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Resumo Dentistica

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Prévia do material em texto

Felipe Telesca. 
 
Joaçaba, 30 de março de 2017. 
Sistemas Adesivos 
Princípios de adesão 
Condicionamento ácido ( ácido fosfórico a 35% a 37% ) 
Serve para criar micro retenções, remover a película adquirida aumentando a energia de 
superfície. Transformando o esmalte subjacente num tecido altamente poroso, gerando 
aumento da área superficial 
Para ser efetivo em esmalte deve ser usado no tempo certo que é de 30s em esmalte, 
sendo necessária a lavagem abundante com água após total remoção. 
Ácido fosfórico tem grande importância na remoção de smear layer e smear plug 
(dentro dos túbulos dentinarios), que é a lama dentinaria formada por bactérias e detritos 
após o preparo cavitario. Em dentina o acido cria retenções na dentina intertubular. 
 
Os sistemas adesivos têm três abordagens: Convencionais, autocondicionantes e 
universais. 
 
Tecnica convencional: Principal mecanismo para reter os sistemas adesivos, baseia-se 
na infiltração de monômeros resinosos pela camada superficial de dentina previamente 
desmineralizada e posterior polimerização. Essa zona forma um substrato de natureza 
composta denominado camada hibrida. 
Técnica convencional de 3 passos: 
Ácido: remover smear layer e plug, criar microretenções. 
Primer (parte hidrofílica): Constitui monômeros hidrofílicos (HEMA) e solventes 
(água/álcool/acetona). Aumenta interação com fibras colágenas e a resina hidrofóbica a ser 
aplicada. Ao polimerizar o primer este envolve as fibrilas e forma a camada hibrida. 
Bond (parte hidrófoba): Monomeros hidrofóbicos (Bis-GMA). Não contem água, nem 
solvente em sua composição. São capazes de penetrar na superficie preparada pelo 
primer. Essa resina se copolimeriza com os monômeros do primer, garantindo espessura 
mínima adequada para a camada adesiva, evitando o comprometimento da 
polimerização pelo contato com o oxigênio. 
TIP’s: Toda estrutura contendo resina (camada hibrida, tags e microtags) é responsável 
por reduzir a sensibilidade pós operatória, a microinfiltração e por aperfeiçoar a vedação 
dentinaria. 
Por isso deve-se realizar a técnica adesiva com bastante critério evitando falhar, pois o 
sucesso a longo prazo é dependente disso. 
Com uso de sucesso existem duas formas de adesivos convencionais sendo eles o de 
três passos e o de dois passos. (Lembrem-se o condicionamento acido é um passo 
operatório levando em conta na denominação). 
Convencional de 3 passos (Adper Scotch Bonde multipurpose 3M ESPE): 
• Ácido – preparar o substrato 
• Primer - parte hidrofilica compatível com dentina úmida. (possui solventes) 
• Bond- parte hidrofóbica. 
 
Convencional de 2 passos (Adper Single Bond 3M ESPE): 
• Ácido – preparar o substrato. 
• Primer/Bond – parte hidrofílica e hidrófoba em único frasco, sendo necessárias 
duas aplicações para maior efetividade. 
 
Para evitar que as fibras colágenas colabem, é necessário fazer usa da adesão úmida. 
Então após retirar o acido com a lavagem e secagem, é necessário um reumedecimento 
da dentina, formando uma fina película de água usando filtros de papel. 
PODE SER FEITO COM CLOREXIDINA PARA EVITAR AS MMP’S 
AUMENTANDO A LONGEVIDADE. 
Lembrando que adesivos com solvente é necessário a evaporação do mesmo, sendo 
assim deve ser esfregado com vigor para maior evaporação e penetração do adesivo no 
substrato. (volatilidade: acetona < álcool < água). 
Obedecer sempre os tempos de impregnação, pois a presença de água e solvente reduz 
as propriedades mecânicas do adesivo, o que pode resultar em microinfiltração. Jatos de 
ar a 20cm por 10s, ou até que não haja movimentação. (Jato a longa distancia para evitar 
oxigenação em excesso). 
Fator que pode afetar a resistência de união é a quantidade de dentina intertubular 
disponível para formação da camada hibrida. Como em dentina profunda a quantidade 
de túbulos dentinarios é maior comparada com a superficial, é menor a área para adesão, 
pois há menos dentina intertubular. Assim, frente a dentina hipermineralizada seria 
melhor utilizar outros materiais que possuem mais afinidade com esse tecido, como o 
CIV convencional e/ou modificado por resina. 
SEMPRE REALIZAR A TECNICA ADESIVA SOB ISOLAMENTO 
ABSOLUTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Passo a passo clinico convencional de dois passos: 
 
PASSO CLINICO 
 
 
FUNÇÃO 
 
CUIDADOS 
1. Condicionamento 
ácido por 30 
segundos. 
Criar microretenções. 
remoção da smear layer e 
plug, exposição da trama 
colágena. 
Iniciar por 15s em esmalte 
e após aplica-se em dentina 
aguardando mais 15s, 
totalizando 30s. 
2. Lavagem por no min 
30s com jato de 
ar/água (spray) 
Remoção dos subprodutos 
da reação e espessantes dos 
géis ácidos. 
Lavagem incompleta pode 
deixar resíduos que 
interferem no molhamento 
adesivo 
3. Secagem com jato de 
ar 
Ver aparência branca 
opaco do esmalte. 
Causa colapso das f. 
colágenas, ñ deve ser 
realizada por muito tempo 
pois causa danos pulpares. 
4. Umedecimento da 
dentina com água ou 
clorexidina. 
Causa expansão das fibras 
colágenas colabadas. 
Utiliza-se a umidade 
adequada em função do 
solvente do adesivo 
Não umedecer pouco caso 
solvente seja acetona, e 
não umedecer em excesso 
caso solvente seja água. 
5. Aplicar Adesivo em 
esmalte e dentina 
O adesivo deve ser 
esfregado com vigor na 
superficie para melhor 
penetração e ajudar na 
evaporação de solventes. 
Tempos menores que 10s 
podem levar a problema na 
infiltração de monômeros. 
6. Aplicação de jato de 
ar. 
Evaporação do solvente e 
da água residual em 
dentina. 
Jato a 20cm para evitar 
incorporação de O²; até 
que não se visualize 
movimento. 
7. Repetir passo 5 e 6. 
(em caso de dois 
passos) 
Saturar mais dentina e o 
esmalte com os 
monômeros para melhor 
eficácia. 
Repetir sempre que 
observar que o adesivo não 
tem uma aparência 
brilhosa, úmida e uniforme 
8. Fotoativação Polimerizar os monômeros 
do adesivo. 
Deixar a ponta do 
fotopolimerizador próxima 
das superfícies, a fim de 
evitar redução da luz. 10s 
de fotoativação. 
 
 
 
 
 
 
Sistemas adesivos autocondicionantes 
Elimina o condicionamento ácido e lavagem prévio, pois contem a parte acidica 
incorporada ao primer. 
O primer autocondicionante possui sua própria via de acesso, graças a adição de 
monômeros acidicos, que simultaneamente a desmineralização, infiltram na intimidade 
da dentina e copolimeriza-se após a fotoativação. Porem a Smear layeer não é removida 
mas sim incorporada a interface de união, sendo assim a interface de união é mais 
espessa que os convencionais com condicionamento. 
Eles são comercializados de duas formas, sendo a de um passo nem citada por que é 
uma merda: 
• 2 passos: Primer acidico + Bond (ClearFil SE Bond da kuraray). 
 
O adesivo autocondicionante de 2 passos promove igual ou melhor adesão, retenção e 
selamento que os convencionais. 
É favorável fazer condicionamento seletivo em esmalte para o uso de 
autocondicionante de 2 passos. 
A água é quem vai ionizar os monômeros acidicos para penetrar no substrato dentinario, 
sendo assim o principal solvente dos autocondicionantes de 2 passos por isso deve ser 
usado com a dentina bem seca. 
O sistema adesivo autocondicionante de dois passos tem sua principal indicação o uso 
em dentes posteriores, pois tem menor risco de sensibilidade operatória, e em classe V 
não cariosa por causa da MDP. Deve ser usado com a dentina bem seca 
 
 
 
Autocondicionante 2 passos 
Passos Clinicos Função Cuidados 
1. Aplicação do 
primerautocondicionante 
(PARTE 
HIDROFILICA E 
ACIDICA) ( 10 a 
20s) 
Desmineralização e 
penetração simultânea em 
esmalte, em dentina 
desmineralização da smear 
layer e penetração dentina 
subjacente 
Deve ser feito de forma 
ativa, ou seja, esfregando-o 
sobre os substratos. 
2. Secagem com jatos 
de ar, por 15s 
Evaporação da água (ou 
outros solventes) que 
promove a ionização dos 
componentes ácidicos 
Deve ser feito a 
distancia(20cm) para evitar 
incorporação de O². 
Verificar superficie 
brilhosa de forma 
homogênea, caso contrario 
repetir passo 1 e 2. 
3. Aplicação do 
Adesivo(parte 
hidrófoba) 
Saturar os substratos com 
mais monômeros. 
Descartar o que ta no livro 
prq sempre tem que dar o 
jato de ar. Vide abaixo. 
 
4. Aplicação do jato 
de ar 
Evaporação dos solventes e 
espalhamento. 
Aplicar jato de ar até que 
não se visualize 
movimento do adesivo na 
superficie (ele se torna 
mais viscoso sem o 
solvente) 
5. Repetição dos 
passos 3 e 4. (ver 
recomendação do 
fabricante) 
Saturar mais os substratos 
com monômeros resinosos. 
Essa repetição deve ser 
sempre realizada quando 
não se observar que o 
adesivo tem aparência 
brilhosa, úmida e uniforme 
sobre as superfícies. 
6. Fotoativação Polimerizar os monômeros Deixar a ponta do foto 
próxima das superfícies 
para evitar redução da 
intensidade de luz. Utilizar 
o tempo recomendado pelo 
fabricante. 10s (PADRÃO 
UNOESC). 
 
LEMBRANDO QUE EM ESMALTE É 
NECESSARIO CONDICIONAMENTO SELETIVO 
POR 30s COM ACIDO FOSFORICO! 
 
 
A seguir uma tabela com vantagens e desvantagens dos adesivos convencionais de 2 e 3 
passos e autocondicionantes de 2 passos: 
 
 
 
Vantagens Desvantagens 
• Multiplas indicações 
• Compatibilidade com cimentos 
resinosos 
• Menor degração ao longo do 
tempo 
• Maior numero de frascos 
• Tecnica mais complicada 
• Necessidade de muliplas camadas 
de primer para saturar a dentina 
desmineralizada. 
 
 
 
 
Vantagens Desvantagens 
• Tecnica mais simples 
• Valores de resistência de união 
semelhantes aos de 3 passos 
• Menor numero de indicações 
• Sistema mais hidrofílico tendem a 
ter maior degradação ao longo do 
tempo. 
 
 
 
 
 
Vantagens Desvantagens 
• Boa adesão a dentina 
• Não requer lavagem e secagem 
• Compativel com compósitos de 
ativação química 
• Fácil aplicação 
 
 
• Adesão a esmalte fraca 
 
 
Adesivos Universais: 
Possível usar como convencional ou autocondicionante, não deve-se usar como 
simplificado, pode usar com dentina úmida ou seca (lembrando do sistema do ácido 
fosfórico), grande quantidade de CQ, molécula amarelada, o que interfere na cor da 
restauração. Ex: Single bond universal® 3Mespe, Ambar®. FGM, Tetric N universal®. 
 
Convencional de 3 passos 
Convencional de 2 passos 
Autocondicionante de 2 passos 
Resinas Compostas 
 
É um compósito formado por uma matriz orgânica (monômeros, iniciadores, 
modificadores de cor e outros), uma matriz inorgânica(carga) e um agente iniciador. 
Matriz orgânica 
Monomeros: principal componente da matriz orgânica das resinas compostas, tem a 
função de formar uma massa plástica. Ex: BIS-GMA e UDMA, que são moléculas de 
alto peso molecular e os monômeros TEGDMA e EGDMA, de baixo peso molecular. 
BISGMA E UDMA(ALTO PESO) = MENOR CONTRAÇÃO. 
TEGDMA E EGDMA(BAIXO PESO) = MAIOR CONTRAÇÃO 
Inibidores: Evitar polimerização espontânea dos monômeros sendo os mais usados o 
BHT e a hidroquinona. Tambem ajudam a aumentar a vida útil da resina, assim como 
manter as resinas armazenadas em refrigeradores ajuda a aumentar a vida útil, pois 
temperaturas mais baixas diminuem a capacidade de polimerização. 
Modificadores de cor: As resinas compostas são comercializadas em diferentes cores 
para mimetizar as estruturas dentarias com adição de pigmentos orgânicos. Por exemplo 
em esmalte é uma resina mais translúcida(pouco óxidos metálicos = baixo peso 
molecular) e resina de dentina é mais opaca(mais óxidos metálicos = alto peso 
molecular). 
Sistema Iniciador/Ativador: Os monômeros(BIG-GMA, UDMA, Bis-EMA, TEG 
DMA, EGDMA) se polimerizam por reação de adição, que é iniciada pela formação de 
radicais livres. Os radicais livres podem ser iniciados por dois estímulos, agente 
químico ou físico. Seno assim temos resinas quimicamente ativadas e resinas 
fotoativadas. 
As maiorias das resinas usadas hoje sofrem polimerização por fotoativação. Sendo de 
consistências pastosas e armazenadas em bisnagas. O sistema fotoiniciador dessas 
resinas é normalmente feito de uma dicetona, a canforoquinona (CQ) e uma amina 
alifática. Na presença de luz visível com comprimento de onda variando entre 400 e 
500nM (espectro de luz) passando para um estado excitatório triplo, transferindo seus 
elétrons para a amina alifática, resultando na formação dos radicais livres. A 
canforoquinona tem seu estado excitatório Maximo a 468nM. Está presente em 
pequenas concentrações (0,15%) e isso se deve a dois fatores, a canforoquinona é um 
iniciador com coloração bem amarelada, e sua alta concentração geraria o amarelamento 
das restaurações e a polimerização precoce pela luz do refletor e até mesmo a luz 
ambiente. 
Outro fotoiniciador é o fenil propadiona(PPD) cuja absorção é de 420nM. Essas 
diferenças podem trazer limitações quanto à polimerização, dependendo do aparelho e a 
faixa de luz emitida por ele 
 
Partículas inorgânicas 
Tem função de aumentar as propriedades mecânicas das resinas compostas e reduzir a 
quantidade de matriz orgânica, minimizando suas principais desvantagens, tais como 
contração de polimerização, alto coeficiente de expansão térmica linear (CETL) e 
sorção de água. 
Diferentes partículas são empregas com esse propósito dentro eles: 
Quartzo(alto peso molecular): Particulas inertes, de alta resistencia mecânica, tamanho 
médio de 12µm. Impossibilidades de reduzir essas partículas devido a dureza, para se 
obter particular menores. Fazendo com que não se conseguisse um bom polimento. 
Outra desvantagem é sua falta de radiopacidade e alto CETL. NÃO É MAIS USADO 
NA MAIORIA DAS RC’S ATUAIS. 
Silica Coloidal: Partículas obtidas por precipitação. Tamanho médio de 0,04 a 0,4µm. 
Tamanho pequeno e baixa dureza, proporcionando ótimo polimento, garantindo maior 
lisura. Igual o quartzo, não obtém radiopacidade. Possuem extensa área superficial 
relativa por volume, tornando a resina fraca mecanicamente. 
Particulas de vidro: Substituíram o quartzo devido a menor dureza, podendo ter 
tamanho menor que 6µm. Essas partículas contribuíram para dar maior radiopacidade as 
RC’s, facilitando a detecção de cáries e excessos marginais. A maioria das RC’s atuais 
possuem esse tipo de partícula. Vidros de bário e de estrôncio são mais comunmente 
usados, porem atualmente existe ainda vidro de flúor alumínio silicato, trifluoreto de 
itérbio e zircônio. 
Agente de união 
Para que as partículas de carga possam aumentar as propriedades mecânicas e reduzir a 
sorção de água e o CELT, é necessário que estejam úmidas quimicamente à matriz 
orgânica, assim é necessário o uso de moléculas bifuncionais e anfóteras (ligas 
compostas diferentes) para estabelecer união entre a matriz resinosa por grupamentos 
metacrilatos e as partículas de carga através dos grupos silânicos. 
Os comumente empregados são os organossilanos, embora os titanatos e zirconatos 
também são encontrados. A união química entre a matriz e as partículas de carga 
garante uma distribuição mais uniforme das tensões geradas, quando, por exemplo, há 
incidência decarga mastigatória sobre a resina composta. 
Contrariamente, falhas no estabelecimento dessa união faz as tensões se concentrarem 
na interface carga/matriz, fazendo fendas no corpo da matriz levando a perda de 
partículas de carga, reduzindo assim as propriedades mecânicas e facilitando a entrada 
de fluidos e adsorção dos mesmos, acelerando a degradação das resinas compostas. 
Então alem de reforçar as propriedades mecânicas, a união química entre inorgânica e 
orgânica aumenta sua resistencia ao desgaste, hidrolise e estabilidade de cor. 
 
Classificação das RC’s pelo tamanho das partículas de carga 
 
Resinas macroparticuladas: As primeiras resinas, partículas de quartzo. Boas 
propriedades mecânicas, porem apresentavam alta rugosidade superficial, apresentando 
manchamento pela fácil retenção de corantes. Somente a Concise (3mESPE) e Adaptic 
(Dentsply) que são quimicamente ativadas ainda estão disponíveis. 
Resinas microparticuladas: Com tamanho médio de 0,04 a 0,4µm. Isso associado a 
uma menor dureza confere uma maior lisura superficial, contudo as partículas de sílica 
coloidal possuem extensa area de superficie relativa, assim necessitando grande 
quantidade de matriz para “molha-lá”. Como conseqüência aumenta muito sua 
viscosidade tornando-a clinicamente inadequada. Para corrigir isso foi adicionado 
partículas pré polimerizadas de resina com alta concentração de sílica coloidal, 
conferindo uma consistência arenosa. Com percentual de carga de 30 a 45% de volume. 
Apesar dos problemas de rugosidade superficial serem resolvidos com as resinas 
microparticuladas, suas propriedades mecânicas são relativamente baixas, tornando seu 
uso apenas em dentes submetidos a pouco impacto mastigatório. Alem disso as resinas 
microparticuladas apresentam alto coeficiente de expansão térmico linear e maior 
suscetibilidade a sorção de água devido ao maior conteúdo orgânico. EX comerciais: 
Durafil VS (kulzer), Micronew (Bisco). 
Resinas compostas hibridas: Foram desenvolvidas para se obter restaurações mais 
lisas que as demais resinas mantendo boas propriedades mecânicas. 
Por ela ser hibrida ela possui dois tipos diferentes de partículas: Silica coloidal (10 a 
20% em peso) e partículas de vidro com tamanhos de 1 a 5µm, totalizando percentual 
de carga de 60 a 66% em volume. Possuem boas propriedades mecânicas, permitem um 
bom polimento inicial e ao longo do tempo, alem de que são radiopacas. 
Em 1990 sofreram modificações surgindo as microhibridas em que foram 
misturadas partículas de sílica coloidal com partículas de vidro ainda menores, 
inferiores a 1µm. com percentual de carga semelhante as hibridas. Essas resinas são 
consideradas universais e põem ser utilizadas em dentes anteriores como em posteriores, 
com lisura semelhante as microparticuladas, porem as micro tem maior brilho. 
Resinas nanoparticuladas: Nova tecnologia que permitiu diminuir as partículas de 
carga com dimensões entre 0,1 e 100 nanometros. Por meio dessa tecnologia conseguiu-
se o desenvolvimento de nanoparticulas de sílica com diamentro entre 1 e 80ŋm que 
com o agente de união formam agrupamentos de até 75 ŋm. Seu tamanho médio é de 5-
75 ŋm. 10 vezes menor que as microparticuladas, permitem inclusão de carga 
semelhante ao das resinas microhibridas (60-66% em volume). A resina FilTek 
Supreme da 3M ESPE representa essa categoria, as nanoparticuladas tem a vantagem 
estéticas das resinas microparticuladas, tais como o excelente polimento, brilho e as 
propriedades mecânicas das resinas microhibridas. Podendo ser usada em dentes 
anteriores e posteriores. 
Categoria Tamanho médio (µm) Indicações 
Microparticuladas (Filtek 
a110 3M ESPE e Duravil 
VS Kulzer) 
 
0,04-0,4 µm (sílica) 
Regiões estéticas em 
dentes anteriores, exceto 
em classe IV anterior 
palatal/lingual. 
 
Hibridas 
1-5 µm (vidro) 
0,04 µm (sílica) 
Uso universal, excelentes 
propriedades mecânicas e 
lisura superficial. 
Microhibridas 
(Filtek Z250 3M ESPE) 
<1 µm (vidro) 
0,04 (sílica) 
Resinas universais mais 
atuais. P.S vide hibridas. 
Nanoparticuladas 
(Filtek Supreme Z350 XT 
3M ESPE) 
 
0,005-0,07 µm (silica) 
Excelentes propriedades 
mecânicas e lisura. A mais 
foda de todas. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A VISCOSIDADE 
As resinas podem ser classificadas com baixa, média e alta viscosidade. Sendo a 
maioria de média viscosidade porem esses materiais tem propriedades que dificultam a 
restauração em ponto de contato e contornos proximais em classe II. 
Foi criado as resinas Flow, com baixa viscosidade, a menor viscosidade desse material 
permite que ele se espalhe melhor na cavidade, tais como margem cervical de classe II 
sem haver incorporação de bolhas de ar, isso se deve ao menor percetual de carga, o que 
traz como ônus uma diminuição de propriedades mecânicas, inviabilizando seu uso em 
áreas com grande esforços mastigatórios. Suas melhores indicações são para selamento 
de fissuras de dentes posteriores, como base de resina composta em restaurações e em 
cavidade conservativas em dentes anteriores e posteriores. 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A FORMA DE ATIVAÇÃO 
Pode ser quimicamente ativadas ou fotoativadas. 
Quimicamente: Pasta base e catalisador, mistura-se as duas e os monômeros são 
transformados em polímeros (explicação bem básica por que não é muito usado). 
Fotoativadas: São ativadas por luz visível azul com comprimento de onda entre 400 e 
500ŋM. Canforoquinona se excita triplamente e colide com a amina alifática, 
transferindo um elétron a ela, resultando em radicais livres, que iniciam a reação de 
polimerização por adição. O fato dessas resinas serem fotoativadas possibilitam ao 
profissional inseri-los na cavidade em porções (2mm) permitindo o uso de diversas 
cores e minimizando as tensões de contração de polimerização. 
PROPRIEDADES FISICAS 
Contração de polimerização: Um dos principais problemas das resinas compostas 
devido a aproximação dos monômeros para estabelecer ligações a fim de formar 
polímeros, causando uma significante redução de volume após a polimerização, 
causando fratura marginais na interface dento restauração, favorecendo microinfiltração. 
Para diminuir essa contração foi empregado o uso de monômeros de alto peso molecular 
na composição, pois requerem menos ligações covalentes para se tornar polímero que 
garanta propriedades mecânicas satisfatórias. Outra alternativa empregada é a inclusão 
de materiais de alto teor inorgânico, capaz de diminuir a quantidade final de material 
resinoso no compósito formado. 
Basicamente, a contração de polimerização depende não só do percentual de carga, mas 
também do grau de conversão desses materiais. A contração de polimerização 
volumétrica das RC’s pode variar de 1,5 a 3,6%. De forma geral, quanto maior o teor de 
carga, menor a contração. Quanto maior o grau de conversão das resinas, maior 
contração de polimerização. 
A contração de polimerização não é por si só responsável pelo insucesso de 
restaurações, mas sim as tensões geradas pela contração, quando a resina está aderida ao 
dente. Tais tensões estão relacionadas à rigidez do material. Sendo assim, quanto maior 
o modulo de elasticidade da resina, maior a tensão que desenvolvem quando estes se 
contraem. 
As resinas hibridas se contraem menos por ter menor porcentagem de matriz orgânica, 
mas por serem rígidas, geram mais tensões, já as resinas de baixa viscosidade, apesar de 
contrair mais, dissipam melhor as tensões de contração pelo baixo modulo de 
elasticidade. 
Tensão= contração de polimerização x rigidez (modulo de elasticidade). 
 
Três fatores devem ser entendidos antes de saber como evitar para reduzira contração: 
Ponto Gel: fase do processo de polimerização, da viscosidade para o solido rígido em 
pouco tempo. 
O processo é dividido em duas fases: (1) fase pré gel (inicio da polimerização) 
e (2) pós gel (final da polimerização). Essas fases são separadas pelo ponto gel. 
O ponto Gel é a fase em que a resina atinge certa rigidez e se torna incapaz de escoar 
internamente. 
É de extrema importância, pois quanto mais prolongado o estágio pré gel, maior a 
capacidade do material acomodar-se sem gerar tensões durante a contração. 
As resinas fotoativadas polimerizam-se rapidamente e sofrem menos escoamento uma 
vez que o ponto gel é alcançado prematuramente tendo uma maior tensão de contração. 
Fator C: A resina quando não aderida a nenhuma superficie se contrai para dentro da 
massa, porem se ela estiver aderida a estrutura dental a alteração dimensional será 
menor nas regiões aderidas, que se opõem a contração e levará a alterações de forma e 
acúmulos de tensões. 
Quanto maior o fator C, maior a restrição contração de polimerização durante a 
polimerização, portanto maior as tensões. 
Quanto mais superfícies livres mais capacidade de relaxamento da resina durante a 
polimerização, já que as paredes aderidas restringem o alivio de tensões. 
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝐶 =
𝑓𝑎𝑠𝑒𝑠 𝑎𝑑𝑒𝑟𝑖𝑑𝑎𝑠
𝑓𝑎𝑐𝑒𝑠 𝑙𝑖𝑣𝑟𝑒𝑠
 
Principais problemas gerados pela tensão: microinfiltração, lesão de carie recidivante, 
descoloração marginal, fendas e microfraturas de esmalte, sensibilidade pós operatória, 
fratura do dente. 
Como reduzir os efeitos da contração? 
• Técnica adesiva criteriosa 
• Material com baixo modulo de elasticidade 
• Técnica incremental (cavidades com alto fator C usar incrementos de no 
Maximo 2mm) 
• Protelação do ponto Gel: Redução inicial da polimerização de modo que ela 
ocorra mais lentamente, deixando o material aliviar as tensões de contração. 
• Selamento marginal: após acabamento e polimento, as margens são 
condicionadas e o material de baixa viscosidade é aplicado, selando a interface 
que pode ter contraído. 
 
Pode ser usado técnicas de fotoativação lenta para reduzir a velocidade de 
polimerização. 
 
Tecnica de pulso tardio: Não requer um aparelho especifico e é realizada 
apenas no ultimo incremento de resina. Sendo em dois passos: Inicialmente 
fotoativa por um curto período com baixa intensidade de luz, após alguns 
minutos, fotoativa com mais tempo e mais intensidade de luz, para protelar o 
ponto gel. Essa técnica reduz de 20% a 30% as tensões de contração. 
Passo a passo: 
1. Incremento de 2mm 
2. Fotoativação (400-600mW) pelo tempo do fabricante. 
3. Ultimo incremento é fotoativado por apenas 3s com uma baixa intensidade 
(200mW) 
4. Ajuste, acabamento e polimento (Deve-se evitar por causar trincas na 
resina). 
5. Fotoativa com intensidade de 400-600mW durante 60s sendo 20s em cada 
face da restauração. 
Tecnicas de fotoativação de inicio lento. 
Ramp(rampa): A intensidade da luz eleva-se gradualmente e de forma continua 
com o decorrer do tempo, assim a resina polimerizasse lentamente, reduzindo as 
tensões. 
Step(Degrau): A energia luminosa aumenta automaticamente de baixa para alta 
intensidade. Ex: Começa fotoativando a uma distancia considerável e vai 
aproximando aos poucos lentamente. 
Unidades fotoativadoras 
Luz Halogena: mais usada, lâmpada de tungstênio, faixa de luz entre 400-500. 
Vantagens: Espectro amplo, bastante estudada, fácil manutenção. 
Desvantagens: Ruido ventilador, perda de intensidade ao longo do uso, gera 
calor no material. 
LED: Espectro de 450 a 490. 
Vantagens: Custo baixo, compactos, leves podendo ser sem fio, não aquecem 
tanto, silenciosos, longa vida útil. 
Desvantagens: Não polimeriza novos iniciadores (cores claras, translúcidas e 
agentes adesivos. 
 
 
Para confecção deste material de estudo foi usado como 
base o livro Materiais dentários diretos: dos fundamentos a 
aplicação clinica dos professores Alessandra Reis e 
Alessandro D. Loguercio. 
Se você fez uso desse material para estudo manda um é noiz 
carai no privado para a besta que vos escreve, segue abaixo 
uma frase motivacional: 
“É muito difícil você conseguir vencer numa boa. Pra vencer você tem que 
lutar, e essa luta muitas vezes significa indispor de certa forma com 
algumas pessoas, pra prevalecer aquilo que você acredita. Teu ponto de 
vista, tua cabeça, a tua personalidade acima de tudo. E se você não lutar pra 
valer, você acaba perdendo teu próprio rumo. E se você perde o teu próprio 
caminho, você não é ninguém. Então, pra conseguir manter essa linha de 
conduta, você tem que lutar muito. E, muitas vezes, tem que brigar mesmo. 
Deus é forte, ele é grande, e quando ele quer, não tem quem não queira.” 
Ayrton Senna do Brasil. 
 
Didico abem soe vocês. #pas

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