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O juizado especial decidiu ação , recorrendo o vencido , tendo a turma recursal própria mantido a sentença, que rejeitou argüição de incompetência absoluta daquele órgão julgador, em razão do valor em discussão superior ao atribuído, legalmente, à competência dos Juizados Especiais. Contra essa decisão da Turma impetrou o interessado Mandado de Segurança , perante o Tribunal de Justiça, repisando a alegação de incompetência absoluta, vindo o órgão julgador da Justiça com um a denegar a ordem, afirmando a incompetência do Tribunal de Justiça para rever decisão pro latadas por Juizados especiais e respectivas Turmas Recursais. Pergunta-s e: Qual o recurso cabível contra decisão do Tribunal de Justiça? Seria cabível o Recurso Ordinário. O que deve dec dir o órgão com petente para apreciar este recurso? Segundo o REsp 524 da Min Nancy Andrighi, admite -se o mandado de segurança ao tribunal local quando tem-se por objeto a discussão sobre a competência dos Juizados, sob pena de extremado empoderamento (impedir o poder soberano) destes. CONSUMIDOR PROMOVE AÇ ÃO EM FACE da EBCT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) e da empresa Redsoft Informática perante um Juizado especial Federal. Argumenta, e, sua petição inicial, que comprou um determinado produto no site da segunda, para que o mesmo fosse entregue pela primeira em seu endereço residencial, o que não ocorreu em razão de extravio. Também aduz que não f oi ressarcido , o que justificaria a instauração d o presente processo em face de ambas, objetivando o recebimento de danos materiais e morais. Ocorre que a em presa Redsoft já encerrou as su as atividades, embora tenha ficado evidente nos autos que a m esma vinha sendo ut ilizada pelos s ócios para prática de diversos ilícitos civis. Diante dessa sit uação, o autor pleite ia que, no Juizado Especial Federal, seja autori zada a desconsideração da pers onalidade j urídica. Ocorre que este requerimento foi indeferido pelo magistrado, ao argum ento que p elo NCPC (Lei nº 13.105/15) trata desse incident e como um a modalidade intervenção de terceiros (art 132 ao 137, NCPC), o que é v edado n o no siste ma dos juizados especiais (art 10 d a lei 9.09 9/95). Esta de cisão foi objeto de posteri or m andado de segurança im petrado perante a T urma Recursal Federal, com intuito de reform á-la. Indaga-se: ss m agistrados lotados n o órgão re visor, analisando as norm as constantes no NCPC (L ei nº13.105/15) deverã o conceder ou nega r a segurança? Por quais fundamentos? Esta modalidade de intervenção de terceiros será considerada possível nos juizados especiais cíveis apesar na natureza jurídica de intervenção de terceiros diante da norma autorizadora expressa o NCPC. DETERMINADA ENTID ADE DE CLASSE impetrou mandado d e segurança coletivo em defesa de interesses de seus membros, o qual f oi denegado pelo órgão competente, hav endo tal decisão transit ado em julgado . É cabível após a propositura de ação, de rito comum, individualm ente, por qual quer dos m embros da entidade, para pedir o reconhecimento do direit o que alega e com preendido no ped ido f ormulado no anterior mandado de segurança coletivo? Primeiramente devemos entender que o processo coletivo foi criado com o intuito de alcançar a celeridade e a efetividade contribuindo para a racionalização da atividade jurisdicional. Sendo assim, o processo coletivo não prejudica o particular que opta pelo ajuizamento de demanda individual. Com o julgamento do processo coletivo impede-se novo processo coletivo evidentemente, exceto se o primeiro foi julgado improcedente por falta de provas (art 16 – Lei 7347/85) desta forma, considerando-se que estamos diante de ações distintas com partes, causas de pedir e objetos diferentes, nada impede a proposi tura da demanda individual. AO INICI AR CUMPRIMENTO DE S ENTENÇA envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende que seja penhorado um bem imóvel do dev edor, avaliado em R$ 1.000.000,00 (hum mi lhão de reais), para o pagamento de uma dívida de R$ 10.000,00 (dez mil reais). O devedor por meio do s eu patrono peticiona ao juízo informando que possuí um veículo autom otor avaliado em R$ 30.000,00 (trint a m il reais), valor que é m ais com patível com o débito, requern do a substituição do b em penh orado em atenção ao princ ípio do m enor sacrifício ao executado . Indaga-se: deve ser deferido o pleito do executado? Sim, con siderando que o art 655, CPC est abelece uma ordem de penh ora e nela já contemplando que os bens móveis devem ser executados primeiram ente. T rata -se de colorário do princípio do menor s acrifício do executado. Registre -se que o NCPC prevê igual situação no art 83 5, NCPC. R.: SIM, POIS ATENDE O PRINCIPIO DO MENOR GRAV AME PARA O EXECUTADO CONFORME PREVISTO NO NCPC. DEVE PROMOVER A EXECUÇÃO DO MODO MENOS GRAVOSO PARA O EXECUTADO. SE HOUVER OUTRO MEIO DE EXECUÇ ÃO O DEVEDOR PODE ESCOLHER O MENOS GRAVOSO PAR A ELE. NO CURSO DE UMA AÇ ÃO DE INDENIZ AÇÃO e ant es da sentença de 1 º grau, o réu vendeu os seus dois únicos imóveis por R$ 100.00,00 (cem mil r eais), os quais constituíam a totalidade do seu p atrimônio. Julgado procedente o pedido , com sentença transitado em julgado, o autor preten de receber o valor da indenização fixad o pelo Juiz, ou seja, R$ 100.00,00 (c em m il reais). D istinguindo, previam ente, os instituto s da f raude à execução e da fraude contra credores, o candidato dev erá indicar os cam inhos processuais adequados para qu e o autor, na prática, possa receb er a indenização. Diferenciar fraude à credores e de fraud e à execução. No caso em tela, e m razão das exigênci as previstas n a súmula 375 , STJ não é possível caracterizar a fraude à execução. R.: O CAMINHO É VI A AÇÃO PAULIANA P AR A PROVAR A FR AUDE E PEDIR A INVALIDAÇ ÃO DO ATO E A BUSCA DO BEM. QU ANDO O DEVEDOR COMEÇA A DILAPID AR O PATRIM ÔNIO PARA SE TORNAR INSOLVENTE E N ÃO TER M AIS PATRIMÔ NIO PARA QUE POSSA SER EXECUT ADO, O CREDOR PODE PEDIR AO JUIZ COMO MEDIDA URGENTE QUE BLOQUEIE OS BENS. COMO SE PROCEDE AO C ÁLCULO d a coisa julg ada ilíquida, pa ra a obtenção d a quantia certa d estinada à execução? Quais a s mo dalidades de liquidação procedimental da coisa julgada ilíquida previstas na Le i 13.105/15 (NCPC)? Através da liquidação d e sentença procedimento prévio a execução que tem por objetivo indicar o valor a ser executado. São as seguintes: Liq uidação por artigos e por arbitramento (art 509 a 5 12, NCPC) . R.: POR C ÁUCULO APRESENT ADO P ELO PROPRIO CREDOR SALVO N AS HIPOT ESES DE GR ATUIDADE D E JUST IÇA QU E O CONTADOR É NOM EADO PE LO JUIZ. AS MODALID ADES SÃO CALCULO DO CONT ADOR, POR ARBITR AM ENTO E PROCEDIM ENTO COMUM. JUCA CIPO INGRESSA EM JUIZO com ação de cobrança em desfavor de Sinhozinho Malta, qu e, citado pelo correios, quedo u-se inerte, v indo, em conseqüência, o pedido autoral a ser julg ado p rocedente, com a condenação do réu ao paga mento de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Iniciado por Juca Cipó o cumprimento de sentença, após a segurança do j uízo, Sinhozinho M alta oferece impugnação, na q ual alega a nulidade d e sua citação na fase cognitiva.O Juiz, então ac ata a impugnação de S inhozinho Malta. Qual se ria o recurso cabível contra ess a decisão judicial? Seria cabível o Agravo por instrumento conforme o art 1015 § único, NCPC. R.: A IMPUGNAÇÃO É UM INCIDENTE PROCESSUAL, E O ATO DO JUIZ Q UE JULGOU A IMPUGNAÇÃO TEM NATUREZA DE DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. NESSE C ASO CABE AGRAVO DE INSTRUMENTO. REPETIDOS EMBARGOS DE DEVEDOR com fu ndamento em sua intemp estividade apresenta o Executado petição avulsa, intitulando -a como Objeção de Não Executividad e (também conhecida com o “Exceção de Pré ex ecutividade”), denunciando a nuli dade do título. Deve ta l pleit o, inobstant e a rejeição dos Embargos, ser adm itido ao exame do órgão judicial? Se admiss ível a r eferida peça, teria a apres entação da m esma o efeito suspe nsivo? Admi te-se a propositura da exceção de pré executividade pois não existe prazo limitado quanto a sua propositura uma vez que tem por objetivo alegar matéria de ordem pública que poder ser feita a qualquer tempo ou grau de jurisdição. A exceção não tem por si só o poder de suspender a decisão. DETERMINADO CREDOR I NSTAUROU PROCESSO DE EXECUÇÃO lastreado em título executivo extrajud icial, em face de um incapaz, que se encontra regularmente representado nos autos. A penhora recaiu sobre um determinad o bem e não foram oferecidos embargos à execução. C omo o exequente não manifes tou interesse na adjudicação, o magistrado determ inou a expropriaç ão por a lienação em leilão judicial. No segundo leilão, o bem constricto recebeu um lance equivalente a 75% do v alor da avaliação, o que gerou assinatura no auto de arrematação. Imediatam ente, o executado peticionou ao juízo, postulando o reco nhecimento da inef icácia da arrem atação, uma vez que o bem foi expropr iado por preço vil. Já o credor, por sua ve z, ponderou q ue, de acordo c om o art. 891, parágrafo único, do NCPC, a arrem atação teria s ido perfeitam ente vá lida. Indaga -se: como deve decidir o magistrado? A arrematação que f oi f eita é inválida, pois o valor foi incapaz, inferior ao pré - estabelecido em lei. APÓ S A VIGENCIA DO NCPC, Rodolfo promove ação de execução em face de Matheus e Lucas, objetivando o recebimento de determinada quantia. A citação de ambos foi realizada regu larmente e não foram lo calizados ben s passiveis de penhora. Diante desta situaç ão, o magistrado suspendeu o processo pelo prazo de um ano. Findo este período e, tam bém tendo s ido ultrapassado o pra zo p rescricional da obrigação, os executados peticionam ao juízo requer endo o desarquivam ento do processo e a pronúncia da prescrição intercorrente. D evidamente intimado, o exequente se pos iciona em sentido contrário, ao argumento de que esta s uspensão deveria perm anecer sine die, ou s eja, indefinitivamente, até que sejam localizados bens passíveis de constrição judicial. Como deverá se posicionar o magistrado quanto ao tema? Deverá ocorrer a extinção da execução, pois existe a prescrição intercorrente prevista no NCPC. GEISA SERVIDORA PUBLICA ES TADU AL, promov e demanda em face da Fazenda Pública que s e encontrava v inculada, pleiteando o pagament o de determinada importância em dinh eiro, que lhe foi indevidament e des contada em sua remuneração. A demanda se processa reg ularmente, tendo sido profe rida sentença favoráve l condenando a ré ao pagam ento. Na etapa de cum primento e, diante da dem ora na exec utada e m liquidar a sua obrigação sujeita a pagam ento por meio de prec atório, a exequente peticiona ao juí zo requerendo qu e seja aplicada a m ulta de 10%, pre vista no art. 523, parágrafo 1º, do NCPC (Lei 13.105/15). Este p leito deve ser deferido? Não cabe a multa de 10% contra a Fazenda Pública, conforme art. 534, § 2º, NCPC. A UNI ÃO P ROMOVE EXECUÇÃO FISCAL em face de Guilherme, objetivando o recebimento de uma determinada obrigação pecuniária de natureza tributária, constante na CDA (Certidão de Dívida Ativa). O executado, a o ser citado, pleiteia em juízo que s eja deferido o parc elamento da dí vida nos m oldes estabe lecidos no art. 916 do NCPC 9Lei 13.105/15). Tal pleito deve ser deferido? Não deve ser deferido. Considerando que a dívida é de natureza tributária, deve- se aplicar a regra do CTN, que pontua que este parcelamento deverá observar l ei especifica do próprio ente f azendário. Todavia, cabe ressaltar que se a execução versasse sobre dívida não tributária caberia o parcelamento. O NCPC (Lei nº 13.105/15) prevê que, na execução por título extrajudicial por dívida alimentar, é po ssível oficiar o empr egador do executado para que o me smo efetue o desconto em folha de pagamento, o que coincide com o modelo do CPC - 73. Contud o, o mesmo inova ao prever que o descum primento pelo em pregador gera a prática de crim e de desobediência (art. 912, § 1º, NCPC). Ocorre que a lei de alimentos já possui tipo pena l específico para esta situaç ão (art. 22, parágrafo único, Le i 5.478/68), n ão tendo o m es mo s ido revogado pelo NC PC, ao contrário de diversas outras norm as (art. 1.072, N CPC). Qual tipo penal deve prevalecer? O NCPC indica que a não realização do desconto por parte do empregador gera o crime de desobediência. No entanto, há lei que prevê um tipo penal específico. E em razão da especialidade, pode-se aplicar o Direito penal no sentido da aplicação do tipo previsto. NO CURSO DE EXECUÇ ÃO DE PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA fundada em título executivo extrajudicial, o magistrado, conside rando a in suficiência de ben s do devedo r para a satisfação da dívida executad a, profere decisão ex officio, “tr ansformando” o processo de exec ução co ntra deve dor s olvente em processo de execução contra devedor insolvente. Pergunta-se: foi c orreta a decisão do m agistrado? Fundam ente Não foi correta a decisão do magistrado, diante da i nsuficiência de bens caberia a ele determinar a suspensão da execução. EM DETERMINADO PROCESSO, O M AGISTRADO fixou a streintes diárias para compelir o dev edor a cumprir ob rigação de entre ga de coisa, o qu e não ocorreu no prazo estabelecido. L evando e m consideração que o valor acumulado das ast reintes está próximo a R$ 100.000,00 (Cem Mil Reais) e que o conteú do econôm ico discutid o no proces so é de no m áximo R$ 20.000,00 (Vinte Mi l Reais), a p arte ré peticiona r equerendo a redução do valor retroati vamente. Ocorre que a exequente, por seu turn o, sustenta qu e este m ontante de R$ 100.000,00 (Cem Mil Reais) já integra o seu pa trimônio. Vindo os autos conclusos para decisão, o magistrado percebe, na ambiência de seu gabinete, que o NCPC fornece um tratamento inconclusivo quanto ao tema “as treintes”. Em determinada n orma, por exem plo, autoriza que o magistrado possa alterar ou m esmo excluir o valor das m ultas, mas apenas para aquelas vincendas (art. 537, § 1º, NCPC), o que co ntraria enten dimento j urisprudencial. Por outro l ado, em outro m omento, deixa o t ema um tanto vago (art. 806, § 1º, NCPC), nada dispondo se a revisão do valor pode ser rea lizada em caráter retroativo. In daga-se: com o decidir? O valor d as astr eintes po deria ser reduzido ex tunc? E, para os casos defixação desta multa, não seria m elhor sim plesmente o magistrado f ixar multa de inci dência única, em valor mais substancial, para que a m esma realmente possa funcionar com o fator coercitivo? Trata-se de questão bastante controvertida. Há a existência de duas corretes: 1ª Corrente) O valor da multa pode ser reduzido, mas a eficácia dessa decisão será ex nunc pois o valor acumulado já integra o patrimônio do credor da prestação. 2ª Corrente) Entende que a decisão pode ter caráter retroativo pois se assim decidiu é porque o juiz percebeu que este mecanismo executivo estava sendo ineficiente para atingir os seus fins. Para resolver a questão dos valores que vão se acumulando em razão da multa diária ou semanal poderia o juiz fixar Astreintes de incidência única o que não resultaria obrigatoriamente em valor menor pelo contrário poderia ser ainda mais expressivo. MAURICIO PROMOVE EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICI AL em face da Fazenda Públi ca, para cu mprimento de obrigação de fazer , obser vando o dis posto entre o art. 815 e art . 821, NCPC (Lei nº 13.10 5/15). Esta ao ser c itada, adu z em sua defesa que h á error in proced endo, eis que tem a prerrogativa de ser executada por m odelo próprio estatuíd o no art. 910, NCPC. A quem assiste razão? Assist e razão ao exequente M auricio. Considerando que o procedimento previsto no NCPC refere-se apenas às obrigações de pagar. Para a tutel a específica das obrigações, usamos o mesmo procedimento destinado aos particulares, ou seja, baseado em título judicial, utilizamos cumprimento de sentença e, em título extrajudicial .
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