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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ( EJA )

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CENTRO DE ARTES, HUMANIDADES E LETRAS
Colegiado do Curso de História
ANTONIO SERGIO DA SILVA, GIDELCIO FERREIRA DOS SANTOS,
JAILSON BASTOS, JULIO ALBERGARIA, LEILA MARIA PEREIRA,
ROBSON ANDRE DE OLIVEIRA, VALDINEIA DE JESUS SANTOS.
Cachoeira, março de 2014.
ANTONIO SERGIO DA SILVA, GIDELCIO FERREIRA DOS SANTOS,
JAILSON BASTOS, JULIO ALBERGARIA, LEILA MARIA PEREIRA,
ROBSON ANDRE DE OLIVEIRA, VALDINEIA DE JESUS SANTOS.
ATIVIDADE – Organização da Educação Brasileira
Atividade apresentada a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB para obtenção de créditos na Disciplina Organização da Educação Brasileira ministrada pelo professor (a) Drª. Rita Dias
Cachoeira, março de 2014
SUMÁRIO
	
INTRODUÇÃO.....................................................................................................4
APRESENTAÇÃO................................................................................................4
 2.1 Informações sobre a Escola............................................................................5
 2.2 Dados Quantitativos........................................................................................6
Identificação do Entrevistado........................................................................6 
Entrevista.........................................................................................................7 
Texto de análise do grupo...............................................................................9 
3. ANEXOS..............................................................................................................11
 Gráfico 01. Evolução de matrículas – EJA – 2007/2011.................................11
Gráfico 02. Educação de Jovens e Adultos Matrículas por etapa de ensino – 2007-2011............................................................................................................12
Gráfico 03. Educação de Jovens e Adultos Matrículas no Ensino Fundamental 2011.....................................................................................................................12
Gráfico 04. Educação de Jovens e Adultos Matrículas no Ensino Médio – 2011.....................................................................................................................13
Gráfico 05. Educação de Jovens e Adultos Matrículas – 2007 e 2011
Por unidades da federação e regiões................................................................14
Figura 01. Informações sobre a Escola / Identificação do Entrevistado.......................................................................................................15
Figura 02. Entrevista.........................................................................................16
Figura 03. Respostas da Entrevista; Questões 01- 02.....................................17
Figura 04. Respostas da Entrevista; Questões 03- 07......................,..............18
Imagem 01. Fotos da Escola..............................................................................19
Trabalhos Individuais........................................................................................20
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................31
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem o objetivo de analisar dados e parâmetros curriculares da Educação de Jovens e Adultos (EJA), através de Entrevista e Análise de dados Estaduais e Nacionais.
APRESENTAÇÃO
O presente relatório tem a função de expor as opiniões da coordenadora pedagógica na modalidade de ensino Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Colégio Estadual Professor Edgard Santos no Município de Governador Mangabeira (Bahia) no que diz respeito à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e aplicação dessas diretrizes na realidade em que se encontram, bem como, suas expectativas, conquistas e anseios como profissional. Tem o objetivo também de proporcionar aos estudantes envolvidos na pesquisa o contato com essa realidade educacional específica, para que se fomente o debate e reflexões a respeito da Educação para Jovens e Adultos e como se insere essa modalidade no quadro educacional brasileiro como um todo.
Sendo a EJA, uma modalidade de ensino pensada para atender jovens e adultos pode ser considerada como um projeto educacional diferenciado dos demais, tendo em vista que atende um público que na maioria dos casos possui outras atividades durante o dia, sendo por esse motivo realizada as aulas durante a noite, e com um grau maior de experiências e aprendizagem informal, o que necessita de um método de ensino diferenciado e dinâmico para que os princípios da LDB sejam efetivados como proposto no artigo 2º, do Título II: 
“A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”.
Tivemos o intuito de compreender através da coordenadora pedagógica qual o valor dado ao EJA pela sociedade, tendo em vista que os alunos que compõem o programa já estão inseridos no mercado de trabalho e que foram impossibilitados de cursar o ensino médio na idade habitual, são pessoas que não tinham acesso a educação por morarem em localidades mais afastadas, que priorizaram o trabalho para manter-se em lugar dos estudos, que não conseguiram acompanhar o avanço de sua turma durante a infância e adolescência, são mulheres que engravidaram durante os estudos e abandonam para cuidar de seus filhos, entre outros motivos. São pessoas que decidem voltar as escolas numa fase em que não é considerada como a adequada, como destacam Ferrari e Amaral (s/a, p. 4) citados por Balsanelli: 
“numa sociedade como a nossa, cujo valor social dado à escola é muito grande, o fato de uma pessoa não ter estado na escola, numa fase em que deveria estar é uma marca distintiva como a da pobreza, é característica da condição de subalternidade, da exclusão oriunda de suas raízes culturais, imposta pelo grupo dos letrados.”.
A educação proposta pelo EJA deve ser pensada a partir do educando, o que o motivou ao retorno do estudo e quais suas dificuldades nesse retorno deve ser o ponto de partida para se analisar até onde o contexto que escolhemos para a pesquisa está de acordo com as diretrizes nacionais de educação.
2.1 INFORMAÇÕES SOBRE A ESCOLA
DADOS (Município, Nome da Escola, Publica Atendido, Data de Inauguração). 
Cidade: Governador Mangabeira 
Núcleo: Colégio Estadual Professor Edgard Santos
Clientela: Ensino Médio e EJA – Tempo formativo III
Fundação: 14 de março de 1978.
 2.2 DADOS QUANTITATIVOS
0.1QUANTITATIVOS DE ESTUDANTES
	Matutino: 473 +Vespertino: 155+Noturno: 121 713
0.2 QUANTITATIVOS DE TURMAS
	26 
0.3 QUANTITATIVOS DE SÉRIES
	05 
0.4 QUANTITATIVOS DE PROFESSORES
	32
0.4 HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO
	Diurno: Matutino/Vespertino/Noturno
 2.3 IDENTIFICAÇÃO DO ENTREVISTADO
NOME: 
Valdecira Aragão Conceição de Almeida
FORMAÇÃO:
Pedagogia – Especialização em Alfabetização/Psicopedagogia/Coordenação Pedagógica.
TEMPO QUE EXERCE CARGO ATUAL:
16 ANOS.
JORNADA SEMANAL DE TRABALHO:
 20 h.
FORMA DE INGRESSO NA FUNÇÃO: (CARGO/CONCURSO):
 Concurso Público.
 2.4 ENTREVISTA
PERGUNTA: Como coordenadora, como você desenvolve a modalidade EJA nessa Escola?
RESPOSTA: “- A EJA temcaracterísticas diferenciadas do Ensino Regular, é uma modalidade que oportuniza aos alunos concluir o “Ensino Médio” em um tempo menor, embora não possamos comparar a EJA ao Ensino Médio.”.
“- A EJA é oferecida a alunos a partir de 18 anos que estejam localizadas no processo distorção idade-série”.
PERGUNTA: Descreva os pontos positivos e negativos para a implementação da EJA nesta Instituição? 
RESPOSTA: “- Positivo - oportuniza ás pessoas que trabalham ou que perderam anos de estudo por motivos variados voltarem a estudar num espaço-tempo reduzido.”.
“- È uma modalidade com uma proposta de trabalho que viabiliza discussões mais pertinentes à sua realidade.”.
“- Possibilita ao aluno inserir-se no Mercado de Trabalho com maior segurança e possibilidades de atuação e progressão profissional.”.
 “ - Negativos - Nem sempre é valorizado o curso EJA, e alguns alunos não levam a sério”.
“- Alunos que trabalham, muitas vezes não conseguem conciliar os horários, ou os locais de trabalho e são obrigados a desistir. O abandono é o principal problema.”.
“- Falta de compreensão por parte dos alunos e da comunidade acerca da proposta do EJA descaracterizando-a.”.
PERGUNTA: Qual é a sua análise sobre o desenvolvimento dessa modalidade de ensino nesse Município? 
RESPOSTA: “ - Ainda é pouco valorizada no nosso Município. Há pouco investimento para possibilitar aos alunos a conclusão da EJA em dois anos – No sentido de viabilizar sua permanência na EJA.”.
PERGUNTA: Em sua opinião, o que é necessário para se ter uma educação de qualidade nessa modalidade (EJA)? 
RESPOSTA: “- Investimento no deslocamento dos alunos pra cursarem a modalidade com tranquilidade.”.
“- Capacitação continuada dos Profissionais.”.
“- Aquisição de material didático para os alunos e Professores”.
PERGUNTA: Quais são as principais diferenças na alfabetização de jovens e adultos em relação a estudantes convencionais?
 RESPOSTA: “- A alfabetização para jovens e adultos deve priorizar a realidade da faixa etária e dos interesses do público alvo, sem perder de vista o letramento.”.
“O que difere uma da outra é a abordagem, que precisa atender à demanda dos alunos e as expectativas educacionais.”.
PERGUNTA: O que esperar de alunos como perfil EJA que nunca tiveram contato com a Escola ou que regressaram depois de muito tempo de abandono?
RESPOSTA: “- Esperar que se sintam atraídos pela Escola e pela continuidade dos estudos, vendo sua utilidade no seu momento histórico de vida.”.
PERGUNTA: O que a Escola precisa fazer para que os alunos do EJA nelas permaneçam e concluam seus estudos?
 RESPOSTA: “- Ser atraente, útil, versátil, é preciso cativar o aluno para a importância do conhecimento e de sua utilidade no cotidiano, não importa a idade que se tenha”.
 2.5 TEXTO DE ANÁLISE DO GRUPO
Atualmente o ato de ser cidadão exige desafios como à busca de novos espaços de formação e profissionalização para o que se propõe no mundo contemporâneo, necessitando, portanto, de múltiplos conhecimentos devido à competitividade, o direito a educação escolar pública e obrigatória, garante as pessoas o contato com o conhecimento a ser transmitido pelo Estado, porém, para aquelas pessoas que não puderam concluir essa educação no período regular há a Educação de Jovens e Adultos, que colabora com o índice de alfabetização do país. Quando analisamos a Lei de Diretrizes e Bases, onde visa à educação como solução a inserção no mercado de trabalho. 
Nós descontruímos essa ideia quando se trata do EJA, pois, os estudantes na sua maioria têm a inserção no mercado de trabalho, mesmo que de forma precária. Fazem-se necessárias novas perspectivas no Ensino de Jovens e Adultos que concluem o ensino médio em curto período de tempo para que se reporte também a especialização em suas atuais profissões.
A EJA é pouco valorizado pela sociedade e tem um dos maiores índices de evasão escolar. A visível precariedade do sistema educacional brasileiro é desencadeada por inúmeros aspectos, dos quais fazem parte, a falta de investimentos dos órgãos públicos no setor educacional, o desinteresse e a desmotivação dos alunos em sala de aula, o difícil acesso ao ambiente escolar em diversas regiões brasileiras, dentre outros. O conjunto desses problemas tem como coeficiente o semianalfabetíssimo de grande parte da população, como também a dificuldade de conclusão do ensino regular. 
Neste contexto, certas modalidades de ensino são inseridas para facilitação de melhoria desta realidade, como a EJA – Educação de Jovens e Adultos – que pode ser pensado com outra oportunidade de conclusão do ensino básico. Esta modalidade abrange em grande parte, adultos que não se encontram no panorama de idade-série regular. Sendo efetuadas em período noturno para não interferir nas demais atividades dos alunos, que geralmente possuem obrigações durante o dia. Apesar de essa modalidade ser a forma de inúmeros brasileiros concluírem o ensino médio, o desenvolvimento da EJA é em tempo reduzido comparado ao ensino regular, desta forma não abrange completamente as atividades e conteúdos do padrão, gerando também a desvalorização desta modalidade.
	
Ainda que haja desigualdades sociais, econômicas, culturais e raciais no Brasil, vemos a educação como um meio para possível superação desses problemas. É necessário observar que a escola não é um espaço neutro e que a mesma carrega as concepções, ideologias e práticas do Sistema Educacional ao qual está submetida. É preciso avaliar e melhorar constantemente tudo o que se está implementado na educação pública, desde o currículo até o imaginário formulado a respeito da escola, uma vez que, a escola se constitui como o aparelho formador principal da sociedade. A formação educacional deve garantir o exercício da cidadania e isso vai além da inserção no mercado de trabalho ou a alfabetização de todas as classes sociais.
3. ANEXOS
EduCAçãO dE JOvENS E AduLTOS (EJA)	
Os dados referentes à Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil são contundentes ao mostrar a queda contínua no número de matrículas nessa modalidade de ensino. Essa redução vem acompanhada do fechamento de turmas. Em 2007, o País tinha 166.254 turmas de EJA. Em 2011, era 147.361, o que representa uma queda de 18,9%. Apenas quatro estados aumentaram sua rede nas esferas municipal e estadual.
Gráfico 01
Evolução de matrículas – EJA – 2007/2011
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
-10.60%
-15.20%
Média Brasil
-20,00%
-13.60%
-27.50%
-25.30%
0
-5
-10
-15
-20
-25
-30
Diferença entre 2007 e 2011
 Brasil
Fonte: MEC/Inep/DEED
Gráfico 02
Educação de Jovens e Adultos
Matrículas por etapa de ensino – 2007-2011
Ano
Total
Geral
Ensino Fundamental
Ensino
Médio
Total
Anos Iniciais
Anos Finais
Matrículas na Educação de Jovens e Adultos Por Etapa de Ensino
	2007
	4.975.591
	3.367.032
	1.160.879
	2.206.153
	1.608.559
	
2008
	
4.926.509
	
3.291.264
	
1.127.077
	
2.164.187
	
1.635.245
	
2009
	
4.638.171
	
3.090.896
	
1.035.610
	
2.055.286
	
1.547.275
	
2010
	
4.234.956
	
2.846.104
	
923.197
	
1.922.907
	
1.388.852
	
2011
	
3.980.203
	
2.657.781
	
935.084
	
1.722.697
	
1.322.422
	
	
	
	
	
	
Fonte: MEC/Inep/DEED.
Notas:
1) Inclusive 231.213 matrículas de EJA presencial da 1ª à 8ª série em 2007.
2) O mesmo aluno pode ter mais de uma matrícula.
3) Não inclui matrículas em turmas de atendimento complementar.
4) Não inclui matrículas na EJA integrada à Educação Profissional de nível fundamental e médio.
Gráfico 03
Educação de Jovens e Adultos
Matrículas no Ensino Fundamental– 2011
Total
Presencial
Semipresencial
Integrado à Educação
Profissional presencial
Integrado à Educação
Profissional semipresencial
	Brasil
	2.681.776
	2.458.596
	199.185
	23.239
	756
	Norte
	365.109
	344.976
	18141
	1784
	208
	Nordeste
	1.217.169
	1.170.443
	29.714
	16686
	326
	Sudeste
	717.353
	584.295
	130.553
	2351
	154
	Sul
	224.095
	202.080
	19.777
	2170
	68
	Centro-Oeste
	158.050
	156.802
	1000
	248
	0
	
	
	
	
	
	
	
Fonte: MEC/Inep/DEED.
	
	
	
	
	
	Gráfico 04	
Educação de Jovens e Adultos
Matrículas no Ensino Médio – 2011
 Total
Presencial
Semipresencial
Integrado à Educação
Profissional presencial
 Integrado à Educação
Profissional semipresencial
	Brasil
	1.364.393
	1.086.012
	236.410
	40.844
	1.127
	Norte
	137.162
	117.954
	16.529
	2.636
	43
	Nordeste
	349.586
	284.825
	50.029
	14.254
	478
	Sudeste
	585.186
	428.566
	137.867
	18.396
	357
	Sul
	168.636
	135.717
	29.179
	3.628
	112
	Centro-Oeste
	123.823
	118.950
	2.806
	1.930
	137
	
Fonte: MEC/Inep/DEED.
	
	
	
	
	
Gráfico 05
Educação de Jovens e Adultos
Matrículas – 2007 e 2011
Por unidades da federação e regiões
Unidade da
Federação
Total 2007
Total 2011
Variação percentual
2007/2011
	Região Norte
	556.847
	497.600
	-10,60%
	Rondônia
	72.289
	68.257
	-5,60%
	Acre
	33.300
	24.507
	-26,40%
	Amazonas
	106.001
	91.033
	-14,10%
	Roraima
	16.945
	11.304
	-33,30%
	Pará
	272.230
	257.955
	-5,20%
	Amapá
	23.376
	24.657
	5,50%
	Tocantins
	32.706
	19.887
	-39,20%
	Região Nordeste
	1.809.630
	1.535.011
	-15,20%
	Maranhão
	211.149
	189.067
	-10,50%
	Piauí
	109.151
	95.683
	-12,30%
	Ceará
	270.765
	186.237
	-31,20%
	Rio Grande do Norte
	107.631
	90.455
	-16,00%
	Paraíba
	148.288
	142.288
	-4,00%
	Pernambuco
	272.125
	226.592
	-16,70%
	Alagoas
	101.869
	109.330
	7,30%
	Sergipe
	70.782
	54.900
	-22,40%
	Bahia
	517.870
	440.459
	-14,90%
	Região Sudeste
	1.767.986
	1.281.281
	-27,50%
	Minas Gerais
	362.324
	351.310
	-3,00%
	Espírito Santo
	66.366
	69.130
	4,20%
	Rio de Janeiro
	406.799
	349.762
	-14,00%
	São Paulo
	932.497
	511.079
	-45,20%
	Região Sul
	517.559
	386.753
	-25,30%
	Paraná
	197.003
	140.655
	-28,60%
	Santa Catarina
	133.941
	97.218
	-27,40%
	Rio Grande do Sul
	186.615
	148.880
	-20,20%
	Região Centro-Oeste
	323.569
	279.558
	-13,60%
	Mato Grosso do Sul
	77.289
	51.012
	-34,00%
	Mato Grosso
	91.179
	104.966
	15,10%
	Goiás
	92.898
	69.515
	-25,20%
	Distrito Federal
	62.203
	54.065
	-13,10%
	
Fonte: MEC/Inep/D EED.
Notas:
	
	
	
 1) O mesmo aluno pode ter mais de uma matrícula.
 2) Não inclui matrículas em turmas de atendimento complementar.
 3) Não inclui matrículas na EJA integrada à Educação Profissional de nível fundamental e médio.
Figura 01. (Fonte: Documento PDF; Cores (True Colors)).
Figura 02. (Fonte: Documento PDF; Escala de Cinza (Grayscale)). 
Figura 03. (Fonte: Documento PDF; Cores (True Colors) ).
Figura 04. (Fonte: Documento PDF; Cores (True Colors)). 
Fotos da EscolaFonte: Fotos coloridas (Imagem JPEG 400 x 400 pixels)
Antônio Sergio da Silva
A educação escolar é a base de sustentação para toda disseminação e extensão dos conhecimentos fundamentais adquiridos durante toda uma vida, e é também a forma de reconhecimento de vários aspectos econômicos, políticos e sociais, que podem ser considerados essenciais para as perspectivas da sociedade atual e que estabelecem o desempenho e o desenvolvimento presente e futuro de qualquer ser humano. Infelizmente tal importância parece não ser plenamente reconhecida em diversos países, inclusive no Brasil, onde é claramente visível a precariedade do ensino e do ambiente escolar em muitos das cidades e estados brasileiros. Outro ponto negativo do sistema educacional é a forma sistematizada do ensino que reduz os horizontes dos alunos, implementando apenas o conteúdo designado, que tendem a estruturar um aprendizado que muitas das vezes não oferece ao educando a dimensão necessária para a expansão de suas perspectivas educacionais.
A realidade mórbida da educação brasileira é amplamente visível, diversos motivos desencadeiam esta realidade, seja a dificuldade de acesso e a falta de oportunidade em algumas regiões, o desinteresse dos alunos, a precariedade do ambiente e ensino escolar como foi mencionado, dentre outros fatores. A junção desses problemas tem como resultado milhares de pessoas que são analfabetas, analfabetas funcionais, ou que não conseguem a conclusão do ensino médio pelos múltiplos motivos citados. Algumas modalidades de ensino são implantadas tentar reduzir estes péssimos índices, como a EJA, Educação de Jovens e Adultos, que visa a iniciativa de tentar dar a estas pessoas a possibilidade de terminar o ensino médio e poder ser inseridas no mercado de trabalho. Uma modalidade que abrange geralmente os adultos que possuem uma diferença entre a idade determinada para a série em que se encontra, sendo desenvolvida no período noturno para facilitar o acesso, já que a clientela deste curso em geral possui outras obrigações durante o dia. Oferecendo também um tempo de estudo reduzido em relação ao ensino médio, porém sem o conteúdo total e sem a mesma “qualidade”, e por isto é de certa forma desvalorizado. No entanto, é a única forma de conclusão do ensino médio que se encaixa na realidade social de milhares de brasileiros.
Na citação de Cury “A educação escolar é uma dimensão estratégica para políticas que visam a inserção de todos nos espaços da cidadania social e política e mesmo para a reinserção no mercado profissional”, o mesmo destaca a importância da educação escolar, tratando como ponto fundamental para a agregação da corroboração da cidadania com o seu estabelecimento no meio social, para ser possível usufruir dos direitos civis e políticos do Estado, como também cumprir o desempenho dos deveres constituído pelo próprio Estado. Também enfatizando a relação entre a educação e o mercado de trabalho, apresentando a situação em que as oportunidades, as remunerações salariais, nas concepções contemporâneas, dependem plenamente do grau de educação desenvolvido. 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Gidelcio Ferreira dos Santos 
“A educação escolar é uma dimensão estratégica para políticas que visam a inserção de todos nos espaços da cidadania social e política e mesmo para a reinserção no mercado profissional” (Cury, 2002, p.7).
PROBLEMATIZAÇÃO:
Toda prática pedagógica aliada a parâmetros curriculares, estão amparadas pela Constituição, tendo como base a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) atual e suas disposições Constitucionais. Apontando os fatores históricos e lógicos das exigências, de se fixar as diretrizes e bases da educação nacional, como via para a erradicação do analfabetismo e a universalização da instrução popular de forma abrangente. Historicamente à ideia de Lei Nacional de Educação, sempre está associada com a implantação do Sistema Nacional de Educação. São definições da LDB, nas distribuições das competências, das diversas instâncias de Governo:
TÍTULO IV 
DA ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO NACIONAL
ART. 8º. A União, os Estados, o Distrito Federal, e os Municípios organizados, em regime de colaboração, os respectivos Sistemas de Ensino. (LDB, Interpretada; 2003. p 248). 
	
O Sistema Nacional de Educação, só pode ser público, portanto, não há que transigir com os direitos de educar do ensino particular, não se pode enfraquecer o caráter público do Sistema, com a consideração de que a Educação é uma tarefa,não apenas do Governo, mas de toda a Sociedade. O Sistema Nacional de Educação articula e integra todos os níveis e modalidades de Educação. Dispondo seus recursos e serviços, levando-se em consideração os bloqueios da Educação, da problematização de seus conteúdos. Torna-se necessário a formulação do Plano Nacional de Educação (PNE) como exigência, para salvaguardar as características do Sistema Nacional de Educação.
Jailson Conceição Bastos
	
Com um mercado profissional cada vez mais tecnológico, competitivo e celetista, os indivíduos têm mais necessidade de se qualificar para poderem inserir-se no mercado de trabalho.
Os governos nas esferas municipais, estaduais e federais criaram no decorrer da história diversos programas voltados para políticas públicas de educação, onde descrevem através de textos legais como o art. 205 da Constituição Federal que a educação é um direito de todos e dever do estado e da família. Segundo Cury (2002) esse bem público, capaz de ser como serviço público, aberto, sob condições, à iniciativa privada, é, no âmbito público cercado de proteção como, por exemplo, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o Plano Nacional de Educação e os pareceres e resoluções dos Conselhos de Educação. 
A EJA parte do princípio de que a construção de uma educação básica para jovens e adultos e voltada para a cidadania, não se resolve apenas garantindo oferta de vagas, mas proporcionando um ensino público comprometido com a qualidade, ministrado por professores capazes de incorporar ao seu trabalho a realidade vivenciada dos seus alunos.
Em pesquisa realizada no Colégio Estadual Professor Edgard Santos, pude perceber as reais dificuldades enfrentadas pelos professores e estudantes da EJA. Entre tantas adversidades como falta de recursos financeiros específicos para a manutenção do programa; a inexistência de material didático específico para professores e alunos, ainda há o fator da grande evasão escolar, onde alguns estudantes não conseguem conciliar o trabalho com o horário e local das aulas. Outro fator relevante que pontua negativamente a EJA é o prejulgamento de que seus estudantes são indivíduos socialmente e intelectualmente incapazes de executar as mesmas atividades realizadas por aqueles que estudam no ensino regular.
Essa modalidade de ensino dá oportunidade de concluir o ensino médio em tempo reduzido àquelas pessoas que por motivo de trabalho ou pessoais não puderam fazê-lo na modalidade regular, também possibilita ao estudante inserir-se no mercado de trabalho com maior segurança e solidez de conhecimentos e experiências.
Júlio Albergaria
Leila Maria de Jesus Pereira
Através da entrevista feita com a coordenadora pedagógica do Colégio Estadual Professor Edgar Santos no município de Governador Mangabeira que conta com 121 estudantes na modalidade EJA, pude perceber que a Educação de Jovens e Adultos é diferenciada do Ensino Regular em diversos fatores, o período de aulas é pensado para que a escola se adapte nas demais atividades do educando, a realidade do estudante está presente de forma mais direta no processo educacional através de temas geradores e enfoques de assuntos do cotidiano e é uma modalidade que possibilita nova chance para o/a cidadão/cidadã se aprimorar nos estudos. 
Apesar do texto contido na Lei de Diretrizes e Bases propor uma educação que busque também a inserção dos educandos no mercado de trabalho, analisei que esse objetivo é falho. O fato dos estudantes do EJA já terem em sua maioria inserção no mercado de trabalho, ainda que de forma precária, faz com que os mesmos não sejam motivados tanto pela escola quanto pela sociedade a direcionar sua profissão a partir dos estudos, pois, esses estudantes são caracterizados socialmente enquanto pessoas incapazes de concluir o Ensino Regular, atribuindo ao EJA um conhecimento mais básico e fácil de ser transmitido. 
Acredito que é necessárias novas perspectivas para o Ensino de Jovens e Adultos que busquem a dignificação desse ensino e a especialização dos educandos em suas atuais profissões para que o estudo contribua na sua formação profissional de maneira imediata.
A desistência por parte dos alunos, a falta de valorização pela comunidade e o pouco investimento nessa modalidade também se constituem como empecilhos para a melhoria do EJA. Esses problemas estão postos num contexto social que, em minha opinião, descredibiliza a capacidade de seus educandos em ascender intelectualmente e economicamente, a modalidade EJA é fornecida apenas pelo Estado, demonstrando que não há interesse mercadológico na capacitação desses estudantes por parte de empresas privadas e que o público atendido é da classe baixa do país, o que realça a divisão social nas pessoas que utilizam essa política pública. Acredito ser necessária uma campanha de valorização real dessa modalidade de ensino e novos projetos que visem a permanência, interesse e motivação do educando. O Estado e a mídia como aparelhos ideológicos possuem o privilégio de formar opiniões e valores na sociedade que influenciam sua maneira de educar.
	
	
Robson André de Oliveira
Quando se trata de educação escolar significa em refletir sobre as políticas públicas, nas contribuições das mesmas para o individuo e para sua inserção na sociedade e no mercado profissional. Se tratando especificamente da modalidade de ensino de Educação para Jovens e Adultos - EJA há um diferencial, pois o público atendido são pessoas que estão inseridas no mercado de trabalho seja formal ou informal. Na EJA, os discentes são jovens, adultos e idosos que por algum motivo tiveram que interromper seus estudos e decidiram retomar as atividades com finalidades especificas. Assim, a retomada dos estudos a essa população excluída é uma questão humanitária e de justiça social.
De acordo a pesquisa realizada, no município de Governador Mangabeira, as turmas são constituídas de adolescentes e adultos com diferentes interesses, dentre eles a exigência do trabalho de conclusão dos estudos, a satisfação pessoal, a recuperação do tempo perdido e a obrigação dos menores em função da lei e manutenção de auxílios do governo, como Bolsa Família, por exemplo.
O aspecto positivo é a regulamentação e garantia das matrículas para esta modalidade, além da redistribuição de recursos para as escolas estabelecido em lei, pela Emenda Constitucional no 53/2007, que cria o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), e a Lei Federal no 11.494/2007, que o regulamenta, garanta que as matrículas em educação de jovens e adultos serão contabilizadas com a finalidade de redistribuir recursos desse fundo. Portanto, não se trata apenas de sensibilização, mas também, da atenção e opção política dos gestores dos sistemas.
Outro ponto desafiador na EJA é a política ou a proposta curricular, pois o currículo nesta modalidade de ensino deve estar alinhado à heterogeneidade que esse grupo apresenta, considerando as diferentes etnias, faixas etárias, localizações geográficas e origens, seja um aluno do campo ou da zona urbana. Como avanços são os materiais específicos a ser utilizado para EJA, como o PNLD EJA. E como estagnação, ainda no tocante a necessidade de formação continuada dos docentes, pois a maioria dos que ocupam essa modalidade não tem a formação especifica. E finalmente, uma proposta com clareza sobre os objetivos da avaliação, para os participantes do processo educacional possa compreender como contínua, formativa e inclusiva. A avaliação tem que contemplar uma proposta de flexibilidade e diversidade. E só assim, será possível continuar a avançar numa proposta para a EJA, onde leve em consideração o cidadão ativo que conheça seus direitos e deveres. 
Valdineia de Jesus Santos
A educação escolar é uma dimensão estratégica para políticas quevisam a inserção de todos nos espaços da Cidadania social e política e mesmo para a reinserção no mercado profissional (Cury, 2002, p.7).
Vivemos no mundo atual um momento em que a cidadania enfrenta novos desafios, busca novos espaços de atuação e abre novas áreas por meio das grandes transformações pelas quais passa o mundo contemporâneo. É fundamental despertar para o mundo competitivo de múltiplos conhecimentos, fazendo entender que a educação escolar sempre será prioridade e faz muita diferença na vida do ser humano. O direito a educação passa a ser politicamente exigido como uma arma não violenta de reivindicação e participação política, levando a educação a ter direito e efetivação na pratica social se convertendo a instrumento de redução das desigualdades. 
Ainda que muitas mazelas existam em nosso País como a desigualdade racial, social, de gênero e de geração a educação escolar ainda é a esperança para a superação. É preciso que compreendamos que a escola não é um espaço neutro, é carregado de concepções e ideologias, portanto se faz necessário discutir quais concepções permeia o currículo da escola e a serviço de que e de quem ele é implementado. É na escola que as crianças têm um dos primeiros convívios em sociedade, depois da família, portanto um espaço privilegiado para se construir a sociedade que queremos para isso é preciso que ele esteja a serviço dessa construção. É preciso que a educação escolar seja gerida se comprometendo com mudanças de paradigmas, colocando como prioridade uma política educacional que contribua para que exerçamos nossa cidadania, onde todos sintam parte dela e veja nela (educação) o caminho para superação dos entraves que a vida lhe apresente, e um deles é a inserção no mercado de trabalho, mercado esse cada vez mais competitivo. A educação escolar deve ser garantida no sentido de promover o exercício da cidadania e isso perpassa pela inserção no mercado de trabalho para aqueles que assim desejarem na idade que julgar ideal
A EJA que é direcionado para jovens e adultos que não conseguiram concluir seus estudos na idade própria, oportunizando o aluno elevar sua escolaridade concluindo o ensino médio em um período de tempo menor, com o objetivo de trazer-lhes de volta a educação negada e igualdade de oportunidades. A maior parte do quadro de alunos que frequentam a EJA são pessoas que trabalham e vão para escola cansados e precisam encontrar um ambiente agradável com profissionais capacitados para que possam sentir-se atraídos para melhor valorizar o curso. 
4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAUSANELLI, Alice Paula. Aprendizagem de jovens e adultos: a aprendizagem a seu tempo. UNIASSELV, 2012.
BRASIL. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional: 9.394. Brasília: 1996.
CHAUI, Marilena. Educação: direito do cidadão e não mercadoria. Aula Inaugural da FFLCH, 20 de fevereiro de 2003.

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