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Estratégia Direito do Consumidor

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Estratégia 27/03 - Colaboração: Carol Andrade. 
Direito do Consumidor 
Introdução 
- A partir de 1990, antes era registo pelo direito civil, não era específico, 
consumidor e fornecedor eram tratados igualmente 
- Lei 8078/90 
Regular direitos previstos na Constituição Federal: art5º, XXXII; art. 170 
- Direito do Consumidos como princípio da atividade econômica 
- art. 48 ADCT: O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da 
promulgação da Constituição, elaborará código de defesa do consumidor. 
Congresso Nacional, 120 dias 
- Não tem como colocar fornecedor e consumidor no mesmo patamar, não são 
partes iguais 
- O Código de Defesa do Consumidos possui natureza cogente e deve ser 
aplicado independente da vontade das partes 
Deve-se analisar: 
- Hipossuficiência técnica e jurídica 
- Tratar de forma desigual os desiguais 
- Base no interesse social: art 1º CDC 
Depende da definição de alguns conceitos: consumidor, fornecedor, 
produtos e serviços 
- Toda contratação com uma empresa gigante de área varejista será regida 
pelo CDC 
Art. 2º - Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza 
produto ou serviço como destinatário final. 
- Consumidor: toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou 
serviço como destinatário final. 
Elementos da relação de consumo (consumidor): 
- Subjetivo: pessoa física ou jurídica 
- Objetivo: será a pessoa que adquire ou utiliza produto ou serviço 
- Teleológico: é necessário que a aquisição de produto ou serviço seja de 
destinatário final – próprio uso – não vai colocar o produto ou serviço 
novamente no mercado, retira de circulação do mercado 
Âmbito de Aplicação 
- STJ: relação de insumo, não se aplica o CDC, somente relação de consumo. 
Consumidor equiparado: 
Art. 2º, parágrafo único: Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, 
ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. 
Consumidor vítima de acidente de consumo 
Art. 17 - Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas 
as vítimas do evento. 
Exemplo: um avião cai na casa de uma pessoa, ela não estava no avião, não 
estava recebendo serviços da empresa, mas recebe da mesma forma pois foi 
prejudicada 
Pessoas expostas às práticas comerciais: 
Art. 29 - Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos 
consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas 
nele previstas. 
Fornecedor 
Art. 3º - Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, 
nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que 
desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, 
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de 
produtos ou prestação de serviços. 
- Toda pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeira, que desenvolvem 
atividade, não há exceções de quem pode ser fornecedor 
Produto 
Art. 3º, §1º - Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 
- Todo bem móvel, imóvel, material ou imaterial 
Necessário ser produto oneroso? 
- Sim, mas deve-se repreender os abusos (brindes, amostras grátis) 
Exemplos: estacionamento gratuito, instalação gratuita em determinado 
produto, serviço de manobrista, programas de milhagem. 
 
 
 
Serviço 
Art. 3º, §2º - Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, 
mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de 
crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. 
- Atividade fornecida mediante remuneração 
Súm 297 STJ – O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições 
financeiras 
- Também se aplica a instituição financeira 
Súm 563 STJ - O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades 
abertas de previdência complementar, não incidindo nos contratos 
previdenciários celebrados com entidades fechadas. 
Princípios 
Protecionismo: norma de ordem pública de interesse social 
Vulnerabilidade do consumidor: consumidor é vulnerável ao fornecedor 
Hipossuficiência do Consumidor: técnica, jurídica ou fática 
Inversão do ônus da prova: é direito básico do consumidor mas não será 
deferida toda vez, tem que observar um dos dois requisitos: 
- art. 6, VIII: a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão 
do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for 
verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras 
ordinárias de experiências; 
 Se a alegação é verossímil 
 Quando for ele hipossuficiente ($) 
 É a critério do Juiz 
 Todo consumidor é vulnerável mas nem todo é hipossuficiente 
Deve ser analisada, na prática, a vulnerabilidade do consumidor 
- Técnica: depende das características do produto 
- Jurídica: inexperiência do consumidor quanto aspectos jurídicos 
- Fática: verificar as circunstâncias fáticas para ver se é vulnerável 
Vulnerabilidade: não tem conhecimento técnico, jurídico ou fático 
Hipossuficiência: Não tem condições financeiras 
Responsabilidade dos Fornecedores 
- Responsabilidade pelo fato X Responsabilidade pelo vício 
 Pelo fato: ocorreu um fato, acidente de consumo. 
Art. 12, §1º, 
 I - sua apresentação; 
 II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam; 
 III - a época em que foi colocado em circulação. 
 
 Pelo vício: dano, defeito no produto quanto à qualidade ou quantidade. 
EX.: automóvel com defeito nos freios 
- Responsabilidade civil objetiva: é prevista no CDC, independentemente de 
existência de culpa, precisa provar o acidente, o dano e o nexo causal 
- Produto não pode ser considerado defeituoso porque tem outro melhor no 
mercado 
Art. 12, §2º - O produto não é considerado defeituoso pelo fato de outro de 
melhor qualidade ter sido colocado no mercado. 
 
Quando o fornecedor não é responsabilizado? 
Art. 12, §3º - O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será 
responsabilizado quando provar: 
 I - que não colocou o produto no mercado; 
 II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste; 
 III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. 
- Fabricante, construtor, produtor, importador não serão responsabilizados 
- Importante! Não consta comerciante! A responsabilidade do comerciante será 
subsidiária nos casos do art. 13 
Art.13 - O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior, 
quando: 
 I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser 
identificados; 
 II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, 
produtor, construtor ou importador; 
 III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis 
Responsabilidade pelo fato do Serviço 
- Regra geral: solidariedade entre todos 
Art. 14, §1º - O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o 
consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias 
relevantes, entre as quais: 
 I - o modo de seu fornecimento; 
 II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; 
 III - a época em que foi fornecido. 
§2º - O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas 
Excludentes de responsabilidade? 
- art. 14, §3º: O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando 
provar: 
 I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; 
 II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. 
Profissionais Liberais: 
Art. 14, §4º - A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será 
apurada mediante a verificação de culpa.- Tem que se provar a culpa, responsabilidade civil subjetiva, somente 
mediante culpa, pois é atividade de meio e não de fim 
* EXCEÇÃO: Médico cirurgião plástico 
- Cirurgia plástica meramente embelezadora é considerada de 
responsabilidade civil objetiva, pois é atividade de fim. 
Responsabilidade do Hospital, como funciona? 
Há dois casos: 
1 – Paciente vai ao hospital, não especifica o médico e é encaminhado a 
qualquer um 
- vínculo direto do hospital, neste caso é considerado fornecedor, 
responsabilidade civil objetiva. 
2 – Paciente vai a ser médico de confiança porém precisa fazer uma cirurgia e 
seu médico não tem tudo em seu consultório, assim precisa fazer em um 
hospital , seu médico “aluga” o hospital para fazer a cirurgia 
- o Hospital não responde pois foi o médico quem foi contratado, não o hospital 
E responsabilidade de Plano de Saúde, como funciona? 
- Responsabilidade civil objetiva, pois o médico e plano estão interligados 
Responsabilidade pelo vício do Produto ou Serviço 
Art. 18, §1º, I - Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode 
o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: 
 I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas 
condições de uso; 
 II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, 
sem prejuízo de eventuais perdas e danos; 
 III - o abatimento proporcional do preço. 
- Substituição da parte viciado, no máximo em 30 dias, se não sanar, pode 
solicitar a substituição ou restituição imediata da quantidade paga ou 
abatimento proporcional do preço 
Vício de quantidade do produto 
Art. 19 - Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de quantidade 
do produto sempre que, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, 
seu conteúdo líquido for inferior às indicações constantes do recipiente, da 
embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitária, podendo o consumidor 
exigir, alternativamente e à sua escolha: 
 I - o abatimento proporcional do preço; 
 II - complementação do peso ou medida; 
 III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou 
modelo, sem os aludidos vícios; 
 IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, 
sem prejuízo de eventuais perdas e danos. 
§ 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do artigo anterior. 
 § 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer a pesagem ou a 
medição e o instrumento utilizado não estiver aferido segundo os padrões 
oficiais. 
- é IMEDIATO, pode exigir abatimento, troca... 
Vício no fornecimento de Serviço 
Art. 20 - O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os 
tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por 
aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou 
mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua 
escolha: 
 I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível; 
 II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, 
sem prejuízo de eventuais perdas e danos; 
 III - o abatimento proporcional do preço. 
 § 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros 
devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor. 
 § 2° São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins 
que razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não atendam as 
normas regulamentares de prestabilidade. 
- é IMEDIATO 
Assistência técnica, como funciona? 
- art. 21 - No fornecimento de serviços que tenham por objetivo a reparação de 
qualquer produto considerar-se-á implícita a obrigação do fornecedor de 
empregar componentes de reposição originais adequados e novos, ou que 
mantenham as especificações técnicas do fabricante, salvo, quanto a estes 
últimos, autorização em contrário do consumidor. 
- Tem que ser utilizadas peças novas e que atendam as especificações do 
fabricante, salvo se o consumidor autorizar o contrário 
Prescrição X Decadência 
- Vício oculto X vício Aparente 
 Aparente: fácil constatação, aparece pelo uso normal do produto 
 Oculto: difícil constatação e só aparece após um tempo de uso 
- Prazos independem de contrato ou qualquer outra informação, eis que 
previstos em Lei. Ideia é não eternizar as relações jurídicas 
Art. 26 - O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação 
caduca em: 
 I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não 
duráveis; 
 II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos 
duráveis. 
 § 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva 
do produto ou do término da execução dos serviços. 
 § 2° Obstam a decadência: 
 I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o 
fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que 
deve ser transmitida de forma inequívoca; 
 II - (Vetado). 
 III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento. 
 § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no 
momento em que ficar evidenciado o defeito. (Prazo decadencial) 
Vício Oculto 
Art. 27 - Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos 
causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, 
iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua 
autoria. 
- fato do produto, prazo prescricional. 
Garantia Legal X Contratual 
Art. 50 - A garantia contratual é complementar à legal e será conferida 
mediante termo escrito. 
Qual a influência que tem no prazo prescricional/decadencial? 
- A garantia legal vale do término da garantia contratual

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