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Fichamento sobre Ordem Econômica

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PROJETO DE EXTENSÃO BASE
PRIMEIRO ESTÁGIO
	Período Letivo: 2017.1
Disciplina: Direito Econômico
Professor: Glauber Lucena
Turma: J – 3° Período
Aluna: Rafaelly Medeiros Palmeira Alexandre
Monitora: Mariana Rodrigues
1. Disposições preliminares; 2. Evolução da ordem econômica no direito constitucional; 3. Fundamentos e objetivos da ordem econômica na constituição federal de 1988; 3.1 Fundamentos da ordem econômica; 3.1.1 Valorização do trabalho humano; 3.1.2 Livre-iniciativa; 4. Princípios da ordem econômica; 4.1 Princípios da soberania nacional; 4.2 Principio da propriedade privada e função social da propriedade; 4.3 Princípio da livre-concorrência; 4.4 Princípio da defesa do consumidor; 4.5 Princípio da busca pelo pleno emprego; 4.6 Princípio da defesa do meio ambiente; 4.7 Princípio da redução das desigualdades regionais e sociais; 4.8 Principio do tratamento diferenciado para as micros e pequenas empresas; 5. Intervenção direta do estado na economia (art.173 cf/88); 5.1 Entidades estatais empresariais; 6. Características Constitucionais das empresas estatais; 7. Conclusão; 8. Referências bibliográficas;
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Nesse segundo estágio abordamos a Ordem Econômica, que entende-se como as disposições constitucionais estabelecidas para disciplinar o processo de interferência do Estado na condução da vida econômica da Nação, mormente nas atividades geradoras de rendas e riquezas. No decorrer desse fichamento explanaremos sobre a evolução da ordem econômica no Direito Constitucional, bem como o tratamento que a Constituição de 1988 deu à ordem econômica trazendo os fundamentos, objetivos e princípios desta, e discorreremos um pouco sobre os monopólios e as características constitucionais das empresas, em especial a estatal.
EVOLUÇÃO DA ORDEM ECONÔMICA NO DIREITO CONSTITUCIONAL
No decorrer do nosso histórico de constituições econômicas obtivemos várias mudanças desde a primeira carta imperial do Brasil em 1824, nela não havia um título dedicado especialmente a ordem econômica, no entanto, possuía dispositivos econômicos que permitiram os doutrinadores chamar de “Ordem Econômica implícita ou natural”. Nela estavam estabelecidos o direito à propriedade material e intelectual, assegurando o livre exercício de atividade profissional, ou seja, a propriedade privada e a livre iniciativa, desde que respeitasse o art. 179 (costumes públicos).
Com a Constituição de 1891, o Brasil adotou as primeiras medidas intervencionistas, de caráter literalmente incendiário no setor de produção agrícola cafeeira. Houve, também, o abandono do poder moderador (instituída assim a tripartição), adotou-se o modelo federalista de organização, no entanto, a ordem econômica permaneceu da maneira que estava, tratada de forma natural.
Apenas com a Constituição de 1934, que tivemos pela primeira vez um título destinado à Ordem Econômica e social, que trouxe consigo a função social da propriedade e uma intervenção estatal mais forte (monopólios), dessa forma a Nação passou a adotar uma postura de Estado intervencionista Social, diante do quadro econômico internacional.
A Constituição de 1937, dedicou vários artigos à ordem econômica, estabelecendo uma política intervencionista do Estado no domínio econômico, possuindo caráter nitidamente nacionalista, com a concentração de poderes no Executivo. Igualmente consagra a liberdade de associação, inclusive para fins profissionais e sindicais. Nesta, houve uma diminuição dos direitos individuais.
À respeito da Constituição de 1946, Leonardo Vizeu, em seu livro “Lições de Direito Econômico” informa-nos que então se consolidou a ordem econômica no Título V, estabelecendo diversas mudanças em relação à carta de 1937, uma vez que, apesar de ainda manter um caráter intervencionista, busca conciliar uma iniciativa individual com estímulo estatal, resguardando os direitos fundamentais, ou seja, subordinando o exercício dos direitos individuais ao interesse da coletividade. Harmonizando, dessa forma, o direito de propriedade com o bem-estar da coletividade, bem como os interesses de empregados e empregadores com os valores de dignidade humana no trabalho. Esta Constituição possuiu ideais sociais-democratas.
Por fim, antes de estudarmos mais na frente a nossa atual Constituição (1988), trataremos da Constituição de 1967, que não definiu um sistema econômico a ser adotado pelo Estado, ficando entre o intervencionismo e o neoliberalismo. Esta, consagrou princípios da ordem econômica a justiça social, o desenvolvimento nacional e a harmonização e solidariedade entre os fatores de produção. Surgiram, também, nessa época, planos de desenvolvimentos regionais. E em 1969, por meio de emenda, instituíram personalidade jurídica de direito privado para as empresas estatais.
FUNDAMENTOS E OBJETIVOS DA ORDEM ECONÔMICA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
A partir da positivação da Ordem econômica, novas correntes de pensamento foram surgindo, norteando o Direito, a fim de que este deixasse de se preocupar tão-somente com o indivíduo e passa-se a defender o social e o coletivo, com o fito de assegurar respeito à dignidade da existência da pessoa humana, fundando-se em valores.
3.1 Fundamentos da ordem econômica
Visto isso, a sociedade brasileira, por ocasião da constituinte que resultou em nossa atual Carta magna, elegeu como preceitos fundamentais de sua Ordem econômica os valores a seguir transcrito, nos termos do art. 170, caput, da CRFB:
3.1.1 Valorização do trabalho humano
Vizeu diz que significa que o Poder público deve garantir que o homem possa sobreviver dignamente, tão-somente, com o produto da remuneração de seu labor, garantindo-lhe, uma gama de Direitos Sociais. Em outras palavras, significa proteger o trabalho realizado pelas pessoas, afim de evitar abusos. Vale ressaltarmos também que, a valorização do trabalho humano é fator de garantia do princípio da dignidade da pessoa humana.
3.1.2 Livre-iniciativa
Consiste em dizer que o Estado não deve restringir o exercício da atividade econômica, salvo nos casos em que se fizer necessário, para fins de proteção do consumidor e de toda a sociedade. Ou seja, é a liberdade de entrar, permanecer e sair do mercado, sem interferências externas.
3.2 Objetivos da Ordem econômica
Os objetivos da ordem econômica, dizemos que são dois: a existência digna e a Justiça Social. Este primeiro traduz-se no fato do Estado direcionar, ao menos em tese, a atividade economica para a erradicação da pobreza, acabando com as desigualdades e injustiças sociais. Para tanto, deve se aplicar políticas que efetivem uma justa distribuição de renda, com o fim das classes menos favorecidas tenham acesso ao mínimo existencial em todos os setores da sociedade. Traçando em miúdos, é se valorizar como pessoa.
Já a Justiça social é uma construção moral e política baseada na igualdade de direitos e na solidariedade coletiva. Em termos de desenvolvimento, a justiça social é vista como o cruzamento entre o pilar econômico e o pilar social. É baseada na justiça distributiva, no qual há repartição de bens e encargos entre todos os membros da sociedade, promovida pelo Poder público, garantindo-se uma igualdade proporcional entre os mais e os menos favorecidos, em contraposição com a justiça comutativa.
PRINCIPIOS DA ORDEM ECONÔMICA.
Após analisarmos os valores defendidos e sobre os quais se fundamentam a ordem econômica nacional, a Constituição de 1988 estabelece nos nove incisos do art. 170 seus princípios dispondo que a ordem econômica nacional deverá pautar-se em:
4.1 Princípios da soberania nacional
Soberania é a qualidade acerca do Poder do Estado. É a capacidade de ser reconhecido como pessoa jurídica de direito público na comunidade internacional. Podemos dizer que é submissão do povo em cumprir a lei, nada estaria acima do estado. No entanto, somente existirá Estado soberano onde houver independência econômica.
4.2 Princípio da propriedade privada e função social da propriedade
Traduz-se no poder de usar, gozar, dispor e perseguirum bem, em caráter exclusivo e perpétuo. Este princípio assegura aos agentes econômicos direito a propriedade dos fatores de produção e circulação de bens em seus respectivos ciclos econômicos, sendo instrumento garantidor da livre-iniciativa de empreendimentos privados. Quanto a função social da propriedade é o condicionamento racional do uso da propriedade privada imposto por força de lei, sob pena de expropriação, no qual o Poder público interfere na manifestação volitiva do titular da propriedade, garantindo que a fruição desta atinja fins sociais mais amplos de interesse da coletividade, tais como o bem-estar social e a justiça distributiva.
4.3 Princípio da livre-concorrência
É um dos alicerces da economia liberal, só existirá a livre-concorrência onde o estado garante a livre-iniciativa. Trata-se basicamente da disputa saudável por parcela de mercado entre agentes que participa, de uma mesma etapa em ciclo econômico. Assim, o estado deve garantir que haja uma competição justa e sem abusos, garantindo o equilíbrio entre a oferta e a procura, bem como a defesa da eficiência economica.
4.4 Princípio da defesa do consumidor
Trata-se da proteção conferida pelo estado à base do ciclo econômico. Uma vez que o consumidor é a parte que, durante a relação jurídica economica de aquisição final do bem ou serviço, tem menor conhecimento sobre o mesmo. mister se faz outorga-lhe privilégios legais e processuais, reconhecendo sua posição de hipossuficiência e desvantagem em relação ao produtor ou vendedor.
4.5 Princípio da busca pelo pleno emprego
Trata-se da expansão das oportunidades de emprego produtivo, com fim de garantir que a população economicamente ativa esteja exercendo atividades geradoras de renda, tanto para si, quanto para o país.
4.6 Princípio da defesa do meio ambiente
É o condicionamento planejado de utilização e fruição dos fatores de produção e das riquezas naturais, de modo a evitar o esgotamento das mesmas, garantindo-se sua contínua e permanente exploração por parte da presente geração, bem como vindouras.
4.7 Princípio da redução das desigualdades regionais e sociais
Consiste no compartilhamento equânime, em todas as regiões do país, do desenvolvimento social advindo da exploração de atividade economica. Surgiram políticas de fomentos (incentivos), como exemplo: incensam de tributos e zona franca de Manaus.
4.8 Principio do tratamento diferenciado para as micros e pequenas empresas
Trata-se da proteção conferida à parcela dos agentes privados que participam do ciclo econômico de produção e circulação, sem todavia, deter parcela substancial de mercado, tampouco poderio econômico, sendo, corolário lógico da defesa da concorrência.
INTERVENÇÃO DIRETA DO ESTADO NA ECONOMIA (ART.173 CF/88)
É a forma de intervenção em que o Estado se reveste da qualidade de empresário e ele próprio vai explorar determinada atividade econômica, seja em concorrência com o privado, seja de forma monopolista. No entanto, existe o princípio da subsidiariedade, que diz que o estado só poderá atuar quando as empresas privadas não puderem. A Constituição prevê dois requisitos que permitem esta atuação do estado, ambos serão trabalhados a seguir.
O Estado pode avocar para si o exercício de determinadas atividades econômicas quando vitais à segurança nacional ou de relevante interesse coletivo (art. 173), podendo, nos casos especificados, assumir o monopólio das atividades taxativamente elencadas no texto constitucional (art. 177).
A Segurança nacional ocorre nos casos em que a intervenção se faz necessária para garantir a própria existência e razão de ser do Estado. Se deixar determinada atividade para a iniciativa privada pode pôr em risco a segurança nacional.
Quanto ao relevante interesse coletivo é todo aquele que deve se sobrepor ao interesse do particular, com fim de garantir a sobrevivência da própria liberdade individual e da sociedade. No entanto, é um conceito jurídico indeterminado, que significa em tese, que a população necessita daquela intervenção por ser do interesse dela.
5.1 Entidades estatais empresariais
São empresas criadas pelo Estado com a finalidade de explorar, ou, prestar um serviço público. Ressalta-se que, em ambos os casos, deve se configurar a necessidade de imperativo para a segurança nacional ou de relevante interesse coletivo.
A sua criação advém de autorização em lei específica, sendo criadas, como toda pessoa jurídica de direito privado, mediante o registro de seus atos constitutivos no oficio cartorial competente.
Essas empresas podem ser de 3 formas: empresas públicas , onde todo capital social pertence ao estado, e não existe nenhuma intervenção privada, como por exemplo: A Caixa Economica Federal, por mais que, hipoteticamente, apenas 40% de seu dinheiro vai para o Estado da Paraíba, ela ainda continuará sendo pública; uma outra forma são as sociedades de economia mista, que são aquelas empresas estatais que aceitam participação da iniciativa privada, porém a maioria do capital social, e o controle administrativo, pertence ao Estado; por fim, temos as empresas subsidiárias estatais, que são empresas cujo controle e gestão das atividades são atribuídas à empresas públicas ou à sociedade de economia mista diretamente criadas pelo Estado. Em outras palavras, o Estado cria e controla diretamente determinada sociedade de economia mista e esta, por sua vez, passa a gerir uma nova sociedade mista, tendo também o domínio do capital votante. É esta segunda empresa que constitui a sociedade subsidiária, por exemplo: Fiat – Jeep.
CARACTERISTICAS CONSTITUCIONAIS DAS EMPRESAS ESTATAIS
Dentre as várias características que as empresas estatais possuem podemos citar algumas principais que são: a autorização de sua criação por meio de lei específica; possuírem personalidade jurídica de direito privado; proibição de concessão de incentivos fiscais sem ampliação para a iniciativa privada; possuem um regime celetista dos empregados, ou seja, eles podem ser demitidos a qualquer momento e só entram mediante concurso e por fim, possuem o dever de licitar.
CONCLUSÃO
Por todo o exposto, podemos afirmar que ordem econômica na Constituição de 1988, constitui um conjunto de normas programáticas de uma Constituição dirigente, ou seja, normas que procuram dizer para onde e como se vão atribuir os fins do Estado, não apenas o retrato do “mundo do ser” econômico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
USO DO LIVRO
FIGUEIREDO, Leonardo Vizeu. LIÇÕES DE DIREITO ECONÔMICO. 3. Ed. Forense. Rio de Janeiro, 2010.
Assunto Extra:
MONOPÓLIOS (Art. 177 CF/88)
- Expressão apenas para atividade economica;
- Não confundir serviço público com monopólios;
Conceito: É a expressão utilizada para identificar quando um único agente detem a atividade econômica em um determinado mercado relevante.
Especies:
Quanto à origem:
Natural, é aquele que surge naturalmente, nasce de uma circunstância, não sendo originado/fabricado/criado por uma pessoa, ou lei, surge naturalmente.
Artificial, é aquele criado pela vontade humana. Ex.: por meio de lei, quando diz que determinada atividade só pode ser exercida por tal pessoa.
Obs.: no Brasil é proibido esse monopólio artificial Privado.
Quanto à pessoa:
Privado: quando é praticado por um particular;
Público: quando é praticado pelo Estado;
Obs.: Jamais o monopólio poderá ser criado por meio de lei infraconstitucional, apenas por via Constitucional.
Monopólios estatais:
Só poderá ser exercido pela União, isso está previsto nos 5 incisos do artigo 177 , que tratam do : Petróleo, Gás Natural (Petrobras) e energia nuclear (Eletrobras).
No entanto, através da EC n° 9/95, estabeleceu-se que empresas estatais também poderão realizar essas atividades, desde que autorizadas pela União.
A flexibilização está presente hoje em todos os incisos desse art. Principalmente do I ao IV. O inciso V diz: “Tudo será monopólio da União, com relação aos minérios e minerais nucleares, com exceção dos radioisótopos que poderão ser comercializados pelasempresas privadas.”

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