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Gestão do Desenvolvimento Humano e Organizacional

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Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul
Campus Virtual
	
	Avaliação a Distância
Unidade de Aprendizagem: Gestão do Desenvolvimento Humano e Organizacional
Curso: Tecnológico Gestão de Recursos Humanos
Professora: Alessandra de Oliveira
Nome do aluno: Danilo Resende Leite
Data: 13/10/2016
Orientações:
Procure o professor sempre que tiver dúvidas.
Entregue a atividade no prazo estipulado.
Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.
Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA).
As questões relativas ao valor do trabalho são uma constante em nossa cultura. De acordo com G. Friedmann (KANAANE, 2007 apud BITTENCOURT, 2013, p. 15), o trabalho assume diferentes facetas, variando desde:
o aspecto técnico – implica questões referentes ao lugar de trabalho e adaptação fisiológica e sociológica do trabalhador;
o aspecto fisiológico – o grau de adaptação entre homem e lugar de trabalho- meio físico - e o problema da fadiga;
o aspecto moral – pois se trata de atividade social humana, considerando especialmente as aptidões, as motivações, o grau de consciência, as satisfações e a relação íntima entre atividade de trabalho e personalidade;
o aspecto social – as questões específicas do ambiente de trabalho e os fatores externos;
os aspectos econômicos  - o fator de produção de riqueza.
O documentário “Carne e osso”, com direção de Caio Cavechini e Carlos Juliano Barros, problematiza a situação de trabalho em um tipo de organização, mais especificamente, em frigoríficos no Brasil, mostrando a dura rotina de quem lá trabalha, evidenciando os danos físicos e psicológicos nesse ambiente de trabalho.
Para resolver a presente Avaliação, assista a esse documentário. Você pode acessá-lo por meio do link indicado a seguir.
Ficha Técnica
Título: Carne e osso - documentário
Direção: Caio Cavechini e Carlos Juliano Barros
Tempo: 53’
Link:https://www.youtube.com/watch?v=imKw_sbfaf0
Diante do exposto em nossos estudos e no documentário “Carne e osso”, responda às questões que seguem. 
a) Liste as principais queixas manifestadas pelos trabalhadores e respectivas medidas adotadas pelas empresas. (1,0 ponto)
b) Identifique os direitos infringidos dos trabalhadores entrevistados. (1,5 pontos)
c) Analise a qualidade de vida presente nesse ambiente de trabalho, mediante os quesitos apontados na disciplina. (2,5 pontos)
d) Caracterize o trabalho nas organizações abordadas pelo documentário, mediante os aspectos elencados por Friedmann. (2,5 pontos)
e) Indique possíveis estratégias a serem adotadas pelo gestor de pessoas, frente aos problemas abordados pelo documentário. (2,5 pontos)
 Respostas
A) As Principais queixas são: Movimentos repetitivos durante muito tempo, mesma atividade, sempre mantendo a esteira cheia de carne, cobrança excessiva, não podia desviar a atenção por nada, pouco tempo para fazer o trabalho, ritmo muito acelerado em época de exportação, poucos funcionários e não pagamento de hora extra, excesso de jornada de trabalho que causaria maior probabilidade de acidentes, riscos de acidente, serviço com grau de dificuldade grande, serviço estressante, desgastante, calor excessivo da estufa, trabalho sob pressão, medo de ser mandado embora, cansaço do dia anterior, exigência sempre maior a cada dia, havia planejamento da jornada de trabalho sem contar com pausas, 3 vezes mais movimentos do que o seguro na desossa de uma perna de frango em 1 minuto, muitos não faziam o horário de almoço, problemas de saúde, não pegavam atestado médico por medo de ser mandado embora, problemas com sono pelo excesso de dor, conversa proibida com companheiros de trabalhos, ambiente todo fechado, barulho, não podia ir mais do que duas vezes ao banheiro ou demorar mais de 5 minutos que era mandado para a diretoria, transtornos mentais e doenças em geral (nunca era culpa do trabalho, e sim de causas fora do ambiente do trabalho), LER (lesão de esforço repetitivo), ambiente frio e sofrimento psíquico associado, riscos como queimaduras e corrosões muito maior do que o de outros trabalho, médico não dá tempo para se recuperar, não fazia exame, quando tem saúde serve para a empresa, quando estava com problemas era estorvo, problemas de saúde para sempre, salário baixo, muito cobrança e não davam aumento fora o que era estipulado por lei, quando havia auditoria o ritmo era mais lento e aumentavam a temperatura, não davam roupas necessárias para se aquecerem, havia acidentes regularmente, tinham que aprender outra profissão, transtornos mentais, maior risco de traumas do que outras áreas de trabalho, pouco tempo de assistência médica e abandono de funcionário acidentado, empresa menosprezava quem ficava doente, não acreditavam na doença dos funcionários, humilhação, doenças comum em idoso aparecia em jovens.
Medidas adotadas pelas empresas: O ministério público e do trabalho, buscam conscientizar as empresas, que precisam reprojetar essas atividades, ou seja, diminuir ritmo e dar pausas para recuperação dos membros superiores e coluna. Houve também a implantação no ano de 2013, a norma regulamentadora dos frigoríficos (NR36), que regulamenta condições de trabalho em área de abate e processamento de carnes e derivados. Tem como objetivo prevenir e reduzir acidentes e doenças ocupacionais dos profissionais do setor.
B) Não pagamento de horas extras, carga horária excessiva, não havia pagamento de insalubridade, muitos não faziam o horário de almoço, maior número de movimentos do que o é estipulado seguro, empresa mandava embora quando o funcionário ficava doente por problemas de saúde ocasionados pelo trabalho e davam pouco tempo de assistência para funcionários que se acidentaram (muitas vezes até deixavam de pagar).
C) Se analisarmos a qualidade de vida no trabalho das pessoas que foram destacas no documentário “Carne e Osso” (Caio Cavechini e Carlos Juliano Barros), com o modelo de aferição de QVT de Richard Walton, vamos ver que nos 8 critérios apresentados por ele, existem falhas que necessitariam de ser urgentemente corrigidas. Gostaria de fazer uma análise usando os mesmos critérios de Walton:
1. Compensação justa e adequada: Vemos que não existe essa compensação justa, pois não há justiça nos valores que os trabalhadores recebem, vimos algumas vezes no documentário, trabalhadores reclamando de não receberem aumento salarial e de ter um salário baixo. Vemos que no estado de Mato Grosso do Sul, famílias continuam na mesma condição social, sem terem esperança de mudar.
2. Condições de Trabalho: Vamos falhas também nesse item, pois trabalhadores reclamam do alto risco e de acidentes regulares no ambiente de trabalho. Podemos citar que trabalhadores sofrem constantemente de LER (lesões de esforço repetitivo) e se esforçam mais do que podem, com medo de serem mandados embora. Também vemos trabalhadores que fazem hora extra e não recebem por isso, alguns até reclamam da uma carga horária alta e muito desgaste físico.
3. Uso e desenvolvimento da capacidade: A tarefa dentro dos frigoríficos, não fazem com que os trabalhadores desenvolvam suas capacidades, trabalhavam de forma repetitiva e exaustiva. Eles não contam com nenhum tipo de autonomia, pois fazem exatamente o que os encarregados mandam, vamos como exemplo a moça que não conseguia abrir os dedos da mão, e a encarregada mandou ela colocar a faca entre os dedos e trabalhar.
4. Oportunidade de crescimento e segurança: Existe a possibilidade de crescimento quase nula, pois vemos que trabalhadores com 5 anos ou até mesmo menos, já sofrem com doenças e são trocados por outros funcionários. Dentro desse mesmo aspecto, entendemos que não existe segurança nenhuma de que eles vão continuar trabalhando, pois, um dos trabalhadores ainda diz: ‘‘com saúde serve, sem saúde é um estorvo”.
5. Integração social na organização: Acredito que nesse quesito, os frigoríficos até têm uma integração justa, porque na verdade, qualquer funcionário que esteja dispostoa trabalhar, é bom para eles, vemos diversos tipos de funcionários dando depoimentos.
6. Constitucionalismo: Nesse tópico voltamos a ver falhas, pois o que mais vemos são os direitos dos trabalhadores lhes sendo negado, não pagamento de hora extra, carga horária acima do permitido, entre outros. Vemos que os trabalhadores não têm um tratamento justo nesse ambiente.
7. O trabalho e o espaço total de vida: Vemos que o trabalho nos frigoríficos, esgotam todas as energias dos trabalhadores, onde eles estão preocupados em se recuperarem para o próximo dia de trabalho, e mesmo tentando descansarem, muitas das vezes, chegam esgotados para o próximo dia. Vemos o exemplo do jovem que faz faculdade e trabalha, mostrando cansaço aparente no próprio ambiente de trabalho.
8. Relevância social do trabalho na vida: Pelos relatos dos trabalhadores, vemos que essas organizações, só aparecem como influência negativa para os ex trabalhadores, não ajudam aqueles que sofreram acidentes e aqueles que ficaram impossibilitados de trabalhar. Vemos até mesmo, casos onde os trabalhadores se sentiam humilhados no próprio ambiente de trabalho.
D) Aspecto Técnico: Em um aspecto técnico, podemos caracterizar que o trabalho nessas organizações, tendem a desgastar os trabalhadores, fisicamente e ainda os deixam sem tempo e disposição para aproveitarem a sua vida social.
Aspecto Fisiológico: A maior reclamação dos trabalhadores nessas organizações, são do desgaste físico deles, onde se esforçam demais e acabam por ter problemas de saúde, decorrente de todo o esforço em sua jornada de trabalho
Aspecto Moral: Vemos que a motivação dos trabalhadores nessas organizações se falando em aspecto moral, é de não serem mandado embora, pois necessitam do trabalho para sustentarem sua família.
Aspecto Social: Em um aspecto social, podemos dizer que o trabalho dentro dessas organizações, serve somente para aumentar a riqueza do estado, pois as famílias vivem em condições sociais baixas, onde elas nunca conseguiram sair do mesmo patamar social.
Aspecto Econômico: Vemos que todo o esforço do funcionário e necessidade, são as grandes ferramentas para que continuem a fazer esse trabalho dentro dessas organizações. Aves, bovinos e suínos, são o produto, porém sem os funcionários, não haveria nenhum tipo de produção.
E) Deveria ser feito uma pesquisa a nível de satisfação de cada funcionário para saber quais os pontos que estão mais incomodando os funcionários. Poderia ser usado as categorias conceituais de QVT conforme Walton, pois daria para fazer um mapeamento, de quais são as principais reclamações dos trabalhadores. A partir de então, começar a trabalhar em cima de cada reclamação a ponto de melhor e satisfazer o funcionário, exemplo: Se as notas mais baixas estiverem no critério de condição de trabalho, deveria começar a trabalhar em cima desse aspecto, ajustando a jornada de trabalho, melhorando o ambiente e deixando o mesmo seguro e saudável e fazendo com que o funcionário se sentisse seguro e confortável.
Tomar as devidas atitudes e trabalhar conforme as leis trabalhistas é a melhor opção para que haja preservação de um bom ambiente de trabalho e satisfação do funcionário.

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