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Aquíferos

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Aquíferos
Um aquífero é toda formação geológica subterrânea capaz de armazenar água e que possua permeabilidade suficiente para permitir que esta se movimente. São verdadeiros reservatórios subterrâneos de água formados por rochas com características porosas e permeáveis que retém a água das chuvas, que se infiltra pelo solo, e a transmitem, sob a ação de um diferencial de pressão hidrostática, para que, aos poucos, abasteça rios e poços artesianos.
São através dos aquíferos que os cursos de águas superficiais (rios, lagos, nascentes, fontes, pântanos e afins) são mantidos estáveis e o excesso de água é evitado através da absorção da água da chuva. Como podem ser utilizadas como fonte de água para consumo, exigem cuidados para sua preservação afim de evitar a sua contaminação.
História
 Os primeiros vestígios da utilização das águas subterrâneas são de 12.000 a.C., porém acredita-se que os chineses foram os primeiros a realmente dominar a técnica de perfurar poços: em 5.000 a.C, eles já conseguiam perfurar poços com centenas de metros de profundidade.
 Também tem-se conhecimento que, entre 400 e 650 a.C, os Nascas (povo que construiu as linhas de Nascar, no Peru) já utilizavam uma técnica muito avançada para retirar essas águas subterrâneas e as utilizar, através de buracos espirais, como mostrados nas fotos. Esses poços contribuem até hoje para a extração de água para os arredores dessas construções.
Poço construído pelo povo Nascas.
Poços Nascas para a exploração de aquíferos.
Usos
 Beneficiamo-nos dos aqüíferos, pois utilizamos sua reserva de água para o consumo cotidiano: na agricultura, nas indústrias e comércio em geral. No Brasil, observou-se um aumento significativo da utilização da água subterrânea para o abastecimento público. Isso se deve ao fato de que essas reservas hídricas apresentam excelente qualidade e um custo mais baixo, pois dispensam obras caras para a captação, adução (encanamentos) e tratamento.
Gráficos do uso da água dos aquíferos.
Como temos água em abundância, não nos importamos com seu desperdício. A população brasileira é a que mais desperdiça água no mundo, chegando a atingir os 70%. Muitos países da Europa, como a Alemanha, esgotaram sua reserva de água potável, tendo então que reduzir seu consumo drasticamente. Temos sorte de termos aquíferos que nos abasteçam em água potável, mas temos que controlar nosso jeito de usá-los se não queremos que a água neles contida fique escassa.
Uso da água para produção de alimentos. 
Na agricultura
 O uso de produtos como agrotóxicos contaminam o solo. Consequentemente, contaminam o aquífero, pois quando chove, a água que vai se infiltrar no solo, irá trazer com ela esses produtos tóxicos, que irão contaminar a água do aquífero.
Uso de agrotóxicos nas plantações agride aquíferos.
Veneno usado nas plantações contamina água, solo e seres humanos.
Nas indústrias
 As água retiradas de aquíferos são muito usadas em indústrias por causa de sua extração barata, o que faz com que sua utilização em larga escala seja mais lucrativa para os donos das fabricas. Essa água é utilizada em vários tipos diferentes de indústrias, para diversos tipos de usos, desde na fabricação de alimento até no resfriamento do maquinário industrial de diversas fabricas.
Poluição aquífero pelo uso industrial 
No cotidiano
 A água dos aquíferos é muito útil para nós. Fazemos uso dela todos os dias, mas isso está se tornando excessivo, por isso, temos que tomar medidas para diminuirmos esse desperdício de água.
 Aqui temos, em imagens, exemplos do uso dessa água subterrânea: 
Hábito de lavar o carro com frequência, gastando litros de água. 
 Funcionário lavando a calçada do Palácio da Alvorada, em Brasília, com água proveniente de aquífero.
Na natureza
 Na natureza, os aquíferos também têm sua utilidade. Quando sua água está perto da superfície, ela pode vir a abastecer um lago, por exemplo. Mas para isso acontecer, é preciso que também haja rochas que deixem a água passar (que não sejam impermeáveis), assim, a mesma passa por elas e consegue emergir na superfície.
Com isso, mesmo em regiões sem chuva, plantas conseguem sobreviver, se alimentado da água do aquífero.
Lago do Parque de Ciência e Tecnologia, abastecido com água subterrânea.
Plantas do deserto do Saara sobrevivem graças a água subterrânea.
Lago no Mar de areia de Ubari é alimentado por fontes de um aquífero.
Os aquíferos mais importantes do mundo
O Guarani - Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai (1,2 milhões de km2); o Arenito Núbia ­Líbia, Egito, Chade, Sudão (2 milhões de km2); o KalaharijKaroo -Namíbia, Bostwana, África do Sul (135 mil km2); o Digitalwaterway vechte - Alemanha, Holanda (7,5 mil km2); o Slovak­Karst-Aggtelek -República Eslováquia e Hungria); o Praded - República Checa e Polônia (3,3 mil km2); a Grande Bacia Artesiana (1,7 milhões km2) e a Bacia Murray (297 mil km2), ambos na Austrália. Em um recente levantamento, a UNECE da Europa constatou que existem mais de 100 aquíferos transnacionais naquele continente.
Aquíferos podem ser classificados de várias formas. De acordo com o armazenamento da água, podem ser:
(1) Aquíferos livres ou freáticos
São reservatórios formados por rochas permeáveis, parcialmente saturados de água, cuja base é formada por uma camada impermeável (por exemplo, argila) ou semipermeável. O topo é limitado por uma superfície livre de água (superfície freática) que se encontra sob pressão atmosférica. O nível da água é determinado pelo regime de chuvas. É o tipo de aquífero mais comum e mais explorado e, portanto, o mais suscetível à contaminação.
(2) Aquíferos confinados ou artesianos
Nestes reservatórios, o teto e a base são formados extratos rochosos impermeáveis. Além disso, ele está completamente saturado de água. A água subterrânea está confinada sob uma pressão maior que a pressão atmosférica. Por este motivo, quando se perfura para a extração de água (um furo artesiano), ela sobe para um o nível muito superior, podendo até jorrar. Nesse tipo de aquífero, a contaminação, quando ocorre, é muito mais lenta e portanto, muito mais difícil de se ser recuperada.
Outra classificação é aquela baseada no tipo de rocha armazenadora:
(1) Aquíferos Porosos
Esses tipos de aquíferos apresentam poros por onde a água circula. São comumente formados por rochas sedimentares consolidadas (os detritos apresentam-se ligados por um cimento, como é o caso das brechas) ou não consolidadas (os detritos não estão ligados entre si, como no caso das dunas) e solos arenosos. Representam os tipos de aquíferos mais importante, pelo grande volume de água que armazenam, e por sua ocorrência em grandes áreas. Ocorrem nas bacias sedimentares e em todas as várzeas onde se acumularam sedimentos arenosos.
(2) Aquíferos Fraturados ou Fissurados
Os aquíferos fraturados estão associados à rochas ígneas e metamórficas. A capacidade destas rochas em acumular água está relacionada à quantidade de fraturas, suas aberturas e intercomunicação. Poços perfurados nestas rochas fornecem poucos metros cúbicos de água por hora. A possibilidade de ter um poço produtivo dependerá, tão somente, de o mesmo interceptar fraturas capazes de conduzir água.
(3) Aquíferos Cársticos
São formados em rochas carbonáticas, como o calcário. Constituem um tipo peculiar de aquífero fraturado, onde as fraturas, devido à dissolução do carbonato pela água, podem atingir aberturas muito grandes, criando, verdadeiros rios subterrâneos.
OS Principais Aquíferos do Brasil 
No Brasil, estima-se que existam 27 aquíferos, com destaque para os dois maiores e mais importantes: o Guarani, situado no Centro-sul e que se estende por outros países e o Alter do Chão, localizado na região Norte. Apesar da importância desses aquíferos, eles estão sendo afetados pela poluição humana, principalmente pelas atividades industriais e agrícolas.
Fonte: http://www.iguiecologia.com/aquiferos-no-brasil
Aquífero Guarani
No Brasil, estálocalizada uma das maiores reserva subterrânea de água doce do mundo, o Aquífero Guarani. Tem, aproximadamente, 1,2 milhão de km², abrange partes dos territórios do Uruguai, Argentina, Paraguai e principalmente Brasil, onde está 70% da sua área total (840 mil km²), sob a região centro-sudoeste. O restante se distribui entre o nordeste da Argentina (255 mil km²), noroeste do Uruguai (58.500 km²) e sudeste do Paraguai (58.500 km²), nas bacias do rio Paraná e do Chaco-Paraná. Estima-se que quinze milhões de pessoas habitem a área de ocorrência do aquífero.
O Guarani é um aquífero livre e poroso: consiste primariamente de sedimentos arenosos que, depositados por processos eólicos durante o período Triássico (há aproximadamente 220 milhões de anos), foram modificados pela ação química da água, pela temperatura e pela pressão e se transformaram em arenito, uma rocha sedimentar muito porosa e permeável e que permite a acumulação de água no seu interior.
Nomeado em homenagem ao povo Guarani, em 1996, possui um volume de aproximadamente 55 mil km³ e profundidade máxima por volta de 1.800 metros, com uma capacidade de recarregamento de aproximadamente 166 km³ ao ano por precipitação. Apesar de ser reputadamente capaz de abastecer a população brasileira com água potável por 2500 anos, não é a maior reserva existente. Esta distinção pertence a outro aquífero brasileiro, o Aquífero Alter do Chão, localizado em Alter do Chão, Pará.
Aquífero Alter 
Estando localizado sob as regiões do Amazonas, Pará e Amapá, o aquífero Alter do Chão é considerado o maior aquífero do mundo em volume, tendo 86 mil km³ de água doce, podendo assim abastecer em cerca de 100 vezes a população mundial. Ele tem quase o dobro de volume de água potável que o aquífero Guarani, que possui 55 mil km³ da mesma.
O aquífero Alter do Chão recebeu esse nome pelo ponto de estudo do mesmo estar situado nas proximidades da cidade Alter do Chão, uma cidade turística perto de Santarém, no Pará. Dados comprovam que o aquífero Alter do Chão é a maior reserva de água subterrânea do mundo em volume, mesmo não sendo o maior em extensão.
 Assim, com a descoberta do volume de água do Alter do Chão, a água doce existente na Amazônia passa a representar um quinto de toda a água doce do mundo (sem contar as geleiras).
 Além de possuir mais água que o Guarani, o aquífero Alter do Chão tem maior nível de acessibilidade, ou seja é mais fácil de se extrair água e de se recarregar na época de chuvas. Isso ocorre pois o Alter do Chão está sob uma camada arenosa o que facilita a sua extração, filtragem e recarga, enquanto que o Guarani está sob uma camada rochosa o que dificulta sua extração e recarga.
 Mas por enquanto, um tanto pela sua localização (longe dos grandes centros populacionais e comerciais do Brasil)o aquífero Alter do Chão é pouco utilizado, sendo usado mesmo somente em Manaus com 10 mil poços particulares e 130 de rede pública, o que já ajuda em muita na distribuição de água da cidade, com 40% da população da mesma abastecida pelo aquífero. Se for bem administrado o aquífero Alter do Chão será uma das reservas naturais mais valiosas do mundo, pois contém uma quantidade impressionante de água doce, o que vale como ouro nessa sociedade dos dias de hoje.
Principais Funções
Função de produção: corresponde à sua função mais tradicional de produção de água para o consumo humano, industrial ou irrigação.
 Função de estocagem e regularização: utilização do aquífero para estocar excedentes de água que ocorrem durante as enchentes dos rios, correspondentes à capacidade máxima das estações de tratamento durante os períodos de demanda baixa, ou referentes ao reuso de efluentes domésticos e/ ou industriais.
Função de filtro: corresponde à utilização da capacidade filtrante e de depuração bio-geoquímica do maciço natural permeável. Para isso, são implantados poços a distâncias adequadas de rios perenes, lagoas, lagos ou reservatórios, para extrair água naturalmente clarificada e purificada, reduzindo substancialmente os custos dos processos convencionais de tratamento.
Função ambiental: a hidrogeologia evoluiu de enfoque naturalista tradicional (década de 40) para hidráulico quantitativo até a década de 60. A partir daí, desenvolveu-­se a hidroquímica, em razão da utilização intensa de insumos químicos nas áreas urbanas, indústrias e nas atividades agrícolas. Na década de 80 surgiu a necessidade de uma abordagem multidisciplinar integrada da geohidrologia ambiental.
Função transporte: o aquífero é utilizado como um sistema de transporte de água entre zonas de recarga artificial ou natural e áreas de extração excessiva.
Função estratégica: a água contida em um aquífero foi acumulada durante muitos anos ou até séculos e é uma reserva estratégica para épocas de pouca ou nenhuma chuva. O gerenciamento integrado das águas superficiais e subterrâneas de áreas metropolitanas, inclusive mediante práticas de recarga artificial com excedentes da capacidade das estações de tratamento, os quais ocorrem durante os períodos de menor consumo, com infiltração de águas pluviais e esgotos tratados, originam grandes volumes hídricos. Esses poderão ser bombeados para atender o consumo essencial nos picos sazonais de demanda, nos períodos de escassez relativa e em situações de emergência resultantes de acidentes naturais, como avalanches, enchentes e outros tipos de acidentes que reduzem a capacidade do sistema básico de água da metrópole em questão.
Função energética: utilização de água subterrânea aqueci da pelo gradiente geotermal como fonte de energia elétrica ou termal.
Função mantenedora: mantém o fluxo de base dos rios.
O Potencial de poluição da água subterrânea depende:
Das características, da quantidade e da forma de lançamento do poluente no solo.
Quanto maior a persistência ou menor capacidade de degradação e maior sua mobilidade no meio solo e água subterrânea, maior o potencial de poluição. Aliado a isso, uma pequena quantidade de poluentes em regiões muito chuvosas, pode transportar rapidamente as substâncias para as águas subterrâneas, mesmo considerando a capacidade do solo em atenuar os efeitos.
Da vulnerabilidade intrínseca do aqüífero.
A vulnerabilidade de um aqüífero pode ser entendida como o conjunto de características que determinam o quanto ele poderá ser afetado pela carga de poluentes. São considerados aspectos fundamentais da vulnerabilidade: o tipo de aqüífero (livre a confinado), a profundidade do nível d’água, e as características dos estratos acima da zona saturada, em termos de grau de consolidação e litologia (argila a cascalho).
Uma vez poluídas ou contaminadas, as águas subterrâneas demandam um elevado dispêndio de recursos financeiros e humanos para sua remediação, o que de modo geral é atingido ao final de vários anos. Desta forma, devem ser tomadas medidas preventivas para sua proteção, associadas ao controle de poluição como um todo, definindo-se critérios de qualidade iniciando-se pelo estabelecimento de Valores Orientadores.
A contaminação ocorre pela ocupação inadequada de uma área que não considera a sua vulnerabilidade, ou seja, a capacidade do solo em degradar as substâncias tóxicas introduzidas no ambiente, principalmente na zona de recarga dos aquíferos. A contaminação pode se dar por fossas sépticas e negras; infiltração de efluentes industriais; fugas da rede de esgoto e galerias de águas pluviais; vazamentos de postos de serviços; por aterros sanitários e lixões; uso indevido de fertilizantes nitrogenados; depósitos de lixo próximos dos poços mal construídos ou abandonados. Entretanto, a mais perigosa, é a contaminação provoca da por produtos químicos, que acarretam danos muitas vezes irreversíveis, causando enormes prejuízos, à medida que impossibilita o uso das águas subterrâneas em grandes áreas.
Superexplotação ou superexploração (sobreexplotação ou sobreexploração) de aquíferos: é a extração de água subterrânea que ultrapassa os limites de produção das reservas reguladoras ouativas do aquífero, iniciando um processo de rebaixamento do nível potenciométrico que irá provocar danos ao meio ambiente ou para o próprio recurso. Portanto, a água subterrânea pode ser retirada de forma permanente e em volumes constantes, por muitos anos, desde que esteja condicionada a estudos prévios do volume armazenado no subsolo e das condições climáticas e geológicas de reposição.
Além da exaustão do aquífero, a superexplotação pode provocar:
- indução de água contaminada causada pelo deslocamento da pluma de poluição para locais do aquífero;
- subsidência de solos, definida como "movimento para baixo ou afundamento do solo causado pela perda de suporte subjacente", provocando uma compactação diferenciada do terreno que leva ao colapso das construções civis;
- avanço da cunha salina definida como o avanço da água do mar em subsuperfície sobre a água doce, salinizando o aquífero, em áreas litorâneas. Sem dúvida, a maioria dos aquíferos costeiros são suscetíveis à intrusão salina, que geralmente resulta da sobreexplotação em poços muito próximos do mar. Algumas das cidades que tiveram problemas de salinização de seus poços são, entre outras: Lima (Peru); Santa Marta (Colombia); Coro (Venezuela); Rio Grande e Natal (Brasil) e Mar deI Plata (Argentina). No caso de Buenos Aires-La Plata, o problema de salinização se deve ao conteúdo de sais de uma formação costeira. O crescimento desordenado do número de poços tem provocado significativos rebaixamentos do nível de água e problemas de intrusão salina em Boa Viagem, no Recife.
O desenvolvimento de poderosas bombas elétricas e a diesel permitiu a capacidade de extrair água dos aquíferos com maior rapidez do que é substituída pela chuva, sem considerar, ainda, que os aquíferos têm diferentes taxas de recarga, alguns com recuperação mais lenta que outros.Calcula-se que a extração anual dos aquíferos é de 160 bilhões de metros cúbicos (160 trilhões de litros) no mundo.
Em quase todos os continentes, muitos dos principais aquíferos estão sendo exauridos com uma rapidez maior do que sua taxa natural de recarga. A mais severa exaustão de água subterrânea ocorre na Índia, China, Estados Unidos, Norte da África e Oriente Médio, causando um déficit hídrico mundial de cerca de 200 bilhões de metros cúbicos por ano.
Degradação
 O uso excessivo e crescente dos aquíferos os ameaça, causando preocupações e colocando-os como assunto a ser discutido na agenda ambiental global. Seu uso excessivo pelas indústrias, agricultura e consumo humano faz com que suas águas fiquem contaminadas ao ponto do consumo da mesma ser impossível sem passar pelos tratamentos adequados.
Meios de poluição dos aquíferos. 
 
 Na agricultura, a água dos aquíferos é usada para a irrigação das plantações, entre outros. O uso de pesticidas e fertilizantes no solo afeta os aquíferos, poluindo-os, pois eles se infiltram pelas rochas permeáveis, até atingirem o aquífero, se misturando com sua água e poluindo-a, torando-a imprópria para consumo.
 
Irrigação das plantações com água proveniente de aquíferos.
 Outro sério problema é a contaminação dessas reservas, causada pelo lixo presente na superfície. A decomposição desse lixo forma o chorume, que se infiltra pelas rochas, atingindo o aqüífero, inutilizando-o por causa de sua toxidade. Assim, a água contaminada fica imprópria para consumo, tendo que passar por diversos tipos de tratamentos para deixá-la potável novamente. Esses procedimentos custam muito caro e são difíceis de serem realizados.
As fábricas deixam seus resíduos líquidos no terreno, permitindo que eles se infiltrem e levem sua poluição ao subsolo.
 
 
 Contaminação do aquífero por resíduos de indústrias. 
Contaminação do aquífero por chorume. 
 As águas subterrâneas também correm o risco de serem poluídas quando um reservatório de uma indústria vaza, deixando escapar seu conteúdo para o solo, se infiltrando e atingindo o aquífero, poluindo-o.
Exemplo de vazamento e poluição de aquífero.
 Nos aquíferos litorâneos, há também a possibilidade de contaminação por água do mar, pois pode ocorrer a salinização das águas doces subterrâneas quando as mesmas se encontram com o oceano. Essa água dos oceanos, que é salgada, está em equilíbrio com a água doce do aquífero, mas quando extraímos uma excessiva de água doce, fazemos com que a água salgada suba, salinizando o aquífero.
Contaminação do aquífero pela água do mar.
 A água poluída transporta substâncias tóxicas que podem levar as pessoas que a ingerem a adoecerem ou até mesmo, morrerem. Por isso, temos que tomar cuidado para não contaminarmos essas águas subterrâneas, senão, perderemos uma importante (e grande) fonte de água potável, que tem muitos usos nos dias de hoje, como o consumo humano.
 A contaminação e desperdício da água dos aquíferos estão levando eles à degradação. Os casos mais graves dessa degradação afetam os aquíferos dos Estados Unidos, México, Índia, China e Paquistão, mas há também crise em algumas partes da Europa, África e Oriente Médio.
Soluções
 Com o seu papel essencial para a vida em nosso planeta, a água tem cada vez mais sido o alvo de discussões para amenizar consequências e gerar soluções, pelo seu uso desenfreado com muito desperdício e constante poluição, as consequências que incluem falta de água doce não estão em um futuro muito distante.
 Algumas das soluções que podem ser tomadas em relação às utilizações dos aquíferos são:
- Adequar a locação do esgoto doméstico e de resíduos industriais, prevenindo que os dejetos atingem o solo sem um tratamento adequado;
 
 
 - Tratamento adequado aos dejetos químicos provenientes da mineração, impedindo que o mesmo se misture e polue áreas com maior abrangência;
 - Previnir que pesticidas e fertilizantes químicos contaminem os depósitos subterrâneos de água, evitando seus usos na agricultura e tomando cuidado do solo na região afetada;
 - A exploração do recurso deve ser feita com supervisionamento de programas ambientais, onde há a prevenção da poluição da água subterrânea e seu esgotamento. 
 Embora soluções existam, todos devem ter atitudes cotidianas onde há racionalização de água com seu consumo e tratamento consciente.
Existem diversos exemplos no mundo de esgotamento de aquíferos por superexplotação para uso em irrigação. O esgotamento das águas subterrâneas já provocou o afundamento dos solos situados sobre os aquíferos na cidade do México e na Califórnia, Estados Unidos, assim como em outros países.
No Brasil, como não há legislação específica que discipline o uso das águas subterrâneas e coíba a abertura de novos poços, essa franquia de ordem legal tem contribuído para problemas de superexplotação. Outro fator que está provocando o comprometimento da qualidade e disponibilidade hídrica dos aquíferos reside na ocupação inadequada de suas áreas de recarga.
Nos Estados Unidos, segundo um estudo da BBC Mundo (2003), verificou-se que o maior aquífero desse país, o Ogallala, está empobrecendo a uma taxa de 12 bilhões de m3 ao ano. A redução total chega a uns 325 bilhões de m3, um volume que iguala o fluxo anual dos 18 rios do estado do Colorado. O Ogallala se estende do Texas a Dakota do Sul e suas águas alimentam um quinto das terras irrigadas dos Estados Unidos. Muitos fazendeiros nas pradarias altas estão abandonando a agricultura irrigada ao se conscientizarem das consequências de um bombeamento excessivo e de que a água não é um recurso inesgotável.
A utilização de poços, fontes e vertentes deve ter a orientação de um profissional habilitado nessa área, de modo que o seu uso não comprometa o uso futuro desses recursos (seja por uma possível contaminação ou a exploração de uma vazão superior à admissível), e nem exponha a saúde da população abastecida a possíveis doenças de origem ou veiculação hídrica,devido à utilização de mananciais inadequados ou contaminados. Em suma, a compatibilização do uso dessa importante alternativa estratégica de abastecimento com as leis naturais que governam a sua ocorrência e reposição, além de proteger as áreas de recarga de possíveis contaminações poderá garantir a sua preservação e uso potencial pelas gerações futuras. Além disso, conhecer a disponibilidade dos sistemas aquíferos e a qualidade de suas águas é primordial ao estabelecimento de política de gestão das águas subterrâneas.
Anexos 
Bibliografia 
Year of Planet Earth - http://goo.gl/BslVB
Inovação Tecnológica -http://goo.gl/VSvuA
Governo de São Paulo -http://goo.gl/TNS52
InfoEscola -http://goo.gl/bRZ8e
Wikipédia -http://goo.gl/ZXzPV
Dicionário.pro -http://goo.gl/YFIyF
Planeta Água -http://goo.gl/svnfb
Recursos Hidrogeológicos -http://goo.gl/jxn25
Passei Web -http://goo.gl/nOaGK
Uol Educação -http://goo.gl/N7W68
Toda Biologia -http://goo.gl/YkkqH
MetEd -http://goo.gl/Ul5lO
Geo Conceição -http://goo.gl/V98BM
A Vida -http://goo.gl/Qo9TM
National Geographic -http://goo.gl/fCfoV
National Geographic -http://goo.gl/gyYN1
Água.bio -http://goo.gl/SHQ7X
Geografia para Todos -http://goo.gl/0q2Iv
Aquífero Guarani -http://goo.gl/N1Rme
Escola Municipal Professora Olga Del' Fávero -http://goo.gl/gUiwK
Groselha Gelada -http://goo.gl/6NrJQ
E-portefólio -http://goo.gl/WZhrm
Miraterra -http://goo.gl/dPpUD
Biologia-Geologia -http://goo.gl/NOYQu
Qwert Azx -http://goo.gl/su9Pm
SOS Rios do Brasil -http://goo.gl/t06q7
National Geographic -http://goo.gl/dZkxj
National Geographic -http://goo.gl/9h4ou

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