais vivas.
É o que ocorre em estados de delírio tóxico ou em estados maníacos.
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Principais Alterações da Sensopercepção
Hipoestesia
É a diminuição da sensibilidade aos estímulos sensoriais, que parecem menos intensos do que na realidade.
Ocorrem em: estados depressivos ou melancólicos.
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Principais Alterações da Sensopercepção
Analgesia
É a perda de sensibilidade de partes determinadas do corpo.
Ilusão
É a percepção deformada de um objeto real e presente.
O sujeito percebe o objeto de uma forma errônea, unindo a ele suas fantasias, desejos e temores.
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Principais Alterações da Sensopercepção
Alucinação
É a percepção de um estímulo sem sua presença na realidade.
O sujeito projeta seus conflitos, desejos e temores inconscientes para o mundo exterior.
Neste caso, o ego está seriamente comprometido.
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Principais Alterações da Sensopercepção
Alucinação
Classificações da Alucinação
Visual – vê pessoas ou coisas que não existem;
Auditiva – ouves vozes, musicas, campainhas;
Gustativas ou olfativas – sentir cheiro ou gosto podre;
Tátil – animais caminhando no seu corpo;
Cenestésica – sentir o estomago podre;
Cinestésica ou motora – sentir o braço sendo levantado;
Sinestésica – ver pelo nariz.
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Atenção
É a função que permite selecionar os estímulos, isto é, o organismo examina os estímulos do mundo externo e extrai aqueles que lhe interessam.
Também é a faculdade de manter o foco em uma determinada atividade seletivamente.
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Atenção
Principais Alterações da Atenção
Hipoatenta 
Baixa capacidade para se fixar a um determinado estímulo, por falta de vigilância ou de tenacidade, como freqüentemente acontece com sujeitos deprimidos, desmotivados ou desinteressados pela vida ou por aspecto dela.
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Atenção
Principais Alterações da Atenção
Hiperatenta
Estado de exagerada atenção, seja porque as condições assim o exigem, seja por distúrbio próprio da atenção.
Há hiperatenção frente a um perigo iminente, quando é manejada uma máquina, quando se dirige em uma autopista, mas também pode-se estar hiperatentona perspectiva da defesa de um medo ou de uma perseguição irreal.
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Orientação
É graças à função de orientação que é possível saber onde se está (orientação espacial), e em que tempo se vive (orientação temporal).
Existem, basicamente dois tipos de orientação:
Orientação autopsíquica – que permite uma crítica correta em relação à condição da própria pessoa;
Orientação alopsíquica – orientação entre o sujeito e o meio externo que o circunda.
Uma pessoa pode estar orientada num aspecto e desorientada em outro.
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Alterações na Orientação
Desorientação alopsíquica 
o indivíduo apresenta-se desorientado quanto ao espaço, tempo, lugar e às outras pessoas. Comum em enfermidades orgânicas e tóxicas; enfermidades psicogênicas.
Desorientação autopsíquica 
 o indivíduo apresenta-se desorientado quanto a si mesmo, seu nome, idade, sexo, etc.
Desorientação completa 
é quando as duas desorientações citadas acima aparecem juntas.
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Consciência
É a função mais integral do indivíduo.
É a capacidade do indivíduo de reconhecer as realidades externa e interna.
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Consciência
Alterações da Consciência
Nível Comatoso
Nível Confusional ou de Obnubilação Mental
Nível Onírico
Nível Crepuscular
Vigília Normal
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Pensamento
Associações de idéias que se ligam por determinadas leis.
Correspondem ao conjunto de funções capazes de associar conhecimentos novos e antigos, integrar estímulos, criar, analisar, abstrair.
De pouco ou nada adiantaria o indivíduo possuir memória se não conseguisse organizar as lembranças em pensamentos.
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Pensamento
O Pensamento Possui:
Origem
O pensamento pode ser lógico ou mágico.
É lógico quando está de acordo com o princípio de casualidade que os fenômenos possuem.
Mágico, se regido pelo processo primário, resultando ilógico, irracional e atemporal.
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Pensamento
O Pensamento Possui:
Curso 
 É o caminho e a velocidade com que as associações se realizam. Podendo ser:
Lento (bradipsiquismo)
Rápido (taquipsiquismo)
Normal
Agregado
Desagregado 
Conteúdo
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Pensamento
São considerados distúrbios de conteúdo dos pensamentos os delírios, que geralmente acompanham estados mentais psicóticos importantes.
Delírios de Grandeza
Delírios de Ruína
Delírios de Pobreza
Delírios de Ciúmes
Delírios de Perseguição
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Pensamento
Também é importante mencionar as chamadas idéias de referência.
Situações em que o sujeito começa a pensar que os acontecimentos exteriores estão relacionados sempre à sua pessoa, passando assim, a ser o centro de toda e qualquer referência.
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Pensamento
O medo também pode ocupar o conteúdo dos pensamentos.
Segundo Kaplan e Sadock, “a fobia é um terror exagerado e invariavelmente patológico de algum tipo de estímulo ou situação”.
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As fobias mais conhecidas são:
Tipos de Medo
Denominação da Fobia
Lugares altos
Acrofobia
Lugares abertos
Ágorafobia
Dor
Algofobia
Excrementos
Coprofobia
Vista de sangue
Hematofobia
Água
Hidrofobia
Sujeira/Contaminação
Misofobia
Corpos mortos
Necrofobia
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As fobias mais conhecidas são:
Tipos de Medo
Denominação da Fobia
Doença
Patofobia
Pecado
Pecatofobia
Luz Forte
Fotofobia
Morte
Tanatofobia
Envenenamento
Toxofobia
Pessoas estranhas
Xenofobia
Animais
Zoofobia
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Linguagem
A linguagem é o conjunto de sinais convencionais, que podem ser orais, escritos ou numéricos, pelos quais exprimimos nossas necessidades, emoções, desejos e pensamentos, designamos e damos nome às coisas.
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Distúrbios Importantes da Linguagem
Neologismos
Ecolalia
Perseveração
Prolixidade
Afasia
Verborréia
Mussitação
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Inteligência
A inteligência é um função integradora do ego que expressa capacidade para enfrentar situações novas e
se adaptar a elas.
É a aptidão para resolver problemas.
É a capacidade de aproveitar a experiência, adquirir conhecimento e adaptar-se ás mudanças do ambiente.
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Afeto
Entende-se por efetividade o conjunto de fenômenos que se manifestam sob a forma de emoções, sentimentos paixões, acompanhados da tonalidade dor ou prazer, satisfação ou insatisfação, agrado ou desagrado, alegria ou tristeza.
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Alterações do Afeto
Distimia – É uma espécie de depressão leve e contínua em que a vida se torna muito difícil e sem graça.
Euforia – É um estado de alegria intenso e desproporcional, menos intenso do que o estado maníaco.
Apatia – É a diminuição das sensações emotivas e afetivas.
Afeto embotado – Severa redução da intensidade afetiva
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Conduta
É uma função adaptativa fundamental do ser humano.
Todo impulso tende a ter uma expressão, a uma manifestação da conduta.
Suas principais alterações são:
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Hiperatividade
Agitação psicomotora
Hipoatividade
Automatismo
Conduta agressiva
Conduta bizarra
Tentativa de suicídio e suicídio
Catalepsia
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Memória
A memória é a capacidade de FIXAR, CONSERVAR, EVOCAR e RECONHECER os acontecimentos.
Estas capacidade são, na verdade, as quatro etapas da memória.
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Memória
A fixação consiste no estabelecimento de associações entre um fenômeno passado e conhecido e o novo fenômeno, pois a memória não consegue guardar aquilo que lhe é totalmente desconhecido.
As experiências com maior carga afetiva são fixadas mais facilmente do que aquelas indiferentes.
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Memória
As alterações mais frequentes podem ser organizadas:
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AMNÉSIAS
É a perda completa da memória.
É o esquecimento correspondentes a um ou mais períodos determinados.
Existem as amnésias psicogênicas, onde a perda dos elementos mnêmicos tem um valor psicológico, e as orgânicas.
Existem amnésias dos seguintes tipos:
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Anterógrada ou de Fixação
O indivíduo não consegue fixar elementos a partir do momento em que ocorreu o dano cerebral, embora se refira com precisão a episódios de sua infância.
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Retrógrada
Caracteriza-se pelo desaparecimento de lembranças antigas, há muito fixadas pela memória, que não podem ser evocadas ou o são com muito esforço.
Costuma ser frequente a substituição do material esquecido por elementos imaginativos.
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Ilusões Mnêmicas
Ocorre a deformação da memória pelo acréscimo de elementos falsos, imaginativos afetiva.
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Alucinações Mnêmicas
São criações imaginativas com a aparência de lembranças.
O sujeito cria as situações e passa a acreditar que são verdadeiras.
Geralmente ocorre em doenças orgânicas nas quais acontecem lacunas de memória.
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Fabulações
É a substituição de uma representação mnêmica por outra fantástica, mentirosa.
Comum em:
Alcoolistas
Mentirosos patológicos.
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Memória
Dentre as alterações qualitativas, existem as chamadas paramenésias, que correspondem a lembranças distorcidas.
DEJÁ-VU
JAMAIS-VU
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Síndrome de Korsakoff
Quando algumas peças da memória se decompõem, o mundo percebido troca de forma.
O uso excessivo de álcool destrói os tubérculos de korsakoff, pequenos gânglios que são uma espécie de torre na rede da memória, e, em consequência, a memória se perde.
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Doença de Alzheimer
Caracteriza-se pela progressiva perda de memória e da cognição.
Ocorre um grave prejuízo na capacidade de apreender novas informações e também para recordar informações anteriormente adquiridas.
Como se trata de uma patologia em que a perda da memória vaia aumentando progressivamente, em estágios evoluídos da doença, a pessoa perde sua própria história.

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