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Felipe Telesca. Joaçaba, 30 de março de 2017. Sistemas Adesivos Princípios de adesão Condicionamento ácido ( ácido fosfórico a 35% a 37% ) Serve para criar micro retenções, remover a película adquirida aumentando a energia de superfície. Transformando o esmalte subjacente num tecido altamente poroso, gerando aumento da área superficial Para ser efetivo em esmalte deve ser usado no tempo certo que é de 30s em esmalte, sendo necessária a lavagem abundante com água após total remoção. Ácido fosfórico tem grande importância na remoção de smear layer e smear plug (dentro dos túbulos dentinarios), que é a lama dentinaria formada por bactérias e detritos após o preparo cavitario. Em dentina o acido cria retenções na dentina intertubular. Os sistemas adesivos têm três abordagens: Convencionais, autocondicionantes e universais. Tecnica convencional: Principal mecanismo para reter os sistemas adesivos, baseia-se na infiltração de monômeros resinosos pela camada superficial de dentina previamente desmineralizada e posterior polimerização. Essa zona forma um substrato de natureza composta denominado camada hibrida. Técnica convencional de 3 passos: Ácido: remover smear layer e plug, criar microretenções. Primer (parte hidrofílica): Constitui monômeros hidrofílicos (HEMA) e solventes (água/álcool/acetona). Aumenta interação com fibras colágenas e a resina hidrofóbica a ser aplicada. Ao polimerizar o primer este envolve as fibrilas e forma a camada hibrida. Bond (parte hidrófoba): Monomeros hidrofóbicos (Bis-GMA). Não contem água, nem solvente em sua composição. São capazes de penetrar na superficie preparada pelo primer. Essa resina se copolimeriza com os monômeros do primer, garantindo espessura mínima adequada para a camada adesiva, evitando o comprometimento da polimerização pelo contato com o oxigênio. TIP’s: Toda estrutura contendo resina (camada hibrida, tags e microtags) é responsável por reduzir a sensibilidade pós operatória, a microinfiltração e por aperfeiçoar a vedação dentinaria. Por isso deve-se realizar a técnica adesiva com bastante critério evitando falhar, pois o sucesso a longo prazo é dependente disso. Com uso de sucesso existem duas formas de adesivos convencionais sendo eles o de três passos e o de dois passos. (Lembrem-se o condicionamento acido é um passo operatório levando em conta na denominação). Convencional de 3 passos (Adper Scotch Bonde multipurpose 3M ESPE): • Ácido – preparar o substrato • Primer - parte hidrofilica compatível com dentina úmida. (possui solventes) • Bond- parte hidrofóbica. Convencional de 2 passos (Adper Single Bond 3M ESPE): • Ácido – preparar o substrato. • Primer/Bond – parte hidrofílica e hidrófoba em único frasco, sendo necessárias duas aplicações para maior efetividade. Para evitar que as fibras colágenas colabem, é necessário fazer usa da adesão úmida. Então após retirar o acido com a lavagem e secagem, é necessário um reumedecimento da dentina, formando uma fina película de água usando filtros de papel. PODE SER FEITO COM CLOREXIDINA PARA EVITAR AS MMP’S AUMENTANDO A LONGEVIDADE. Lembrando que adesivos com solvente é necessário a evaporação do mesmo, sendo assim deve ser esfregado com vigor para maior evaporação e penetração do adesivo no substrato. (volatilidade: acetona < álcool < água). Obedecer sempre os tempos de impregnação, pois a presença de água e solvente reduz as propriedades mecânicas do adesivo, o que pode resultar em microinfiltração. Jatos de ar a 20cm por 10s, ou até que não haja movimentação. (Jato a longa distancia para evitar oxigenação em excesso). Fator que pode afetar a resistência de união é a quantidade de dentina intertubular disponível para formação da camada hibrida. Como em dentina profunda a quantidade de túbulos dentinarios é maior comparada com a superficial, é menor a área para adesão, pois há menos dentina intertubular. Assim, frente a dentina hipermineralizada seria melhor utilizar outros materiais que possuem mais afinidade com esse tecido, como o CIV convencional e/ou modificado por resina. SEMPRE REALIZAR A TECNICA ADESIVA SOB ISOLAMENTO ABSOLUTO Passo a passo clinico convencional de dois passos: PASSO CLINICO FUNÇÃO CUIDADOS 1. Condicionamento ácido por 30 segundos. Criar microretenções. remoção da smear layer e plug, exposição da trama colágena. Iniciar por 15s em esmalte e após aplica-se em dentina aguardando mais 15s, totalizando 30s. 2. Lavagem por no min 30s com jato de ar/água (spray) Remoção dos subprodutos da reação e espessantes dos géis ácidos. Lavagem incompleta pode deixar resíduos que interferem no molhamento adesivo 3. Secagem com jato de ar Ver aparência branca opaco do esmalte. Causa colapso das f. colágenas, ñ deve ser realizada por muito tempo pois causa danos pulpares. 4. Umedecimento da dentina com água ou clorexidina. Causa expansão das fibras colágenas colabadas. Utiliza-se a umidade adequada em função do solvente do adesivo Não umedecer pouco caso solvente seja acetona, e não umedecer em excesso caso solvente seja água. 5. Aplicar Adesivo em esmalte e dentina O adesivo deve ser esfregado com vigor na superficie para melhor penetração e ajudar na evaporação de solventes. Tempos menores que 10s podem levar a problema na infiltração de monômeros. 6. Aplicação de jato de ar. Evaporação do solvente e da água residual em dentina. Jato a 20cm para evitar incorporação de O²; até que não se visualize movimento. 7. Repetir passo 5 e 6. (em caso de dois passos) Saturar mais dentina e o esmalte com os monômeros para melhor eficácia. Repetir sempre que observar que o adesivo não tem uma aparência brilhosa, úmida e uniforme 8. Fotoativação Polimerizar os monômeros do adesivo. Deixar a ponta do fotopolimerizador próxima das superfícies, a fim de evitar redução da luz. 10s de fotoativação. Sistemas adesivos autocondicionantes Elimina o condicionamento ácido e lavagem prévio, pois contem a parte acidica incorporada ao primer. O primer autocondicionante possui sua própria via de acesso, graças a adição de monômeros acidicos, que simultaneamente a desmineralização, infiltram na intimidade da dentina e copolimeriza-se após a fotoativação. Porem a Smear layeer não é removida mas sim incorporada a interface de união, sendo assim a interface de união é mais espessa que os convencionais com condicionamento. Eles são comercializados de duas formas, sendo a de um passo nem citada por que é uma merda: • 2 passos: Primer acidico + Bond (ClearFil SE Bond da kuraray). O adesivo autocondicionante de 2 passos promove igual ou melhor adesão, retenção e selamento que os convencionais. É favorável fazer condicionamento seletivo em esmalte para o uso de autocondicionante de 2 passos. A água é quem vai ionizar os monômeros acidicos para penetrar no substrato dentinario, sendo assim o principal solvente dos autocondicionantes de 2 passos por isso deve ser usado com a dentina bem seca. O sistema adesivo autocondicionante de dois passos tem sua principal indicação o uso em dentes posteriores, pois tem menor risco de sensibilidade operatória, e em classe V não cariosa por causa da MDP. Deve ser usado com a dentina bem seca Autocondicionante 2 passos Passos Clinicos Função Cuidados 1. Aplicação do primerautocondicionante (PARTE HIDROFILICA E ACIDICA) ( 10 a 20s) Desmineralização e penetração simultânea em esmalte, em dentina desmineralização da smear layer e penetração dentina subjacente Deve ser feito de forma ativa, ou seja, esfregando-o sobre os substratos. 2. Secagem com jatos de ar, por 15s Evaporação da água (ou outros solventes) que promove a ionização dos componentes ácidicos Deve ser feito a distancia(20cm) para evitar incorporação de O². Verificar superficie brilhosa de forma homogênea, caso contrario repetir passo 1 e 2. 3. Aplicação do Adesivo(parte hidrófoba) Saturar os substratos com mais monômeros. Descartar o que ta no livro prq sempre tem que dar o jato de ar. Vide abaixo. 4. Aplicação do jato de ar Evaporação dos solventes e espalhamento. Aplicar jato de ar até que não se visualize movimento do adesivo na superficie (ele se torna mais viscoso sem o solvente) 5. Repetição dos passos 3 e 4. (ver recomendação do fabricante) Saturar mais os substratos com monômeros resinosos. Essa repetição deve ser sempre realizada quando não se observar que o adesivo tem aparência brilhosa, úmida e uniforme sobre as superfícies. 6. Fotoativação Polimerizar os monômeros Deixar a ponta do foto próxima das superfícies para evitar redução da intensidade de luz. Utilizar o tempo recomendado pelo fabricante. 10s (PADRÃO UNOESC). LEMBRANDO QUE EM ESMALTE É NECESSARIO CONDICIONAMENTO SELETIVO POR 30s COM ACIDO FOSFORICO! A seguir uma tabela com vantagens e desvantagens dos adesivos convencionais de 2 e 3 passos e autocondicionantes de 2 passos: Vantagens Desvantagens • Multiplas indicações • Compatibilidade com cimentos resinosos • Menor degração ao longo do tempo • Maior numero de frascos • Tecnica mais complicada • Necessidade de muliplas camadas de primer para saturar a dentina desmineralizada. Vantagens Desvantagens • Tecnica mais simples • Valores de resistência de união semelhantes aos de 3 passos • Menor numero de indicações • Sistema mais hidrofílico tendem a ter maior degradação ao longo do tempo. Vantagens Desvantagens • Boa adesão a dentina • Não requer lavagem e secagem • Compativel com compósitos de ativação química • Fácil aplicação • Adesão a esmalte fraca Adesivos Universais: Possível usar como convencional ou autocondicionante, não deve-se usar como simplificado, pode usar com dentina úmida ou seca (lembrando do sistema do ácido fosfórico), grande quantidade de CQ, molécula amarelada, o que interfere na cor da restauração. Ex: Single bond universal® 3Mespe, Ambar®. FGM, Tetric N universal®. Convencional de 3 passos Convencional de 2 passos Autocondicionante de 2 passos Resinas Compostas É um compósito formado por uma matriz orgânica (monômeros, iniciadores, modificadores de cor e outros), uma matriz inorgânica(carga) e um agente iniciador. Matriz orgânica Monomeros: principal componente da matriz orgânica das resinas compostas, tem a função de formar uma massa plástica. Ex: BIS-GMA e UDMA, que são moléculas de alto peso molecular e os monômeros TEGDMA e EGDMA, de baixo peso molecular. BISGMA E UDMA(ALTO PESO) = MENOR CONTRAÇÃO. TEGDMA E EGDMA(BAIXO PESO) = MAIOR CONTRAÇÃO Inibidores: Evitar polimerização espontânea dos monômeros sendo os mais usados o BHT e a hidroquinona. Tambem ajudam a aumentar a vida útil da resina, assim como manter as resinas armazenadas em refrigeradores ajuda a aumentar a vida útil, pois temperaturas mais baixas diminuem a capacidade de polimerização. Modificadores de cor: As resinas compostas são comercializadas em diferentes cores para mimetizar as estruturas dentarias com adição de pigmentos orgânicos. Por exemplo em esmalte é uma resina mais translúcida(pouco óxidos metálicos = baixo peso molecular) e resina de dentina é mais opaca(mais óxidos metálicos = alto peso molecular). Sistema Iniciador/Ativador: Os monômeros(BIG-GMA, UDMA, Bis-EMA, TEG DMA, EGDMA) se polimerizam por reação de adição, que é iniciada pela formação de radicais livres. Os radicais livres podem ser iniciados por dois estímulos, agente químico ou físico. Seno assim temos resinas quimicamente ativadas e resinas fotoativadas. As maiorias das resinas usadas hoje sofrem polimerização por fotoativação. Sendo de consistências pastosas e armazenadas em bisnagas. O sistema fotoiniciador dessas resinas é normalmente feito de uma dicetona, a canforoquinona (CQ) e uma amina alifática. Na presença de luz visível com comprimento de onda variando entre 400 e 500nM (espectro de luz) passando para um estado excitatório triplo, transferindo seus elétrons para a amina alifática, resultando na formação dos radicais livres. A canforoquinona tem seu estado excitatório Maximo a 468nM. Está presente em pequenas concentrações (0,15%) e isso se deve a dois fatores, a canforoquinona é um iniciador com coloração bem amarelada, e sua alta concentração geraria o amarelamento das restaurações e a polimerização precoce pela luz do refletor e até mesmo a luz ambiente. Outro fotoiniciador é o fenil propadiona(PPD) cuja absorção é de 420nM. Essas diferenças podem trazer limitações quanto à polimerização, dependendo do aparelho e a faixa de luz emitida por ele Partículas inorgânicas Tem função de aumentar as propriedades mecânicas das resinas compostas e reduzir a quantidade de matriz orgânica, minimizando suas principais desvantagens, tais como contração de polimerização, alto coeficiente de expansão térmica linear (CETL) e sorção de água. Diferentes partículas são empregas com esse propósito dentro eles: Quartzo(alto peso molecular): Particulas inertes, de alta resistencia mecânica, tamanho médio de 12µm. Impossibilidades de reduzir essas partículas devido a dureza, para se obter particular menores. Fazendo com que não se conseguisse um bom polimento. Outra desvantagem é sua falta de radiopacidade e alto CETL. NÃO É MAIS USADO NA MAIORIA DAS RC’S ATUAIS. Silica Coloidal: Partículas obtidas por precipitação. Tamanho médio de 0,04 a 0,4µm. Tamanho pequeno e baixa dureza, proporcionando ótimo polimento, garantindo maior lisura. Igual o quartzo, não obtém radiopacidade. Possuem extensa área superficial relativa por volume, tornando a resina fraca mecanicamente. Particulas de vidro: Substituíram o quartzo devido a menor dureza, podendo ter tamanho menor que 6µm. Essas partículas contribuíram para dar maior radiopacidade as RC’s, facilitando a detecção de cáries e excessos marginais. A maioria das RC’s atuais possuem esse tipo de partícula. Vidros de bário e de estrôncio são mais comunmente usados, porem atualmente existe ainda vidro de flúor alumínio silicato, trifluoreto de itérbio e zircônio. Agente de união Para que as partículas de carga possam aumentar as propriedades mecânicas e reduzir a sorção de água e o CELT, é necessário que estejam úmidas quimicamente à matriz orgânica, assim é necessário o uso de moléculas bifuncionais e anfóteras (ligas compostas diferentes) para estabelecer união entre a matriz resinosa por grupamentos metacrilatos e as partículas de carga através dos grupos silânicos. Os comumente empregados são os organossilanos, embora os titanatos e zirconatos também são encontrados. A união química entre a matriz e as partículas de carga garante uma distribuição mais uniforme das tensões geradas, quando, por exemplo, há incidência decarga mastigatória sobre a resina composta. Contrariamente, falhas no estabelecimento dessa união faz as tensões se concentrarem na interface carga/matriz, fazendo fendas no corpo da matriz levando a perda de partículas de carga, reduzindo assim as propriedades mecânicas e facilitando a entrada de fluidos e adsorção dos mesmos, acelerando a degradação das resinas compostas. Então alem de reforçar as propriedades mecânicas, a união química entre inorgânica e orgânica aumenta sua resistencia ao desgaste, hidrolise e estabilidade de cor. Classificação das RC’s pelo tamanho das partículas de carga Resinas macroparticuladas: As primeiras resinas, partículas de quartzo. Boas propriedades mecânicas, porem apresentavam alta rugosidade superficial, apresentando manchamento pela fácil retenção de corantes. Somente a Concise (3mESPE) e Adaptic (Dentsply) que são quimicamente ativadas ainda estão disponíveis. Resinas microparticuladas: Com tamanho médio de 0,04 a 0,4µm. Isso associado a uma menor dureza confere uma maior lisura superficial, contudo as partículas de sílica coloidal possuem extensa area de superficie relativa, assim necessitando grande quantidade de matriz para “molha-lá”. Como conseqüência aumenta muito sua viscosidade tornando-a clinicamente inadequada. Para corrigir isso foi adicionado partículas pré polimerizadas de resina com alta concentração de sílica coloidal, conferindo uma consistência arenosa. Com percentual de carga de 30 a 45% de volume. Apesar dos problemas de rugosidade superficial serem resolvidos com as resinas microparticuladas, suas propriedades mecânicas são relativamente baixas, tornando seu uso apenas em dentes submetidos a pouco impacto mastigatório. Alem disso as resinas microparticuladas apresentam alto coeficiente de expansão térmico linear e maior suscetibilidade a sorção de água devido ao maior conteúdo orgânico. EX comerciais: Durafil VS (kulzer), Micronew (Bisco). Resinas compostas hibridas: Foram desenvolvidas para se obter restaurações mais lisas que as demais resinas mantendo boas propriedades mecânicas. Por ela ser hibrida ela possui dois tipos diferentes de partículas: Silica coloidal (10 a 20% em peso) e partículas de vidro com tamanhos de 1 a 5µm, totalizando percentual de carga de 60 a 66% em volume. Possuem boas propriedades mecânicas, permitem um bom polimento inicial e ao longo do tempo, alem de que são radiopacas. Em 1990 sofreram modificações surgindo as microhibridas em que foram misturadas partículas de sílica coloidal com partículas de vidro ainda menores, inferiores a 1µm. com percentual de carga semelhante as hibridas. Essas resinas são consideradas universais e põem ser utilizadas em dentes anteriores como em posteriores, com lisura semelhante as microparticuladas, porem as micro tem maior brilho. Resinas nanoparticuladas: Nova tecnologia que permitiu diminuir as partículas de carga com dimensões entre 0,1 e 100 nanometros. Por meio dessa tecnologia conseguiu- se o desenvolvimento de nanoparticulas de sílica com diamentro entre 1 e 80ŋm que com o agente de união formam agrupamentos de até 75 ŋm. Seu tamanho médio é de 5- 75 ŋm. 10 vezes menor que as microparticuladas, permitem inclusão de carga semelhante ao das resinas microhibridas (60-66% em volume). A resina FilTek Supreme da 3M ESPE representa essa categoria, as nanoparticuladas tem a vantagem estéticas das resinas microparticuladas, tais como o excelente polimento, brilho e as propriedades mecânicas das resinas microhibridas. Podendo ser usada em dentes anteriores e posteriores. Categoria Tamanho médio (µm) Indicações Microparticuladas (Filtek a110 3M ESPE e Duravil VS Kulzer) 0,04-0,4 µm (sílica) Regiões estéticas em dentes anteriores, exceto em classe IV anterior palatal/lingual. Hibridas 1-5 µm (vidro) 0,04 µm (sílica) Uso universal, excelentes propriedades mecânicas e lisura superficial. Microhibridas (Filtek Z250 3M ESPE) <1 µm (vidro) 0,04 (sílica) Resinas universais mais atuais. P.S vide hibridas. Nanoparticuladas (Filtek Supreme Z350 XT 3M ESPE) 0,005-0,07 µm (silica) Excelentes propriedades mecânicas e lisura. A mais foda de todas. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A VISCOSIDADE As resinas podem ser classificadas com baixa, média e alta viscosidade. Sendo a maioria de média viscosidade porem esses materiais tem propriedades que dificultam a restauração em ponto de contato e contornos proximais em classe II. Foi criado as resinas Flow, com baixa viscosidade, a menor viscosidade desse material permite que ele se espalhe melhor na cavidade, tais como margem cervical de classe II sem haver incorporação de bolhas de ar, isso se deve ao menor percetual de carga, o que traz como ônus uma diminuição de propriedades mecânicas, inviabilizando seu uso em áreas com grande esforços mastigatórios. Suas melhores indicações são para selamento de fissuras de dentes posteriores, como base de resina composta em restaurações e em cavidade conservativas em dentes anteriores e posteriores. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A FORMA DE ATIVAÇÃO Pode ser quimicamente ativadas ou fotoativadas. Quimicamente: Pasta base e catalisador, mistura-se as duas e os monômeros são transformados em polímeros (explicação bem básica por que não é muito usado). Fotoativadas: São ativadas por luz visível azul com comprimento de onda entre 400 e 500ŋM. Canforoquinona se excita triplamente e colide com a amina alifática, transferindo um elétron a ela, resultando em radicais livres, que iniciam a reação de polimerização por adição. O fato dessas resinas serem fotoativadas possibilitam ao profissional inseri-los na cavidade em porções (2mm) permitindo o uso de diversas cores e minimizando as tensões de contração de polimerização. PROPRIEDADES FISICAS Contração de polimerização: Um dos principais problemas das resinas compostas devido a aproximação dos monômeros para estabelecer ligações a fim de formar polímeros, causando uma significante redução de volume após a polimerização, causando fratura marginais na interface dento restauração, favorecendo microinfiltração. Para diminuir essa contração foi empregado o uso de monômeros de alto peso molecular na composição, pois requerem menos ligações covalentes para se tornar polímero que garanta propriedades mecânicas satisfatórias. Outra alternativa empregada é a inclusão de materiais de alto teor inorgânico, capaz de diminuir a quantidade final de material resinoso no compósito formado. Basicamente, a contração de polimerização depende não só do percentual de carga, mas também do grau de conversão desses materiais. A contração de polimerização volumétrica das RC’s pode variar de 1,5 a 3,6%. De forma geral, quanto maior o teor de carga, menor a contração. Quanto maior o grau de conversão das resinas, maior contração de polimerização. A contração de polimerização não é por si só responsável pelo insucesso de restaurações, mas sim as tensões geradas pela contração, quando a resina está aderida ao dente. Tais tensões estão relacionadas à rigidez do material. Sendo assim, quanto maior o modulo de elasticidade da resina, maior a tensão que desenvolvem quando estes se contraem. As resinas hibridas se contraem menos por ter menor porcentagem de matriz orgânica, mas por serem rígidas, geram mais tensões, já as resinas de baixa viscosidade, apesar de contrair mais, dissipam melhor as tensões de contração pelo baixo modulo de elasticidade. Tensão= contração de polimerização x rigidez (modulo de elasticidade). Três fatores devem ser entendidos antes de saber como evitar para reduzira contração: Ponto Gel: fase do processo de polimerização, da viscosidade para o solido rígido em pouco tempo. O processo é dividido em duas fases: (1) fase pré gel (inicio da polimerização) e (2) pós gel (final da polimerização). Essas fases são separadas pelo ponto gel. O ponto Gel é a fase em que a resina atinge certa rigidez e se torna incapaz de escoar internamente. É de extrema importância, pois quanto mais prolongado o estágio pré gel, maior a capacidade do material acomodar-se sem gerar tensões durante a contração. As resinas fotoativadas polimerizam-se rapidamente e sofrem menos escoamento uma vez que o ponto gel é alcançado prematuramente tendo uma maior tensão de contração. Fator C: A resina quando não aderida a nenhuma superficie se contrai para dentro da massa, porem se ela estiver aderida a estrutura dental a alteração dimensional será menor nas regiões aderidas, que se opõem a contração e levará a alterações de forma e acúmulos de tensões. Quanto maior o fator C, maior a restrição contração de polimerização durante a polimerização, portanto maior as tensões. Quanto mais superfícies livres mais capacidade de relaxamento da resina durante a polimerização, já que as paredes aderidas restringem o alivio de tensões. 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝐶 = 𝑓𝑎𝑠𝑒𝑠 𝑎𝑑𝑒𝑟𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑓𝑎𝑐𝑒𝑠 𝑙𝑖𝑣𝑟𝑒𝑠 Principais problemas gerados pela tensão: microinfiltração, lesão de carie recidivante, descoloração marginal, fendas e microfraturas de esmalte, sensibilidade pós operatória, fratura do dente. Como reduzir os efeitos da contração? • Técnica adesiva criteriosa • Material com baixo modulo de elasticidade • Técnica incremental (cavidades com alto fator C usar incrementos de no Maximo 2mm) • Protelação do ponto Gel: Redução inicial da polimerização de modo que ela ocorra mais lentamente, deixando o material aliviar as tensões de contração. • Selamento marginal: após acabamento e polimento, as margens são condicionadas e o material de baixa viscosidade é aplicado, selando a interface que pode ter contraído. Pode ser usado técnicas de fotoativação lenta para reduzir a velocidade de polimerização. Tecnica de pulso tardio: Não requer um aparelho especifico e é realizada apenas no ultimo incremento de resina. Sendo em dois passos: Inicialmente fotoativa por um curto período com baixa intensidade de luz, após alguns minutos, fotoativa com mais tempo e mais intensidade de luz, para protelar o ponto gel. Essa técnica reduz de 20% a 30% as tensões de contração. Passo a passo: 1. Incremento de 2mm 2. Fotoativação (400-600mW) pelo tempo do fabricante. 3. Ultimo incremento é fotoativado por apenas 3s com uma baixa intensidade (200mW) 4. Ajuste, acabamento e polimento (Deve-se evitar por causar trincas na resina). 5. Fotoativa com intensidade de 400-600mW durante 60s sendo 20s em cada face da restauração. Tecnicas de fotoativação de inicio lento. Ramp(rampa): A intensidade da luz eleva-se gradualmente e de forma continua com o decorrer do tempo, assim a resina polimerizasse lentamente, reduzindo as tensões. Step(Degrau): A energia luminosa aumenta automaticamente de baixa para alta intensidade. Ex: Começa fotoativando a uma distancia considerável e vai aproximando aos poucos lentamente. Unidades fotoativadoras Luz Halogena: mais usada, lâmpada de tungstênio, faixa de luz entre 400-500. Vantagens: Espectro amplo, bastante estudada, fácil manutenção. Desvantagens: Ruido ventilador, perda de intensidade ao longo do uso, gera calor no material. LED: Espectro de 450 a 490. Vantagens: Custo baixo, compactos, leves podendo ser sem fio, não aquecem tanto, silenciosos, longa vida útil. Desvantagens: Não polimeriza novos iniciadores (cores claras, translúcidas e agentes adesivos. Para confecção deste material de estudo foi usado como base o livro Materiais dentários diretos: dos fundamentos a aplicação clinica dos professores Alessandra Reis e Alessandro D. Loguercio. Se você fez uso desse material para estudo manda um é noiz carai no privado para a besta que vos escreve, segue abaixo uma frase motivacional: “É muito difícil você conseguir vencer numa boa. Pra vencer você tem que lutar, e essa luta muitas vezes significa indispor de certa forma com algumas pessoas, pra prevalecer aquilo que você acredita. Teu ponto de vista, tua cabeça, a tua personalidade acima de tudo. E se você não lutar pra valer, você acaba perdendo teu próprio rumo. E se você perde o teu próprio caminho, você não é ninguém. Então, pra conseguir manter essa linha de conduta, você tem que lutar muito. E, muitas vezes, tem que brigar mesmo. Deus é forte, ele é grande, e quando ele quer, não tem quem não queira.” Ayrton Senna do Brasil. Didico abem soe vocês. #pas
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