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PLANO DE ENSINO AULA 02 DTO DAS OBRIGAÇÕES - PAGAMENTO

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PLANO DE ENSINO
Direito Noturno – IESMT. Disciplina – Direito Civil. Matéria – Direito das Obrigações.
Período: 4º e 5º Semestre; Professora: Giovanna Santos;
AULA 02 DATA 7/02/2014.
Tema da aula: 
1. DO PAGAMENTO;	
NATUREZA JURIDICA E REQUISITOS DE VALIDADE DO PAGAMENTO
Bibliografia 
FIUZA, César, Direito Civil: curso completo, 8. ed., Belo Horizonte: Del Rey, 2004. 
FIUZA, Ricardo, Código Civil Comentado, 7. ed., São Paulo: Saraiva, 2010.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume II: Teoria geral das Obrigações. 10. ed., São Paulo: Saraiva, 2013.
Direito das Obrigações:
DO PAGAMENTO – NATUREZA JURÍDICA E REQUISITOS DE VALIDADE DO PAGAMENTO:
Natureza jurídica – divergência doutrinária em virtude de o pagamento poder ser realizado de inúmeras formas a depender do tipo de obrigação que estejamos analisando (obrigação de dar – o pagamento efetiva-se na forma de tradição da coisa; obrigação de fazer, sob a modalidade de prestação de fato, etc.) – sigamos com Sílvio Rodrigues: para quem o pagamento é um ato jurídico em sentido lato – da categoria dos atos lícitos, podendo ser ato jurídico stricto sensu ou negocio jurídico, bilateral ou unilateral, conforme a natureza da prestação;
Para parte da doutrina – o pagamento seria apenas um fato jurídico extintivo, ou seja um acontecimento da vida/da natureza que possui relevância para o direito, pois põe termo a uma obrigação. 
O que deve estar presente para o pagamento produzir efeito: (qual efeito? Extinguir a obrigação).
Deve estar presente os requisitos essenciais de validade
A) a existência de um vínculo obrigacional; ou seja, um débito, pois, sem ele a solutio, como ato desprovido de causa, daria lugar à restituição (CC, art. 876) 
B) a intenção de solvê-lo (animus solvendi); sem ela poderíamos estar falando de doação sem animus de solver.
C) o cumprimento da prestação; 
D) a pessoa que efetua o pagamento (solvens);
E) a pessoa que o recebe (accipiens).
DE QUEM DEVE PAGAR:
Quais são as condições subjetivas do pagamento? Nos as veremos nos artigos 304 a 307 do CC
Do Adimplemento e Extinção das Obrigações
 CAPÍTULO I
Do Pagamento
 Seção I
De Quem Deve Pagar
Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor.
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste.
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor.
Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso no vencimento.
Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação.
Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que importar transmissão da propriedade, quando feito por quem possa alienar o objeto em que ele consistiu.
Parágrafo único. Se se der em pagamento coisa fungível, não se poderá mais reclamar do credor que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o solvente não tivesse o direito de aliená-la.
PAGAMENTO EFETUADO POR PESSOA INTERESSADA:
Art. 304 do CC
Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor.
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste.
Só se considera interessado quem tem interesse jurídico na extinção da dívida, isto é, quem está vinculado ao contrato, como fiador, o avalista, o solidariamente obrigado, o herdeiro, o adquirente do imóvel hipotecado, o sublocatário.
Principal interessado é o devedor!!!
Mas, aqueles que são interessados na extinção da dívida, assiste-lhes, pois, o direito de efetuar o pagamento, sub-rogando-se, pleno jure, nos do credor (art. 346, III, do CC)
Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor:
III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.
 Transfere ao 3º interessado todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo credor, em elação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores (art. 349, CC)
Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores.
A recusa do credor em receber o pagamento oferecido pelo devedor ou por qualquer outro interessado lhes dá o direito de promover a consignação.
Se a obrigação é contraída intuito personae (em razão de qualidades pessoais do devedor) somente a este incumbe a solução. Somente a este incumbe a solução.
O credor não é obrigado a receber de outrem a prestação imposta somente ao devedor, ou só por ele exequível (CC, art. 247)
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível.
PAGAMENTO EFETUADO POR PESSOA NÃO INTERESSADA:
Art. 304. (...)
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste.
O 3º. Não interessado não tem interesse jurídico na solução da dívida, mas outra espécie de interesse como moral, p. e, PAI, FILHO. Decorre de amizade ou de relacionamento amoroso.
O 3º. Não interessa podem até mesmo consignar o pagamento, em caso de recusa do credor em receber, desde que, porem, o façam em nome e à conta do devedor, agindo como se fosse seu representante ou gestor de negócios, salvo oposição deste.
Se rejeitar o pagamento feito por 3º. Em nome e à conta do devedor, o credor corre o risco de sofrer uma ação de consignação em pagamento ajuizada por este.
Art. 304, inovação – o devedor pode opor-se ao pagamento de sua dívida por 3º. Não interessado, mesmo que seja feito em seu nome e à sua conta, poderá o credor, cientificado da oposição, alegar justo motivo para não receber.
A oposição do devedor não vale como proibição, mas retira a legitimidade do 3º. Para consignar. Mas, o credor pode aceitar o pagamento validamente. Aplica-se ao 3º. A restrição do art. 306, do CC.
Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação.
Quando não há essa oposição e o credor rejeita o pagamento, efetuado por 3º. Não interessado em nome e à conta do devedor, sendo necessário fazer a consignação, configura-se a hipótese de legitimação extraordinária (art. 6º do CC).
O credor não poderá recusar o pagamento de 3º, por implicar a satisfação de seu crédito, salvo se houver, no contrato, expressa declaração proibitiva, ou se a obrigação, por sua natureza, tiver de ser cumprida pelo devedor (intuitu personae ou personalíssima). Se o devedor se opuser a que terceiro pague a dívida – retira do 3º. A legitimidade do não interessado efetuar consignação “em nome e à conta do devedor”. E legitima o credor recusar o pagamento.
Mas, o credor pode receber mesmo com oposição do 3º - única saída para o devedor é antecipar e pagar a divida!!!. 
Se o devedor tiver meios para ilidir a ação do credor na cobrança do débito, totalmente, como a arguição de prescrição ou decadência, compensação, novação etc., não ficará o devedor obrigado a reembolsar aquele que pagou 
Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação.
ATENÇÃO COMO ENTENDER O ART. 306, CC.
Segundo Sílvio Rodrigues, se a oposição do devedor ao pagamento efetuado por terceiro advier de bons motivos, tais como exceções pessoais oponíveis ao credor, capazes de ilidir a cobrança ou o total da divida, a lei, dando validade ao fato, para efeito de extinguir a relação jurídica original, “não confere ao solvensoutro direito que não o de se reembolsar da importância que aproveita ao devedor”.
Já o Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor.
Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso no vencimento.
O pagamento de dívida que não é sua, efetuado em seu próprio nome, apesar de revelar o propósito de ajudar o devedor, demonstra também a intenção de obter o reembolso, por meio da ação de in rem verso.
O artigo 305 só dá direito a reembolso ao terceiro não interessado que paga a dívida em seu próprio nome, conclui-se, interpretando-se o dispositivo a contrario sensu, que não desfruta desse direito o que a paga em nome e à conta do devedor. Entende-se que, neste caso quis fazer uma liberalidade, uma doação, em qualquer direito a reembolso.
PAGAMENTO EFETUADO MEDIANTE TRANSMISSÃO DA PROPRIEDADE:
Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que importar transmissão da propriedade, quando feito por quem possa alienar o objeto em que ele consistiu.
Parágrafo único. Se se der em pagamento coisa fungível, não se poderá mais reclamar do credor que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o solvente não tivesse o direito de aliená-la.

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