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APOSTILA DE NEUROANATOMIA 
 
 
 
Profª. Rafaela Veronezi
Neuroanatomia - Profª Rafaela Veronezi 
 
 2
INTRODUÇÃO AO ESTUDO 
DO SISTEMA NERVOSO 
 
O sistema nervoso é o sistema mais complexo e diferenciado do organismo, sendo o primeiro a 
se diferenciar embriologicamente e o último a completar o seu desenvolvimento. 
 
- O SNC é formado no 1º mês de desenvolvimento intra-uterino; 
- o crescimento e a maturação do SN ocorre na infância e reflete a mielinização 
progressiva; 
- com a idade, as funções cognitivas diminuem, porém este declínio não é significativo em 
idosos saudáveis até que se alcance os 80 anos!!! 
 
 
 
HISTÓRICO 
 
 
 
Possibilidade de dissecação 
de cadáveres 
Hipócrates (460-379 a.C.) 
Localiza no cérebro o centro vital 
das sensações e da inteligência. 
Lidera cientistas cérebro-centristas. 
Platão (427-347 a.C.) e 
Aristóteles (384-322 a.C.) 
Corrente dos cardio-centristas: coração 
como o centro da inteligência. 
Herófilus (335-280 a.C.) 
Médico Grego, retoma Hipócrates. 
Conseguiu distinguir os nervos motores dos 
sensoriais. 
Galeno (130-200 a.C) 
Teoria Ventricular: a informação é recebida por 
um órgão de sentido e é levada a um órgão de 
ação através de um sistema interno de fluxo de 
fluidos. 
Proibição à dissecação 
de cadáveres 
Neuroanatomia - Profª Rafaela Veronezi 
 
 3
Século XVIII - Franz Joseph Gall – FRENOLOGIA 
 
Século XIX 
Theodor Schwann - Descreveu a bainha de mielina; o corpo é composto de células. 
Santiago Ramón y Cajal - Células nervosas como elementos isolados. 
Camilo Golgi - Técnica de impregnação pela prata. 
Charles Sherrington - Conexidade celular; Fisiologia sensorial e motora. 
 
Século XX 
Korbinian Brodmann - Divisão do córtex cerebral humano em 52 áreas. 
Paul Broca - Afasia expressiva ou motora. 
Karl Wernicke - Afasia receptiva ou sensorial. 
 
NEUROCIÊNCIA MODERNA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neurônio de Nissil 
Neurônio de Golgi
Neurônio de 
Ramon y Cajal
Ao microscópio eletrônico
Neuroanatomia - Profª Rafaela Veronezi 
 
 4
O estudo dos diferentes níveis de análise requer ferramentas amplificadoras dos sentidos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sem o contexto organizacional de uma boa teoria, a observação não favorece o conhecimento. 
A ciência é a base dos paradigmas na REABILITAÇÃO NEUROLÓGICA. 
 
CONTROLE DO CORPO 
 
 
 
Ação rápida e fugaz; 
A curtíssimo prazo; 
Efeito localizado. 
Ação lenta porém duradoura; 
A médio e longo prazo; 
Efeito amplo. 
X 10.000.0001 ηmDiâmetro do canal
0,5 ηmCanal iônico
X 1.000.00010 ηmEspessura
5 ηmMembrana
X 100.0000,1 μm = 100 ηmFenda
20 ηm
Fenda 
sinaptica
X 10.000.1 μm = 10mTerminação sináptica
1 μmSinapse
X 1.0000,01mm = 10 μmAxônio e dendrito
10 μm
Estrutura 
subcelular
X 1000,1mm = 100 μmCorpo celular
0,1mm 
Unidade
Celular
X 101mm = 0,001m
Espessura
3mm 
Córtex 
cerebral
11cm = 0,1m
Extensão:
15 cm
Encéfalo
AumentoUnidade de 
Medida
TamanhoEstrutura
X 10.000.0001 ηmDiâmetro do canal
0,5 ηmCanal iônico
X 1.000.00010 ηmEspessura
5 ηmMembrana
X 100.0000,1 μm = 100 ηmFenda
20 ηm
Fenda 
sinaptica
X 10.000.1 μm = 10mTerminação sináptica
1 μmSinapse
X 1.0000,01mm = 10 μmAxônio e dendrito
10 μm
Estrutura 
subcelular
X 1000,1mm = 100 μmCorpo celular
0,1mm 
Unidade
Celular
X 101mm = 0,001m
Espessura
3mm 
Córtex 
cerebral
11cm = 0,1m
Extensão:
15 cm
Encéfalo
AumentoUnidade de 
Medida
TamanhoEstrutura
 
Sistema Nervoso Sistema Endócrino 
Neuroanatomia - Profª Rafaela Veronezi 
 
 5
Funções do sistema nervoso 
 
SN MOTOR 
- Conjunto de neurônios relacionados com as funções motoras somáticas e viscerais 
SN SENSORIAL 
- Conjunto de neurônios relacionadas com as funções de decodificação e interpretação dos 
estímulos originados nos órgãos sensoriais somáticos e viscerais 
SN INTEGRATIVO 
- Conjunto de neurônios que realizam a integração sensorial e motora, além de interpretar e 
elaborar comandos motores 
 
• INPUT SENSORIAL 
 - receptores sensoriais 
 
• INTEGRAÇÃO 
 - processamento 
 - interpretação 
 - tomada de decisão (consc ou inconsc) 
 
• OUTPUT MOTOR 
 - resposta 
 - órgãos efetuadores 
 · múscúlos / glândulas 
 
AÇÃO: Órgãos efetuadores 
 
SISTEMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO 
Relaciona o organismo com o meio EXTERNO 
Expressa posturas e movimentos 
 
ÓRGAOS VISCERAIS E GLÂNDULAS 
Relaciona o organismo com o meio INTERNO 
Efetua os ajustes homeostáticos 
 
Divisões do sistema nervoso 
 
• Sob o ponto de vista anatômico: 
 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
 MEDULA ESPINHAL 
 ENCÉFALO ...... Cérebro, cerebelo, tronco encefálico 
 
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 
 NERVOS ............ Espinhais, cranianos 
 TERMINAÇÕES NERVOSAS ........ Sensitivas, motoras 
 GÂNGLIOS 
______________________________________________________________________________ 
ADAPTAÇÃO 
Neuroanatomia - Profª Rafaela Veronezi 
 
 6
• Sob o ponto de vista funcional: 
 
SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO 
 AFERENTE (sensitivo) ............ Exteroceptores 
 EFERENTE (motor) ................. Músculo Esquelético 
 
SISTEMA NERVOSO VISCERAL 
 AFERENTE (sensitivo) ............ Viscereceptores 
 EFERENTE (motor) ...... Músc. liso, cardíaco e glândulas ==> S.N.A 
______________________________________________________________________________ 
 
• Sob o ponto de vista da segmentação: 
 
SISTEMA NERVOSO SEGMENTAR 
 SN CENTRAL ............ ME,TE 
 SN PERIFÉRICO 
 
SIST NERVOSO SUPRA-SEGMENTAR 
 SN CENTRAL ............ Cérebro, cerebelo 
______________________________________________________________________________ 
 
• Sob o ponto de vista embriológico: 
 
PROSENCÉFALO 
 TELENCÉFALO .................. Hemisférios cerebrais 
 DIENCÉFALO ...................... Diencéfalo 
 
MESENCÉFALO 
 MESENCÉFALO ................. Mesencéfalo 
 
ROMBENCÉFALO 
 METENCÉFALO .................. Cerebelo, ponte 
 MIELENCÉFALO ................. bulbo 
______________________________________________________________________________ 
 
O SISTEMA NERVOSO TEM DUAS CLASSES DE CÉLULAS 
 
 
 
NEURÔNIOS 
 
CÉLULAS GLIAIS 
 
Neuroanatomia - Profª Rafaela Veronezi 
 
 7
NEURÔNIOS 
• Células especializadas que conduzem 
sinal elétrico 
• Longevidade extrema 
• Não se dividem 
• Índice metabólico alto 
 
CÉLULAS GLIAIS 
• Células de suporte e sustenteção 
• Reparação de tecido danificado 
• Guia neuronal no desenv. nervoso 
• Barreira hematoencefálica 
• Nutrição 
ANATOMIA DO NEURÔNIO 
• Corpo neuronal (soma): 
• núcleos e organelas 
• Em grupos: 
- No SNC: núcleos 
- No SNP: gânglios 
• Axônio/Dendritos 
• Em grupos 
- No SNC: tratos 
- No SNP: nervos 
 
Classificação neuronal de acordo com nº processos que se originam do corpo celular: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fibra nervosa desmielinizada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neuroanatomia - Profª Rafaela Veronezi 
 8
Fibra nervosa mielinizada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AXÔNIO 
 
• Bainha de mielina 
• Nó de Ranvier 
• Zona de implantação axonal 
• Botão terminal 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação neuronal de acordo com a posição: 
 
• NEURÔNIO AFERENTE 
 Conduz o impulso nervoso do receptor para o SNC. 
 Responsável por levar informações da superfície do corpo para o interior. 
 Relaciona o meio interno com o meio externo. 
 
• NEURÔNIO EFERENTE 
 Conduz o impulso nervoso do SNC ao efetuador (músculo ou glândula). 
 
• NEURÔNIO INTERNUNCIAL OU DE ASSOCIAÇÃO 
 Faz a união entre os dois tipos anteriores. 
 O corpo celular está sempre dentro do SNC. 
SNC: OligodendrócitosSNC:OligodendrócitosSNP:Cels. Schwann
 
Neuroanatomia - Profª Rafaela Veronezi 
 9
Classificação neuronal quanto à velocidade de condução: 
 
• TIPO A => Grande calibre 
 Alfa => proprioceptores dos músculos esqueléticos 
 Beta => mecanorreceptores da pele (Tato) 
 Gama => dor e frio 
 
• TIPO B => Médio calibre 
 pré-ganglionares do SNA. 
 
• TIPO C => Pequeno calibre 
 pós-ganglionares do SNA. 
 
GLIA 
• São células lábeis, capazes de exercer uma importância vital aos neurônios. 
• Numerosas, porém menores. 
• Não produzem potencial de ação. 
 
GLIA NO SNC 
• Astrócitos: nutrição, sustentação 
• Micróglia: defesa 
• Oligodendrócitos: síntese de mielina 
• Células ependimárias: formação do líquor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GLIA NO SNP 
• Células satélites: progenitoras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neuroanatomia - Profª Rafaela Veronezi 
 10
• Células de Schwann: fornecem os envoltórios de mielina que isolam os axônios no SNP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NEUROTRANSMISÃO: ocorre entre os neurônios e entre neurônios e células efetuadoras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os impulso elétricos são gerados no corpo celular e dendritos e propagados para o axônio. 
 
a) Sinapse Elétrica: sem mediadores químicos; nenhuma modulação; rápida. 
b) Sinapse Química: presença de mediadores químicos; controle e modulação da 
transmissão; lenta. 
Neuroanatomia - Profª Rafaela Veronezi 
 11
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POTENCIAL DE REPOUSO X POTENCIAL DE AÇÃO 
• Bomba de sódio e potássio: manutenção da negatividade da membrana interna 
• Inversão do potencial de repouso: geração do potencial de ação 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS SINAPSES 
 
· QUANTO À LOCALIZAÇÃO 
 CENTRAIS => Localizadas no cérebro e medula espinhal 
 PERIFÉRICAS => Gânglios e placas motoras 
 
· QUANTO À FUNÇÃO 
 EXCITATÓRIAS 
 INIBITÓRIAS 
 
· QUANTO ÀS ESTRUTURAS ENVOLVIDAS 
 AXO-SOMÁTICA 
 AXO-DENDRÍTICA 
 AXO-AXÔNICA 
 DENDRO-DENDRÍTICAS 
 AXO-SOMÁTICA-DENDRÍTICA 
 
 
 
 
 
 
JUNÇÕES NEUROMUSCULARES 
 
 
 
 
 
Neuroanatomia - Profª Rafaela Veronezi 
 12
NEUROPLASTICIDADE 
 
Conjunto de capacidades adaptativas do sistema nervoso para modificar sua própria 
organização estrutural e seu funcionamento. 
 
Capacidade que os neurônios têm de formar novas conexões a cada momento. 
 
Qualquer modificação do SN que não seja periódica e que tenha duração 
maior que poucos segundos. 
 
 
Desenvolvimento 
 
Aprendizagem 
 
LESÃO 
 
 
 
 
 
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 
Degeneração walleriana 
 
 
 
 
 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neuroanatomia - Profª Rafaela Veronezi 
 13
 
 
· Monakow (1914) 
“Efeitos à distância”: lesão em uma área determinada pode apresentar inicialmente manifestações 
clínicas tradicionalmente atribuídas a uma outra área. 
· À medida que a depressão funcional regride nestas áreas mais distantes, o quadro clínico pode 
sofrer mudanças dramáticas repentinas. 
 
 
“lei da desnervação” (Cannon e Rosenblueth, 1949) 
· Nas primeiras horas e dias após a lesão, A e C podem ter sua atividade funcional deprimida. 
Com o tempo, voltam a recuperar e até mesmo exacerbam o seu nível de atividade. 
 
 
· Cajal (1928) 
· Melhoria da eficácia sináptica dependente de estimulação específica → estimulação sincrônica 
de grupos neuronais tende a reforçar sua conectividade sináptica fazendo com que eles passem a 
funcionar como uma unidade funcional. 
 
 
 
· Brotamento regenerativo: novo crescimento de neurônios lesados. 
· Brotamento colateral: novo crescimento em neurônios ilesos adjacentes ao tecido destruído. 
 
 
· Kennard (1936). 
· Transferência das funções representadas em áreas lesadas para áreas próximas. 
· Quanto mais precoce a lesão, maiores as chances de recuperação funcional. 
· Pode depender também do estágio do desenv. em que o cérebro estava por ocasião da lesão. 
 
 
 
· consiste em realizar o mesmo comportamento servindo-se de outros meios. 
· Após amputações, ocorrem amplos processos de remapeamento da representação cortical: 
grupos de neurônios que antes eram alocados à representação do membro amputado passam a 
representar regiões contíguas do corpo. 
Neuroanatomia - Profª Rafaela Veronezi 
 14
FATORES QUE INFLUENCIAM O POTENCIAL DE RECUPERAÇÃO 
 
EXTENSÃO 
TEMPO 
LOCALIZAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Biografia do paciente 
Desenvolvimento pré, péri, pós-natal 
Infância, adolescência, fase adulta e 
velhice 
Não há regra rígida 
Idade Diagnóstico
Precocidade
Condição física e mental 
Nutrição, condicionamento, 
nível cognitivo e estado emocional 
Neuroanatomia - Profª Rafaela Veronezi 
 15
O cérebro é plástico e dinâmico, portanto os graus de recuperação não dependem somente 
do substrato neurológico, mas também em larga proporção da quantidade e qualidade 
de estímulos gerados pela demanda funcional. 
 
A FISIOTERAPIA é um processo pelo qual são ministradas, guiadas e ensinadas as demandas 
funcionais adequadas, a fim de estimular os mecanismos de reorganização neural na tentativa 
de recuperar o máximo possível de funcionalidade do paciente. 
 
INTERVENÇÃO 
 
→ POR QUÊ FAZÊ-LA? 
→ QUAIS OS OBJETIVOS A SEREM ATINGIDOS? 
 
Prática em UTI 
Neuro-reabilitação na enfermaria 
Estudos de neuroimagem 
Neuro-reabilitação ambulatorial 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A RECUPERAÇÃO É POSSÍVEL 
 
O PROGNÓSTICO É VARIÁVEL 
 
IMPORTANTE PAPEL DA FISIOTERAPIA 
Neuroanatomia - Profª Rafaela Veronezi 
 16
MEDULA ESPINHAL 
 
ƒ Porção caudal do neuro-eixo (SNC) 
ƒ Localizada dentro do canal vertebral, sem ocupá-lo totalmente 
ƒ Protegida pela coluna vertebral, meninges e LCR 
ƒ Massa cilindróide, ligeiramente achatada no sentido ânt-post 
ƒ Dimensões: 45cm homem, 42cm mulher (adultos) 
 
Limite cranial: bulbo 
Limite caudal: 2ª vértebra lombar 
 
 
ƒ Cone medular – porção terminal da medula espinhal (níveis L1 L2 da coluna vertebral) 
ƒ Cauda eqüina – conjunto de raízes nervosas dos últimos nervos espinhais (SNP) 
ƒ Filamento terminal – extensão fibrótica da pia-máter 
ƒ Ligamento coccígeo – FT após perfuração na dura-máter e inserção no cóccix 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ƒ A formação da cauda eqüina resulta de ritmos de crescimento diferentes, em sentido 
longitudinal, entre a medula e a coluna vertebral; 
ƒ Até o 4º mês de vida intra-uterina, medula e coluna crescem no mesmo ritmo; 
ƒ A partir do 4º mês, a coluna começa a crescer mais do que a medula, especialmente em sua 
porção caudal e as raízes nervosas mantêm suas relações com os respectivos forames 
intervertebrais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ƒ Filamento terminal
ƒ Ligamento coccígeo
ƒ Cone medular
 
Neuroanatomia - Profª Rafaela Veronezi 
 17
ƒ CLASSIFICAÇÃO 
 
 - Cervical 
- Torácica 
- Lombar 
- Sacral 
 
ƒ CALIBRE NÃO UNIFORME 
 
intumescências cervical e lombar 
 
 
 
Dilatações de onde partem grande número de nervos através dos plexos braquial e lombossacral, 
para inervar os membros superiores e inferiores, respectivamente. 
 
ƒ FUNÇÕES 
 - inervação sensorial e motora 
 - via de condução dupla entre cérebro e corpo 
 - neurônios autonômicos 
 - grande centro de REFLEXOS = reação estereotipada, programada, 
que ocorre em resposta a um estímulo 
 
ƒ CLASSIFICAÇÃO DOS REFLEXOS 
ƒ Reflexo segmentar, monosináptico 
ou simples 
 Percorre um único segmento do SNC. 
ƒ Reflexo patelar 
ƒ Reflexo bicipital 
ƒ Reflexo intersegmentar ou 
polisináptico 
 Percorre múltiplos segmentos do SNC. 
ƒ Reflexo de retirada 
ƒ Reflexo de coçar 
 
ARCO REFLEXOSIMPLES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neuroanatomia - Profª Rafaela Veronezi 
 18
REFLEXO ESPINHAL POLISSINÁPTICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ƒ MENINGES 
 
- continuação da cobertura cerebral 
- tecido conjuntivo 
- 3 folhetos 
 
ƒ Espaços meníngeos 
 
- extradural 
- subdural 
- subaracnóideo 
 
ƒ PROTEÇÃO 
 
- Líquor 
- camada de gordura (espaço extradural) 
- Movimento ântero-posterior 
- ligamento denticulado 
- Movimento lateral 
 
ƒ NERVOS ESPINHAIS 
 
– 31 pares 
 
 
 
 
 
C1-C8
T1-T12
L1-L5
S1-S5
C0
Neuroanatomia - Profª Rafaela Veronezi 
 19
ƒ Forames intervertebrais 
 
 
 
 
 
 
ƒ Formação dos nervos espinhais 
 
ƒ Raiz dorsal (sensorial) une-se à raiz ventral (motora) para formar o nervo espinhal (misto) 
ƒ Os nervos espinhais deixam os forames intervertebrais e se dividem para formar o ramo 
dorsal (sensorial e motor) e o ramo ventral (sensorial e motor) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Há 8 pares de nervos cervicais, mas apenas 7 vértebras nesta região… 
- C1 emerge acima da vértebra C1 
ƒ C2 emerge abaixo da vértebra C1 
ƒ C3 emerge abaixo da vértebra C2 e assim acontece até o nervo espinhal C7 
ƒ C8 emerge abaixo da vértebra C7 - Nervos espinhais torácicos T1 - T12 emergem abaixo da vértebra correspondente 
- Nervos espinhais lombares L1 - L5 emergem abaixo da vértebra correspondente 
- Nervo espinhal sacral S1 emerge no 1º forame sacral… e assim acontece até S5 
- Nervo espinhal cocígeo C0 
 
ƒ TOPOGRAFIA VÉRTEBRO-MEDULAR 
 
ƒ Cada segmento da medula espinhal 
tem como nome o nervo espinhal correspondente, 
porém não corresponde, necessariamente, 
à vértebra que lhe deu o nome. 
 
Neuroanatomia - Profª Rafaela Veronezi 
 20
ƒ DERMÁTOMOS 
 
Cada par de nervo espinhal “monitora” 
uma região específica do corpo 
 
 
 
 
 
 
 
 
ƒ SUBSTÂNCIA CINZENTA X SUBSTÂNCIA BRANCA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ƒ Substância cinzenta 
Consiste de corpos celulares de neurônios (soma), axônios desmielinizados e células da neuroglia 
 
ƒ Comissura cinzenta – conecta as massas de subst. cinzenta; contém o canal central da 
medula (epêndima) 
ƒ Corno posterior 
ƒ Corno anterior 
ƒ Corno lateral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neuroanatomia - Profª Rafaela Veronezi 
 21
Substância cinzenta: Organização 
 
ƒ Porção dorsal – raízes sensoriais e gânglio 
ƒ Porção ventral – raízes motoras 
ƒ Raízes dorsal e ventral fundem-se 
lateralmente para formar os nervos espinhais 
 
 
 
 
 
 
ƒ 4 zonas 
ƒ somática sensorial (SS) 
ƒ visceral sensorial (VS) 
ƒ visceral motora (VM) 
ƒ somática motora (SM) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ƒ Substância branca 
Consiste de fibras nervosas, ou seja, axônios de neurônios mielinizados que correm em três 
direções: ascendente, descendente, transversal 
 
ƒ Fissura mediana anterior 
ƒ Sulco mediano posterior 
ƒ Sulco lateral anterior 
ƒ Sulco lateral posterior 
ƒ Sulco intermédio posterior 
ƒ Fascículo Grácil 
ƒ Fascículo Cuneiforme 
ƒ Divide-se em 3 funículos 
ƒ Posterior, lateral, anterior 
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 22
ƒ Cada funículo contém vários tratos 
ƒ O nome dos tratos revela sua origem e seu destino 
ƒ Os tratos são compostos de axônios com funções similares 
 
Substância branca: Organização 
 
ƒ Vias ascendentes, descendentes, de associação 
ƒ Todas são pareadas (uma de cada lado da ME e cérebro) 
 
ƒ VIAS ASCENDENTES 
 
ƒ Funículo posterior 
ƒ Vias ascendentes que passam pelos tratos dos fascículos Grácil e Cuneiforme e se 
continuam pelo trato lemniscal medial 
ƒ carreiam informação sensorial referente ao tato epicrítico e propriocepção consciente 
do tronco e membros superiores e inferiores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ƒ Funículo lateral 
ƒ Via para dor e temperatura: trato espino-talâmico lateral 
ƒ Vias para propriocepção inconsciente: 
trato espino-cerebelar posterior e trato espino-cerebelar anterior 
 
Funículo anterior 
ƒ Vias para tato protopático e pressão: trato espino-talâmico anterior 
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 23
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ƒ VIAS DESCENDENTES 
 
ƒ Os tratos descendentes carreiam impulsos eferentes do cérebro para a medula espinhal e são 
divididos em dois grupos: 
ƒ Tratos piramidais 
ƒ Tratos extrapiramidais 
ƒ Vias motoras envolvem a participação de dois neurônios (superior e inferior) 
 
ƒ Sistema Piramidal 
 
ƒ Vias diretas originam-se nos neurônios piramidais do giro pré-central 
ƒ Impulsos são enviados através dos tratos córtico-espinhais e fazem sinapse no corno anterior 
ƒ A estimulação dos neurônios do corno anterior da medula ativa os músculos esqueléticos 
 
ƒ Sistema Extrapiramidal 
ƒ Inclui o cerebelo, núcleos motores e todas as vias motoras que não fazem parte do sistema 
piramidal. São vias motoras complexas e polisinápticas. 
 
ƒ Via para controle da musculatura distal dos membros: 
trato rubro-espinhal 
ƒ Via para controle da postura decorrente de movimentos da cabeça e pescoço: 
trato vestíbulo-espinhal 
ƒ Via que media os reflexos em que a movimentação decorre de estímulos visuais: 
trato tecto-espinhal 
ƒ Via para controle da postura do tronco e dos músculos antigravitacionais dos membros: 
trato retículo-espinhal 
 
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LESÃO MEDULAR 
ƒ A ruptura da medula espinhal em qualquer nível resulta na perda sensorial e motora total nas 
regiões abaixo da secção 
ƒ Paraplegia – secção entre T1 e L1 
ƒ Quadriplegia – secção cervical 
 
ƒ Paralisia flácida – lesão severa da raiz ventral ou das células do corno anterior 
ƒ Neurônios motores inferiores estão comprometidos e os impulsos não alcançam a 
musculatura 
ƒ Não há controle muscular voluntário ou involuntário 
 
ƒ Paralisia espástica – lesão apenas dos neurônios motores superiores do córtex motor primário 
ƒ Neurônios espinhais permanecem intactos e os músculos são estimulados de forma 
irregular 
ƒ Não há controle voluntário dos músculos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TRONCO ENCEFÁLICO 
 
„ GENERALIDADES 
 
„ Localização: entre a medula e o diencéfalo, 
ventralmente ao cerebelo. 
 
„ Constituição: 
 - corpos de neurônios (núcleos) 
 - fibras nervosas (tratos, fascículos, lemniscos) 
 
„ Divisão: - mesencéfalo 
 - ponte 
 - bulbo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BULBO 
 
„ Conceito e forma: porção caudal do tronco encefálico, 
forma de um tronco de cone invertido 
„ Localização: porção basilar do osso occipital 
 
„ Limites 
 - inf.: + alta radícula 1ºnervo cervical (forame magno) 
 - sup.: sulco bulbo-pontino 
 - post.: IV ventrículo e cerebelo 
 
„ Sulcos = sulcos da medula 
 
„ Delimitação do bulbo em três faces (funículos) 
 - anterior: entre FMA e SLA 
 - lateral: entre SLA e SLP 
 - posterior: entre entre SLP e SMP 
 - porção aberta 
 - porção fechada 
 
 
 
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„ Face anterior 
 
„ FMA ⇒ Forame cego 
„ Pirâmides ⇒ decussação 
 
„ Face lateral 
 
„ Oliva 
 
„ Área retro-olivar 
 
„ SLA 
 ⇒ emergência XII par (hipoglosso) 
 
„ Face posterior 
 
„ Porção fechada: 
- SMP 
- SLP ⇒ emergência IX (glossofaríngeo), 
 X (vago) e XI (acessório) 
- SIP: 
 - Fasc. Grácil – tubérculo do núcleo grácil 
 - Fasc.Cuneiforme – tubérculo do núcleo cuneiforme 
 
- A porção fechada do bulbo é percorrida por um canal estreito (continuação do canal central da 
medula). Este canal se abre para formar o IV ventrículo, cujo assoalho é, em parte, constituído 
pela porção aberta do bulbo. 
 
„ Substância cinzenta 
 - núcleos de nervos cranianos 
 - substância cinzenta própria do bulbo 
 
„ Substância branca 
 - fibras transversais 
 - fibras longitudinais 
 
„ Funções 
 
 - controle das funções autonômicas (FC, FR, PA, tosse, espirro, deglutição, salivação) 
 - envolvido com audição 
 - controle voluntário e modulação da dor 
 - humor 
 - vigília 
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PONTE 
 
„ Conceito: porção do tronco encefálico situada entre o mesencéfalo e o bulbo. 
„ Aspecto: larga fita de fibras transversais que se condensam de cada lado na formação 
dos pedúnculos cerebelares médios (braço da ponte). 
 
„ Localização 
 
 - face anterior: 
 - porção basilar do osso occipital; 
 - dorso da sela túrcica do esfenóide. 
 
 - face posterior: IV ventrículo; cerebelo. 
 
„ Parte ventral da Ponte 
 
- Sulco basilar ⇒ aloja a artéria basilar 
- Emergência do V par (trigêmeo) 
- Sulco bulbo-pontino ⇒ emergência VI (abducente), VII (facial) e VIII (vestíbulo-
coclear) 
 
„ Parte dorsal da Ponte 
 
- Não apresenta linha de demarcação com a parte dorsal da porção aberta do bulbo, 
constituindo ambas o assoalho do IV ventrículo. 
 
„ Substância cinzenta: 
 - núcleos de nervos cranianos 
 - substância cinzenta própria da ponte 
 
„ Substância branca: 
 - fibras transversais 
 - fibras longitudinais 
 
„ Funções: 
 - participa de algumas atividades do bulbo, interferindo no controle da respiração; 
 - serve como centro de transmissão de impulsos para o cerebelo e de passagem para as 
fibras nervosas que ligam o cérebro à medula. 
 
MESENCÉFALO 
 
„ Conceito: porção mais cranial do tronco encefálico; separa ponte do diencéfalo. 
 
„ Corte transversal: 
- aqueduto cerebral (de Sylvius): une III ao IV ventrículo 
- tecto do mesencéfalo: dorsalmente ao aqueduto 
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- pedúnculos cerebrais: ventralmente ao aqueduto 
- substância negra: - base 
 - tegmento 
- sulco lateral do mesencéfalo 
- sulco medial do pedúnculo cerebral 
 
 
„ Pedúnculos cerebrais 
 
„ Conceito: são dois grandes feixes de fibras que surgem na borda superior da ponte e divergem 
cranialmente para penetrar profundamente no cérebro. 
 
„ Fossa interpeduncular 
„ Substância perfurada posterior 
„ Sulco medial do pedúnculo cerebral ⇒ emergência III par (oculomotor) 
 
„ Tecto do mesencéfalo 
 
„ Corpos quadrigêmeos 
- colículos superiores 
- braço do colículo superior 
- corpo geniculado lateral 
- colículos inferiores 
- braço do colículo inferior 
- corpo geniculado medial 
- sulco cruciforme 
 
„ Emergência IV par (troclear) 
 
„ Substância cinzenta 
 - núcleos de nervos cranianos 
 - substância cinzenta própria do mesencéfalo 
 
„ Substância branca 
 - fibras transversais 
 - fibras longitudinais 
 
„ Funções 
 - controle dos movimentos voluntários; 
 - controle dos movimentos oculares; 
 - estação de retransmissão da informação auditiva; 
 - regula o humor, o prazer e a dor. 
 
„ Núcleos do tronco encefálico 
 
Dos núcleos do TE originam-se os tratos que descem em direção à ME que influenciam os 
núcleos de neurônios motores e os circuitos medulares locais. 
TECTO
TEGMENTO
BASE
PEDÚNCULO 
CEREBRALSUBSTÂNCIA 
NEGRA
SULCO LATERAL DO 
MESENCÉFALO
SULCO MEDIAL DO 
PEDÚNCULO CEREBRAL
NERVO 
OCULOMOTOR (III)
AQUEDUTO CEREBRAL
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- T. rubro espinhal 
- T. teto-espinhal 
- T. reticulo espinhal 
- T. vestíbulo espinhal 
 
„ Formação reticular 
 
Área onde ocorre uma difusa 
rede de neurônios de projeção 
ascendente e descendente e circuitos locais de integração. 
 
„ Funções: 
 - controle da atividade elétrica cortical 
 - regulação do ciclo sono-vigília 
 - controle eferente da sensibilidade 
 - controle da motricidade somática 
 - controle do SN autônomo 
 - controle neuroendócrino 
 - integração de reflexos 
 
„ Nervos cranianos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Motricidade somáticaBulboXII. Hipoglosso
Motricidade somáticaBulbo e medulaXI. Acessório
Sensibilidade visceral e motricidade 
visceral
BulboX. Vago
Sensibilidade e motricidade 
somáticas
BulboIX. Glossofaríngeo
Sentido especial 
(Audição/Equilíbrio)
BulboVIII. Acústico-
vestibular
Motricidade somática e sentido 
especial (Gustação)
Bulbo/ponteVII. Facial
Motricidade somáticaBulbo/ponteVI. Abducente
Sensibilidade e motricidade 
somáticas
PonteV. Trigêmeo
Motricidade somáticaMesencéfaloIV. Troclear
Motricidade somáticaMesencéfaloIII. Óculo-motor
Sentido especial (Visão)DiencéfaloII. Óptico
Sentido especial (Olfação)TelencéfaloI. Olfatório
Principal funçãoEmergênciaNervo Craniano
Motricidade somáticaBulboXII. Hipoglosso
Motricidade somáticaBulbo e medulaXI. Acessório
Sensibilidade visceral e motricidade 
visceral
BulboX. Vago
Sensibilidade e motricidade 
somáticas
BulboIX. Glossofaríngeo
Sentido especial 
(Audição/Equilíbrio)
BulboVIII. Acústico-
vestibular
Motricidade somática e sentido 
especial (Gustação)
Bulbo/ponteVII. Facial
Motricidade somáticaBulbo/ponteVI. Abducente
Sensibilidade e motricidade 
somáticas
PonteV. Trigêmeo
Motricidade somáticaMesencéfaloIV. Troclear
Motricidade somáticaMesencéfaloIII. Óculo-motor
Sentido especial (Visão)DiencéfaloII. Óptico
Sentido especial (Olfação)TelencéfaloI. Olfatório
Principal funçãoEmergênciaNervo Craniano
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IV VENTRÍCULO 
 
„ Conceito: Cavidade do rombencéfalo. 
„ Localização: 
 - posterior ao bulbo e ponte; 
 - ventral ao cerebelo; 
 - cranial ao canal central da medula; 
 - caudal ao aqueduto cerebral (Sylvius). 
 
„ Elementos 
 - sulco mediano 
 - eminência medial 
 - sulco limitante 
 
„ Trígono superior: 
 
 - fóvea superior; 
 - colículo facial; 
 - locus cerúleos 
 
„ Trígono inferior: 
 
 - trígono do n.hipoglosso 
 - trígono do n.vago 
 - fóvea inferior 
 
„ Quadrilátero intermédio: 
 
 - recessos laterais 
 - forames de Luschka 
 - área vestibular 
 - estrias medulares 
 - locus ceruleos 
 
„ Tecto 
 - revestimento: epêndima 
 - véu medular superior 
 - véu medular inferior 
 - substância branca do cerebelo 
 
„ Comunicações 
 
 - Forames de Luschka 
 - Forame de Magendie 
 - Aqueduto cerebral (Sylvius) 
 - Canal central da medula 
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DIENCÉFALO 
 
• GENERALIDADES 
 
 Conceito: massa ovóide mediana 
 Localização: superior aos pedúnculos cerebrais 
 Constituição: predominantemente por núcleos 
 Limites: 
- inferior: trato óptico 
- superior: contorno do tálamo 
 Divisão: 
 - tálamo 
 - hipotálamo 
 - epitálamo 
 - subtálamo 
 
TÁLAMO 
 
• Conceito: maior porção do diencéfalo. 
• Formação: 2 massas volumosas de substância cinzenta, 
de forma ovóide, situadas bilateralmente acima do tronco encefálico. 
 
•Faces: 
 
- posterior: pulvinar do tálamo 
 - anterior: tubérculo anterior do tálamo 
 - lateral: radiações talâmicas 
 
• Estruturas: 
 
 - sulco hipotalâmico 
 - tubérculo anterior do tálamo 
 - aderência intertalâmica 
 - forame interventricular (de Monro) 
 
• O tálamo apresenta funções relacionadas com: 
 
- sensibilidade 
 - motricidade 
 - comportamento emocional 
 - ativação do córtex 
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HIPOTÁLAMO 
 
• Conceito: área relativamente pequena do diencéfalo, 
relacionada principalmente com o controle da atividade visceral. 
• Localização: abaixo do sulco hipotalâmico. 
 
• Estruturas: 
 - corpos mamilares 
 - quiasma óptico 
 - infundíbulo 
 - túber cinéreo 
 - hipófise 
 
• Divisões e núcleos: 
 - n. supraquiasmático 
 - supra-óptico - n. supra-óptico 
 - n. paraventricular 
 - n. ventromedial 
 - tuberal - n.dorsomedial 
 - n. arqueado (infundibular) 
 - mamilar - n. mamilares 
 - n. posterior 
 
• Funções: 
 - controle do SN autônomo 
 - regulação da temperatura corporal 
 - regulação do comportamento emocional 
 - regulação do sono-vigília 
 - regulação da ingestão de alimentos e água 
 - regulação da diurese 
 - regulação do sistema endócrino 
 - geração e regulação de ritmos circadianos 
 
EPITÁLAMO 
 
• Conceito: limite posterior do III ventrículo, 
acima do sulco hipotalâmico, 
já na transição com o mesencéfalo. 
• Estruturas: 
- glândula pineal ou epífise 
 - comissura posterior 
 - comissura das habênulas 
 - trígono das habênulas 
 - estrias medulares do tálamo 
 - tela e plexo corióide 
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• Funções: 
 
 - atividade inibidora sobre as gônodas * 
 - regulação dos ritmos circadianos * 
 - regulação do comportamento emocional 
 
SUBTÁLAMO 
 
• Conceito: zona de transição entre o diencéfalo e o tegmento do mesencéfalo. 
• Localização: abaixo do tálamo, sendo limitado lateralmente pela cápsula interna 
e medialmente pelo hipotálamo. 
• Difícil visualização 
• Estrutura mais evidente: 
 - núcleo subtalâmico (de Louis) 
• Funções: 
 - regulação da motricidade somática 
 (circuito pálido-subtálamo-palidal) 
 
III VENTRÍCULO 
 
• Conceito: cavidade entre os tálamos. 
• Limites: 
 - posterior: epitálamo 
 - anterior: lâmina terminal + comissura anterior 
 - lateral: tálamo e hipotálamo 
 - assoalho: estruturas do hipotálamo 
 - teto: estrias medulares do tálamo 
 (tela corióide e plexo corióide) 
 
• Recessos: 
 - infundíbulo 
 - óptico 
 - pineal 
 - suprapineal 
 
• Comunicações: 
 - forame interventricular (de Monro) 
 - aqueduto cerebral (de Sylvius) 
 
 
 
 
 
 
 
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TELENCÉFALO 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO CEREBRAL 
 
 
 
 
GENERALIDADES 
 
• Porção mais desenvolvida do sistema nervoso central (SNC); 
• Envolve as estruturas do diencéfalo; 
• Peso: 1200g (mulher); 1300g (homem) 
• Localização: área supra-tentorial 
• Compreende os dois hemisférios cerebrais e uma pequena 
parte mediana na porção anterior do III ventrículo 
→ comissura anterior + lâmina terminal 
 
HEMISFÉRIOS CEREBRAIS 
 
• Formam a parte superior do cérebro e correspondem a mais de 80% de sua massa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Giros (circunvoluções cerebrais) 
• Sulcos (pequenas depressões) 
• Fissuras (depressões profundas) 
 
• Córtex cerebral superficial, convoluto, para formar sulcos e giros. 
• Substância branca subjacente, consistindo em fibras corticais aferentes e eferentes. 
• Massas nucleares profundas, os núcleos da base. 
 
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• São separados pela grande fissura longitudinal e unidos pelo corpo caloso. 
• Pólos: 
 - frontal 
- occipital 
- temporal 
 
• Faces: 
- medial (plana) 
- súpero-lateral (convexa) 
- inferior ou base (irregular) 
 
• Divisão em lobos, com base nos ossos do crânio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Os principais pontos de referência, indicativos das divisões entre os lobos são: 
- Sulco lateral (de Sylvius) → temporal / frontal e parietal 
- Sulco central (de Rolando) → frontal / parietal 
- Sulco parieto-occipital → parietal / occipital 
 
LOBOS CEREBRAIS 
 
• LOBO FRONTAL 
 
• Limites: - anterior: pólo frontal 
- posterior: sulco central (Rolando) 
- inferior: sulco lateral (Sylvius) 
 
• Sulcos: - pré-central 
- frontal superior / frontal inferior 
 
• Giros: - pré-central 
- frontal superior / médio / inferior 
- reto 
- orbitários 
Pólo frontal
Pólo temporal Pólo temporal
Pólo occipital
 
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• LOBO TEMPORAL 
 
• Limites: - anterior: pólo temporal 
- superior: sulco lateral (Sylvius) 
 
• Sulcos: - temporal superior 
- temporal inferior 
 
• Giros: - temporal superior 
- temporal médio 
- temporal inferior 
 
• LOBO PARIETAL 
 
• Limites: - anterior:sulco central (Rolando) 
- inferior: sulco lateral (Sylvius) 
 
• Sulcos: - pós-central 
- intra-parietal 
 
• Giros: - pós-central 
- parietal superior 
- parietal inferior 
 
• LOBO OCCIPITAL 
 
• Limites: - anterior: sulco parieto-occipital 
 - posterior: pólo occipital 
 
• Sulcos: - parieto-occipital 
 - calcarino 
 
• Giros: - cúneos 
 - pré-cúneos 
 - occipito-temporal medial 
 
OUTRAS ESTRUTURAS 
 
• Sulco do corpo caloso 
• Sulco do cíngulo 
• Giro do cíngulo 
 
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HEMISFÉRIOS CEREBRAIS 
 
• Substância cinzenta (córtex) 
- corpos celulares dos neurônios (camada cortical). 
• Substância branca 
- axônios dos neurônios - ligam neurônios corticais 
a centros subcorticais ou diversas regiões corticais entre si. 
• Mergulhados nessa substância branca existem alguns 
aglomerados de células - os núcleos da base. 
 
CÓRTEX CEREBRAL 
 
· Sensações somáticas, linguagem, memória, compreensão e movimentos voluntários. 
· Cada hemisfério controla o lado oposto do corpo. 
 
· Os hemisférios não são funcionalmente equivalentes 
- lateralização ou especialização das funções corticais. 
 
· Nenhuma área funcional atua sozinha 
- comportamento consciente requer ativação de todo o córtex cerebral. 
 
· Três tipos de áreas funcionais: 
• Áreas motoras: controlam os movimentos voluntários 
• Áreas sensoriais: consciência das sensações 
• Áreas associativas: integram as diversas informações para análise do input 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CÓRTEX CEREBRAL – ÁREAS MOTORAS 
 
· Córtex motor primário (4) 
· Córtex pré-motor (6) 
· Área de Broca (44,45) 
 
CÓRTEX CEREBRAL – ÁREA MOTORA PRIMÁRIA 
• Localizada no giro pré-central (lobo frontal) 
• Controle consciente dos movimentos voluntários 
• Neurônios denominados células piramidais 
- axônios projetados à medula espinhal que compõem os tratos córtico-espinhais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÓRTEX CEREBRAL – ÁREA PRÉ-MOTORA 
 
• Localizada na região anterior ao giro pré-central 
• Controle do aprendizado por repetição ou comportamentos motores adquiridos 
• Coordenação de ações simultâneas ou sequenciais (direta ou indiretamente) 
• Envolvido no planejamento dos movimentos 
 
CÓRTEX CEREBRAL - ÁREA DE BROCA 
 
• Localizada anteriormente à região inferior da área pré-motora 
• Presente apenas no hemisfério dominante 
• Área motora da linguagem que controla diretamente os músculos envolvidos na fala 
• É ativada assim que nos preparamos para falar 
 
CÓRTEX CEREBRAL – ÁREAS SENSORIAIS 
 
· Córtex sensorial primário (1,2,3) 
· Córtex sensorial associativo (5,7) 
· Córtex visual e auditivo (17,41,42) 
· Córtex olfatório, gustativo e vestibular 
Homúnculo motor 
 
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CÓRTEX CEREBRAL – ÁREA SENSORIAL PRIMÁRIA 
 
• Localizada no giro pós-central (lobo parietal) 
• Recebe informação dos receptores sensoriais da pele 
e dos proprioceptores dos músculos esqueléticos 
• Exibe discriminação espacialCÓRTEX CEREBRAL – ÁREA SENSORIAL DE ASSOCIAÇÃO 
 
• Localização posterior ao córtex sensorial primário 
• Integra informações sensoriais vindas do córtex sensorial primário para produzir a 
compreensão geral do estímulo (tamanho, textura e relação das partes) 
 
CÓRTEX CEREBRAL – ÁREA VISUAL 
• Córtex visual primário (17, estriado) – região posterior do lobo occipital, 
mais especificamente nas bordas do sulco calcarino 
• Recebe informação visual da retina 
• Área visual associativa (18,19) ao redor do córtex visual primário 
– interpreta o estímulo visual (cor, forma e movimento) 
 
CÓRTEX CEREBRAL – ÁREA AUDITIVA 
 
• Córtex auditivo primário (41,42) – localizado na margem superior do lobo temporal 
• Recebe informação relacionada ao ritmo, altura e tom de voz 
• Córtex auditivo associativo (22) - localizado posteriormente ao córtex auditivo primário 
- busca memórias sonoras e permite a percepção dos sons 
 
CÓRTEX CEREBRAL - OUTRAS ÁREAS SENSORIAIS 
• Córtex olfatório (28, 34) – pequena área do lobo frontal acima da órbita 
e no lobo temporal medial (lobo piriforme e uncus) 
• Córtex gustativo (43) – no lobo parietal, na região profunda do lobo temporal 
Homúnculo
sensorial 
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CÓRTEX CEREBRAL – ÁREA PRÉ-FRONTAL 
 
• Localizada na região anterior do lobo frontal 
• Envolvida com intelecto, cognição, personalidade, julgamento, razão e consciência 
• Fortemente ligada ao sistema límbico (parte emocional do cérebro) 
 
 
 
SISTEMA LÍMBICO 
 
 
 
 
 
 
LATERALIZAÇÃO DAS FUNÇÕES CORTICAIS 
 
• Lateralização – cada hemisfério tem habilidades não encontradas no outro hemisfério 
• Dominância cerebral – designa o hemisfério dominante para a linguagem 
• Hemisfério esquerdo – controla linguagem, matemática e lógica 
• Hemisfério direito – controla a percepção visuoespacial, emoções e habilidades artísticas 
 
CÓRTEX CEREBRAL 
 
Camadas celulares (numeradas a partir da superfície) 
 
I – Molecular 
II – Granular externa - receptiva 
III – Piramidal externa - eferente 
IV - Granular interna - receptiva 
V - Piramidal externa - eferente 
VI – Células fusiformes 
 
SUBSTÂNCIA BRANCA 
 
• Consiste de fibras mielinizadas e seus tratos 
• Responsável pela comunicação entre áreas do cérebro e entre o córtex cerebral e centros 
inferiores do SNC 
 
• Tipos de fibras: 
 - Projeção: entre o córtex cerebral e as diversas estruturas subcorticais. 
Podem ser: - aferentes - sensibilidade 
 - eferentes – motricidade 
- Associação: ligam regiões corticais de um mesmo hemisfério. 
Podem ser curtas ou longas. 
- Comissurais: ligam regiões corticais entre os dois hemisférios cerebrais. 
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O CORPO CALOSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NÚCLEOS DA BASE 
 
Massas de substância cinzenta no interior da substância branca cerebral. 
 
• Globo pálido 
• Putâmen 
• Caudado 
• Claustro 
 
 
 
 
 
• Funções: 
• sequenciam os movimentos 
• regulam o tônus muscular e a força 
• selecionam e inibem sinergias motoras específicas 
• aprendizado motor 
• orientação do corpo no espaço 
• motivação 
• modificação do comportamento, se necessário 
 
 
Córtex Cerebral
Substância branca
Córtex Cerebral
Substância branca 
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VENTRÍCULOS LATERAIS 
 
• Divisão: - Corno anterior ou frontal 
 - Corno posterior ou occipital 
 - Corno inferior ou temporal 
 
• Comunicação: forame interventricular (Monro) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TELENCÉFALO – MECANISMOS DE PROTEÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CEREBELO 
 
A complexidade, a velocidade e a precisão dos movimentos que produzimos exige um sofisticado 
sistema de controle que se encarregue de verificar, a cada momento, se cada movimento se inicia 
no instante correto, se é executado de acordo com a necessidade ou intenção do executante e se 
termina no momento adequado. 
 
Dois grupamentos neurais são muito importantes para esse desempenho: 
CEREBELO e núcleos da base. 
 
• Prepara, Controla, Harmoniza, Coordena 
 
Não é uma estrutura que participa diretamente do controle motor. 
 
 
- Manutenção do equilíbrio e da postura 
 
- Controle do tônus muscular 
 
- Planejamento dos mov. voluntários 
 
- Aprendizagem motora 
 
 
 
NIVEL ESTRUTURA FUNÇAO 
Estratégia 
ALTO 
Áreas associativas + 
Núcleos da Base + Cerebelo 
Planejamento (Intenção) do movimento 
Programação Motora 
Tática 
INTERMEDIÁRIO 
Córtex Motor Primário + 
Cerebelo 
Iniciação do programa motor 
Tempo e seqüência temporal e espacial 
Correção de erros durante a execução 
Execução 
BAIXO 
Tronco encefálico + Medula Recrutamento de moto e interneuronios 
Ajustes necessários para a postura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GENERALIDADES 
 
- Mais volumosa formação rombencefálica 
- Localiza-se dorsalmente à ponte e ao bulbo 
- Ocupa quase a totalidade da fossa posterior 
- 10% do volume total do cérebro 
- Contém a metade de todos os seus neurônios 
 
- Limites: 
- tenda do cerebelo 
- pedúnculo cerebelar inferior 
- pedúnculo cerebelar médio 
- pedúnculo cerebelar superior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Constituição: 
- substância branca central = corpo medular do cerebelo 
- substância cinzenta periférica = córtex cerebelar 
- núcleos cerebelares = denteado, emboliforme, globoso, fastigial 
 
 
SUBSTÂNCIA BRANCA 
 
- 4 núcleos profundos = estruturas de saída 
 
Núcleo Fastigial 
Núcleo Interposto (globoso e emboliforme) 
Núcleo Denteado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neuroanatomia - Profª Rafaela Veronezi 
 46
DIVISÃO ANATÔMICA - localização 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIVISÃO ONTOGENÉTICA – ordem embriológica de aparecimento 
 
Fissuras: 
- primária 
 - póstero-lateral 
 
Lobos: 
- anterior 
- posterior 
- flóculo-nodular 
 
DIVISÃO FILOGENÉTICA - evolução 
 
Arquicerebelo 
Paleocerebelo 
Neocerebelo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIVISÃO FUNCIONAL 
 
Vestibulocerebelo 
Espinocerebelo 
Cerebrocerebelo 
 
1. Lingula
2. Lobulo central
3. Culmen
4. Declive
5. Folium
6. Tuber
7. Piramide
8. Uvula
9. Nódulo 
 
 
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 47
• Vestíbulo-cerebelo (ARQUI) - Controle sobre equilíbrio e postura 
 
Aferências 
núcleos vestibulares e sistema vestibular 
 
Eferência 
Para o núcleo vestibular 
 
Lesão 
Ataxia troncular 
Base alargada 
 
 
• Espino-cerebelo (PALEO) - Correção do movimento em execução 
 
Aferências 
trato espinocerebelares (ant e post) 
 
Eferência 
Para o núcleo rubro 
Para o córtex motor, via tálamo 
 
Lesão 
Ataxia 
Marcha instável cambaleante e oscilante 
Erros na execução motora 
 
• Cérebro-cerebelo (NEO) – 
Coordenaçao do movimento planejado 
 
Aferências 
Córtex frontal, parietal e occipital, via núcleos da ponte 
 
Eferência 
Para o córtex motor, via tálamo 
 
Lesão 
Ataxia 
Diminuição do tônus muscular 
Distúrbios de planejamento motor 
(tremor de intenção, dismetria, disdiadococinesia, etc) 
 
 
 
 
 
 
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 48
CLASSIFICAÇÃO GERAL 
 
ANATOMICA 
Transversal 
ANATÔMICA 
longitudinal FILOGENETICA FUNCIONAL 
Lobo anterior Vérmis + Paravérmis Paleocerebelo Espinocerebelo 
Lobo posterior Hemisfério lateral Neocerebelo Cérebrocerebelo 
Lobo flóculo-
nodular Floculo-nodulo Arquicerebelo Vestibulocerebelo 
 
 
VIAS AFERENTES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIAS EFERENTESNeuroanatomia - Profª Rafaela Veronezi 
 49
CÓRTEX CEREBELAR 
- divisão em três camadas distintas: 
 
Camada Molecular 
Cel. Cesto 
Cel. Estrelada 
 
Camada Purkinje 
Cel. Purkinje 
 
Camada Granular 
Cel. Granulosa 
Cel. Golgi 
 
 
 
 
 
As células de Purkinje formam 
a via de saída do córtex cerebelar 
e recebem entradas excitatórias 
de dois sistemas de fibras: 
 
- Fibras musgosas 
- Fibras trepadeiras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 50
MENINGES E LÍQUOR 
 
MENINGES 
São o revestimento de tecido conjuntivo que circundam o encéfalo e a medula espinhal. 
 
• Dura-máter → paquimeninge 
• Aracnóide 
• Pia-máter 
 
• Espaços meníngeos: 
 
 - extra-dural (epidural) → tecido adiposo e plexo venoso; 
 - subdural → pq. qtde. líquido; 
 - subaracnóideo → líq. céfalo-raquidiano = LÍQUOR 
 
• DURA-MÁTER 
 
• Mais superficial; 
• Espessa e resistente; 
• Formada por tecido conjuntivo rico em fibras colágenas, contendo vasos e nervos; 
• Muito vascularizada (art.meníngea média); 
• Ricamente inervada (toda sensibilidade intracraniana). 
 
o DURA-MÁTER MEDULAR 
 
• Envolve toda a medula, como um dedo de luva; 
• Termina formando o saco-dural 
→ dura-máter + filamento terminal + cauda equina; 
• Continua cranialmente com a dura-máter craniana; 
• Caudalmente termina ao nível de S2 
→ fundo de saco; 
• Prolongamentos laterais embainham as raízes dos nervos espinhais. 
 
o DURA-MÁTER ENCEFÁLICA 
 
• Formada por 2 folhetos: 
 - interno: continua com a medula; 
 - externo: adere intimamente aos ossos do crânio; 
 
• Não existe espaço extra-dural ou epidural. 
 
 
leptomeninges 
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 51
• Pregas: 
 - foice do cérebro → fissura longitudinal; 
 - tenda do cerebelo → cerebelo/lobos occipitais; 
 - foice do cerebelo → hemisférios cerebelares; 
 - diafragma da sela → sela túrcica (hipófise). 
 
• Cavidades: separação dos folhetos 
 - cavo trigeminal → nervo trigêmeo (Vpar); 
 - seios durais → cavidades revestidas de endotélio 
ao longo da inserção das pregas da dura-máter; 
contêm sangue venoso: 
 - seios da abóbada craniana 
 - seios da base do crânio 
 
• ARACNÓIDE 
 
• Membrana muito delicada; 
• Há ampla comunicação entre os espaços 
subaracnóideos da medula e do encéfalo; 
• Trabéculas aracnóideas: 
→ delicadas trabéculas que atravessam 
o espaço subaracnóideo para se ligarem à pia-máter. 
 
o ARACNÓIDE ENCEFÁLICA 
 
Granulações aracnóideas: invaginações da aracnóide 
nos seios durais → absorção de líquor. 
Cisternas subaracnóideas: Dilatações do espaço subaracnóideo, 
contendo grande quantidade de líquor. 
 
o ARACNÓIDE MEDULAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• PIA-MÁTER 
 
• Mais interna das meninges; 
• Dá resistência aos órgãos nervosos; 
• Adere intimamente à superfície do encéfalo e da medula 
→ acompanha os sulcos. 
 
o PIA-MÁTER MEDULAR 
 
• Continua caudalmente formando o filamento terminal. 
• Este perfura o saco-dural, sendo então denominado 
filamento da dura-máter espinhal. 
• Ao inserir-se no periósteo do cóccix, este filamento 
constitui o ligamento coccígeo. 
 
o PIA-MÁTER ENCEFÁLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LÍQUOR (LCR) 
 
É um fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares. 
 
• Principais funções: 
 - proteção mecânica do SNC; 
 - torna o SNC mais leve; 
 - fonte de informações sobre a fisiopatologia do SNC e seus envoltórios. 
 
• Composição: NaCl + água; 
• Volume total: ± 500ml por dia (renovação total); 
• Produção: - 2/3 – ventrículos laterais 
 - 1/3 – III e IV ventrículos; 
• Absorção: reabsorvido no sangue através das granulações aracnóideas, nos seios durais. 
• Circulação: - extremamente lenta; 
 - produção em uma extremidade e absorção em outra; 
 - pulsação das artérias intracranianas. 
- ventrículos laterais → III ventrículo → IV ventrículo → esp subaracnóideo medula e encéfalo. 
 
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 53
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL 
DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
 
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DA MEDULA 
 
A – Arts. espinhais posteriores 
B – Art. espinhal anterior 
C – Art. radicular posterior 
D – Art. radicular anterior 
 
 
 
 
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DO ENCÉFALO 
 
• O encéfalo é irrigado por dois sistemas arteriais: 
 - sistema carotídeo: art. carótidas internas 
 - sistema vértebro-basilar: art. vertebrais. 
 
SISTEMA CAROTÍDEO 
Artéria carótida interna 
• Bifurcação da art. carótida comum (a nível de C4); 
• Penetra no crânio pelo canal carotídeo (osso temporal); 
• Atravessa o seio cavernoso → sifão carotídeo; 
• Perfura a dura-máter e a aracnóide; 
• No início do sulco lateral, divide-se em 2 ramos: 
 - art. cerebral média 
 - art. cerebral anterior. 
A
B
C
D
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 54
SISTEMA VÉRTEBRO-BASILAR 
Artérias vertebrais 
• ramos das art. subclávias; 
• Ascendem pelos forames transversos (cervicais); 
• Perfuram a dura-máter e a aracnóide; 
• Penetram no crânio pelo forame magno; 
• Percorrem a face ventral do bulbo e fundem-se 
ao nível do sulco bulbo-pontino (art. Basilar); 
• Esta percorre o sulco basilar (ponte) e divide-se em: 
- art. cerebrais posteriores dir e esq. 
 
POLÍGONO DE WILLIS 
 
• É uma anastomose arterial de forma poligonal, situada na base do cérebro; 
• Circunda o quiasma óptico e o túber cinéreo; 
• As art. comunicantes anterior e posterior ligam os sistemas carotídeo e vértebro-basilar; 
• Este circuito permite a manutenção de um fluxo sanguíneo adequado em todo o cérebro, 
em caso de obstrução de uma ou mais artérias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERRITÓRIOS CORTICAIS DAS ARTÉRIAS CEREBRIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 55
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 
 
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO 
 
SISTEMA NERVOSO 
DIVISÃO 
ANATÔMICA PARTES FUNÇÕES 
Sistema Nervoso Central 
(SNC) Encéfalo e Medula espinhal 
Processamento e integração de 
informações 
Sistema Nervoso 
Periférico (SNP) 
Nervos, gânglios e 
terminações nervosas 
Condução de informações entre 
órgãos receptores, o SNC e 
órgãos efetuadores 
 
 
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 
 
Duas subcategorias: 
• SN Somático ou da vida de relação: 
 - Aferente → receptores periféricos; 
 - Eferente → músculos esqueléticos. 
• SN Autônomo ou da vida vegetativa: 
 - Aferente → receptores das vísceras; 
 - Eferente → músculo liso, cardíaco e glândulas. 
 
SNP: SOMÁTICO E AUTÔNOMO 
 
• SNP voluntário ou somático: ações voluntárias 
resultantes da contração de músculos estriados esqueléticos. 
• SNP autônomo: responsável pelas ações involuntárias resultantes da contração das 
musculaturas lisa e cardíaca, também chamado involuntário ou visceral. 
 
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO (SNA) 
 
 Divisão em dois ramos que se distinguem pela estrutura e função: 
• SNA simpático: gânglios ao lado da medula espinhal, distantes do órgão efetuador; 
estimula ações que mobilizam energia, permitindo ao organismo responder a situações de 
estresse. 
• SNA parassimpático: gânglios longe do SNC e próximos ou dentro do órgão efetuador; 
estimula principalmente atividades relaxantes. 
 
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SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 
• Nervos Cranianos 
• Nervos Espinhais 
• Gânglios 
• Terminações Nervosas 
 
NERVOS 
 
 · São feixes de fibras nervosas envoltas por uma capa de tecido conjuntivo.· As fibras presentes nos nervos podem ser tanto dendritos quanto axônios que conduzem 
impulsos nervosos das diversas regiões do corpo ao SNC e vice-versa. 
 
• CLASSIFICAÇÃO DOS NERVOS 
• Sensitivos: são os que contêm somente fibras sensitivas; conduzem impulsos dos órgãos 
sensitivos para o SNC. 
 
 
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 57
• Motores: são os que contêm somente fibras motoras; conduzem impulsos do SNC até os 
órgãos efetuadores (músculos ou glândulas). 
• Mistos: contêm tanto fibras sensitivas quanto motoras. 
 
Camada conjuntiva 
Cada fibra nervosa 
 = endoneuro. 
Cada feixe de fibras 
 = perineuro. 
Cada nervo 
 = epineuro. 
 
• NERVOS CRANIANOS X ESPINHAIS 
 
NERVOS CRANIANOS 
 
• São os nervos que fazem conexão 
com o encéfalo: 12 pares 
 
I. Olfatório 
II. Óptico 
III. Óculomotor 
IV. Troclear 
V. Trigêmeo 
VI. Abducente 
VII. Facial 
VIII. Vestíbulo-coclear 
IX. Glossofaríngeo 
X. Vago 
XI. Acessório 
XII. Hipoglosso 
 
NERVOS ESPINHAIS 
 
• Nascem todos da medula espinhal e dirigem-se para diversas partes do corpo; 
• Comunicam-se com a medula espinhal através dos espaços entre as vértebras; 
• Em cada espaço intervertebral há um par de nervos, um de cada lado da coluna vertebral. 
• 31 pares, todos do tipo misto; 
• A medula termina na 2ª vértebra lombar. 
• Os demais nervos formam a “cauda equina”. 
• Cada nervo está ligado à medula por dois conjuntos de fibras nervosas denominadas “raízes”; 
– Raiz dorsal: fibras sensitivas, responsáveis por transportar estímulos sensoriais. 
– Raiz ventral: fibras motoras, responsáveis por encaminhar as ordens de comando do 
SNC para a periferia. 
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• Pares de nervos dividem-se em 4 plexos: 
 
• Plexo cervical 
C1 - C4 
 
• Plexo braquial 
C5 – T1 
 
• Plexo lombar 
L2 – L4 
 
• Plexo sacrococcígeo 
S1 – C0 
 
 
 
 
 
GÂNGLIOS NERVOSOS 
 
• São aglomerados de corpos celulares 
de neurônios localizados fora do SNC. 
 
• Aparecem como pequenas dilatações 
em certos nervos. 
 
 
 
 
TERMINAÇÕES NERVOSAS 
 
• São as extremidades das fibras nervosas 
que constituem os nervos. 
 
• Recebem estímulos sensitivos (aferentes) 
ou passam estímulos motores aos órgãos 
(eferentes). 
 
 
 
 
 
 
 
Impulso Nervoso
ENCÉFALO
RECEPTORES SENSORIAIS
ESTÍMULOS SENSORIAIS
(meio ambiente e interior do corpo)
 
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RECEPTORES DE SUPERFÍCIE SENSAÇÃO PERCEBIDA 
Receptores de Krause Frio 
Receptores de Ruffini Calor 
Discos de Merkel Tato e pressão 
Receptores de Vater-Pacini Pressão 
Receptores de Meissner Tato 
Terminações nervosas livres Principalmente dor 
 
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Para a integridade da sensação há necessidade de três elementos: 
 
• Receptores periféricos suficientemente íntegros para receber os estímulos provenientes do 
ambiente; 
• Integridade dos nervos periféricos aferentes que conduzem estes estímulos periféricos ao SNC; 
• Integridade dos centros corticais no SNC que recebem estes estímulos procedentes do exterior. 
 
ALTERAÇÕES NA INTENSIDADE DAS SENSAÇÕES 
 
• HIPERESTESIA 
• HIPOESTESIA 
• ANESTESIA 
 
ALTERAÇÕES NA PERCEPÇÃO DAS SENSAÇÕES 
 
• AGNOIAS 
 
 
 
Obrigada! 
Profª. Rafaela Veronezi

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