Resumo de argumentos pró parlamentaristas

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PARLAMENTARISMO:
O sistema parlamentarista nasceu no seio do liberalismo, e significa “Governo de Gabinete”. Sendo assim, é o parlamento que escolhe quem será o chefe de governo, denominado com “primeiro-ministro”.
O chefe de estado é o Presidente da República ou monarca.
É importante distinguir a divisão de poderes no parlamentarismo, o chefe de governo, fica responsável pela administração do estado em geral. Já o Chefe de Estado cuida apenas de grandes questões, do que é chamado de “linhas-mestras” do estado, como as relações diplomáticas, aperfeiçoamento das instituições políticas nacionais, e muitas vezes, assume o papel de moderador entre as forças partidárias.
No presidencialismo, as duas atribuições estão nas mãos do Presidente da República.
VANTAGENS:
Estudos comparativos internacionais tem mostrado ser maior a probabilidade de instabilidade política em países sob sistemas presidencialistas, do que em países parlamentaristas.
1- O regime parlamentarista é baseado na delegação de poderes, e o presidencialismo na separação de poderes. No parlamentarismo, os poderes são delegados pelo legislativo, então, há uma atuante e visível fiscalização nas prestação de contas do Executivo, em outras palavras, é o parlamento quem decide a ascensão, a permanência e a demissão do primeiro-ministro. 
Além disso, se o legislativo aprova um voto de desconfiança contra o Executivo, ou caio executivo, ou dissolve-se o parlamento, convocando-se então, novas eleições. Portanto, o primeiro-ministro só irá permanecer em seu cargo enquanto desfrutar da confiança do parlamento, e assim evitando crises políticas no relacionamento entre Executivo e Legislativo.
Já no presidencialismo, o Presidente tem um mandato fixo, estabelecido pela constituição. Portanto, promove a impossibilidade da substituição de um presidente incompetente ou corrupto, a não ser através do mecanismo complicado do impeachment, que vivemos a pouco. 
Raul Pilla diz que “No presidencialismo a irresponsabilidade é por prazo certo e, no parlamentarismo, a responsabilidade tem prazo incerto”.
2- Outra vantagem do parlamentarismo, é a maior capacidade e dinamismo do governo na administração pública, uma vez que são divididos as atribuições entre o Presidente da República e o Gabinete, evitando o excesso e a concentração de responsabilidades no Chefe do Executivo, facilitando e aliviando os encargos que hoje são todos concentrados no Presidente.
3- Outro aspecto positivo, é a drástica redução que haverá na edição de Medidas Provisórias, que será apenas em casos de Segurança Nacional, Calamidades e Finanças Públicas. E além disso, a rejeição de uma MP por maioria absoluta, implicará na queda do Gabinete. 
O QUE NÃO MUDA COM O PARLAMENTARISMO
Com o parlamentarismo, não necessariamente o sistema eleitoral será mudado. A eleição para Presidente da República continuará pelo sistema de voto direto pela população, e da mesma maneira para todos os demais mandatos executivos e legislativos.
	O sistema Bicameral também não precisa ser alterado.
	E o mais importante, é que os princípios gerais que envolvem o processo legislativo também permanecerão, assim, todos os direitos e garantias fundamentais previstos na constituição. Portanto, não haverá qualquer mudança capaz de afetar diretamente os direitos da população.
PARLAMENTARISMO PELO MUNDO
	Para sustentar as vantagens do sistema parlamentarista, basta examinar no conjunto de países democráticos, quais são os parlamentaristas.
	São países desenvolvidos socialmente e economicamente, além de serem grandes exemplos de democracia, como: Inglaterra, França, Itália, Japão, Noruega, Holanda, Espanha, Canadá, Grécia, Austrália, Nova Zelândia – apenas para citar os principais.
	Entre as grandes potencias, apenas os EUA adotam o presidencialismo.
O QUE É NECESSÁRIO PARA SE ADOTAS O PARLAMENTARISMO NO BRASIL?
	A princípio, basta a aprovação de uma PEC. Que necessita de quórum qualificado, de 3/5 separadamente, nas duas casas legislativas, e em dois turnos em cada uma das casas. Ressalta-se que a PEC não está sujeita a sanção ou veto do Presidente da República, se o Congresso acatar, deve a ele mesmo promulga-la.