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Sucessão em geral Herança jacente (1)

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I - DA SUCESSÃO EM GERAL
Ramo do direito que disciplina a transmissão do patrimônio (o ativo e o passivo) do de cujus (ou autor da herança) a seus sucessores. Essa expressão latina é abreviatura da frase de cujus sucessione (ou hereditatis) agitur, que significa “aquele de cuja sucessão (ou herança) se trata”.
1 -ABERTURA DA SUCESSÃO
Dá-se no mesmo instante da morte do de cujus, transmitindo-se automaticamente a herança aos seus herdeiros legítimos e testamentários (CC, art. 1.784). 
Nisso consiste o princípio da saisine, segundo o qual o próprio de cujus transmite ao sucessor o domínio e a posse da herança (lemortsaisitlevif).
Efeitos do princípio da saisine:
a) regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da abertura daquela (CC, art. 1.787);
b) o sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor, com os mesmos caracteres (art. 1.206);
c) o herdeiro que sobrevive ao de cujus, ainda que por um instante, herda os bens deixados e os transmite aos seus sucessores, se falecer em seguida;
d) abre-se a sucessão no lugar do último domicílio do falecido (art. 1.785), que é o foro competente para o processamento do inventário.
Neste sentindo:
CIVIL. PROCESSO CIVIL. SUCESSÃO. SAISINE. HABILITAÇÃO DE CRÉDITO. TAXAS CONDOMINIAIS. DÉBITO. TITULARIDADE. ESPÓLIO. INVENTÁRIO. FASE DE ÚLTIMAS DECLARAÇÕES. PARTILHA AINDA NÃO REALIZADA. INDIVISIBILIDADE.
O Código Civil consagrou no art. 1.784, o princípio da saisine, advindo do direito francês, e segundo o qual tendo sido "aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários".
Conquanto a principal conseqüência da saisine seja a transmissão de direitos e obrigações do de cujus tão logo ocorra a morte deste, não merece prosperar a tese recursal que pretende transferir automaticamente aos herdeiros, por cabeça, dívidas decorrentes de taxas condominiais em atraso antes de serem efetivamente partilhados os bens.
Em que pese a transmissão automática, pende sobre a herança uma indivisibilidade que só é ultrapassada quando da partilha. Antes disso, direitos e obrigações formam um complexo unitário (pro indiviso), que se administra pelas mesmas regras do condomínio.
Homologada a partilha, por sentença transitada em julgado, desaparece a indivisibilidade da herança, visto que cada herdeiro recebe sua cota parte ideal, e deve responder pela fração que lhe cabe.
Recurso conhecido e desprovido.”(Acórdão n.954738, 20150110556558APC, Relator: GILBERTO PEREIRA DE OLIVEIRA 3ª TURMA CÍVEL, Data de Julgamento: 13/07/2016, Publicado no DJE: 19/07/2016. Pág.: 306/320)
PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DO DEVEDOR. CONDIÇÕES DA AÇÃO. LEGITIMIDADE ATIVA. ESPÓLIO. REPRESENTADO PELO INVENTARIANTE. ART. 991, CPC.
I. A aferição in status assertionis significa que o juiz pode reconhecer a inexistência de alguma das condições da ação. No que diz respeito à legitimidade, consideram-selegitimados ao processo os sujeitos descritos como titulares da relação jurídica de direito material.
II. De acordo com o princípio da saisine a sucessão é aberta com o óbito, transmitindo-se a herança, como uma universalidade, desde logo aos herdeiros, a qual se aperfeiçoará com a repartição dos respectivos quinhões ao final do inventário, para o qual é nomeado inventariante com o escopo de representar essa massa que detém legitimidade e capacidade jurídica para estar em juízo ativa ou passivamente.
III. Assim, falecido o titular do direito buscado e havendo inventário, com nomeação de inventariante, caberá ao espólio representado por este, dar inicio à fase executiva do processo. Somente é possível aos herdeiros buscar pessoalmente os créditos do de cujus quando terminado o inventário.
IV. Recurso conhecido e não provido.” (Acórdão n.889601, 20130110275354APC, Relator: LEILA ARLANCH, Revisor: GISLENE PINHEIRO, 2ª Turma Cível, Data de Julgamento: 19/08/2015, Publicado no DJE: 27/08/2015. Pág.: 175)
RECURSO ESPECIAL - AÇÃO DE COBRANÇA DE DIFERENÇAS RELATIVAS À CORREÇÃO MONETÁRIA (EXPURGOS INFLACIONÁRIOS), DECORRENTE DO DENOMINADO PLANO VERÃO, EM RELAÇÃO À CADERNETA DE POUPANÇA Nº 00000068-1, DE TITULARIDADE DO PAI DOS AUTORES - SENTENÇA DE EXTINÇÃO DO FEITO, SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO,ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM - DELIBERAÇÃO MANTIDA PELO TRIBUNAL REGIONAL - LEGITIMIDADE ATIVA DE TODOS OS HERDEIROS PARA, EM CONJUNTO, BUSCAR EM JUÍZO O CRÉDITO, ORIUNDO DE REAJUSTE A MENOR NA CONTA DE CADERNETA DE POUPANÇA DE GENITOR FALECIDO - RECURSO ESPECIAL CONHECIDO EM PARTE E, NA EXTENSÃO, PROVIDO PARA CASSAR A SENTENÇA E DETERMINAR O RETORNO DOS AUTOS AO JUÍZO DE ORIGEM PARA REGULAR PROCESSAMENTO.
Hipótese em que os descendentes do titular de conta poupança ajuizaram ação condenatória (cobrança), a fim de que a instituição financeira fosse condenada ao pagamento das diferenças de correção monetária, expurgos inflacionários.
Processo extinto, sem resolução de mérito, ante o reconhecimento da ilegitimidade ativa dos herdeiros.
1. A questão arguida no recurso especial é suscetível de julgamento, visto que não diz respeito à matéria de mérito, cuja análise encontra-se sobrestada por força da determinação exarada pelo eminente Ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, (RE 591.797/SP e 626.307/SP), a qual reconheceu a repercussão geral e determinou a suspensão da tramitação de processos que discutam os índices dos expurgos inflacionários dos depósitos em cadernetas de poupança afetados pelos Planos Econômicos Collor I (valores não bloqueados), Bresser e Verão.
2. Não se revela cognoscível a insurgência especial no tocante ao paradigma AC 2008.61.20.007629-2/TRF3ª, por não terem os recorrentes logrado demonstrar a divergência jurisprudencial nos moldes exigidos pelos artigos 541, parágrafo único, do CPC e 255, §§ 1º e 2º, do RISTJ. Ademais, o paradigma colacionado é oriundo do mesmo Tribunal prolator do acórdão recorrido, o que faz incidir a súmula 13/STJ.
3. Não se trata de sucessão processual, mas de ajuizamento de demanda pelos próprios herdeiros e sucessores do falecido. Ante o princípio da saisine (artigo 1784 do Código Civil, correspondente ao artigo 1.572 do Código Civil de 1916), com a morte da titular do direito, houve a transmissão, imediata e automática, da posse e domínio dos bens e dos direitos aos herdeiros, independentemente de inventário ou partilha.
3.1 No caso dos autos, inexistindo notícia acerca da abertura e trâmite de inventário, não há óbice para que os herdeiros pleiteiem, atuando todos conjuntamente, o direito aos reajustes da caderneta de poupança feitos a menor. Saliente-se, neste ponto, que o inventário apenas é imprescindível quando o falecido houver deixado bens a inventariar, bem assim nas hipóteses expressamente mencionadas em lei.
4. Recurso especial conhecido em parte e, nesta extensão provido, a fim de anular o acórdão e a sentença, declarar que os herdeiros do falecido Pedro Ganho são parte legítima para pleitearem, em conjunto, a correção dos expurgos inflacionários, e determinar o retorno dos autos à origem para o prosseguimento da ação.(REsp 1355479/SP, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 24/03/2015, DJe 20/05/2015)
Todavia, o STJ, analisando Recurso Especial (REsp 1.204.905 – ES) que pretendia tornar sem efeito a desapropriação de imóvel rural para fins de reforma agrária, sustentou que o instituto da saisine , embora assegure a imediata transmissão da herança, deve ser obtemperado que, até a partilha, os bens serão considerados indivisíveis.
PROCESSUAL CIVIL, DIREITO CIVIL E ADMINISTRATIVO. ARTIGO 4º, III, 'A' DA LEI 8.629/93. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULA 211/STJ. INCIDÊNCIA. MANIFESTAÇÃO SOBRE OFENSA A DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE. COMPETÊNCIA DO STF. FUNDAMENTOS ADOTADOS PELA ORIGEM NÃO COMBATIDOS NA INTEGRALIDADE PELO ESPECIAL. SÚMULA N. 283 DO STF, POR ANALOGIA. FALECIMENTO DO PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL RURAL. NÃO EFETIVAÇÃO DA PARTILHA. ART. 1.791 E PARÁGRAFO ÚNICO DO CÓDIGO CIVIL VIGENTE. PRINCÍPIO DA SAISINE. NÃO INCIDÊNCIA. 1. Inicialmente,no tocante à alegada violação do disposto no artigo 4º, III, 'a' da Lei 8.629/93, entendo que o recurso não merece conhecimento. A leitura atenta do acórdão combatido, integrado pelo pronunciamento da origem em embargos de declaração, revela que o referido dispositivo legal, bem como as teses a ele vinculadas não foram objeto de debate pela instância ordinária, o que atrai a aplicação da Súmula n. 211 desta Corte Superior, inviabilizando o conhecimento do especial no ponto por ausência de prequestionamento. 2. O Superior Tribunal de Justiça não tem a missão constitucional de interpretar dispositivos da Lei Maior, cabendo tal dever ao Supremo Tribunal Federal, motivo pelo qual não se pode conhecer da dita ofensa ao artigo 185, I, da Constituição Federal. 3. Quanto ao mérito, aduz a parte recorrente que o imóvel teria sido invadido pelo Movimento dos Sem Terra - MST - motivo pelo qual o processo expropriatório deveria ter sido interrompido, por força do artigo 2º, § 6º, da Lei 8.629/93. Como se verifica no acórdão de origem, o Tribunal entendeu no sentido de que a ocupação da área desapropriada antes da vistoria ou após esta e em pequena parcela da propriedade, não impedem o andamento do processo expropriatório. Todavia, a parte recorrente não se pronunciou efetivamente sobre o ponto, apenas reiterando a necessidade de suspensão do processo expropriatório e se irresignando contra o esbulho ocorrido, razão pela qual incide, na espécie a Súmula n. 283 do Supremo Tribunal Federal, por analogia. 4. Os artigos 46, § 6º e 50, da Lei 4.504/64 - Estatuto da Terra, referem-se a institutos de direito tributário, em que se objetiva instituir regras de cálculo do coeficiente de progressividade do ITR. Dito isso, não faz sentido a oposição desses parâmetros para o fim de determinar se os imóveis são o não passíveis de desapropriação, quando integram a universalidade dos bens hereditários. Deve ser essa a melhor interpretação a ser conferida aos referidos dispositivos legais, de modo que a pretensão da parte recorrente, no sentido de que haveria o fracionamento imediato do imóvel, pelo princípio da saisine , com a simples morte do então proprietário, não se coaduna com o sistema normativo brasileiro. 5. Impossível imaginar-se que, em havendo a morte do então proprietário, imediatamente parcelas do imóvel seriam distribuídas aos herdeiros, que teriam, individualmente, obrigações sobre o imóvel agora cindido. Poder-se-ia, inclusive, imaginar que o INCRA estaria obrigado a realizar vistorias nas frações ideais e aeventualmente considerar algumas dessas partes improdutivas, expropriando-as em detrimento do todo que é o imóvel rural. Portanto, não há dúvidas de que o princípio da saisine de forma alguma implica em transmissão e consequente divisão do bem expropriado em frações ideais (unidades autônomas) imediatamente à morte do autor da herança. 6. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa extensão, não provido.
2 -ESPÉCIES DE SUCESSÃO
Quanto à sua fonte
a) Sucessão legítima (ab intestato). Decorre da lei. Morrendo a pessoa sem deixar testamento, ou se este caducar ou for julgado nulo, transmite-se a herança a seusherdeiros legítimos (art. 1.788), indicados na lei (art. 1.829), de acordo com uma ordem preferencial. A sucessão poderá ser simultaneamente legítima e testamentária quando o testamento não compreender todos os bens do de cujus (art. 1.788, 2ª parte).
b) Sucessão testamentária. Decorre de disposição de última vontade: testamento ou codicilo. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança (art. 1.789), pois a outra constitui a legítima, àqueles assegurada no art. 1.846; não havendo, plena será a sua liberdade de testar, podendo afastar da sucessão os colaterais (art. 1.850).
c) Sucessão contratual. Não é admitida pelo nosso ordenamento, por estarem proibidos os pactos sucessórios, não podendo ser objeto de contrato herança de pessoa viva (art. 426). Exceção: podem os pais, por atos entre vivos, partilhar o seu patrimônio entre os descendentes (art. 2.018).
d) Anômala ou irregular. É a disciplinada por normas peculiares e próprias, não observando a ordem da vocação hereditária estabelecida no art. 1.829 para a sucessão legítima. Assim, p. ex., o art. 520 prescreve que o direito de preferência, estipulado no contrato de compra e venda, não passa aos herdeiros. A CF (art. 5º, XXXI) estabelece benefício ao cônjuge ou filhos brasileiros, na sucessão de bens de estrangeiros situados no País, permitindo a aplicação da lei pessoal do de cujus, se mais favorável.
Quanto aos efeitos
a) A título universal. Quando o herdeiro é chamado a suceder na totalidade da herança, fração ou parte alíquota (porcentagem) dela. Pode ocorrer tanto na sucessão legítima como na testamentária.
b) A título singular. Quando o testador deixa ao beneficiário um bem certo e determinado. Legatário sucede ao falecido a título singular, tomando o seu lugar em coisa individuada. Herdeiro sucede a título universal. A sucessão legítima é sempre a título universal; a testamentária pode ser a título universal ou a título singular, dependendo da vontade do testador.
3 - ESPÉCIES DE HERDEIROS
a) legítimo: é o indicado pela lei, em ordem preferencial (art. 1.829);
a) testamentário ou instituído: é o beneficiado pelo testador no ato de última vontade com uma parte ideal do acervo, sem individuação de bens; a pessoa contemplada com coisa certa não é herdeiro, mas legatário;
b) necessário (legitimário ou reservatário): é o descendente ou ascendente sucessível e o cônjuge (art. 1.845);
c) universal: costuma-se assim chamar o herdeiro único, que recebe a totalidade da herança, mediante auto de adjudicação lavrado no inventário
II - DA HERANÇA E DE SUA ADMINISTRAÇÃO
1 – INDIVISIBILIDADE DA HERANÇA
Até a partilha, o direito dos coerdeiros, quanto à propriedade e posse da herança, será indivisível, e regular-se-á pelas normas relativas ao condomínio (CC, art. 1.791, parágrafo único). 
Por isso, o coerdeiro pode alienar ou ceder apenas sua quota ideal, ou seja, o direito à sucessão aberta. É ineficaz acessão, pelo coerdeiro, de seu direito hereditário sobre qualquer bem da herança considerado singularmente (art. 1.793, § 2º).
2 - CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS E PREFERÊNCIA DO COERDEIRO
O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que disponha o coerdeiro, pode ser objeto de cessão por escritura pública (CC, art. 1.793, caput).
Cessão de direitos hereditários, gratuita ou onerosa, consiste na transferência que o herdeiro, legítimo ou testamentário, faz a outrem de todo o quinhão,ou de parte dele, que lhe compete após a abertura da sucessão.
O art. 1.795 do CC assegura direito de preferência ao coerdeiro, a quem não se der conhecimento da cessão. Poderá ele, depositado o preço, haver para sia quota cedida a estranho, exercendo tal direito se o requerer até 180 dias após a transmissão.
3 – RESPONSABILIDADE DOS HERDEIROS
O herdeiro não responde por encargos superiores às forças da herança (CC, art. 1.792). 
Em nosso direito, a aceitação da herança é sempre, por lei, abenefício do inventário. Incumbe, porém, ao herdeiro a prova do excesso, salvo se houver inventário que a escuse, demonstrando o valor dos bensherdados.
4 – ADMINISTRAÇÃO DA HERANÇA
O inventário deve ser instaurado no prazo de 60 dias, a contar da abertura da sucessão, cabendo a administração provisória da herança, até o compromisso do inventariante, sucessivamente:
a) ao cônjuge ou companheiro;
b) ao herdeiro que estiver na posse e administração dos bens;
c) a pessoa de confiança do juiz (CC, arts. 1.796 e 1.797).
RECURSO ESPECIAL. AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL E CIVIL.SUCESSÕES. INVENTARIANTE. NOMEAÇÃO E COMPROMISSO. NECESSIDADE.PRINCÍPIO DA SAISINE. TERMO ADITIVO A CONTRATO DE VENDA E COMPRA DE IMÓVEL FIRMADO PELA VIÚVA-MEEIRA, SEM A PARTICIPAÇÃO DOS COPROPRIETÁRIOS HERDEIROS E SEM AUTORIZAÇÃO JUDICIAL. NULIDADE.AGRAVO DESPROVIDO.
1. O termo aditivo ao contrato de compra e venda de imóvel rural, questionado pelosora agravados, foi corretamente anulado pelo eg.
Tribunal de Justiça, pois fora firmado entre o comprador e a viúva-meeira, como vendedora, antes da nomeação desta como inventariante do espólio do cônjuge varão falecido, também vendedor na versão original do contrato.
2. A invalidação operou-se por ter sido o aditivo firmado sem autorização judicial e sem a participação dos filhos, herdeiros do de cujus, os quais passaram a ser coproprietários de parcela do patrimônio do falecido tão logo aberta a sucessão, em harmonia com o princípio da saisine.
3. A viúva-meeira não pode ser considerada "inventariante natural", mas sim administradora provisória, até ser nomeada e assinar o termo de compromisso de inventariante.
4. Segundo o princípio jura novitcuria, o juiz é conhecedor do direito e deve analisar a lide nos termos em que foi proposta.
Assim, o magistrado não está adstrito aos fundamentos jurídicos postos na exordial (CPC, art. 282, III), mas, sim, ao pedido (CPC, art. 282, IV, e 286). O v. acórdão recorrido acolheu o pedido nos exatos termos em que postulado.
5. Agravo regimental desprovido.”(AgRg no REsp 1145366/MS, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 08/04/2014, DJe 30/04/2014)
III – DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
1 – LEGITIMAÇÃO PASSIVA PARA SUCEDER
A legitimidade passiva é a regra e a ilegitimidade, a exceção: “Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão” (CC, art. 1.798). 
Só não se legitimam, portanto, as expressamente excluídas. Ressalvou-se o direito do nascituro, por já concebido.
Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder:
a) os filhos, ainda não concebidos (prole eventual), de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão;
b) as pessoas jurídicas;
c) as pessoas jurídicas cuja organização for determinada pelo testador sob a forma de fundação (art. 1.799).
2 - FALTA DE LEGITIMAÇÃO PARA SER NOMEADO HERDEIRO OU LEGATÁRIO (CC, art. 1.801)
a) da pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, bem como do seu cônjuge ou companheiro, e de seus ascendentes e irmãos;
b) das testemunhas do testamento;
c) do concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de cinco anos;
d) do tabelião, civil ou militar, ou do comandante ou escrivão, perante quem se fizer, assim como o que fizer ou aprovar o testamento.
3 -SIMULAÇÃO DE CONTRATO ONEROSO E INTERPOSIÇÃO DE PESSOA
São nulas as disposições testamentárias em favor de pessoas não legitimadas a suceder, ainda quando simuladas sob a forma de contratooneroso, ou feitas mediante interposta pessoa. 
Presumem-se interpostas pessoas os ascendentes, os descendentes, os irmãos e o cônjuge oucompanheiro do não legitimado a suceder (CC, art. 1.802 e parágrafo único).
IV – DA ACEITAÇAO E RENÚNCIA DA HERENÇA
1 – DA ACEITAÇÃO
Aceitação ou adição da herança é o ato pelo qual o herdeiro anui à transmissão dos bens do de cujus, ocorrida por lei com a abertura da sucessão,confirmando-a.
1.1 - Espécies
a) Expressa: se resultar de manifestação escrita (CC, art. 1.805, 1ª parte).
b) Tácita: quando resultante de conduta própria de herdeiro. É a forma mais comum, tendo em vista que toda aceitação, por lei, é feita sob benefíciodoinventário(art. 1.792), dispensando manifestação expressa.
c) Presumida: quando o herdeiro permanece silente, depois de notificado, nos termos do art. 1.807, para que declare, em prazo não superior a trintadias, a pedido de alguém interessado — geralmente o credor —, se aceita ou não a herança.
1.2 - Características
A aceitação é negócio jurídico unilateral, porque se aperfeiçoa com uma única manifestação de vontade;tem natureza não receptícia, porque não depende de ser comunicada a outrem para que produza seus efeitos;é, também, indivisível e incondicional, porque “não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição, ou a termo” (CC, art. 1.808).
2 – DA RENÚNCIA
Renúncia é negócio jurídico unilateral, pelo qual o herdeiro manifesta a intenção de se demitir dessa qualidade.
2.1 - Características
A renúncia há de ser expressa e constar, obrigatoriamente, de instrumento público ou termo judicial, lançado nos autos do inventário (CC, art.1.806), sendo, portanto, solene. 
Não se admite renúncia tácita ou presumida, porque constitui abdicação de direitos, nem promessa de renúncia, porqueimplicaria ilegal pacto sucessório.
2.2 - Espécies
Abdicativa (renúncia propriamente dita): quando o herdeiro a manifesta sem ter praticado qualquer ato que exprima aceitação, logo ao iniciar oinventário ou mesmo antes, e mais: quando é pura e simples, isto é, em benefício do monte, sem indicação de qualquer favorecido (CC, art. 1.805, § 2º).
- Translativa: quando o herdeiro renuncia em favor de determinada pessoa, citada nominalmente. 
É também chamada de cessão ou desistência da herança. Pode ocorrer também, mesmo quando pura e simples, se manifestada depois da prática de atos que importem aceitação, p. ex., a habilitação noinventário.
2.3 - Pressupostos
Capacidade jurídica plena do renunciante.
Anuência do cônjuge, se o renunciante for casado, exceto se o regime de bens for o da separação absoluta (CC, art. 1.647), porque o direito à sucessãoaberta é considerado bem imóvel, por determinação legal (art. 80, I).
Inexistência de prejuízo para os credores. Se tal ocorrer, podem eles aceitar a herança em nome do renunciante, mediante autorização judicial, sendoaquinhoados no curso da partilha.
2.4 –Efeitos
Exclusão, da sucessão, do herdeiro renunciante, que será tratado como se jamais houvesse sido chamado.
Acréscimo da parte do renunciante à dos outros herdeiros da mesma classe (CC, art. 1.810);
Proibição da sucessão por direito de representação, pois ninguém pode suceder “representando herdeiro renunciante” (art. 1.811).
2.5 -Ineficácia
Pode ocorrer pela suspensão temporária dos seus efeitos pelo juiz, a pedido dos credores prejudicados, que não precisam propor ação revocatória, nemanulatória, a fim de se pagarem, nos termos do art. 1.813 do CC.
2.6 - Invalidade
Dá-se a invalidade absoluta se não houver sido feita por escritura pública ou termo judicial, ou quando manifestada por pessoa absolutamente incapaz,não representada, e sem autorização judicial; e relativa, quando proveniente de erro, dolo ou coação, ou quando realizada sem a anuência do cônjuge,quando exigida.
2.7 - Irretratabilidade
A renúncia é irretratável (CC, art. 1.812) porque retroage à data da abertura da sucessão, presumindo-se que os outros herdeiros por ela beneficiadostenham herdado na referida data.
IV – DOS EXCLUÍDOS DA SUCESSÃO
Constitui uma sanção civil imposta ao herdeiro ou legatário, privando-o do direito sucessório por haver praticado contra o de cujus os atosconsiderados ofensivos, enumerados na lei: atentado contra a vida, contra a honra e contra a liberdade de testar (CC, art. 1.814).
1 - Causas deexclusão (CC, art.1.814)
- autoria ou participação em crime de homicídio doloso, ou em sua tentativa, contra o autor da herança, seu cônjuge, companheiro, ascendente oudescendente;
- acusar o de cujus caluniosamente em juízo ou incorrer em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;
- inibir ou obstar, por violência ou meios fraudulentos, o de cujus de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.
2 - Distinção entreindignidade edeserdação
	Indignidade
	Deserdação
	Decorre da lei (a sanção é prevista somente nos casos do mencionado art. 1.814 do CC);
É instituto da sucessão legítima, malgrado possa alcançar também o legatário;
Pode atingir todos os sucessores, legítimos e testamentários, inclusive legatários.
	É o autor da herança quempune o responsável, em testamento, desde que fundada em motivo legal (arts. 1.814, 1.962 e 1.963).
Ocorre apenas na sucessãotestamentária (art. 1.964).
É utilizada pelo testadorpara afastar de sua sucessão os herdeiros necessários.
3 – Procedimentopara obtenção daexclusão
A exclusão do indignodepende de propositura de ação específica, intentada por quem tenha interesse na sucessão, no prazo decadencial de quatroanos, contado da abertura da sucessão (CC, art. 1.815, parágrafo único).
Só estão legitimados para o ajuizamento da ação os que venham a se beneficiarcom a exclusão.
4 - Efeitos daexclusão
- São pessoais os efeitos da exclusão. Os descendentes do herdeiro excluído sucedem, como se ele morto fosse antes daabertura da sucessão (CC, art.1.816), por estirpe ou representação.
- Os efeitos retroagem à data da abertura da sucessão: o indigno é obrigado a restituir os frutos e rendimentos que dos bens da herança houverpercebido, mas tem direito a ser indenizado das despesas com a conservação deles (art. 1.817, parágrafo único).
- Os bens retirados do indigno são chamados de bens ereptícios.
- A exclusão acarreta, também, a perda do direito ao usufruto e à administração dos bens que a seus filhos couberem na herança e à sucessãoeventual desses mesmos bens (art. 1.816, parágrafo único).
- Embora a sentença tenha efeito retro-operante, não pode prejudicar direitos de terceiros de boa-fé. São válidas as alienações onerosas a estes feitaspelo herdeiro, quando ostentava a condição de herdeiro aparente (arts. 1.817 e 1.360).
V – HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE
1 – CONCEITO DE HERANÇA JACENTE
Quando se abre a sucessão sem que o de cujus tenha deixado testamento, e não há conhecimento daexistência de algum herdeiro, diz-se que a herança é jacente (CC, art. 1.819).
A doutrina em geral considera jacente a herança quando:
- não há herdeiro certo e determinado, ou
- se não sabe da existência dele, ou
- quando a herança é repudiada
3 - JACÊNCIA E VACÂNCIA
A jacência não se confunde com a vacância. 
“O Estado, no intuito de impedir o perecimento da riquezarepresentada por aquele espólio, ordena sua arrecadação, para o fim de entregá-lo aos herdeiros queaparecerem e demonstrarem tal condição. Somente quando, após as diligências legais, nãoaparecerem herdeiros, é que a herança, até agora jacente, é declarada vacante, para o fim deincorporar-se ao patrimônio do Poder Público”[Silvio Rodrigues, Direito civil, v. 7, p. 81.].
Ainda que haja herdeiro sucessível a herança pode ser jacente, enquanto a sua existênciapermanecer ignorada.
O legislador protege, nesses casos, os credores do falecido: “É assegurado aos credores o direitode pedir o pagamento das dívidas reconhecidas, nos limites das forças da herança” (art. 1.821).
Segundo a abalizada lição de Itabaiana de Oliveira (Tratado de direito das sucessões, v. I, § 131, p. 101-102), “a herança é:
a) jacente — quando não há herdeiro certo e determinado, ou quando se não sabe da existênciadele, ou, ainda, quando é renunciada;
b) vacante — quando é devolvida à fazenda pública por se ter verificado não haver herdeiros quese habilitassem no período da jacência”
O Código Civilconsidera a herança vacante desde logo, no caso de repúdio porparte de todos os chamados a suceder, proclamando: “Quando todos os chamados a sucederrenunciarem à herança, será esta desde logo declarada vacante” (art. 1.823). Nesse caso, não há afase da jacência.
Serão declarados vacantes os bens da herança jacente se, praticadas todas as diligências, não aparecerem herdeiros (CC, art. 1.820). 
Tal declaração não prejudicaráos herdeiros que legalmente se habilitarem; mas, decorridos cinco anos da abertura da sucessão, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou doDistrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União quando situados em território federal (CC, art. 1.822). 
Ficarãoexcluídos da sucessão os colaterais que não se habilitarem até a declaração de vacância (parágrafo único).
4 – PETIÇÃO DE HERANÇA
Inovação do Código Civil atual, prevê o seu art. 1.820 que o herdeiro pode, em ação de petiçãode herança, demandar o reconhecimento de seu direito sucessório, para obter a restituição daherança, ou de parte dela, contra quem, na qualidade de herdeiro, ou mesmo sem título, a possua. 
Oexemplo típico de aplicação do instituto envolve os casos de investigação de paternidade. Para essescasos, prevê a Súmula 149 do STF que é imprescritível a ação de investigação de paternidade, masnão o é a de petição de herança. 
O entendimento majoritário manda aplicar para esses casos o prazoprescricional geral de 10 anos, previsto no art. 205 do CC/2002.
QUESTÕES CORRELATAS
1. (183.º Magistratura SP – VUNESP) Assinale a alternativa correta.
(A) Regula a sucessão a lei vigente ao tempo da abertura do inventário.
(B) A sucessão abre-se no lugar do falecimento.
(C) É possível a aceitação parcial da herança.
(D) O ato de renúncia da herança é passível de revogação.
(E) Os descendentes de herdeiro excluído sucedem como se ele fosse morto antes da abertura da sucessão.,
2. (MP/ES) Consoante o Código Civil pátrio todas as assertivas abaixo estão corretas, exceto:
(A) Em falta de descendentes e ascendentes, será deferida sucessão por inteiro ao cônjuge sobrevivente.
(B) Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será assegurado, sem prejuízo da participação quelhes caiba na herança, o direito real de habitação relativamente ao imóvel destinado a família, desde que seja oúnico daquela natureza a inventariar.
(C) Os descendentes da mesma classe têm os mesmos direitos à sucessão de seus ascendentes.
(D) Os descendentes não podem deserdar os ascendentes.
(E) Na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça, e os outros descendentes, por cabeça ou por estirpe,conforme se achem ou não no mesmo grau.
2. (TJ/SP 176.º) Analise as assertivas a seguir.
I – O direito dos coerdeiros, quanto à propriedade e posse da herança, é indivisível até o julgamento da partilha; depoisdisso, tal direito fica circunscrito aos bens de seu quinhão.
II – Não estão sujeitas à colação as doações remuneratórias de serviços feitos ao ascendente.
III – Sucedendo aos avós por representação de seus pais, os netos estão dispensados de trazer à colação o que os paisteriam de conferir, desde que o hajam herdado.
IV – O valor da colação dos bens doados será aquele que vigorar no momento da abertura da sucessão.
É correto dizer que são verdadeiras somente as assertivas
(A) I e IV.
(B) I e III.
(C) II e III.
(D) I e II.
3. (MP/MG XLVI) Assinale a alternativa INCORRETA.
(A) O reconhecimento de filho extraconjugal pode ser feito antes do nascimento ou posteriormente ao seu falecimento,desde que ele deixe descendentes.
(B) Os deveres de lealdade, respeito e mútua assistência, mais os de guarda, sustento e educação dos filhoscompõem o contexto da união estável como exigência legal.
(C) A doação e o legado, sendo negócios jurídicos benéficos, devem ter sua interpretação restrita, tal como a renúncia.
(D) O CC/2002 abandonou a regra de igualdade das legítimas, quando o cônjuge concorre com filhos comuns e filhossó do autor da herança.
(E) O indigno, contemplado em testamento do ofendido, quando o testador já conhecia a causa da indignidade, receberáo bem legado e, reabilitado que fora, a herança.
4. (MP/SP 84.º) Assinale a alternativa falsa.
(A) Se o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança, poderão estes, com autorização do juiz, aceitá-laem nome do renunciante.
(B) O herdeiro que possui filhos menores não pode renunciar à herança; se o fizer, estes poderão suceder no lugar dorenunciante, exercendo o direito de representação.
(C) A morte, a abertura da sucessão e a transmissão da herança aos herdeiros ocorrem num só momento.
(D) Os filhos do herdeiro excluído por indignidade serão chamados a sucedê-lo, como se morto fosse antes da aberturada sucessão.
(E) O autor de homicídio doloso contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, mesmo condenado por sentença penal,somente será excluído da sucessão mediante pedido expresso de interessado, em ação própria.
5. (IX Procurador do Estado – GO) Assinale a alternativa correta:
(A) o direito de representação dá-se na linha reta ascendente, mas nuncana descendente e excepcionalmente na linhacolateral;
(B) o direito de representação dá-se exclusivamente na linha transversal;
(C) o direito de representação dá-se na linha reta descendente, mas nunca na ascendente e excepcionalmente na linhatransversal;
(D) o renunciante à herança de uma pessoa não poderá representá-la na sucessão de outra.
6. (IX Procurador do Estado – GO) Assinale a alternativa correta:
(A) o credor de dívida líquida e certa ainda não vencida, pode requerer habilitação no inventário;
(B) o legatário é sempre parte ilegítima para manifestar-se sobre as dívidas do espólio;
(C) nenhum dos coerdeiros pode reclamar a universalidade da herança ao terceiro, que indevidamente a possua, nãopodendo este opor-lhe, em exceção, o caráter parcial do seu direito nos bens da sucessão;
(D) ao cego só se permite o testamento particular.
7. (TJ/SP 178.º) Só uma destas afirmativas é verdadeira. Indique-a.
(A) Será igual o quinhão de cada herdeiro quando concorrerem à herança irmãos bilaterais com irmãos unilaterais dofalecido.
(B) A herança transmite-se aos herdeiros na data da distribuição do inventário.
(C) Somente as pessoas já nascidas no momento da abertura da sucessão têm legitimidade para suceder.
(D) Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes, em concorrência com o cônjugesobrevivente.
8. (Magistratura/PR – 2012) Assinale a alternativa correta.
(A) Dar-se-á curador ao nascituro, se o pai falecer estando grávida a mulher e não tendo o poder familiar.
(B) A sucessão e a legitimação para suceder são reguladas pela lei vigente ao tempo do nascimento do de cujus.
(C) Com dissolução da sociedade conjugal, extingue-se o bem de família convencional.
(D) O direito à meação não é renunciável, mas é cessível ou penhorável na vigência do regime matrimonial.
9. (MP/GO – 2005) É correto afirmar:
(A) Abre-se a sucessão com a morte do autor da herança, sendo permitido ao coerdeiro, a partir de então, alienar seudireito hereditário sob qualquer bem da herança considerado singularmente;
(B) O inventário e a partilha devem ser requeridos dentro do prazo de trinta dias contados da abertura da sucessão,podendo este prazo ser dilatado pelo juiz, havendo motivo justo, mediante requerimento do interessado;
(C) O direito dos coerdeiros, quanto à propriedade e posse da herança, enquanto indivisível os bens, será reguladopelas normas relativas ao condomínio, podendo, no entanto, qualquer dos coerdeiros exercer os seus direitos,obedecidas as normas da indivisão;
(D) Concorrendo com herdeiro de que for ascendente, a cota do cônjuge não poderá ser inferior a um terço da herança.
10. (T J/SP 174.º) A sucessão de bens de estrangeiros, por morte ou ausência, quando situados tais bens noBrasil, será regulada
(A) sempre pela lei do país em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido.
(B) sempre pela lei brasileira, quanto aos imóveis, e sempre pela lei do país onde era domiciliado o defunto ou odesaparecido, quanto aos bens não imóveis.
(C) sempre pela lei brasileira, desde que aqui aberta a sucessão.
(D) pela lei brasileira, em benefício do cônjuge brasileiro, companheiro ou companheira brasileiros legitimadosàsucessão, ou dos filhos brasileiros, ou quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoaldo defunto ou desaparecido.
11. (TJ/SP 174.º) O direito à sucessão aberta considera-se para os efeitos legais
(A) bem imóvel.
(B) bem móvel.
(C) bem incorpóreo.
(D) bem móvel ou imóvel, conforme resulte de ser apreciado em si mesmo o que o integre, tendo em vista o fato de serou não suscetível de se mover.
12. (VUNESP/2010 – Analista de Promotoria – 2.ª fase) Assinale a alternativa correta.
(A) No casamento sob o regime da comunhão universal de bens, o cônjuge sobrevivente participa da herança deixadapelo outro, concorrendo com os filhos do casal, cabendo-lhe igual quinhão ao dos que sucederem por cabeça.
(B) Colação é o ato mediante o qual o coerdeiro, para assegurar a igualdade das legítimas dos demais, devolve àmassa hereditária, em espécie, o bem recebido em doação pelo autor da herança.
(C) Estão sujeitos à colação os herdeiros necessários do autor da herança, mesmo aqueles renunciantes oudeclarados indignos.
(D) A pena de sonegados só se pode requerer e impor em ação movida somente pelos herdeiros do autor da herança.
(E) No caso de deserdação, os motivos que a ensejam podem ser posteriores à morte do autor da herança e afastaapenas os herdeiros necessários.
13. (MP/ES – CESPE/2010) Assinale a opção correta com referência ao direito sucessório dos cônjuges ecompanheiros.
(A) O companheiro não concorre com os parentes colaterais do falecido.
(B) Havendo filhos exclusivos do(a) falecido(a), o(a) companheiro(a) herdará uma quota equivalente à que lhes foratribuída.
(C) O direito hereditário do companheiro restringe-se aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável.
(D) No regime de separação obrigatória, o cônjuge sobrevivo herda porque não tem direito à meação.
(E) O cônjuge sobrevivo tem direito real de habitação e de usufruto.
14. (VUNESP/2010 – Analista de Promotoria – 1.ª fase) Considere as afirmações seguintes:
I – tanto o instituto da indignidade quanto o da deserdação procuram afastar da herança aquele que a ela não faz jus, emrazão de reprovável conduta que teve em relação ao autor sucessionis, ou, ainda, contra seu cônjuge, companheiro,ascendente ou descendente;
II – a pena de indignidade é cominada pela própria lei, nos casos expressos que enumera, ao passo que a deserdaçãorepousa na vontade exclusiva do de cujus que a impõe ao culpado, em ato de última vontade, desde que fundada emmotivo legal;
III – somente a autoria em crime de homicídio doloso, tentado ou consumado contra o autor da herança, pode afastar oherdeiro da sucessão.
Está correto o contido em
(A) I, II e III.
(B) I e III, apenas.
(C) II e III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) I, apenas.

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