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Unidade 3 Dos testamentos especiais

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UNIDADE 3 DOS TESTAMENTOS ESPECIAIS
DIREITO CIVIL VII – SUCESSÕES
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3.1 – Aspectos excepcionais
Constituem formas especiais de testamento, que podem ser utilizadas somente em situações especiais.
Portanto, somente poderão ser utilizadas quando seja impossível a utilização das formas ordinárias.
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Nos termos do artigo 1.886 do CC, são testamentos especiais:
I - o marítimo;
II - o aeronáutico;
III - o militar.
Não se admitem outros testamentos especiais além dos contemplados no Código Civil. (art. 1.887)
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9.2 – O testamento marítimo
Quem estiver em viagem, a bordo de navio nacional, de guerra ou mercante, pode testar perante o comandante, em presença de duas testemunhas, por forma que corresponda ao testamento público ou ao cerrado. (art. 1.888)
Qualquer pessoa poderá fazer uso do testamento marítimo, seja ela tripulante, passageiro ou o próprio comandante.
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O testamento poderá ser elaborado de duas maneiras: uma semelhante ao testamento público e outra ao testamento cerrado.
O comandante age em função semelhante a do tabelião.
O registro do testamento será feito no diário de bordo.
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Os atos definidos no artigo 1.881, salvo direito de terceiro, valerão como codicilos, deixe ou não testamento o autor. (art. 1.882)
Não valerá o testamento marítimo, ainda que feito no curso de uma viagem, se, ao tempo em que se fez, o navio estava em porto onde o testador pudesse desembarcar e testar na forma ordinária (art. 1.892).
Se o testador não morrer na viagem e nem nos 90 dias subsequentes ao desembarque, o testamento perde a eficácia, ou seja, caducará. (art. 1.891)
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Independente de o testador falecer ou não durante a viagem, o comandante deve proceder à entrega do testamento NO PRIMEIRO PORTO NACIONAL em que atracar.
Se ao desembarcar o testador não conseguir fazer outro testamento na forma ordinária, por ter se agravado seu estado de saúde, mesmo que decorridos mais de 90 dias, prevalecerá as disposições do testamento marítimo.
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Mesmo caducando o testamento, havendo reconhecimento de filho, a disposição se mantém eficaz nos termos do artigo 1.610 do Código Civil que assim dispõe:
	
	Art. 1.610. O reconhecimento não pode ser revogado, nem mesmo quando feito em testamento.
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9.3 – O testamento militar
É o testamento elaborado pelo militar ou qualquer outra pessoa que esteja a serviço das Forças Armadas (Exército, Marinha ou Aeronáutica), como médicos, enfermeiros, engenheiros, que estejam em campanha de guerra dentro ou fora do país. (art. 1.893)
Comporta interpretação extensiva, podendo englobar outras polícias, ou até mesmo diplomatas, reféns, voluntários, etc.
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Caso haja no local tabelião ou substituto legal, não poderá ser realizado o testamento militar.
Pode revestir três formas: a do testamento público (art. 1.893), do testamento cerrado (art. 1.894) e a nuncupativa (art. 1.896). 
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As pessoas designadas no art. 1.893, estando empenhadas em combate, ou feridas, podem testar oralmente, confiando a sua última vontade a duas testemunhas. (art. 1.896.) É o chamado testamento nuncupativo.
Se o testador não morrer na guerra ou convalescer do ferimento, não terá efeito o testamento.
Caducará o testamento militar se, depois dele, estiver o testador por noventa dias seguidos em lugar onde possa testar na forma ordinária, salvo se esse testamento tomar a forma de testamento cerrado. (art. 1.895)
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9.4 – O testamento aeronáutico
É submetido as mesmas regras do testamento marítimo, destina-se a quem estiver em viagem, a bordo de aeronave militar ou comercial. (art. 1.889)
O testamento pode ser feito perante o comandante ou pessoa que ele designar.
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Qualquer pessoa poderá fazer uso do testamento aeronáutico, seja ela tripulante, passageiro ou o próprio comandante.
O registro do testamento será feito no diário de bordo.
Se o testador não morrer na viagem e nem nos 90 dias subseqüentes ao desembarque, o testamento perde a eficácia, ou seja, caducará. (art. 1.891)
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Mesmo caducando o testamento, havendo reconhecimento de filho, a disposição se mantém eficaz nos termos do artigo 1.610 do Código Civil.
Independente de o testador falecer ou não durante a viagem, o comandante deve proceder à entrega do testamento no primeiro aeroporto nacional em que pousar.
Se ao desembarcar o testador não conseguir fazer outro testamento na forma ordinária, por ter se agravado seu estado de saúde, mesmo que decorridos mais de 90 dias, prevalecerá as disposições do testamento aeronáutico.
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