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Resumo embriologia

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Embriologia humana – Resumo baseado no Larsen
 Sistema reprodutor masculino e feminino, gametogênese, fertilização, placentação, gastrulação e neurulação.
Sistema reprodutor masculino, feminino, gametogênese, fertilização e primeira semana.
 REPRODUTOR MASCULINO
 REPRODUTOR FEMININO
 Células germinativas primordiais (CGP’s)
 Na quarta semana de gestação, células germinativas primordiais podem ser identificadas na membrana extraembrionária chamada de saco vitelínico. Tais células vão dar origem a linhagem germinativa dos indivíduos. Entre a quarta e sexta semana, as mesmas se encaminham para a parede dorsal do corpo, onde lá darão origem as gônadas masculinas ou femininas. Durante essa migração, algumas células podem ficar encalhadas e se firmarem em sítios extragonodais, que ocasionalmente poderá dar origem a um tumor, chamado de teratoma.
Quando as CGP’s chegam à região presumida para a formação das gônadas, elas se diferenciam em células somáticas de suporte (CSS). A proliferação de tais células formam as cristas germinativas, que representam as gônadas primitivas. As CSS revestem as células germinativas, tendo um papel fundamental na nutrição e no desenvolvimento das CGP’s (Em ausência das CSS, as CGP’s se degeneram). Essa união dará origem á tecidos que formarão células sexuais maduras, os folículos ovarianos nas mulheres e células de Sertoli (CS) nos homens.
 Gametogênese
 Para a formação do espermatozoide no homem e ovócito definitivo nas mulheres, as CGP’s sofrem diversas divisões mitóticas no interior das gônadas, iniciando o processo de gametogênese. 
 Nos homens, as CGPs(Gonócitos) permanecem latentes da 6ª semana do desenvolvimento embrionário até a puberdade. Na mesma, os túbulos seminíferos amadurecem e as CGPs se diferenciam em espermatogônias, sendo que as mesmas passam por meiose, amadurecem e dão origem aos espermatozoides (SPTZ).
 Nas mulheres, as CGPs (Gonócitos) sofrem maiores diferenciações dando origem as ovogônias, que por volta do 5º mês do desenvolvimento fetal, dão origem aos ovócitos primários. Tais ovócitos ficam no estado de latência até a maturidade sexual feminina. Após a puberdade, folículos ovarianos estimulados por hormônios gonadotrópicos da hipófise terminam o seu desenvolvimento, dando origem a um ovócito secundário e é ovulado. Ele entra na segunda fase da meiose, mas não a completa até ser fertilizado.
 Espermatogênese
 A secreção do hormônio esteroide testosterona pelos testículos estimula o crescimento do mesmo e promove a maturação dos túbulos seminíferos, iniciando a espermatogênese. Sob a influência do hormônio, as células de Sertoli se diferenciam dando origem aos túbulos seminíferos. As CGPs latentes terminam a sua divisão mitótica dando origem as espermatogônias. Elas se encontram abaixo da membrana basal que envolve os túbulos seminíferos, onde elas ocupam uma cavidade entre as células de Sertoli. As espermatogônias estão aderidas ás CS por junções celulares. E as mesmas isolam as espermatogônias da luz do túbulo seminífero.
 As células que dão origem ao espermatozoide são translocadas entre as CS do lado basal para o lado luminal do epitélio seminífero. Durante a fase migratória, os espermatócitos primários dão origem á dois espermatócitos secundários, produzindo então quatro espermátides. As mesmas sofrem diversas modificações para se tornarem espermatozoides maduros enquanto migram para a luz do túbulo seminífero. Esse processo de diferenciação que as espermátides sofrem é denominado espermiogênese.
A espermiogênese recebe auxílio das CS, pois as mesmas encolhem os citoplasmas das espermátides, fazendo com que as mesmas se modifiquem em SPTZ. As CS por fim desfazem as junções celulares com os SPTZs liberando-os na luz do túbulo. Os SPTZ passam por um processo final de desenvolvimento chamado de capacitação. Tal processo é a modificação no acrossoma, para que o mesmo libere enzimas degradativas das estruturas das glicoproteicas que constituem as zonas pelúcidas dos ovócitos.
Estrutura de um SPTZ
 Ovulogênese
 No 5º mês do desenvolvimento fetal, as CGPs envolvidas pelas CS se diferenciam em ovogônias, que posteriormente entram na primeira prófase da meiose, entrando no estado latência. O núcleo destes ovócitos primários latentes, contendo os cromossomos parcialmente condensados na prófase se torna muito grande e pálido, sendo denominado de vesícula germinal (VG). Acredita-se que a VG proteja o material genético, pelo grande tempo que o mesmo fica no estado de latência. Uma camada de CS forma uma cápsula pavimentosa em cada ovócito primário. Esta cápsula e seu ovócito primário são chamados de folículo primordial (FP). 
 Após atingir a puberdade e até atingir a menopausa várias décadas depois, a mulher passa por ciclos mensais de secreção de hormônios hipotalâmicos, hipofisários e ovarianos controlam o ciclo menstrual, o que resulta em cada mês na produção de um gameta feminino e um útero preparado para receber o embrião fertilizado. 
Considera o início de um ciclo menstrual a descamação do endométrio uterino degenerado do ciclo anterior. Por volta do 5º dia do ciclo (após a menstruação), um aumento na secreção de GnRH estimula a hipófise a aumentar a produção de dois hormônios gonadotrópicos , o FSH e o LH. Os hormônios regulam a foliculogênese no ovário e a fase proliferativa no endométrio uterino. 
 Os folículos primordiais se diferenciam em células cuboides, que agora são chamados de folículos primários. O mesmo, juntamente com o ovócito secretam glicoproteínas para a superfície do ovócito, a fim de formar a zona pelúcida, uma barreira física entre as células foliculares e o ovócito. Os folículos primários recebem sinais tanto para o desenvolvimento quanto para o suporte, logo se diferenciam em folículos em crescimento. Alguns folículos se degeneram enquanto outros crescem em respostas ao grande estimulo de FSH, principalmente pela absorção de líquido e pelo desenvolvimento de uma cavidade central, denominada de antro. Com isso, esses folículos passam a ser chamados de folículos antrais ou vesiculares.
Apenas um folículo continua a crescer e acumular líquido, se tornando dominante, o resto degenera por um processo denominado de atresia. O ovócito circundado por uma pequena massa de células foliculares chamadas de cumulus oofurus, projeta cada vez mais o antro em expansão, mas permanece conectado á camada de células foliculares que limita a cavidade antral e fica subjacente a membrana basal do folículo. O folículo grande e dilatado é denominado de folículo de Graff (FG). Neste ponto, o ovócito ainda não terminou a meiose.
Entre os dias 13 e 14 do ciclo menstrual, as concentrações de LH e FSH aumentam subitamente. Este surto ovulatório das gonadotrofinas da hipófise leva o ovócito primário do FG maduro a terminar a meiose. Essa resposta pode ser observada visualmente cerca de 15 horas após o começo do surto, quando a membrana da VG dilatada do ovócito se rompe. Por volta de 20 horas, os cromossomos estão em metáfase e a divisão celular para formar o ovócito secundário e o corpo polar primário rapidamente acontece. O ovócito secundário começa a secunda divisão meiótica que, cerca de 3 horas antes da ovulação, é interrompida na segunda metáfase. As células do cumulus perdem as conexões célula-célula, fazendo com fique uma massa frouxa de células e o ovócito na cavidade antral. Com isso, as células do cumulos passam a secretar MEC, do tipo ácido hialurônico. Isso é essencial no transporte do óvocito durante a tuba uterina.
 O processo de ovulação tem sido comparado a uma resposta inflamatória. Sabe-se que a cascata de eventos que culmina na ovulação é iniciada pela secreção de histamina e prostaglandinas, mediadores inflamatórios conhecidos. Dentro de poucas horas, após o surto ovulatório de FSH e LH, o folículo se torna mais vascularizado e visivelmente rosa e edematoso. O folículo é deslocalizado para a superfície do ovário, onde forma uma protuberância. Com a aproximação da ovulação, a parede projetadacomeça a afinar, formando uma protusão em forma de mamilo chamada de estigma. Por fim, a liberação de enzimas e o trabalho de células musculares lisas fazem com que a parede do folículo se rompa. Porém, essa ruptura não é explosiva. A ovulação ocorre 38hrs após o surto de LH e FSH. Posteriormente a ovulação, o ovócito segue para a ampola da tuba uterina. Lá, ele pode permanecer viável por até 24hrs antes de perder a sua capacidade de ser fertilizado.
As células da parede folicular rompidas começam a proliferar e originar células lúteas do corpo lúteo. O corpo lúteo é uma estrutura endócrina que tem como função secretar hormônios esteroides para manter o endométrio uterino em condições de receber o embrião. Se um embrião não se implanta, o corpo lúteo se degenera após 14 dias e é convertido em corpo de albicans.
 O ciclo menstrual
Iniciado por volta do 5º dia, as células foliculares e tecais secretam estrogênio, que tem como função remodelar o endométrio e iniciar proliferações. As células lúteas, formadas pelas células foliculares rompidas, passam a secretar progesterona, cuja função é vascularizar e espessar o endométrio uterino. A menos que um embrião se implante, essa fase dura 13 dias. Com a degeneração do corpo lúteo, e a queda no nível de progesterona, a vascularização do endométrio é perdida e o endométrio se degenera e começa a se desprender. A fase menstrual tem um ciclo de 4 a 5 dias. Nela, o endométrio é descartado juntamente com o ovócito não fecundado e cerca de 35 ml de sangue. Com isso, inicia-se um novo ciclo. 
 Fertilização
 Acredita-se que a fertilização se dá por processos quimiotróficos. Evidências sugerem que os espermatozoides são atraídos para o folículo devido a estímulos químicos ainda desconhecidos. Quando um SPTZ alcança a zona pelúcida de um ovócito, ele se liga através de uma interação específica com a molécula receptora glicoproteica da ZP, a ZP3 (Umas das três glicoproteínas encontradas na Zona Pelúcida). A ligação a ZP3 é mediada por uma proteína da superfície do SPTZ denominada SED1. Com isso, o acrossomo é induzido a liberar enzimas degradativas que permitem que o espermatozoide penetre na zona pelúcida. Quando o mesmo consegue, as membranas celulares das duas células se fundem. A partir da fusão membranar, o ovócito torna-se muito rígido, a fim de evitar a poliespermia, como centenas de SPTZ atingem o óvocito, o bloqueio a entrada de mais deles é essencial.
 Com a fusão, o ovócito terminar a meiose, originando outro corpúsculo polar. Com isso, o ovócito é chamado de ovócito definitivo(1N) e como o SPTZ(1N) já o penetrou, pode também ser chamado de zigoto (2N). Após isso, iniciam-se as clivagens.
 Clivagens
 O zigoto inicia uma série de divisões mitóticas denominadas clivagens, 24 horas depois de formado. Estas divisões não acompanham o crescimento celular, logo dividem o zigoto em muitas células filhas menores chamadas de blastômeros. Embrião como um todo não aumenta de tamanho durante a clivagem e permanece envolto pela zona pelúcida. A primeira divisão da clivagem origina duas células filhas, a segunda quatro blastômeros iguais. Em três dias, o embrião é formado por 6 a 12 células e em quatro dias, o embrião é formado por 16 a 32 células. O embrião nesse estágio é chamado de mórula.
 As células da mórula não dará origem somente ao embrião, mas também as suas membranas extraembrionárias e suas estruturas relacionadas, como a placenta. Os blastômeros se desenvolvem uma polaridade intra-exterior maximizando os contatos entre células adjacentes. Processo denominado compactação. Com isso, alguns blastômeros segregam-se para o interior da mórula, outros para a parte externa da mesma. Os blastômeros no centro são chamados de massa celular interna, em quanto que os blastômeros periféricos dão origem ao trofoblasto. Pelo fato de a massa celular interna formar o embrião propriamente dito, ela passa a ser chamada de embrioblasto. O trofoblasto é a fonte primária do componente fetal da placenta.
 A mórula alcança o útero por volta do 4º dia de desenvolvimento. Por volta do 5º dia, o blastocisto eclode da zona pelúcida criando uma abertura através da ação de enzimas e se espremendo através dele para fora. O blastocisto agora, sem revestimento, pode interagir diretamente com o endométrio. Logo após a sua chegada ao útero, o blastocisto se torna firmemente aderente ao revestimento uterino. As células adjacentes do estroma do endométrio respondem á presença de progesterona, secretada pelo corpo lúteo, se diferenciando em células secretoras metabolicamente ativas, chamadas de células deciduais que por uma reação decidual tornam a parede do endométrio muito mais vascularizada e edematosa que sustentam o embrião que estão se implantando. O revestimento uterino é mantido graças à secreção de Gonadotrofina cariônica humana pelas células do trofoblasto. As mesmas sustentam o corpo lúteo, que por sua vez continua a secreção de progesterona. Após 11 ou 12 semanas do desenvolvimento embrionário a placenta começa a secretar progesterona e o corpo lúteo lentamente involui, se tornando o corpo de albicans.
Segunda semana do desenvolvimento embrionário
 A proliferação do trofoblasto no polo embrionário gera perca de membranas celulares e coalescem para formar sincício. Originando o sincíciotrofoblasto. Ao contrário, as células do trofoblasto que revestem a parede do blastocisto retêm suas membranas celulares constituindo o citotrofoblasto. Entre o 6º e o 9º dia o embrião se torna totalmente implantado no endométrio. Diversas metaloproteases são secretadas pelo citotrofoblasto para degradar a MEC das células endometriais e empurram o embrião para dentro do endométrio da parede uterina. Com o progresso da implantação, o sincíciotrofoblasto expandido gradualmente envolve o blastocisto. Em torno do nono dia, o sincíciotrofoblasto cobre todo o blastocisto, exceto uma pequena região, o tampão de coagulação.
O embrioblasto se reorganiza em epiblasto e hipoblasto. Antes de a implantação ocorrer, as células do embrioblasto começam a se diferenciar em duas camadas epiteliais. No oitavo dia, o embrioblasto consiste de um disco embrionário bilaminar, com uma camada externa(superior) distinta de células cilíndricas, chamadas de epiblasto, e uma camada interna(inferior) de células cuboides, chamadas de hipoblasto ou endoderma primitivo. Uma membrana basal extracelular é estabelecida entre as duas camadas quando elas se tornam diferenciadas. Com isso, o eixo dorsal-ventral primitivo é definido: hipoblasto é ventral e embrioblasto é dorsal.
 Desenvolvimento da cavidade amniótica, saco vitelínico e cavidade coriônica.
 A primeira nova cavidade a se formar durante a segunda semana é a cavidade amniótica. Ela aparece no oitavo dia, quando o líquido começa a se juntar entre as células do epiblasto e do trofoblasto adjacente. As células do epiblasto se expandem e se diferenciam em uma fina membrana que separa a nova cavidade a partir do citotrofoblasto. Essa membrana é o revestimento do âmnio, uma das quatro membranas extraembrionárias. Embora a cavidade amniótica seja menor que o blastocisto, a mesma continua crescendo, sendo que na oitava semana engloba todo o embrião.
A proliferação de células do hipoblasto e duas sequências migratórias sucessivas marcam o indício da formação das membranas do saco vitelínico, que se estende do hipoblasto até dentro da cavidade blastocística. A primeira sequência migratória ocorre no oitavo dia, com a formação do saco vitelínico primário ou membrana exocelômica (membrana de Heuser). Simultaneamente o mesoderma-extra-embrionário se forma, preenchendo o restante da cavidade blastocística. No 12º dia, o saco vitelínico primário é deslocado pela segunda sequência migratória de células do hipoblasto, as quais formam o saco vitelínico secundário. Forma-se um novo espaço, o celoma extraembrionário ou cavidade coriônica. O celoma extraembrionário separa o embrião com seu âmnio e com seu saco vitelínico da parede externa do blastocisto,agora chamado de córion. Com a divisão do mesoderma extraembrionário em duas camadas, o âmnio, o saco vitelínico e o córion possuem duplas camadas. Com o âmnio e o córion sendo considerados ectoderma-extraembrionário, e o saco vitelínico de endoderma extraembrionário. No 13º dia, o saco vitelínico ventral e o âmnio dorsal estão suspensos pelo pedículo de conexão, formado basicamente de mesoderma extraembrionário. O saco vitelínico definitivo é formado a partir da divisão do mesoderma extra embrionário. Com a parte interna sendo feita de endoderma derivado de hipoblasto e a parte exterior de mesoderma extraembrionário. O mesoderma extraembrionário do saco vitelínico definitivo é o responsável por iniciar o processo hematopoiético. O saco vitelínico é também o responsável pelo aparecimento das CGPs. Eles se degeneram um pouco antes do nascimento, mas há casos de persistência do mesmo, levando a uma anomalia do tubo digestório chamada de divertículo de Meckel.
O desenvolvimento útero-placentário inicia o seu desenvolvimento na segunda semana
 Durante a primeira semana, o embrião obtém nutriente elimina resíduos por difusão simples. O rápido crescimento do embrião torna a necessidade de um modo mais eficiente de trocas com a mãe. Esta necessidade é suprimida pela circulação útero-placentária. Sistema pelo qual o sangue materno passa próximo ao fetal promovendo troca de gases e metabólitos via difusão. Esse sistema se inicia no nono dia, com as lacunas trofoblásticas que se abrem dentro do sinciotrofoblasto. Capilares maternos próximos ao sincíciotrofoblasto formam extensões e, o crescimento destas extensões forma a vilosidades coriônicas tronco primárias. Com a invasão do mesoderma extraembrionário em associação com o citotrofoblasto na vilosidade tronco primária, há a formação das vilosidades coriônicas tronco secundárias. No fim da terceira semana, essa vilosidade origina os vasos sanguíneos que se conectam com os vasos em formação no próprio embrião então estabelecendo uma circulação útero-placentária funcional. As vilosidades com vasos sanguíneos diferenciados são chamadas de vilosidades coriônicas tronco terciárias. O sangue materno nunca se mistura com o sangue fetal.
Placentação 
 Após a implantação do blastocisto, ele estimula a resposta do endométrio uterino. Resposta chamada de reação decicual. As células do estroma endometrial acumulam lipídios e glicogênio e passam a ser chamadas de células deciduais. A área de crescimento oposta ao embrião começa a crescer na cavidade uterina, ela é formada por uma cápsula fina de endométrio e é chamada de decídua capsular. Já o polo embrionário é chamado de decídua basal. As áreas restantes são chamadas de decídua perietal. No quinto e sexto meses a decídua capsular se desintegra. Aí, a placenta já está formada e difere as superfícies maternas e fetais. Quando o embrião começa a fazer saliência na luz uterina, as vilosidades na área não embrionária do córion desaparecem, sendo chamada agora de córion liso enquanto a porção do córion associada a decídua basal mantém suas vilosidades, sendo chamada de córion viloso.
 As vilosidades placentárias continuam crescendo, sendo que na nona semana as vilosidades tronco terciárias, se alongam pela formação das vilosidades mesenquimais, que se origina dos brotos trofoblásticos. Durante o quarto e quinto meses, a decídua forma os septos placentários (deciduais), recobertos por sincícitrofoblasto, que se projetam nos espaços intervilosos, separando a placenta em colétidones(15-25 grupos de vilosidades). Com o septo não funde com a placa coriônica, o sangue materno flui de um colétidone para outro.
Cordão umbilical
 O dobramento do embrião e a expansão da cavidade amniótica juntam o pedículo de conexão e o saco vitelínico para formar o cordão umbilical. A cavidade amniótica se expande, preenchendo com líquido e obliterando a cavidade coriônica. Quando o âmnio entra em contato com o córion, as camadas de mesoderma-extraembrionário se fundem, deixando algumas vesículas rudimentares. Assim, a expansão progressiva do âmnio cria um tubo de membrana amniótica que fecha o pedículo do embrião e o ducto vitelino, dando origem ao cordão umbilical. Ele tem como função principal transportar o sangue entre o embrião e a placenta. As artérias e as veiais umbilicais se desenvolvem no pedículo do embrião para realizar este trabalho. Trocas realizadas: Gases (O2,CO2,CO), nutrientes e eletrólitos( AA’S, AG,Carboidratos e vitaminas) e anticorpos maternos. Patógenos virais e bacterianos atravessam a placenta, além de alguns teratógenos também. Teratógenos são substâncias ambientais capazes de causar defeitos ao nascimento quando embriões ou fetos são expostos durante períodos críticos de desenvolvimento. 
Ex: Ácido retinóico, varfarina, drogas lícitas e ilícitas...
A placenta produz hormônios importantes, como a progesterona e o estradiol. Quem tinha a função de secretar a progesterona e impedir o aborto era o corpo lúteo. Porém, na 11ªsemana ele se degenera, deixando a secreção de progesterona ser feita pela placenta. Prostaglandinas (Manutenção da gravidez e o início do trabalho de parto), Lactogênio placentário humano (hPL), Tirotrofina cariônica entre outros.
Gastrulação
A linha primitiva
 Ao longo do plano do disco embrionário se forma um espessamento contendo um sulco. Este espessamento é denominado de linha primitiva, com o sulco sendo chamado de sulco primitivo. A extremidade cranial da linha primitiva se expande em uma estrutura chamada de nó primitivo. O disco bilaminar visto dorsalmente também promove a vista da futura posição da membrana orofaríngea (eixo cranial) e também da membrana cloacal (eixo caudal). A formação da linha primitiva é precursora para o início da gastrulação.
 Durante a gastrulação, as células do epiblasto se movem em direção à linha primitiva, entram nela e então migram para fora dela como células individuais. Esse movimento celular para o interior do embrião é chamado de ingressão. A formação da linha primitiva também define todos os eixos corporais. A linha primitiva se forma no eixo mediano caudal do disco embrionário, definindo assim o eixo cranicaudal, o eixo médio-lateral e o eixo esquerdo-direito. No momento da formação da linha primitiva, o futuro eixo dorso-ventral do disco embrionário é equivalente ao eixo ectoderma-endoderma. 
Formação do Endoderma Definitivo
As células do epiblasto laterais a linha primitiva começam a se mover (filipódios, lamelipódios e pseudopódios) para dentro dela e a sofrerem uma transformação epitélio-mesenquimal. Um epitélio é um conjunto de células com formato regular (frequentemente cuboide) e interconectadas entre si por superfícies laterais. Um mesênquima é um conjunto de células com formato irregular (estreladas) de interconexão fraca. Este movimento coletivo de células para a linha primitiva e para dentro do embrião, para originar as três camadas germinativas primárias constituí a gastrulação. As primeiras células ingressantes do epiblasto invadem o hipoblasto e deslocam suas células, sendo substituído por uma nova camada de células, o endoderma definitivo. O mesmo origina o revestimento do intestino e seus derivados.
Formação do Mesoderma Intra-embrionário
 Algumas células do epiblasto migram através da linha primitiva, divergem pelo espaço entre o epiblasto e o endoderma definitivo nascente para formar uma terceira camada germinativa, o mesoderma intra-embrionário. Essas células migram bilateralmente a partir da linha primitiva e começam a formar uma camada de células frouxas entre o epiblasto e o endoderma definitivo. Essa camada de células se reorganiza formando quatro subdivisões principais de mesoderma intra-embrionário: Mesoderma cardiogênico, mesoderma paraxial, mesoderma intermediário (nefrótomo) e a placa de mesoderma lateral. Além disso, uma quinta população de células mesodérmicas migra cranialmente a partir do nó primitivo, na linha média para formar um tubo mediano de paredes espessas, denominado de processo notocordal.Membrana orofaríngea: Degenera-se na quarta semana (Primeiro mês) para originar a cavidade oral.
Membrana Cloacal: Degenera-se na sétima semana (Quase o segundo mês) para originar o ânus e o trato urinário e genital.	
Formação do ectoderma
Uma vez completada a formação do endoderma definitivo e do mesoderma intra-embrionário, as células do epiblasto não migram nem ingressam mais na linha primitiva. Agora, o epiblasto remanescente é denominado de ectoderma que rapidamente se diferencia em placa neural na região central e ectoderma cutâneo na região periférica. Entretanto, o embrião se desenvolve em uma sequência craniocaudal, tanto que, uma vez o epiblasto não mais presente cranialmente, permanecerá por algum tempo presente na região caudal, onde as células continuam a se movimentar para a linha primitiva e sofrer ingressão. Finalmente o processo de gastrulação cessa. Como resultado tem um disco embrionário tridêrmico – ectoderma, mesoderma e endoderma definitivo. Atento para o fato que todas as camadas derivam do epiblasto durante a gastrulação. A organogênese se dá através da associação desses três folhetos embrionários. (ex: O tubo intestinal é derivado de endoderma e mesoderma)
Formação da notocorda se dá em múltiplos passos
 O processo notocordal, um tubo oco, cresce em comprimento através da adição de células do nó primitivo á sua extremidade proximal, concomitantemente com a regressão da linha primitiva.
Quando o processo notocordal está completamente formado, acredita-se que ocorram modificações morfogenéticas para convertê-lo em uma placa achatada e para um cordão sólido. Primeiro o assoalho ventral do tubo se funde com o endoderma subjacente e as duas camadas se rompem, deixando pra trás a placa notocordal achatada. Assim sendo, a placa notocordal se destaca completamente do endoderma e suas extremidades livres se fundem à medida que se dobram para cima no espaço que contém o mesoderma, entre o ectoderma e o endoderma, modificando-se e tornando-se um cordão sólido denominado notocorda. Pelo fato de a notocorda ser derivada do nó primitivo e de terminar na camada mesodérmica, ela é considerada como sendo derivada mesodérmica. A notocorda forma núcleos pulposos dos discos vertebrais, certamente isso é verdade no embrião, feto e na criança. Porém, no início da infância esses núcleos são degenerados e substituídos por células mesodérmicas adjacentes. Assim, a notocorda não contribui para a formação de elementos ósseos da coluna espinha. Mais que isso, a notocorda desempenha papéis importantes na indução e padronização do desenvolvimento.	
Somitogênese
Na futura região do tronco, o mesoderma paraxial forma faixa de células que se segmentam em somitos, condensação de mesodermas em forma de blocos. O primeiro par de somitos se forma no 20º dia, sendo que os remanescentes são formados numa velocidade de três a quatro/dia. No final do 30º dia, estima-se ter aproximadamente 42 a 44 pares de somitos que flanqueiam a notocorda desde a região cranial até a região caudal. Alguns somitos caudais degeneram-se, originando uma contagem de 74 somitos.
Os somitos originam à maior parte do esqueleto axial, incluindo a coluna vertebral e a parte do osso occiptal do crânio; à musculatura voluntária do pescoço, a parede do corpo e membros; e à derme do pescoço. Assim, os somitos tem uma grande importância na estrutura corporal.
Os primeiros quatro pares de somitos se formam na região occipital. Esses somitos contribuem para o desenvolvimento da parte occipital do crânio; dos ossos, que se formam ao redor do nariz, olhos e orelha interna; dos músculos oculares extrínsecos e dos músculos da língua.
 Os próximos oito pares de somitos formam-se na futura região cervical. Os somitos mais craniais contribuem para a formação do osso occipital e, outros formam as vértebras cervicais e sua musculatura associada, como também parte da derme do pescoço.
Os próximos doze pares de somitos são os somitos torácicos, que formam as vértebras torácicas; a musculatura e os ossos da parede torácica; a derme torácica; e parte da parede abdominal. Os somitos torácicos caudais, os cinco somitos lombares formam a derme abdominal, os músculos abdominais e as vértebras lombares, e os cindo somitos sacrais forma o sacro com sua derme e sua musculatura associada. Finalmente, os somitos coccígeos que permanecem após a degeneração dos somitos mais caudais, formam o cóccix.
Diferenciação dos Somitos: Formação dos Dermátomos, Miótomos e Esclerótomos.
Os somitos epiteliais se subdividem em dermomiótomos epitelial e esclerótomo mesenquimal. A formação do esclerótomo mesenquimal é uma EMT. Durante o desenvolvimento posterior, os esclerótomos se desenvolvem nas vértebras e o corpo vertebral. Mais tarde, os dermiótomos se subdividem em dermátomos que se situam abaixo do ectoderma de superfície e miótomo adjacente ao dermátomo. Os dermátomos contribuiem para a formação da derme da pele de todo o tronco. O miótomo forma os músculos epixiais(dorsal) e hipoxiais(ventrolateral) da parede do corpo. As células do miótomo migram para os membros em desenvolvimento para formar o músculo de membros.
Formação da placa neural
 O primeiro evento do futuro sistema nervoso central é a formação de uma espessada placa neural no ectoderma localizada cranialmente no nó primitivo. A formação da placa neural é induzida pelo nó primitivo, por isso se fala que o processo da formação da placa é indução neural. Como resultado dessa indução, as células ectodérmicas se diferenciam em uma espessa placa de células neuroepiteliais. A placa neural se forma na extremidade cranial do embrião e então se diferencia num direcionamento craniocaudal. A placa neural sofre um pregueamento durante a quarta semana para formar um tubo neural, o precursor do sistema nervoso central.
 As células da crista neural são formadas pelos lábios laterais da placa neural, se destacando na formação do tubo neural e na migração pelo embrião para formar uma gama de estruturas. A placa neural é mais larga na parte cranial e mais afilada caudalmente. A porção cranial da origem ao cérebro (dividido em regiões: Prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo) a porção caudal e afilada dá origem a medula espinhal.
Neurulação: Estabelecimento do Tubo Neural, o primórdio do SNC.
A neurulação envolve quatro eventos principais: A formação da placa neural, desenvolvimento da mesma, curvatura da placa neural e fechamento do sulco neural.
A placa neural se alonga por um processo de expansão convergente do neuroepitélio e dos tecidos de sustentação. A curvatura da placa neural envolve a formação das pregas neurais nas margens laterais da placa neural. Durante a curvatura, as pregas neurais se elevam dorsalmente rodando em torno de um eixo central localizado sobre a notocorda, sendo este eixo chamado de ponto de dobramento mediano. Sulco formado por esse dobramento se chama sulco neural. Como a placa/sulco é mais larga na parte cranial (futuro encéfalo) formam-se pontos adicionais de dobramento para trazer as pregas neurais para a linha média dorsal. Esses pontos de dobramento, chamados de pontos de dobramento dorsolaterais permitem as pregas neurais no nível do futuro encéfalo convergir em direção uma á outra. Como resultado da curvatura, as pregas neurais são colocadas em oposição na linha média. O fechamento do sulco neural envolve a adesão das pregas neurais umas ás outras e o rearranjo subsequente das células no interior das pregas para formar duas camadas epiteliais separadas: placa do teto do tubo neural e o ectoderma de superfície. No interior dessas camadas, as células da crista neural estão em formação. Elas surgem a partir das pregas neurais a partir da EMT. O fechamento do sulco neural nos humanos inicia-se no dia 22, na futura região occipital e cervical do tubo neural. A partir desse nível, o fechamento continua cranial e caudalmente, sendo que finalmente fecha os neuroporos craniais e caudais.

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