Buscar

Questão discursiva 2 Soc. e Contemp.

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Questão discursiva 2 – G1 
Sociedade e Contemporaneidade
08/05/2017
Frey e Michael Osborne, professor de ciência de engenharia de Oxford, avaliaram tarefas cotidianas de mais de 700 ocupações, para identificar o que uma máquina poderá fazer melhor que os humanos nas próximas duas décadas. Chegaram a um índice que varia entre 0 (nenhum risco de substituição) e 100% (risco total). As profissões mais ameaçadas estão nas áreas de logística, escritório e produção, aquelas que envolvem tarefas repetitivas. “Cerca de 47% das profissões correm risco”, disse a ÉPOCA Carl Frey, doutor em economia da Universidade de Oxford, autor do estudo O futuro do emprego. “Trocar profissionais por máquinas no Brasil é, em tese, menos atraente do que nos Estados Unidos, porque os salários são mais baixos”, diz Frey. “Mas o custo da automação está caindo tão rapidamente que a tendência deverá se manifestar nos dois países quase ao mesmo tempo.”
Com base nestas observações e tendo em mente os capítulos 6 a 10 mais especialmente o capítulo 7, aponte, (a partir de conceitos deste capitulo) as saídas para enfrentarmos o desemprego e as carreiras no presente e no futuro neste início de século XXI?
MINHA RESPOSTA:
Do acúmulo de ferramentas, máquinas e capital econômico, passamos à busca de acúmulo de conhecimento, de “capital intelectual”. Este é o principal quesito exigido para empregar-se na atualidade.
Especialistas têm provocado um debate dizendo que, atualmente, não podemos mais falar em “mão de obra do trabalhador”, mas em “cérebro de obra do trabalhador”, pois o mercado passa a exigir cada vez mais trabalhadores qualificados que usam, por sua vez, cada vez mais o cérebro e menos as mãos.
Destaco as “carreiras sem fronteiras” que vêm se constituindo a partir dos anos 1990 em diante e que segundo Veloso (2012), são carreiras que não têm a fronteira da organização como parâmetro, ou seja, o desenvolvimento profissional não está ligado a somente uma organização, como era antes, portanto trabalhar pode não significar ter um emprego fixo em uma empresa estruturada. Elas surgem não somente porque os trabalhadores mudaram, mas porque as próprias organizações passaram a necessitar de quadros profissionais mais flexíveis. Portanto, a história de uma pessoa que passa a maior parte da sua vida em uma única empresa vai ser cada vez mais rara na contemporaneidade, segundo a autora.
Atualmente, podemos também citar o ato de empreender, que está intrinsecamente ligado às profissões do presente e vão estar no futuro próximo. Mas, para isso, é necessário escolher uma carreira, o mercado de trabalho precisa de pessoas competentes, pessoas capazes de serem “CHA” (tenham Conhecimento, ou seja, que tenham “saber” aprendido na escolarização formal e informal, mas não necessariamente posto em prática; que tenham Habilidade, que “saibam fazer”, que tenham experiência, e saibam, sobretudo, colocar em prática o conhecimento; e que tenham Atitude, é o “querer fazer”, a disposição que articula o conhecimento e a habilidade). Portanto, a “era do Coeficiente de Inteligência elevado”, da inteligência cognitiva, por si só, hoje em dia, não diz absolutamente mais nada. Também se faz necessário, ser mais humano, saber suas fraquezas, seus pontos fortes, saber dialogar, saber conviver com os colegas, ter compromisso, criar vínculos, enfim, ter inteligência emocional e princípios básicos de convivência em sociedade, que com o avanço da tecnologia vem se perdendo.
Concluindo, com esta nova economia, o conhecimento e a informação (capital intelectual) são fundamentais para podermos ter empregabilidade. O emprego passa a ser além de temporário, não mais para a vida toda, também “sem fronteiras”. Este novo “trabalhador” não faz mais uma “carreira organizacional”, subindo postos dentro da empresa na qual trabalha, mas exercendo atividades para além das fronteiras da organização, ou seja, fazendo uma “carreira sem fronteiras”. Este novo trabalhador terá de ser, acima de tudo, um empreendedor na sua profissão, investindo na sua formação permanente, planejando sua carreira, que exigirá para além de uma inteligência cognitiva, uma inteligência emocional.

Outros materiais