Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Resumo esquemático das principais inovações do Novo Código de Processo Civil Março de 2016 3 O Novo Código de Processo Civil que entrará em vigor no dia 18 de março de 2016 intentou me- lhor sistematizar os institutos do processo civil clássico e em alguma medida acolher, agora na seara legal, consagrados posicionamentos doutrinários e cimentados entendimentos jurispru- denciais, bem como perseguiu imprimir maior efetividade do processo, tanto sob o aspecto da celeridade quanto em relação ao seu resultado útil, caminhando ao encontro da intensificação do acesso à justiça. Além disso, rendeu inédito prestígio à autocomposição das lides judiciárias, inegavelmente veiculando política de solução negociada dos conflitos e pretendendo estimular as partes ao exercício pleno de sua cidadania, autonomia e autodeterminação. Tanto assim que fomento às soluções alternativas de conflitos foi alçado à categoria de dever de defensores pú- blicos, juízes, advogados e membros do Ministério Público (artigo 3, parágrafo 3º). Seguem, esquematicamente, as principais inovações da nova legislação processual civil. Prerrogativas do Defensor Público: (a) prazo em dobro e intimação pessoal: previsão no arti- go 186. Não será dobrado o prazo quando a lei estabelecer expressamente prazo próprio para a Defensoria Pública; (b) desnecessidade de juntada de procuração: previsão no artigo 287, parágrafo único, inciso II; (c) intimação pessoal da parte patrocinada pela Defensoria Pública quando o ato processual depender de providência ou informação que somente por ela possa ser realizada ou prestada: previsão no artigo 186, parágrafo 2º; (d) intimação judicial da tes- temunha arrolada pela Defensoria Pública: previsão no artigo 455, parágrafo 4º, inciso IV do Código de Processo Civil. Julgamento em ordem cronológica de conclusão (artigo 12): as sentenças e acórdãos devem ser proferidos preferencialmente e, em regra, na ordem em conclusão dos autos. Ficam ressal- vadas as exceções do parágrafo 2º do artigo 12. Decorrência do princípio da isonomia, a regra é válida para sentenças e julgamento de recursos, não sendo aplicável, portanto, aos despachos e decisões interlocutórias. Outorga uxória e litisconsórcio necessário de pessoas que vivem em união estável: nas ações que versam sobre direitos reais imobiliário, há expressa exigência da vênia conjugal no polo ati- vo e do litisconsórcio necessário no polo passivo em se tratando de litigantes que convivam em união estável comprovada nos autos (artigo 73, parágrafo 3º). Multa por litigância de má-fé: mantidas as hipóteses em que os autores, réus ou intervenientes incorrem em litigância de má-fé, a multa para tais situações passou a ser de 1% a 10% do valor da causa, podendo ser fixada em até 10 salários mínimos se irrisório ou inestimável esse valor atribuído à causa (artigos 79 a 81) Oposição: a oposição perde sua natureza de intervenção de terceiro e é regulada como ação autônoma de procedimento especial, continuando cabível nos casos em que se pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu (artigos 682 a 686). Nomeação à autoria: também deixa de ser modalidade de intervenção de terceiro, mas é facul- tado ao autor requerer em quinze dias a substituição do polo passivo se o réu alegar em contes- tação ser parte ilegítima. 4 Novas modalidades de intervenção de terceiros: foram acrescidos como espécie de intervenção de terceiros o incidente de desconsideração da personalidade jurídica (artigos 133 a 137) e o amicus curiae (artigo 138). Prazos processuais: conforme disposto no artigo 219, a contagem dos prazos processuais inclui- rá apenas os dias úteis, de modo que os dias não úteis nunca serão computados (estejam eles no início, no meio ou no fim do prazo). Permanece a regra segundo a qual na contagem dos prazos exclui-se o dia do começo e inclui-se o do final (artigo 224). Poderá o juiz ampliar (nunca reduzir) os prazos processuais para adequá-lo às necessidades do conflito (artigo 139, inciso VI). Prevenção do Juízo: a prevenção decorre agora do registro ou da distribuição da petição inicial, e não mais da primeira citação válida (juízos de comarcas diferentes) nem do primeiro despa- cho que determinar a citação (Juízos da mesma comarca). Na atual sistemática, em ambas as hipóteses, as ações conexas serão reunidas no Juízo em que primeiro houver sido registrada ou distribuída a inicial (artigo 59). Interrupção da prescrição e da decadência: a prescrição e a decadência são interrompidas pelo despacho que ordena a citação do réu, mas, assim como no regime anterior, essa interrupção retroage à data da propositura da ação. Demandas repetitivas. Determina o artigo 139, inciso X que, deparando-se com demandas in- dividuais repetitivas, o juiz deverá oficiar a Defensoria Pública para que a Instituição avalie a possibilidade do ajuizamento de ação coletiva ou a instauração de procedimento de tutela cole- tiva. Trata-se de norma que reafirma a legitimidade da Defensoria Pública para o aforamento de ações civis públicas. Foro especial da mulher. Não há mais previsão de foro especial da mulher nas ações de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável. Nessas causas, agora, o foro competente é o do domicílio do guardião do filho incapaz. Não havendo filho incapaz, o do último domicílio do casal, se uma das partes ainda residir nele. Caso não haja filho incapaz e nenhuma das partes resida no foro do antigo domicílio do casal, será competente o foro do domicílio do réu (artigo 53, I). Por serem estes critérios territoriais de fixação da com- petência, sua natureza é relativa. Foro de residência do idoso. Para as ações que versem sobre direito previsto na Lei 10.741/2003 (Estatuto do Idoso), será competente o foro de residência da pessoa idosa (artigo 53, inciso III, alínea e). Porque o critério, aqui, também é territorial, a competência é relativa. Tutela provisória: com a nomenclatura genérica de tutela provisória, o Código de Processo Civil de 2015, designa as tutelas jurisdicionais diferenciadas que podem ser concedidas nos processos de conhecimento ou de execução. Quanto à sua natureza, as tutelas provisórias podem ser ante- cipadas (satisfativas) ou cautelares (assecuratórias); quanto ao momento, podem ser anteceden- tes (concedidas antes da dedução da pretensão principal ou de toda a sua argumentação jurídica e apresentação de prova documental) ou incidentais (concedidas no curso do pedido principal); quanto ao seu fundamento, podem ser de urgência (probabilidade do direito alegado e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo – os clássicos fumus boni juris e periculum in mora) 5 ou de evidência (que não exigem necessariamente uma situação de perigo de dano ou risco ao resultado útil da causa, mas sim situações específicas e previstas legalmente que recomendam a melhor distribuição do ônus da demora de um processo, como por exemplo, nos casos em que o réu abusa de seu direito de defesa ou emprega expedientes meramente protelatórios ou em que as alegações de fato do autor estão provadas documentalmente e sua tese jurídica está al- bergada em julgamento de casos repetitivos ou súmula vinculante). A tutela de evidência, dadas essas situações nas quais é possível, não pode ser concedida de maneira antecedente, mas ape- nas incidental. A nova regulamentação dos provimentos jurisdicionais diferenciados, concedidos em caráter provisório e mediante cognição superficial, tornou desnecessário o ajuizamento de qualquer ação acautelatória autônoma em relação ao provimento principal, razão pela qual o novo Código de Processo Civil não prevê mais a existência dos processos cautelares, nem pre- paratórios nem incidentais. Fica mantida a fungibilidade das tutelas provisórias, podendo o juiz concedera mais adequada (antecipada ou cautelar) ao caso concreto (artigo 297, caput). A tute- la provisória vigorará até que seja revogada, modificada ou perca sua eficácia. A modificação ou a revogação da tutela provisória, seja antecipada seja cautela, poderá ser determinada de ofício pelo juiz, independente de pedido expresso da parte (artigo 296). Tutela provisória antecipada e julgamento antecipado parcial do mérito: os institutos não se confundem, porque a tutela provisória antecipada é deferida em cognição sumária e tem a mar- ca da provisoriedade, devendo ser substituída pelo provimento final, ao passo que o julgamento antecipado parcial do mérito é proferido em caráter definitivo, cognição exauriente e é acober- tado pela autoridade da coisa julgada material (artigos 355 e 356). Esses artigos permitem que o mérito do processo seja agora julgado em momentos distintos, pois sendo um dos pedidos incontroverso, ou estando ele em condição de julgamento, o juiz decidirá desde logo o mérito desse pedido pronto para ser julgado, fazendo-o por decisão interlocutória atacável por recurso de agravo de instrumento. Há verdadeiro julgamento de mérito, portanto, e não mera antecipa- ção dos efeitos da tutela, como no regime do CPC de 1073. Tutela provisória de urgência. Requisitos. É preciso que haja requerimento da parte, salvo em situações bastantes excepcionais, como nas causas que versem direito indisponível e haja risco de dano grave ou de difícil reparação. Outro requisito é a presença de elementos que sinalizem a probabilidade do direito, ou seja, a verossimilhança das alegações, a possibilidade de o reque- rente vir a ter a causa julgada em seu favor, o fumus boni juris, portanto. Também são exigidas uma situação concreta de risco de dano (periculum in mora) e a reversibilidade dos efeitos da medida. Caução. Poderá o juiz, nos termos do artigo 300, parágrafo 1º, exigir a prestação de caução para o deferimento da medida, dispensando-a, entretanto, se a parte não puder oferece-la em razão de sua hipossuficiência econômica. Tutela provisória de evidência. Requisitos. Exige-se o requerimento da parte, a presença de uma das situações previstas legalmente em rol numerus clausus e a reversibilidade dos efeitos da decisão que a concede. Tutela provisória de urgência antecedente de caráter satisfativo (ou antecipado): uma das maiores inovações do novo Código de Processo Civil repousa na possibilidade de se requerer 6 a tutela antecipada em pedido sintético, formulado antes da apresentação de todos os pedidos principais ou pelo menos antes da dedução de toda a argumentação jurídica e juntada da prova documental. É o que preveem os seus artigos 303 e 304. Nessa hipótese, deferido o pedido de antecipação da tutela principal, o autor será intimado para, em quinze dias ou outro prazo maior que o juiz lhe fixar, aditar a inicial, complementando sua argumentação jurídica e juntando novos documentos. Ainda no caso de deferimento da tutela antecipada em caráter antecedente, o réu deverá ser citado, ato que disparará o seu prazo para a interposição de recurso (que é o agravo de instrumento), sem que tenha início ainda o seu prazo de contestação. Se o autor, no prazo legal de quinze dias ou outro mais concedido pelo juiz, aditar a inicial, o processo terá normal prosseguimento até o seu final. Todavia, conforme o artigo 303, parágrafo 2º, se o autor não proceder ao aditamento da inicial, o processo será extinto sem resolução do mérito. Nessa hi- pótese de não aditamento, ser não houver também a interposição de agravo pelo réu, a medida se tornará estável, e assim permanecerá pelo período de dois anos se não houver, nesse tempo, o aforamento de ação autônoma para que ela seja revista, reformada ou invalidada (artigo 304, parágrafo 2º), após os quais ostentará a característica da definitividade. Também a tutela pro- visória cautelar poderá ser deferida em caráter antecedente, ou seja, em petição resumida, na qual apenas indicado o provimento final pretendido e desprovida de toda a argumentação jurí- dica e documentação que embase as alegações do requerente. Se deferida, perderá sua eficácia acaso não deduzido o pedido principal no prazo de trinta dias. Procedimento comum: não há mais a divisão do procedimento comum em ordinário e sumário. Há agora a previsão do rito comum e de ritos especiais. Improcedência liminar do pedido. Antes prevista no artigo 285-A do CPC/1973, a improcedência liminar do pedido vem agora discipli- nada no artigo 332 do novo Código de Processo Civil, visando conferir maior previsibilidade das decisões judiciais e segurança jurídica aos cidadãos. A diferença fundamental é que na regra anterior era prestigiado o histórico de decisões locais, já que a improcedência liminar pode- ria ser decretada se o juízo já houvesse proferido sentença de total improcedência em outros casos idênticos. Mantido o requisito de a matéria sub judice tratar-se unicamente de questão de direito, atualmente a improcedência liminar prestigia a jurisprudência dos Tribunais, já que, entre seus fundamentos, está a contrariedade do pedido com enunciado de súmula do Supe- rior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal ou mesmo de tribunais de justiça nos casos de direito local. Contra a sentença de improcedência liminar cabe apelação com efeito regressivo, podendo o juiz se retratar. Se o juiz decretar a improcedência liminar de apenas um ou alguns dos pedidos, a sua decisão terá natureza interlocutória e desafiará, pois, recurso de agravo de instrumento. Audiência de conciliação ou mediação. Ajuizado o pedido, o juiz deve- rá designar audiência de conciliação ou mediação, que apenas não será realizada se ambas as partes expressamente manifestarem seu desinteresse ou se não for possível a autocomposição. Ainda que uma das partes manifeste explicitamente não desejar a realização da audiência, se a outra silenciar ou expressamente manifestar interesse no ato, ele será realizado. Somente não o será, repise-se, se ambas expressamente manifestarem não ter interesse na designação da au- diência (artigo 334). Contestação. Conforme o artigo 335, prazo para contestar é de quinze dias e tem início da audiência de tentativa infecunda de conciliação ou mediação ou então da data do protocolo do pedido de cancelamento apresentado pelo réu (se o autor também manifestou expressamente na inicial o seu desinteresse no ato). Tanto a incompetência relativa quanto a reconvenção devem ser apresentadas no bojo da contestação, e não mais, como no regime do CPC de 1973, respectivamente, em exceção ritual e peça separada. Ônus da impugnação espe- 7 cificada. O novo Código de Processo Civil afasta do réu representado pela Defensoria Pública o ônus da impugnação especificada dos fatos articulados pelo autor, imposto pelo princípio da eventualidade. Trata-se da chamada contestação por negativa geral dos fatos, que torna contro- vertida toda a matéria de fato alegada pelo autor na inicial, exigindo que ele faça prova de tudo quanto afirmou (artigo 341, parágrafo único). Acordo entre as partes sobre o procedimento. Permite o artigo 190 que as partes estipulem “mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo”, como, por exemplo, a fixação de calendário para a prática de atos processuais. Essas convenções procedi- mentais das partes são fiscalizadas pelo juiz da causa, que controlará a sua validade. Causas de família. O novo Código de Processo Civil prevê que nas ações de família, após receber a inicial, o juiz deve designar audiência de conciliação e mediação. No ato de citação do réu não lhe deve ser entregue a contrafé, mas poderá ele ter acesso quando deseja à cópia da petição inicial. Após a realização dessa audiência o processo seguirá o rito comum.Possessórias coletivas. Nas ações possessórias coletivas de força velha (em que a agressão à posse data de mais de ano e dia), antes de apreciar o pedido de liminar, o juiz deverá designar audiência de mediação, para a qual deverá ser intimada a Defensoria Pública se no processo houver parte beneficiária da justiça gratuita (artigo 565). Em outro dispositivo, prevê o novo Código de Processo Civil que, se no polo passivo da ação possessória figurar grande número de pessoas, a Defensoria Pública deve ser intimada sempre que o litígio envolver pessoas em situa- ção de hipossuficiência econômica (artigo 554). Usucapião extrajudicial. O artigo 1.071 do novo Código de Processo Civil acresce dispositivos na Lei de Registros Públicos (Lei nº 6.015/73) que disciplinam a figura do usucapião extraju- dicial, a ser requerido diretamente no cartório de registro de imóvel da situação do bem, em procedimento simplificado. Qualquer modalidade de usucapião poderá ser requerida adminis- trativamente, sem prejuízo de conversão do procedimento administrativo em judicial caso haja apresentação de impugnação por qualquer interessado. A utilização da via administrativa para o processamento do usucapião é uma faculdade do interessado. Execução de alimentos. Segundo a disciplina do novo Código de Processo Civil, aprofundando natureza sincrética do processo judicial brasileiro, as execuções de alimentos fixadas judicialmen- te não mais serão processadas em ação nova e autônoma, mas sim em procedimento (ou fase) de cumprimento de sentença. Apenas as execuções de alimentos fundadas em título executivo extrajudicial serão processadas em ação nova e autônoma (artigos 911 a 913). O cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de prestar alimentos pode se verificar pela via mais coativa da prisão ou pela vereda da constrição de bens do devedor. No primeiro caso segue-se a disciplina do artigo 528; no segundo, os artigos 523 a 527. O entendimento pre- toriano cimentado no preceito sumular 309 do Superior Tribunal de Justiça (O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo) restou albergado pela lei (artigo 528, parágrafo 7º do novo Código de Processo Civil). No caso de rito mais coercitivo, 8 continua o devedor sendo intimado pessoalmente para, em três dias, pagar o débito, provar que já o fez ou justificar a impossibilidade de fazê-lo, sob pena de ser-lhe decretada prisão de um a três meses. No caso do rito da penhora, o devedor será intimado para, em quinze dias, pagar o débito sob pena de expedição, desde logo, mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de expropriação (artigo 523, parágrafo 3º). Conforme o artigo 531, parágrafo 1º, a execução dos alimentos provisórios, bem como a dos alimentos fixados em sentença ainda não transitada em julgado, se processa em autos apartados. Recursos. Todos os recursos têm agora prazo de quinze dias para interposição, exceto os em- bargos de declaração, que continuam sendo manejados em até cinco dias. Desaparece a figura do agravo retido, que era interposto contra decisão interlocutória não atacável por agravo de instrumento. As hipóteses de cabimento do agravo de instrumento acham-se arroladas em rol taxativo constante do artigo 1.015. as matérias antes impugnáveis por agravo retido devem ago- ra ser alegadas em preliminar de razões ou contrarrazões de apelação. De sorte que a decisão interloucutória não impugnável por agravo de instrumento não é propriamente irrecorrível, já que a matéria nelas decididas poderão ser reapreciadas pelo juízo ad quem se alegadas em sede de apelação. Nada obstante a extinção dos embargos infringentes como modalidade recursal, o artigo 942 prevê procedimento muito parecido com o desse extinto recurso, dispondo que “quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos previa- mente definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial”. Confira abaixo os Enunciados Administrativos do Superior Tribunal de Justiça acerca do Novo Código de Processo Civil. Enunciado administrativo n. 1 O Plenário do STJ, em sessão administrativa em que se interpretou o art. 1.045 do novo Código de Processo Civil, decidiu, por unanimidade, que o Código de Processo Civil aprovado pela Lei n. 13.105/2015, entrará em vigor no dia 18 de março de 2016. Enunciado administrativo n. 2 Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/1973 (relativos a decisões publicadas até 17 de março de 2016) devem ser exigidos os requisitos de admissibilidade na forma nele prevista, com as interpretações dadas, até então, pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. Enunciado administrativo n. 3 Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma do novo CPC Enunciado administrativo n. 4 Nos feitos de competência civil originária e recursal do STJ, os atos processuais que vierem a ser praticados por julgadores, partes, Ministério Público, procuradores, serventuários e auxiliares da Justiça a partir de 18 de março de 2016, deverão observar os novos procedimentos trazidos pelo CPC/2015, sem prejuízo do disposto em legislação processual especial. 9 Enunciado administrativo n. 5 Nos recursos tempestivos interpostos com fundamento no CPC/1973 (relativos a decisões publi- cadas até 17 de março de 2016), não caberá a abertura de prazo prevista no art. 932, parágrafo único, c/c o art. 1.029, § 3º, do novo CPC. Enunciado administrativo n. 6 Nos recursos tempestivos interpostos com fundamento no CPC/2015 (relativos a decisões publi- cadas a partir de 18 de março de 2016), somente será concedido o prazo previsto no art. 932, pa- rágrafo único, c/c o art. 1.029, § 3º, do novo CPC para que a parte sane vício estritamente formal. Enunciado administrativo n. 7 Somente nos recursos interpostos contra decisão publicada a partir de 18 de março de 2016, será possível o arbitramento de honorários sucumbenciais recursais, na forma do art. 85, § 11, do novo CPC.
Compartilhar