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ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
Prof. Robson Ap. A Kublickas 
Código Civil:
 Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária
			 → Código Comercial: Antigo Fundo de Comércio
 → Previsão legal: Não havia, somente doutrinária.
 
De acordo com Fábio Ulhoa Coelho, a sociedade empresária, poderá possuir mais de um estabelecimento, sendo que o mais importante será a sede e o outro ou outros serão as filiais ou sucursais. 
Em todos os seus estabelecimentos, a sociedade empresária exercerá a sua atividade, bem como, cada um de seus direitos. Porém, tratando-se de competência judicial, o foro competente para a resolução de um conflito se dará conforme a origem da obrigação.
 E, no caso de pedido de falência ou de recuperação judicial, o foro competente será o do local onde se reúnem seus papéis e todos os documentos da administração, considerado estabelecimento principal do devedor empresário. 
Natureza do Estabelecimento Empresarial: 
Tivemos várias teorias sobre a natureza do estabelecimento, contudo, para tal entendimento ressaltamos três pontos fundamentais:
1° o estabelecimento empresarial não é sujeito de direito;
2° o estabelecimento empresarial é uma coisa;
3° o estabelecimento empresarial integra o patrimônio da sociedade empresária.
→Ponto de Negócio não é Estabelecimento Empresarial, mas apenas um dos elementos que compõem o estabelecimento empresarial, o qual é composto também de outros bens materiais (máquinas, equipamentos etc.) e imateriais (marca, patente de invenção, etc.)
→Não se confunde com a empresa: é uma atividade(art 966) 
→Empresário: pessoa física ou jurídica que explora a atividade comercial e é o titular dos direitos e obrigações dela decorrentes. 
Não confundir Estabelecimento Empresarial com os bens do Empresário. Este é todo o com junto de bens, direitos, ações, posse e tudo mais que pertença a uma pessoa física ou jurídica e seja suscetível de apreciação econômica.
É preciso que guarde um liame com o exercício da atividade fim do empresário. 
Só compõe os bens que estejam ligados ao exercício da atividade.
Estabelecimento do Empresário Individual:
 O patrimônio do empresário individual – que é a pessoa física- é constituído de todos os bens, direitos e tudo o mais que seja de sua titularidade. 
O seu patrimônio engloba tanto aqueles bens usados para o exercício da atividade empresarial quanto os bens particulares, não afetados ao exercício da empresa.
O estabelecimento empresarial desse empresário individual, entretanto, corresponde apenas aqueles bens-materiais ou imateriais- que estejam afetados ao desenvolvimento de suas atividades econômicas.
Natureza Jurídica do Estabelecimento Empresarial:
Teoria Universalista: Segundo a doutrina é o conjunto de elementos que, quando reunidos, podem ser concebidos como coisa unitária.
Universalidade Direito: Conjunto ligado pelo entendimento particular.
Universalidade de Fato: É a pluralidade de coisas que alei para certos efeitos atribui caráter de unidade.
A doutrina majoritária brasileira sempre considerou o estabelecimento empresarial como uma universalidade de fato, uma vez que os elementos que o compõem formam uma coisa unitária exclusivamente em razão da destinação que o empresário lhes dá, e não em virtude de disposição legal. 
ELEMENTOS COMPENENTES DO ESTABELECIMENTO.
Composição Imóveis: depósitos, edifícios, terrenos, armazéns etc.
 Materiais Moveis: utensílios, veículos, mobiliário, mercadorias, máquina
Os bens imateriais compreendem as coisas incorpóreas.
→ Sinais distintivos; 
→Marcas e as patentes ou invenções, desenhos industriais; obras literárias artísticas ou científicas; 
→O direito ao ponto e o direito à renovação judicial do contrato de locação (QDO ESTE É PROTEGIDO POR CONTRATO OU LEI DE LOCAÇÃO); 
→Os serviços prestados por quadro de funcionários;
→A clientela e sua proteção contra a concorrência desleal.
 
CLIENTELA: Conjunto de Pessoas que habitualmente negociam com o estabelecimento. 
AVIAMENTO: É a viabilidade de atrair futuros clientes.
A proteção a clientela faz-se presente no Código da Propriedade Industrial, quando reprime a concorrência desleal.
AVIAMENTO. (Valor de Negócio considerando a freguesia e reputação- Simão Filho 2012- p.24)
É a aptidão do estabelecimento para gerar lucros, decorrente da boa organização dos seus elementos integrantes. É a expectativa de bons resultados calcada em diversos fatores, cuja proeminência só pode ser diagnosticada em cada caso
É a expectativa de lucros futuros alicerçados nas coisas corpóreas e nos direitos, especialmente no estoque de mercadorias, no nome empresarial, na localização etc. Não tem autonomia, porque materialmente vinculado ao estabelecimento, do qual é, no mesmo tempo, elemento nuclear.
Trata-se de um atributo do estabelecimento.
ALIENAÇÃO DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
 – TRESPASSE.
Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.
Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza.
Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.
Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.
Art. 1143-1144 CC – Possibilidade estabelecimento ser negociado como um todo unitário, ou seja como universalidade de fato.
 
Art. 1144 e 1145 – Sempre que o empresário não dispuser de bens suficientes para garantir as obrigações já contraídas, a alienação dependerá de contrato escrito devidamente averbado na Junta Comercial e da anuência dos credores, que poderá ser expressa ou tácita.
Será considerada anuência tácita quando, após ser notificado, o credor permaneça inerte pelo prazo igual ou superior a 30 (trinta) dias.
Art. 94, III da Lei 11.101/2005 – Alienação irregular do estabelecimento empresarial, configura ato de falência. Pode ensejar o pedido de quebra do empresário.
Sucessão Empresarial: realizado o trespasse de maneira regular, resta-nos analisar como o Código regulou os efeitos da negociação unitária do estabelecimento empresarial.
A alienação implica na solidariedade entre comprador e devedor:
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.
●O comprador responde por todas as dívidas contabilizadas.
●O vendedor responde solidariamente pelo prazo de 1 ano, relativamente às dívidas já existentes quando da alienação. (art. 1146 CC).
Contagem do prazo: somente com fornecedores, bancos.
Dívida já vencida: prazo é contado a partir da publicação do contrato de trespasse. (art. 1144)
Dívida vincenda: o prazo é contado do dia de seu vencimento.
Não se aplica Dívida Tributária: art. 133 CTN 
 Dívida Trabalhista 448 CLT
Cláusula não concorrência
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência.

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