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elementos do gótico na igreja

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Arquitectura Gótica
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Esquema estrutural de uma Catedral gótica 
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A fachada 
O exemplo de Chartres permite salientar muitos elementos típicos da arquitectura gótica: os portais que põem em evidência, no exterior, a proeminência da nave central em relação às colaterais; a grande rosácea; as torres altíssimas e elegantes, ligadas à fachada por relações muito precisas.
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Fachada ocidental da catedral de Notre-Dame, em Chartres. As duas torres, que flanqueiam a fachada e lhe reforçam a impulsão vertical, apresentam-se com formas e proporções diferentes. A torre setentrional (à esquerda), iniciada em 1134, foi rematada, nos princípios do século XVI, com agulha fenestrada e ricamente decorada, de 115 metros de altura; a torre meridional, iniciada em 1145,tem por seu turno, apenas 106 metros.
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Arcobotantes
Nas catedrais, os arcobotantes, tão aéreos na sua estrutura, têm uma função estática definida: na realidade, eles recebem pressões laterais das abóbadas de cruzaria ogival, descarregam-na sobre os contrafortes e, daí, para o chão.
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Cabeceira da catedral de Notre-Dame de Paris,iniciada em 1163 e terminada no decurso do século XIII. Os elegantes arcobotantes, que descarregam para o chão o peso dos impulsos laterais das abóbadas, formam um sugestivo jogo de linhas.
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Contrafortes
Pormenor da catedral de Notre-Dame de Chartres. Os contrafortes destacam-se do corpo do edifício e vão ter aos pilares de sustentação externa, ou seja, aos contrafortes, que têm a finalidade de reforçar as paredes e de contrariar a pressão descarregada sobre eles.
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O tímpano
As figuras esculpidas no tímpano é que dão o nome ao portal, executado por volta de 1220; ao centro, domina a imagem de Cristo Juiz, entre Maria, S. João e os anjos que simbolizam a Paixão. A densa decoração escultórica, que preenche praticamente todo o espaço disponível, é uma característica dos portais góticos. 
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O portal central da catedral de Notre-Dame de Paris, chamado do Juízo Final, é um exemplo clássico de como, na arte gótica, arquitectura e escultura se fundem num todo harmonioso. A estrutura, articulada em numerosos e profundos enxalços, rasgados diagonalmente na espessura da parede, é completamente esculpida: nas arquivoltas aparecem as figuras dos anjos e dos santos da corte celestial.
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Essencialidade
A ausência de decoração sublinha a ossatura gótica da sinagoga de Praga: de cada capitel das meias-colunas adossadas à parede, saem o arco toral que delimita a abóbada de cruzaria e as nervuras que recebem o seu peso e a dividem em «panos».
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Pormenor da abóbada da sinagoga de Praga, construída por volta de 1270. O edifício constitui um dos exemplos mais puras da arquitectura gótica, lembrando, pela essencialidade das formas e pela falta de elementos decorativos, o interior de certas abadias e conventos.
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A nave central da catedral de Colónia, edificada a partir de 1248. O interior desta catedral causa uma forte impressão de misticismo devido às proporções da nave central, muito estreita em relação à sua altura. O impulso para o alto é acentuado pela articulação vertical dos sucessivos pilares e arcos torais e pela ausência de quaisquer interrupções de estruturas horizontais, como capitéis ou cornijas salientes.
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Impulsão mística
A excepcional impulsão para o alto da nave central da catedral de Colónia é acentuada pela relação sucessivamente reduzida existente entre a largura e a altura; essa relação é de 1:3,8 constituindo um máximo entre as catedrais góticas. Por outro lado, o desenho põe em evidência o movimento das nervuras, que vão convergir no ponto mais alto da abóbada de cruzaria ogival, chamado chave da abóbada.
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Paredes inexistentes
Nas grandes catedrais góticas, as paredes não têm funções dinâmicas e isso permite reduzir ao mínimo indispensável a sua estrutura: a nave central é delimitada, na parte inferior, por arcos ogivais e seguindo-se ao alto pelo trifório (galeria formada por arcos apoiados sobre esguios colunelos), sobre o qual se rasgam, por sua vez, grandes e altas janelas.
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Paredes da nave central da catedral de Colónia. Nas grandes pilastras de meias-colunas adossadas de apoio dos arcos torais foram inseridas estátuas dos apóstolos. Torna-se evidente como os pilares são o único elemento de sustentação: as arcarias, o trifório e os vitrais formam apenas um diafragma com as naves laterais, na zona inferior, e com o exterior na zona superior.
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Ligações contínuas
Pormenor da abóbada da catedral de Colónia, no cruzamento da nave central com o transepto. Pode ver-se a rigorosa geometria do conjunto, elemento típico do estilo gótico. Com o jogo particularmente movimentado e complexo, cada meia-coluna dos pilares continua pela estrutura arquitectónica das abóbadas. 
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O transepto
É característico das catedrais góticas o desenvolvimento do transepto,ou seja, do elemento que forma uma cruz com o corpo longitudinal do edifício. É frequentemente dividido em naves e apurado no exterior com fachadas monumentais, enriquecidas com grandes portais, estátuas,galerias e rosáceas.
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Abóbada cruzada simples
Abóbada cruzada sexpartida
A abóbada cruzada tem as arestas reforçadas por nervuras, o que permite a sua utilização em todo o tipo de projectos e lugares, como as absides e os cruzeiros das igrejas góticas.
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 Fontes: 
Prof. Isidro Santos, História da Arte,
Gozzoli,Maria C. – Como reconhecer a arte Gótica. Lisboa, Ed.70:2005.

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