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DIREITO CIVIL SUCESSÃO

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2 
 
Olá galera, como estão os estudos? Tenho certeza que destruindo! 
 
Sabemos que o tempo é uma das coisas mais preciosas em nossa vida, sabemos também que hoje em 
dia é algo que nos falta... e MUITO!! 
 
Por isso, nós, equipe do Direito Esquematizado, reunimos todo o nosso conhecimento e produzimos 
um conteúdo fácil, esquematizado e rápido de aprender 
 
Antes de iniciar o conteúdo, gostaria de pedir 2 favores: 
1. Compartilhem esse material com seus amigos da Faculdade, Advogados, MP, etc., e 
claro, pode compartilhar também com sua mãe, pai, cachorro, papagaio... Pois somente 
com a ajuda de vocês o nosso trabalho irá crescer cada vez mais 
 
2. Deixem sugestões, críticas, feedbacks em nosso site, em nosso e-mail 
contatodireitoesquematizado@gmail.com, ou até mesmo em nossa página do Facebook. 
Somente desta forma os materiais ficarão cada vez melhores 
 
Bem, chega de papo afiado e vamos lá! 
 
“O conhecimento quando compartilhado é muito melhor, pois, todos são beneficiados com novas 
formas de enxergar o mundo” 
 
 
 
 
 
3 
 
DIREITO CIVIL 
 
Antes de iniciar o conteúdo é importante nos localizarmos novamente na linha do tempo do Direito Civil 
Na Direito Civil Parte Geral estudamos: Pessoa, Bem e Atos Jurídicos (Atos Jurídicos “lato sensu; Aquisição 
e Extinção e Negócios Jurídicos (Ato ilícito e Contratos) 
No Direito das Obrigações estudamos a obrigação entre as pessoas 
No Direito Contratual ou Contratos em Espécie estudamos o vínculo das obrigações estipuladas entre 
pessoas 
No Direito das Coisas ou Direito Real, estudamos o vínculo entre pessoa e objeto 
No Direito da Família, estudamos o vínculo entre pessoas e pessoas ♥ 
Agora, no Direito das Sucessões, iremos estudar a transmissão de bens, direito e obrigações em razão da 
morte de alguém (Art. 1784 ao 1856 CC) 
 
Da Sucessão em Geral e Sucessão Legítima 
Noções de Herança 
Depois de tudo que estudamos, desde o nascimento de uma pessoa, do relacionamento dela com outras 
pessoas e coisas, o que falta estudarmos dentro do CC é a morte!! 
Podemos dizer que “sucessão” é o ato que a pessoa assume o lugar de outra, substituindo-a na titularidade 
de determinados bens 
Deste modo, quando se fala na ciência jurídica em Direito das Sucessões, está se falando num campo 
específico do Direito Civil em que estuda a transmissão de bens, direitos e obrigações em razão da morte 
de uma pessoa. E, assim como entre vivos a sucessão pode se dar a Título Universal (Ex.: Quando uma 
pessoa jurídica adquire a totalidade do patrimônio de outra, direitos e obrigações, ativo e passivo), ou a Título 
Singular (Ex.: Num bem ou certos bens determinados), também no Direito das Sucessões existem dois tipos 
de sucessão: 
A primeira chamada Sucessão a Título UNIVERSAL dá-se quando, pela morte, se transmite uma 
universalidade de bens, ou seja, a totalidade de um patrimônio, não importando a quantidade de herdeiros. 
O objeto desse tipo de sucessão chama-se herança 
O segundo chamada de Sucessão a Título SINGULAR, ocorre por testamento, o testador deixa uma 
pessoa com um bem certo e determinado de seu patrimônio, criando, então, a figura do legatário 
Art. 1.784 CC - Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários 
4 
 
A herança é um somatório, em que se incluem os bens e as dívidas, os créditos e os débitos, os direitos e as 
obrigações, as pretensões e ações de que era titular o falecido, e as que contra ele foram propostas, desde 
que transmissíveis 
Entretanto herda os deveres somente até o limite da herança (Art. 1792 CC) 
De cujus – Aquele de cuja a morte se trata 
O Objeto da Sucessão é a HERANÇA que decorre da morte. A morte pode ser REAL (é a regra) ou FICTA 
(morte presumida – Art. 7º CC) 
 
OBS.: Art. 1784 CC - O momento da transmissão da herança é no momento da morte. Isso é muito 
importante porque podem ocorrer alguns efeitos, como por exemplo, o da comoriência (Art. 8º CC) 
Comoriência - Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, sem que se possa averiguar 
quem faleceu primeiro, presumir-se-ão simultaneamente mortos. Desta forma, em sendo os comorientes 
herdeiros entre si, falecendo em situação tal que não se possa precisar se um dos comorientes precedeu ao 
outro, abre-se duas linhas de sucessão distintas sem que um dos comorientes herde do outro para depois 
passar a sua herança aos seus sucessores 
OBS².: Um efeito importante que pode ocorrer no momento da transmissão da herança é o Principio do 
SAISINE (Art. 1787 CC): Determina que se aplique a lei vigente ao tempo da morte à sucessão e a 
legitimação para suceder. Deste modo, se o evento morte ocorreu na vigência do Código Civil de 1916, essa 
será a norma que deverá ser aplicada 
DA SUCESSÃO EM GERAL 
Arts. 1784 a 1789 CC 
• Trata de dispositivos 
comuns à sucessão 
legítima e testamentária 
SUCESSÃO LEGÍTIMA (“ab 
intertato”) 
Arts. 1829 a 1844 CC 
• É aquela que decorre da 
aplicação da lei 
(obedecendo a ordem de 
vocação hereditária) – 
Hipótese de ausência de 
testamento válido ou ato 
de última vontade 
SUCESSÃO A TÍTULO 
UNIVERSAL 
• É aquela que ocorre 
quando o herdeiro 
sucede a totalidade dos 
bens do falecido, ou parte 
dele não específica 
SUCESSÃO DEFINITIVA 
• É aquela decorrente da 
morte ou ausência de 
uma pessoa 
SUCESSÃO PROVISÓRIA 
• É a denominação da 
sucessão do ausente 
enquanto não 
contemplado todos os 
requisitos da ausência 
SUCESSÃO 
TESTAMENTÁRIA 
Arts 1857 a 1911 CC 
• É a proveniente de ato de 
última vontade ou 
testamento válido. A 
ordem foi escrita pelo 
morto quando em vida 
5 
 
OBS³.: O acervo dos bens deixados pelo falecido denomina-se espólio, sendo certo que se trata de uma 
massa de bens sem personalidade jurídica 
OBS4.: Art. 1785 CC - O lugar da abertura da sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido, 
sendo esse o foro competente para processar o inventário e se proceder a partilha do acervo hereditário. 
Porém como sempre, há exceções!! 
Importante ressaltar que, os bens situados no Brasil, serão aqui partilhados ainda que o último domicílio ou o 
óbito do autor da herança tenha ocorrido no exterior. Caso o de cujus não tivesse domicílio certo, o foro 
competente será o da situação dos bens ou então do local em que ocorreu o óbito se possuía bens em locais 
diferentes (artigo 89, II e 96, ambos do CPC) 
 
CAPACIDADE SUCESSÓRIA 
É a aptidão para receber os bens deixados pelo de cujus 
Pressupostos da capacidade sucessória: 
1. Morte do de cujus 
2. Sobrevivência do herdeiro 
3. O herdeiro precisa pertencer à espécie humana 
4. O herdeiro tem que ter: Parentesco, Casamento, União Estável ou Testamento 
OBS.: No momento da morte, se o herdeiro já estiver falecido, transmite a herança para o próximo 
herdeiro 
OBS².: Pessoa Jurídica só pode herdar por Testamento 
OBS³.: Desta forma, a sucessão se abre com a morte do de cujus, mas, se ocorrer isso e a mulher do de 
cujus estiver grávida, quando nascer o bebe, se estiver vivo irá herdar a parte dele, se estiver morto a 
herança será distribuída entre os outros herdeiros 
Delação Sucessória – É o lapso de tempo entre a abertura da sucessão e a declaração da sucessão 
 
Pessoas que NÃO podem ser nomeadas Herdeiras nem Legatárias: 
 A pessoa que escreveu o testamento, nem o 
seu cônjuge ou companheiro, ou os seus 
ascendentes e irmãos 
 As testemunhas do testamento 
 O concumbino do testador casado, salvo se 
este, sem culpa sua, estiver separado de fato 
do cônjuge há mais de 5 anos 
 O tabelião, civil ou militar, ou o comandante 
ou escrivão, perante quem se fizer, assim 
comoos que fizer ou aprovar o testamento 
 
6 
 
EXCLUÍDOS DA SUCESSÃO 
Causas que pode haver a Exclusão por Indignidade e que autorizam a exclusão do herdeiro ou legatário 
da sucessão (Art. 1814 CC). Tratam-se de casos taxativos e que NÃO admitem interpretação extensiva ou 
analógica: 
 Os que houverem sido autores ou cúmplices em crime de homicídio doloso ou sua tentativa, contra a 
pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente 
OBS.: Não se estende, como se viu, aos casos de homicídio culposo, legítima defesa, estado de 
necessidade, exercício regular de direito, ou seja, em casos que o ato lesivo não é voluntário para efeito de 
afastar o agente da sucessão 
 
 Os que acusarem o de cujus caluniosamente em juízo ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou 
de seu cônjuge ou companheiro 
OBS.: Para Carlos Maximiliano, não é necessária a condenação do herdeiro, bastando que este haja 
provocado ação penal. Para Maria Helena Diniz e Washington de Barros Monteiro, a prática de crimes 
contra a honra do herdeiro só ficará comprovada se houver prévia condenação do indigno no juízo criminal 
 
 
 Os que, por violência ou fraude, inibiram ou obstaram o de cujus de livremente dispor de seus bens por 
ato de última vontade 
 
Declaração Jurídica da Indignidade 
Para a Exclusão do Herdeiro por Indignidade, é imprescindível que prévia declaração judicial, proferida 
em ação ordinária, movida contra o herdeiro por quem tenha legítimo interesse na sucessão, ou seja, por 
herdeiros ou legatários, credores, etc. O MP não possui legitimação para essa ação. O PRAZO para a 
propositura da ação declaratória de indignidade é de 4 ANOS contados da abertura da sucessão, sob pena 
de decadência (Art.1815 CC) 
 
Efeitos da Indignidade: 
Os descendentes do indigno sucedem-no por 
representação, como se ele já fosse falecido na 
data da abertura da sucessão (Art. 1816 CC) 
O indigno não terá direito ao usufruto e à 
administração dos bens que a seus filhos 
menores houverem na herança ou à sucessão 
eventual desses bens (Art. 1816 e § único do CC) 
O indigno, apurada a obstação, ocultação ou 
destruição do testamento por culpa ou dolo, deve 
responder por perdas e danos. Não obstante sua 
exclusão na sucessão, o excluído da sucessão 
poderá representar seu pai na sucessão de outro 
parente, já que a pena deve ser considerada 
restritivamente 
 
7 
 
ACEITAÇÃO DA HERANÇA (Art. 1804 e 1805 CC) 
Ato Jurídico pelo qual o herdeiro manifesta o seu desejo de receber o acervo hereditário 
Há 3 Espécies de Aceitação da Herança: 
 EXPRESSA – Manifestada positivamente por intermédio de declaração escrita por instrumento público ou 
particular 
 TÁCITA – Aquela que decorre da prática de atos próprios da qualidade de herdeiro 
 PRESUMIDA – Se algum interessado em saber se o herdeiro aceita ou não a herança (Ex.: Credor do 
herdeiro) poderá requerer ao Juiz, após 20 dias da abertura da sucessão que dê ao herdeiro prazo 
razoável não maior de 30 dias para que se pronuncie se aceita ou não a herança. Caso haja silêncio é tida 
como aceita 
 
RENÚNCIA DA HERANÇA 
É o ato jurídico unilateral pelo qual o herdeiro declara que NÃO aceita a herança que é transmitida. Deve 
sempre constar expressamente de instrumento público ou de termo judicial (Art. 1806 CC) 
Art. 1808 c/c Art. 1812 CC - A renúncia não admite condições, termos ou que seja em partes. Tanto a 
aceitação como a renúncia são atos irrevogáveis 
Em princípio a Lei diz que ninguém pode suceder o herdeiro renunciante, sendo sua cota acrescida aos 
herdeiros da sua classe 
Se todos renunciarem os filhos dos herdeiros irão herdar por serem os mais próximos dos herdeiros e não 
por serem a cota do herdeiro (Art. 1811 CC) 
 
CESSÃO DA HERANÇA 
A cessão da herança consiste na transferência parcial ou total do quinhão hereditário que o herdeiro 
legítimo ou testamentário faz de forma gratuita ou onerosa, que lhe foi atribuída com a abertura da sucessão 
 
REQUISITOS:
Capacidade do cedente para os atos da vida 
civil e de disposição de seus bens 
Abertura da sucessão, pois é vedado a 
transação de herança de pessoa viva 
Instrumento público, que é da essência do ato 
(Art. 1793 CC) 
Que a cessão seja feita antes da partilha 
 
 
8 
 
EFEITOS: 
O cessionário assume, em relação aos direitos 
hereditários, a mesma condição jurídica do 
cedente (Art. 1793, § 1º CC) 
O cessionário, sucede à título singular e inter 
vivos 
O cessionário assume os débitos do espólio 
atinentes à porção cedida 
O cedente não responde, em regra pela evicção, 
salvo se enumerar os bens da herança e estes não 
existirem, ou se for privado da qualidade de 
herdeiro, que afirmou ter 
Os demais herdeiros possuem direito de 
preferência na aquisição da fração cedida, se se 
tratar de cessão à titulo oneroso 
 
 
HERANÇA JACENTE 
Ocorre quando NÃO houver herdeiro, legítimo ou testamentário, notoriamente conhecido ou quando for 
repudiada pelas pessoas sucessíveis (Art. 1819 CC) 
Constitui, assim, um acervo de bens arrecadado por morte do de cujus sujeito à administração e 
representação de um curador a quem incumbem os atos conservatórios (Art. 12, IV do CPC), sob 
fiscalização judicial durante um período transitório ata sua entrega ao sucessor devidamente habilitado ou à 
declaração de sua vacância (Art. 1819 CC) 
Declarada a vacância, não prejudica os credores do falecido, que terão o direito de pedir o pagamento das 
dívidas reconhecidas nos limites da herança, e tampouco prejudicará os herdeiros que se habilitarem 
 
SUCESSÃO LEGÍTIMA 
É a que ocorre quando o falecido possui herdeiros obrigatórios que tem direito a recolher uma parte dos 
bens; ou quando o testador não dispõe de todos os seus bens; ou quando o testamento caduca ou ainda é 
considerado inválido 
Portanto, é possível haver sucessão legítima ainda que exista testamento e, não havendo testamento, a 
sucessão será deferida de acordo com a ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA 
A ordem de vocação hereditária é, então, uma relação preferencial, estabelecida na Lei em que as 
pessoas são chamadas a suceder ao finado 
Herdeiros necessários: Descendentes, Ascendentes e Cônjuge 
OBS.: Se a pessoa não tiver descendente, ascendente e cônjuge, poderá fazer um testamento do total da 
herança 
 
9 
 
Há uma ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA (Art. 1829 CC): 
1ª Ordem - Determina quais são as CLASSES SUCESSIVAS: 
 
OBS.: Para se aplicar essa ordem de vocação hereditária tem algumas regras 
Regras para APLICAÇÃO das Classes Sucessíveis 
1ª Regra) Uma classe sucessível só é chamada na ausência de herdeiros da classe anterior 
Ex.: Os ascendentes só irão herdar se o de cujus não tiver descendentes 
2ª Regra) Na mesma classe sucessível, os herdeiros mais próximos em grau, excluem os mais 
remotos, salvo direito de representação 
Ex.: Quem herda do de cujus são os filhos, não os netos, pois são os mais próximos em grau 
 
MODOS DE SUCEDER 
 
 
3 MODOS DE PARTILHAR A HERANÇA 
 
1ª Classe Sucessível - Descendentes e Cônjuge (Dependendo do regime de bens) 
2ª Classe Sucessível - Ascendentes e Cônjuge 
3ª Classe Sucessível - Cônjuge 
4ª Classe Sucessível - Colateral 
Por DIREITO PRÓPRIO 
Ocorre quando todos herdeiros 
são chamados à sucessão e 
encontram-se na mesma classe 
e no mesmo grau 
Por DIREITO DE REPRESENTAÇÃO 
Ocorre quando alguns herdeiros 
são chamados para suceder no 
lugar de outros 
Por DIREITO DE TRANSMISSÃO 
Ocorre depois de aberta a 
sucessão, sendo transmitida 
para outra pessoa. Pode ser 
objeto de negócio jurídico osbens de pessoa morta 
Por Cabeça 
Ocorre a partilha 
na sucessão por 
direito próprio 
Por Estirpe 
Ocorre a partilha 
decorrente do direito 
de representação 
Por Linhas 
Sucessão dos 
ascendentes 
10 
 
OBS.: Não há representação para ascendente “Art. 1.852 CC - O Direito de Representação dá-se na linha 
reta descendente, mas nunca na ascendente”. Para ascendente a linha sempre se dá por linhas, ou seja, 
metade para linha materna e metade para linha paterna (Art. 1836 CC § 2o - Havendo igualdade em grau e 
diversidade em linha, os ascendentes da linha paterna herdam a metade, cabendo a outra aos da linha 
materna) 
OBS².: Não havendo ascendente, descendente e cônjuge para herdar, quem herdará serão os colaterais, 
porém estando mortos os irmãos, herdarão os filhos destes, não havendo filhos herdarão os tios (Art. 
1843 CC) 
OBS³.: Quando concorrerem irmãos bilaterais (filhos do mesmo pai e da mesma mãe) com irmãos 
unilaterais (filhos do mesmo pai ou da mesma mãe), os irmãos bilaterais herdarão o DOBRO do que os 
irmãos unilaterais herdarem (Art. 1841 CC) 
Art.1853 CC – Herança de irmãos e dos filhos destes quando mortos. É a única forma de direito de 
representação que a legislação aceita na linha transversal. Sendo filhos de irmãos concorrendo com irmãos 
vivos do de cujus 
Art.1843, §2º CC – Se concorrem filhos de irmãos bilaterais com filhos de irmãos unilaterais, cada um deste 
herdará a metade do que herdar cada um daqueles 
Art. 1814 CC - São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários que praticarem determinados crimes. 
Ocorre a vacância e a docência da herança, sendo passada para o Município 
 
SUCESSÃO DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE 
Explicando um pouco sobre a concorrência em cada Regime de Bens do casamento: 
 
Regime da Comunhão Universal 
NÃO HÁ CONCORRÊNCIA do cônjuge sobrevivente com os descendentes do falecido, se o Regime de Bens 
no casamento era o da Comunhão Universal. Sendo o viúvo ou a viúva titular da meação, não há razão para 
que seja ainda herdeiro, concorrendo com filhos do falecido 
 
Regime da Separação Obrigatória 
Esse Regime é imposto pela Lei às pessoas que contraírem o matrimônio com inobservância das causas 
suspensivas, forem maiores de 70 anos ou dependerem de suprimento judicial para casar (Art. 1.641 CC) 
Essa separação é total e permanente, atingindo inclusive os bens adquiridos na constância do casamento 
 
11 
 
Regime da Comunhão Parcial de Bens 
NÃO HAVERÁ ainda concorrência do cônjuge sobrevivente com os descendentes do falecido numa terceira 
hipótese cogitada na parte final do inc. I do art. 1.829 do CC: “se, no regime da comunhão parcial, o autor 
da herança não houver deixado bens particulares” 
Haverá a concorrência se, no Regime Parcial, o autor da herança deixou bens particulares 
Uma polêmica que acontece é no caso de haver bens particulares (bens adquiridos fora do casamento), pois 
o cônjuge sobrevivente irá ser meeiro dos bens adquiridos durante o casamento, e também irá concorrer na 
herança dos bens particulares, entretanto, essa concorrência também irá chamar a outra metade que não 
seja o que ele recebeu da meação, ou seja, o sobrevivente irá ter parte em todo o patrimônio restante da 
meação 
 
Regime da Separação Convencional 
Por não constar das ressalvas do art. 1.829, inc. I do CC, HAVERÁ A CONCORRÊNCIA, ocorrendo o mesmo 
no que respeita ao Regime da Participação Final dos Aquestos 
 
Esquematizando: 
HIPOTESES que o Herdeiro NÃO CONCORRE com os descendentes (Art. 1829 e 1830 CC): 
 Se judicialmente separado do de cujus 
 Se, separado de fato há mais de 2 anos, não provar que a convivência se tornou insuportável sem culpa 
sua 
 Se casado com o de cujus no Regime da Comunhão Universal de Bens 
 Se casado com o de cujus no Regime da Separação Obrigatória de Bens 
 Se casado com o de cujus no Regime de Comunhão Parcial e o autor da herança NÃO houver deixado 
bens particulares 
 Se casado com o de cujus no Regime da Participação Final nos Aquestos e o autor da herança NÃO 
houver deixado bens particulares 
 
CASOS em que o Cônjuge CONCORRE com os Descendentes 
 Casado com o de cujus no Regime da Separação Convencional 
 Casado no Regime da Comunhão Parcial e o cônjuge falecido houver deixado bens particulares 
 Se casado no Regime da Participação Final nos Aquestos e o cônjuge falecido houver deixado bens 
particulares 
12 
 
Art. 1.832 CC – Em concorrência com os descendentes (Art. 1.829, I CC) caberá ao cônjuge quinhão igual ao 
dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for 
ascendente dos herdeiros com que concorrer 
Ex.: Se, o casal tinha três filhos, e falece o marido, a herança será dividida, em partes iguais, entre a viúva e 
os filhos. Assim, o sobrevivente e cada um dos filhos receberão 25% da herança. Porém, se o falecido deixou 
quatro filhos ou mais, e tendo de ser reservado um quarto da herança para o cônjuge sobrevivente, este 
receberá quinhão maior, repartindo-se os três quartos restantes entre os quatro ou mais filhos. A repartição 
da herança por cabeça não irá, portanto, prevalecer nesse caso 
OBS.: No caso, de descendentes exclusivos do de cujus, isto é, de não serem descendentes comuns, como 
na hipótese da existência somente de filhos de casamento anterior, o cônjuge sobrevivente não terá direito à 
quarta parte da herança, cabendo somente a parte a cada um dos filhos 
Da mesma forma ocorre quando há descendentes comuns e descendentes unilaterais (Corrente 
adotada pela maioria das Doutrinas) 
Ex².: No caso de ocorrer a hipótese: A teve 3 filhos com B, depois casou-se pela separação convencional 
com C e teve mais 2 filhos. Sendo assim com a morte de A, quem irá herdar serão todos os filhos e C por 
cabeça e na mesma quantia, mesmo que C é ascendente de 2 filhos de A. A Doutrina diz isso, sendo que não 
há reserva de ¼ neste caso, no qual herda a cota igual por cabeça 
 
HERANÇA NA UNIÃO ESTÁVEL 
Leia e grave muito bem esse artigo e seus incisos: 
Art. 1790 CC – A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos 
onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes: 
I – Se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho 
II – Se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um 
daqueles 
III – Se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a 1/3 da herança 
IV – Não havendo parentes sucessíveis, terá direito a totalidade da herança 
OBS.: O companheiro ou companheiro terá direito a METADE dos bens adquiridos onerosamente na 
constância da união estável (Art. 1725 CC) 
OBS².: Sendo assim, se todos os bens do de cujus foram adquiridos antes da união estável, a companheira 
não herdará nada, herdando os bens somente os filhos do de cujus 
OBS³.: Da mesma forma não receberá a companheira se o de cujus recebeu alguma doação ou herança 
durante a união estável, mesmo que ele receba uma quantia em dinheiro e compre algo com isso (sub-
rogação) 
13 
 
SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA 
Trata-se de ato revogável pelo qual alguém, de 
conformidade com a Lei, dispõe total ou 
parcialmente de seu patrimônio, para depois de 
sua morte (CC/16), ou faz outras declarações de 
última vontade (CC/02) 
Previsão Legal: Art. 1857 e ss. do CC 
Princípios: Autonomia da vontade/ Autonomia 
privada 
Etimologia: Testatio mentis: Atestados da 
vontade, aquilo que está na mete do autor da 
herança. Aqui que acontece um problema, pois 
deve analisar qual era a vontade do testador, e 
muitos acabam distorcendo isso 
 
OBS.: A testemunhade um testamento não pode ser beneficiada pelo testamento 
OBS².: O testamento é o instrumento para deserdar alguém 
Herdeiros Necessários são: Ascendentes, Descendentes e Cônjuge 
Quando tem herdeiros necessários, só pode passar no testamento 50% da herança 
OBS³.: Um efeito importante que pode ocorrer no momento da transmissão da herança é o Principio do 
SAISINE (Art. 1787 CC): Determina que se aplique a lei vigente ao tempo da morte à sucessão e a 
legitimação para suceder (os herdeiros da sucessão serão os herdeiros necessários no momento da morte). 
Deste modo, se o evento morte ocorreu na vigência do Código Civil de 1916, essa será a norma que deverá 
ser aplicada 
 
Características Principais 
 
 Ato Personalíssimo – Somente o testador 
pode fazer, em hipótese alguma, outra pessoa 
ir ao Cartório e fazer o testamento por 
procuração 
 Negócio Jurídico Unilateral (não receptício) e 
unipessoal – Art. 1863 CC – A pessoa que 
receberá o testamento não precisa aceitar, a 
vontade é somente do testamentário. Um 
testamento NÃO pode ser feito em conjunto 
(unipessoal), ex.: Feito pelo esposo e esposa 
 
 
 Negócio Jurídico Gratuito/Benéfico – Quem 
recebe o bem, NÃO pode exigir algo a mais, ex.: 
Apartamento sem garagem 
 Revogável (Art. 1858 c/c 1969 CC) 
 Negócio Jurídico Formal e Solene – Ad 
probationem (Formas que devem ser 
observadas) e Ad solemnistatem (Solenidade 
que deverá obedecer. Ex.: Um testamento 
público tem que ter a presença de 2 
testemunhas (elas tem que saber ler e 
escrever)) 
 
 
 
 
14 
 
Sujeitos da Sucessão 
 Autor da herança (de cujus) 
 
 
 Herdeiro 
Sucede a título universal 
 
 
 Legatário 
Recebe a título singular 
 
 Pré-legatário 
Sucede tanto pela legítima e 
pela sucessão testamentária 
 
 
 Sublegatário 
Testamentar um bem que 
ainda não tem. Também é 
possível um testador só dar 
um bem como herança a 
outra pessoa, se ele receber 
um determinado bem de outro 
testador 
 
Capacidade ativa: Maiores de 16 anos + Pleno discernimento – Aqui ocorre uma exceção, pois o maior 
de 16 anos e menor de 18 anos pode fazer o testamento sem ser assistido, porém, não pode se encaixar em 
nenhuma hipótese de falta de discernimento. A única exceção de pessoa não ter pleno discernimento e poder 
fazer um testamento é o caso do pródigo 
Capacidade passiva – Arts. 1798 e 1799 
 Pessoa Natural/Jurídica 
 Nascituro – Já foi concebido mas ainda não nasceu, devendo nascer para ter a partilha 
 Prole Eventual – Deixar os bens para alguém que irá ter filhos. No momento que o testador morre, se 
não tiver estipulado nenhum prazo, o pai tem até 2 ANOS para “conseguir” um filho e o filho herdar os 
bens 
 Fundação a ser constituída – Pessoa Jurídica que ainda não existe, porém só é possível na forma de 
fundação 
 
Não legitimados passivamente: 
Art. 1801 CC – NÃO podem ser nomeados herdeiros nem legatários: 
A pessoa que escreveu o testamento, nem o seu 
cônjuge ou companheiro, ou os seus ascendentes 
e irmãos 
As testemunhas do testamento 
O amante do testador casado, salvo se o 
testador sem culpa, estiver separado de fato do 
cônjuge há mais de 5 anos 
O tabelião, civil ou militar, o comandante ou 
escrivão, perante quem se fizer, assim como o 
que fizer ou aprovar o testamento 
Art. 1802 CC – “São nulas as disposições testamentárias em favor de pessoas não legitimadas a 
suceder, ainda quando simuladas sob a forma de contrato oneroso, ou feitas mediante interposta pessoa” 
Pessoas interpostas são os ascendentes, descendentes, irmãos e o cônjuge ou companheiro do não 
legitimado a suceder 
15 
 
Art. 1803 CC – O filho da amante só poderá herdar o testamento quando também for filho do testador 
 
Momento da aferição da capacidade: Tempus regit actum 
Lei aplicável às disposições testamentárias: Plano da validade X Plano da eficácia 
 
Formas/Espécies Testamentárias 
Os testamentos podem ser COMUNS ou ESPECIAIS, em razão das circunstâncias em que foram elaboradas 
 São formas de Testamentos COMUNS: 
Público Cerrado Particular 
 
 São formas de Testamentos ESPECIAIS: 
Marítimo Aeronáutico Militar 
 
Testamentos Comuns/Ordinários 
 Testamento Público Testamento Cerrado Testamento Particular 
Solenidade Tabelião ou Substituto Testador + Auto de aprovação Testador 
Testemunhas 02 (substanciais) 02 (instrumentais) 03 (substanciais) 
Forma Manual/mecanicamente Manual/mecanicamente Manual/mecanicamente 
Língua Nacional Nacional/Estrangeira Nacional/Estrangeira 
Pessoa cega Pode fazer testamento Não pode fazer Não pode fazer 
Pessoa analfabeta Pode fazer testamento Não pode fazer Não pode fazer 
OBS.: Art. 1878 e 1879 CC: 
Se uma das testemunhas morrer, o testamento será válido 
Se duas testemunhas ou não haver nenhuma testemunha por causa de morte ou ausência, o testamento 
poderá ser confirmado, a critério do Juiz, se houver prova suficiente de sua veracidade 
 
Testamentos Especiais/Extraordinários 
 Marítima Aeronáutico Militar 
Autoridade Comandante Comandante Maior patente 
Caducidade 90 dias 90 dias 90 dias 
Forma Público/Cerrado Público/Cerrado Público/Cerrado 
16 
 
Testamento Nuncupativo 
Quando estiver em combate ou ferida, a pessoa pode testar oralmente, confiando sua última vontade a 2 
testemunhas. Porém, NÃO terá efeito se a pessoa não morrer na guerra ou convalescer do ferimento 
 
Testamento dos Codicilos 
Origem: Codex – Caudex (Tronco de árvore – pequeno rolo ou escrito) 
Trata-se do memorandum de última vontade (C. Beviláqua). É um “testamentinho”, um mini testamento onde 
o testador de uma maneira mais informal irá dispor de bens de pouca monta, ex.: Anel de formatura 
Segundo o entendimento Jurisprudencial, é considerados bens de pouca monta os que NÃO ultrapassem 
10% dos bens hereditários 
Requisitos 
Escrito – Manual ou 
mecanicamente 
Datado e assinado, sob pena 
de nulidade 
Pessoa capaz e conteúdo dos 
arts. 1881 e 1883 CC 
Revoga-se 
Por outro codicilo (desde que incompatível) Testamento posterior que não o confirme – No 
silencio entende-se que prevalece o testamento 
revogando o codicilo 
 
Disposições testamentárias de caráter extrapatrimonial: 
 Reconhecimento de filho – Art. 1609, III CC – Pode reconhecer um filho via testamento, porém, esse 
ato é um ato irrevogável 
 Nomeação de tutor – Art. 1729, § único CC 
 Reabilitação do in digno – Art. 1818 CC – Também é um ato irrevogável 
 Testamento genético – Também é um ato irrevogável 
 
Das formas de Nomeação de Herdeiro e Legatário 
1) Pura e Simples – Aquela sobre a qual NÃO recai elementos acidentais (Vícios: Erro, dolo, coação, 
estado de perigo, lesão, fraude contra credores, simulação; Condição, Termo e Encargo) 
 
2) Condicional – A Condição pode ser: 
Condição Suspensiva (Usa o SE) 
Condição Resolutiva (Usa o ENQUANTO) 
OBS.: Caso de Prole Eventual: Ocorre a Fideicomissária – Tem a figura do testador 
(fideicomitente), a pessoa que terá que gerar a criança (fiduciário) e a criança em si (fideicomissário). 
17 
 
Nesse caso enquanto não nascer a criança, a pessoa que terá que gerar irá ficar com a herança com 
uma condição resolutiva e a criança que ainda não nasceu estará como herdeiro condicional 
suspensiva 
Condições Inválidas: 
Ilícitas – Qualquer condição ilícita e também quando atinge o direito da personalidade da pessoa, ex.: 
Receberá a herança se matar fulano de tal ou receberá a herança se mudar de religião 
Se for ilícita a condição, a pessoa pode deixar de cumprir e receber a herança 
Imorais – Qualquer condição que seja imoral na sociedade, ex.: Receberá a herançase a pessoa se 
prostituir 
Fisicamente impossíveis 
Juridicamente impossíveis – Ex.: Casar com duas pessoas ou casar antes da idade núbil 
Puramente Potestativas – Se uma terceira pessoa concordar em deixar a herança testamentária 
 
3) Modal ou Comencargo – Já adquire o Direito, mas fica preso em cumprir uma “obrigação” para 
receber a herança 
OBS¹.: Não obsta a aquisição do Direito 
OBS².: Impossibilidade superveniente não a prejudica 
OBS³.: Prazo para cumprimento do encargo – Se há um prazo estabelecido pelo testador, deve 
esperar o prazo se expirar para entrar com ação de anulação testamentária. Se NÃO tiver algum prazo 
para o cumprimento, deve constituir o devedor em mora (O que dá um prazo para cumprir) 
OBS4.: Não cumprimento leva à anulação 
OBS5.: Prazo para propor a Ação Anulatória: 1 ano (Art. 562 CC) e 10 anos (regra geral) 
 
4) Por certo motivo – Se foi estabelecido um certo motivo e ele não for verdadeiro, não será aplicada a 
disposição testamentária 
 
5) A Termo – Trata-se de um evento voluntário, futuro e certo. É estabelecido um prazo. Ex.: Quando 
atingir a maioridade 
OBS.: Diante do Princípio do SAISINE, SÓ PODE OCORRER o testamentário a termo se for para 
LEGATÁRIO. Se for herdeiro, será só no caso de disposição fideicomissária (Quando nascer a 
criança e fizer 18 anos) 
 
Regras Interpretativas / Hermenêutica Testamentária 
 Regra Geral (Art. 1899 CC)  Vontade do Testador: Sempre vamos tentar buscar o que o testador 
quis dizer 
 Disposição Geral (Art. 1902 CC)  Em casos de Caridade: A interpretação será sempre a que mais 
faz sentido do que o testador quis dizer. Sempre será privilegiada as Instituições Particulares 
(parágrafo único) 
18 
 
 Erra na designação (Art. 1903 CC)  Em casos de erro na hora de fazer o testamento, pode ser 
pedida a Anulabilidade 
 Sem discriminação da parte (Art. 1904 CC)  Nos casos de não deixar dividida a parte para cada 
um, será dividido igual 
 Herdeiros Individuais X Herdeiros Coletivos (Art. 1905 CC)  Quando acontece esse tipo de 
conflito, será feita a divisão de forma coletiva, ex.: Deixarei a minha herança para meu irmão X, meu 
irmão Y e para os 2 filhos do meu irmão Z. Nesse caso a herança será dividida em 3, sendo metade 
de 1/3 para os 2 filhos do irmão Z 
 Sem comprometimento de toda a quota (Art. 1906 CC) 
 Quinhões Determinados X Indeterminados (Art. 1907 CC) 
 Exclusão expressa (Art. 1908 CC) 
Regras Proibitivas  Art. 1898 e 1900 CC 
 
LEGATÁRIOS 
Espécies de Legados: 
1) De Coisa – São do mesmo gênero 
2) De Crédito e de Quitação de Dívida (Art. 1918 e 1919 CC) 
3) De Alimentos (Art. 1920 CC) – A pessoa morreu, o legatário já tem o direito aos alimentos 
4) De Usufruto (Art. 1921 CC) 
5) De Imóvel (Art. 1922 CC) 
6) De Dinheiro (Art. 1925 + 1923, §2º CC) – Deixar certa quantia em dinheiro à outra pessoa. Só 
começa a correr juros a partir da mora daquele que é obrigado a cumprir o legado 
7) De Renda ou Pensão Periódica (Arts. 1926 a 1928 CC) – Caso em que deixa uma renda para 
determinada pessoa durante um período. O legatário só terá o direito quando for encetado o período 
estipulado, por exemplo, se for estipulado uma renda a cada mês e o de cujus morrer no dia 10, o 
legatário só terá direito para receber no dia 10 do outro mês 
8) Alternativo (Art. 1932, 1933 e 1939 CC) – São dois gêneros diferentes 
 
OBS.: Remissão  Perdão diferente de Remição  Pagamento 
 
Efeitos do Legado: 
Art. 1923 CC – Propriedade X Posse 
Art. 1936 CC – Despesas e riscos correm por conta do legatário durante o inventário, e não do herdeiro 
Art. 1937 CC – Encargos repassados ao legatário 
19 
 
Caducidade dos legados (Art. 1939 e 1940 CC) 
Caducidade não confunde com eficácia. Acontece a Caducidade quando: 
A) Ocorre a modificação substancial da coisa legada 
B) O testador alienar no todo ou em parte a coisa legada 
C) O perecimento ou evicção da coisa legada, SEM culpa do herdeiro ou legatário encarregado do 
cumprimento da disposição 
D) Acontece a exclusão do legatário da sucessão 
E) Premoriência 
 
Do Direito de Acrescer entre Coerdeiros e Colegatários 
Arts. 1941 a 1946 CC 
Espécie de chamamento à herança de alguém que, inicialmente, não era chamado à cota da herança e que 
passa a sê-lo, quando herdeiro ou legatário NÃO QUISER ou NÃO PUDER HERDAR 
Requisitos 
Instituição conjunta de herdeiros ou legatários Ausência de substituto 
 
Hipóteses 
1º) Coerdeiros 
Instituição conjunta 
Quinhões NÃO determinados 
 
2º) Colegatários 
Instituição conjunta 
Mesma coisa certa e determinada 
OU coisa indivisível (natural ou economicamente) 
OBS.: Usufruto X Legado de Usufruto 
A regra no Usufruto quanto ao direito de acrescer é que quando há um desmembramento não irá acontecer 
de passar pra a outra pessoa que tem o usufruto. A exceção é se no contrato estiver expresso que pode 
acrescer no direito do outro 
A regra no Legado do Usufruto quanto ao direito de acrescer irá ter o acréscimo de uma parte à outra 
 
Da Substituição Testamentária 
Arts. 1947 a 1960 CC 
Trata-se da possibilidade de indicar substituto do herdeiro testamentário ou legatário 
20 
 
Modalidades 
1) Simples/Vulgar 
a. Singular – Sem limites 
b. Coletivo – Sem limites 
2) Recíproca 
a. Geral – Sem limites 
b. Particular – Sem limites 
3) Fideicomissária 
a. Fideicomitente 
b. Fiduciário 
c. Fideicomissário 
4) Compendiosa ou Mista 
 
Direito de Acrescer entre Herdeiros 
Espécie de chamamento à herança de alguém que, inicialmente, não era chamado a essa cota da herança, 
passa a sê-lo, quando herdeiro ou legatário instituído NÃO quiser ou NÃO puder herdar 
Só é possível ter o direito de acrescer na sucessão testamentária 
Art. 1943 CC – Em razão de pré-morte, renuncia, exclusão (indignidade), não implemento da condição e, 
ainda, falta de legitimação para suceder 
Hipóteses: 
1) Coerdeiros + nomeação conjunta + quinhões NÃO determinados – Art. 1941 CC 
2) Colegatários + mesma coisa certa e determinada + conjuntamente ou coisa indivisível – Art. 
1942 CC 
 
Nomeação Conjunta 
1) RE TANTUM (conjunção real): Deixo o imóvel X para Pingo (...) Deixo o mesmo imóvel X para Lennon – 
Nesse mesmo testamento foi nomeada a mesma coisa para duas pessoas. Nessa hipótese HAVERÁ o 
direito de acrescer, pois não foi estipulada uma cota para cada 
2) RE ET VERBIS (conjunção mista): Deixo o imóvel X para Pingo e para Lennon – HAVERÁ o Direito de 
acrescer 
3) VERBIS TANTUM (conjunção verbal): Deixo o imóvel X a Pingo e a Lennon, metade para cada um – 
Nesse caso NÃO HAVERÁ direito de acrescer, pois foi estipulada uma cota para cada um 
Substituição Testamentária – Art. 1947 CC 
É a possibilidade de indicar o substituto do herdeiro testamentário ou legatário 
1) Vulgar/Ordinária: Singular/simples ou coletiva/plural. A transmissão se dá uma única vez, pois o 
herdeiro rejeita a herança, sendo transmitida para outro e ponto 
2) Recíproca: Geral ou particular. ATENÇÃO no art. 1950 CC – Vamos imaginar 4 herdeiros, suponde 
que o testamento foi divido em 4 partes (40%, 40%, 10%, 10%). No caso de falta de um dos herdeiros 
que tem 40%, na substituição para os outros 3 herdeiros restantes, o outro que tem 40% irá receber 
uma cota maior desses 40%, e os outros que tem 10% uma cota menor 
21 
 
3) Fideicomissária (até o 2º grau) – A transmissão irá passando, não sendo de uma única vez como na 
vulgar, porém irá até o 2º grau 
4) Compendiosa: Fideicomissária + vulgar 
 
Exclusão da Herança 
INDIGNIDADE 
Artigo 1814 CC 
Qualquer herdeiro ou legatário 
Hipóteses no art. 1814 CC 
Prazo de 4 anos 
Da abertura da sucessão 
Ordemobjetiva 
Por sentença judicial 
DESERDAÇÃO 
Artigo 1961 CC 
Somente herdeiros necessários 
Hipóteses nos arts. 1814 e 1962 CC 
Prazo de 4 anos 
Da abertura do testamento 
Ordem subjetiva 
Por sentença judicial 
Hipóteses: 
1) Ofensa Física 
2) Injúria Grave 
3) Relações ilícitas com a madrasta ou padrasto (para deserdação de descendente) 
4) Relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto, ou com o marido ou companheiro 
da filha ou neta 
5) Desamparo em alienação mental ou grave doença 
Requisitos da Deserdação: 
 Validade do testamento 
 Existência de herdeiros necessários 
 Existência de cláusula de deserdação 
 Prova da existência da causa (ação ordinária declaratória; ação declaratória de privação de legítima 
OBS¹.: Das causas colocadas para deserdação não cabe para o cônjuge, porém pode ser deserdado nas 
hipóteses de indignidade 
OBS².: Companheiro (a) é herdeiro legítimo, porém não é necessário. Por isso não cabe deserdação, afinal 
deserdação é somente para quem é herdeiro necessário 
OBS³.: É possível a reabilitação do deserdado através do testamento 
22 
 
OBS4.: Art. 1817 CC – Em caso de herdeiro putativo (Ex.: Receber a herança e depois achar um testamento 
que excluía o herdeiro), se os atos foram feitos de boa fé serão mantidos, se fosse de má fé não seriam 
válidos. O terceiro que estiver envolvido nisso sempre será protegido, só em caso de má fé que não 
 
Rompimento do Testamento 
Rompe-se o testamento em todas as suas disposições (não confunda com nulo, porque no momento que foi 
feito era válido). Ex.: Um rapaz que faz um testamento achando que não tem herdeiros, depois descobre que 
tem um filho legítimo 
Revogação presumida, ficta ou legal 
1) Descendente que não o tinha ou não o conhecia – Art. 1973 CC 
2) Outros herdeiros necessários – Art. 1974 CC 
Se resguardou a legítima NÃO HÁ rompimento, ex.: Sabe que tem um filho e faz um testamento de 50% 
para um amigo, depois descobre que tem mais um filho, o testamento não é rompido e sim reduzido 
 
Testamenteiro 
É o executor nomeado para executar a vontade do testador, geralmente é um advogado – Art. 1976 CC 
O testamenteiro tem de 1% a 5% do valor líquido da herança pelo pagamento de seus serviços, quem arbitra 
isso é o Juiz, o nome desse recebimento é PREMIO - Vintena 
Se for herdeiro ou legatário NÃO RECEBERÁ o premio, salvo se o testador dispuser expressamente sobre 
isso 
Função personalíssima e indelegável – Art. 1985 CC 
 
DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA 
Art. 1991 a 1996 CC e Art. 982 a 1045 CPC 
Espécies: Judicial, Extrajudicial e Alvará Judicial 
Havendo menor ou incapaz, obrigatoriamente tem que ser o inventário judicial 
Formas de Inventários: 
Inventário Judicial pelo Rito Tradicional – Art. 982 a 1030 CPC e Art. 2016 CC 
Inventário Judicial pelo Rito do Arrolamento Sumário – Art. 1031 CPC a Art. 2015 CC: Partilha amigável 
entre todos os interessados maiores e capazes, bens de qualquer valor 
23 
 
Inventário Judicial pelo Rito do Arrolamento Comum – Art. 1036 CPC: Bens do espólio de valor igual ou 
menos de 2000 OTNs (obrigações do tesouro nacional – índice extinto em 1989). Não leva em conta a 
partilha amigável 
Projeto do Novo CPC – Art. 664: Igual ou inferior a 1000 salários mínimos 
Inventário Extrajudicial ou por Via Administrativa – Lei nº 11.441/07: Feita em Cartório: 
 Não há competência territorial 
 Facultativo (não obrigatório) 
 Herdeiros capazes e concordes 
 Não existência de testamento 
 Escritura pública (sem homologação pelo Juiz) – Registro imobiliário 
 Presença de advogado (comum ou diversos) – Desnecessidade de procuração 
 
Formas de Alvarás: 
Alvará Judicial – Art. 1037 CPC: Independerá de inventário ou arrolamento, o pagamento dos valores 
previstos na Lei nº 6.858/80. São pequenos valores monetários que dispensam o inventário. Independe de 
recolhimento tributário 
 
Incidentes no Processo de Inventário: 
 Sonegação – Bens não declarados pelo inventariante ou herdeiro (Elemento objetivo + 
subjetivo/ocultação maliciosa má-fé). Ação de colação de sonegados 
 Colação – Art. 1014 CPC: Bens doados em vida. Igualar as legítimas (adiantamento). DISPENSA: Na 
doação ou no testamento 
 Partilha – Divisão dos bens líquidos (Se só um herdeiro  Adjudicação dos bens) 
 Sobrepartilha – 2ª partilha, nos próprios autos do inventário principal (1041 CPC e 2021 CC) 
 Hipóteses: Bens remotos: Litigiosos ou de liquidação morosa ou difícil; Bens sonegados descobertos 
pós partilha - sobrepartilha 
 
24 
 
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