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Apostila de projetos elétricos Residenciais

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INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA 
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA 
DISCIPLINA: PROJETOS ELÉTRICOS 
 
 
Professora: Viviane Catarina Sardá de Espindola 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto Elétrico I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Florianópolis, de 2016. 
Revisão 2016-1
 VCSE 
 
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA 
 
2 
 
Sumário 
1 INTRODUÇÃO __________________________________________________________________ 4 
2 PROJETO ______________________________________________________________________ 4 
3 PREVISÃO DE CARGA __________________________________________________________ 6 
3.1 PREVISÃO DA CARGA DE ILUMINAÇÃO ___________________________________________ 6 
3.2 PREVISÃO DA CARGA DE TOMADAS _____________________________________________ 7 
3.2.1 Número de pontos de tomadas de uso geral (TUG’s) _________________________ 7 
3.2.2 Potência atribuível aos pontos de tomadas de uso geral (TUG’s) ______________ 7 
3.2.3 Número de pontos de tomadas de uso específico geral (TUE’s) _______________ 8 
4 QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO ____________________________________________________ 11 
5 DIVISÃO DA INSTALAÇÃO ______________________________________________________ 12 
6 DIMENSIONAMENTO DOS CIRCUITOS ___________________________________________ 14 
6.1 SEÇÃO MÍNIMA ____________________________________________________________ 14 
6.1.1 Condutor de fase_______________________________________________________ 14 
6.1.2 Condutor neutro _______________________________________________________ 15 
6.1.3 Condutor de proteção dos circuitos (PE) __________________________________ 16 
6.1.4 Exemplo: _____________________________________________________________ 16 
6.2 DIMENSIONAMENTO DOS CIRCUITOS UTILIZANDO O CRITÉRIO DA CAPACIDADE DE CONDUÇÃO 
DE CORRENTE ____________________________________________________________________ 17 
6.2.1 Corrente de Projeto ____________________________________________________ 17 
6.2.2 Corrente de Corrigida ___________________________________________________ 18 
6.2.3 Exemplo: _____________________________________________________________ 24 
6.3 DIMENSIONAMENTO DOS CIRCUITOS UTILIZANDO O CRITÉRIO DA MÁXIMA QUEDA DE TENSÃO 
ADMISSÍVEL ______________________________________________________________________ 25 
6.3.1 Exemplo: _____________________________________________________________ 26 
6.4 DIMENSIONAMENTO DOS CIRCUITOS UTILIZANDO O CRITÉRIO CONTRA SOBRE CARGA ____ 27 
6.4.1 Exemplo ______________________________________________________________ 33 
6.5 DIMENSIONAMENTO DOS CIRCUITOS UTILIZANDO O CRITÉRIO CONTRA CURTO-CIRCUITO __ 35 
6.5.1 Exemplo: _____________________________________________________________ 40 
6.6 DIMENSIONAMENTO DOS CIRCUITOS UTILIZANDO O CRITÉRIO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS 
POR CONTATOS DIRETOS E INDIRETOS_________________________________________________ 41 
6.6.1 Princípio de funcionamneto do DR________________________________________ 43 
6.6.2 Classificação do DR ____________________________________________________ 43 
6.6.3 Locais onde utilizar o DR ________________________________________________ 44 
6.6.4 Exemplo: _____________________________________________________________ 46 
7 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SURTO (DPS) ___________________________ 47 
7.1 CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS DE ACORDO COM A SUA SUPORTABILIDADE A IMPULSOS DE 
TENSÃO 48 
7.2 CLASSIFICAÇÃO DO DPS DE ACORDO COM A APLICAÇÃO ___________________________ 49 
7.3 SELEÇÃO DO DPS _________________________________________________________ 49 
7.4 CONDUTORES DE CONEXÃO DO DPS __________________________________________ 52 
8 ELETRODUTO _________________________________________________________________ 52 
9 BALANCEAMENTO DE FASES __________________________________________________ 54 
10 ENTRADA DE SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA PARA UNIDADES CONSUMIDORAS 
COM CARGA TOTAL INSTALADA IGUAL A 75KW – PADRÃO CELESC ________________ 54 
10.1 RAMAL DE LIGAÇÃO ________________________________________________________ 58 
10.2 DEMANDA ________________________________________________________________ 59 
10.3 QUADRO DE MEDIÇÃO PARA ATÉ TRÊS UNIDADES CONSUMIDORAS ___________________ 62 
10.4 ATERRAMENTO ____________________________________________________________ 64 
 VCSE 
 
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA 
 
3 
11 DIAGRAMA UNIFILAR __________________________________________________________ 66 
12 MEMORIAL DESCRITIVO _______________________________________________________ 66 
13 ESPECIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE MATERIAL _____________________________ 68 
14 REQUISITOS MÍNIMOS PARA ANÁLISE DE PROJETO ELÉTRICO __________________ 70 
15 ENTRADA DE SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA A EDIFÍCIOS DE USO COLETIVO EM 
TENSÃO SECUNDÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO COM DEMANDA ATÉ 225KVA, INCLUSIVE – 
PADRÃO CELESC ________________________________________________________________ 71 
15.1 FATOR DE DIVERSIDADE _____________________________________________________ 71 
15.2 DIMENSIONAMENTO DOS COMPONENTES DE ENTRADA DE SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA 
DAS EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO – PADRÃO CELESC_________________________________ 71 
15.3 EXEMPLO DO CÁLCULO DA DEMANDA E DIMENSIONAMENTO DOS COMPONENTES DE 
ENTRADA DE SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA DAS EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO – PADRÃO 
CELESC _______________________________________________________________________ 77 
15.4 PRUMADA ________________________________________________________________ 81 
15.5 DIAGRAMA UNIFILAR GERAL __________________________________________________ 83 
15.6 QUADRO DE MEDIÇÃO ______________________________________________________ 84 
16 ALIMENTAÇÃO DAS UNIDADES CONSUMIDORAS EM EDIFÍCIOS DE USO COLETIVO _ 
 _______________________________________________________________________________ 85 
17 BIBLIOGRÁFICA CONSULTADA _________________________________________________ 86 
18 ANEXO 1 ______________________________________________________________________ 87 
19 ANEXO 2 ______________________________________________________________________ 88 
20 ANEXO 3 ______________________________________________________________________ 89 
21 ANEXO 4 ______________________________________________________________________ 90 
 
 
 VCSE 
 
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA 
 
4 
1 Introdução 
 
 
O presente trabalho visa orientar o aluno na elaboração do projeto de 
uma instalação elétrica residencial, seja esta edificação uma casa ou edifício 
de uso coletivo. 
Para realizar tal projeto é necessário dividi-lo em etapas, que são 
desenvolvidas seguindo-se uma determinada rotina: análise da edificação, 
previsão de carga, divisão dos circuitos, dimensionamento dos circuitos e 
seleção dos dispositivos de proteção, dimensionamento dos eletrodutos, 
dimensionamento da entrada de energia, quantificação e especificação do 
material, desenhos (planta baixa, diagrama unifilar, caixa de inspeção de 
aterramento, caixa de passagem e detalhe de entrada), registro junto ao órgão 
competente (CREA) e aprovação junto à concessionária. 
O assunto de cada etapa será abordado detalhadamente no intuito de 
esclarecer e orientar o projetista sobre os passos que devem ser trilhados para 
a execução da mesma, seguindo as prescrições estabelecidas pelas normas 
técnicas. 
 
 
2 Projeto 
 
Projetar uma instalação elétrica significa apresentar soluções técnicas a 
fim de atender as necessidades humanas. Estas soluções devem ser possíveis 
deexecução, sem deixar de atender as normas técnicas, além de levar em 
consideração os aspectos de segurança e de economia. Na maioria das vezes, 
a solução não é única, devendo o projetista analisá-las e eleger qual a melhor. 
Para o projeto constar do acervo técnico do profissional que o elaborou, é 
necessário o seu registro junto ao órgão competente, ou seja, junto ao CREA – 
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, através de 
documento intitulado ART – Anotação de Responsabilidade Técnica, ver 
formulário no Anexo 3. Este documento descreve o projeto, o qual, na forma da 
legislação em vigor, está sob a responsabilidade do técnico. A ART além de ser 
um documento de interesse do projetista, como citado acima, também é do 
interesse do cliente, pois é através deste documento que o cliente verifica se o 
profissional contratado tem habilitação para desenvolver tal atividade. 
A elaboração do projeto elétrico deve obedecer a NBR 5410 – Instalações 
Elétricas de Baixa Tensão. 
Para definir o padrão de entrada de energia, devem-se consultar as 
normas de distribuição de energia da concessionária local. Aqui em Santa 
Catarina, a grande maioria das edificações é atendida pela CELESC, que 
disponibiliza as seguintes normas: 
• E-321.0001 – Padronização de Entrada de Energia Elétrica de Unidades 
Consumidoras de Baixa Tensão. 
• DPS/NT-03 – Fornecimento de Energia Elétrica a Edifícios de Uso 
Coletivo. 
 
 
 
 VCSE 
 
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA 
 
5 
A Fig. 2.1 apresenta um fluxograma de elaboração de um projeto, seja ele 
elétrico, arquitetônico,... 
O objetivo deste fluxograma é mostrar o caminho que deve ser percorrido 
para a elaboração do projeto elétrico. 
 
 
 
 
 
Fig. 2.1 - Fluxograma de elaboração de projeto 
(LimaFilho, Domingos L., 1997,p. 17) 
 
 VCSE 
 
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA 
 
6 
3 Previsão de carga 
 
 
Após a análise da edificação, deve-se fazer a previsão de carga, ou seja, 
prever todos os equipamentos de utilização a serem instalados, com suas 
respectivas potências nominais. Em seguida, representam-se esses pontos de 
consumo e caso necessário, seu respectivo comando, em planta baixa, 
utilizando a simbologia apresentada no Anexo I. 
 
 
3.1 Previsão da carga de iluminação 
 
Em cada cômodo ou dependência deve ser previsto pelo menos um ponto 
de luz fixo no teto, comandado por um interruptor de parede. 
 
Notas: 
1 – Nas acomodações de hotéis, motéis e similares pode-se 
substituir o ponto de luz no teto por tomada de corrente, com potência 
mínima de 100VA, comandada por interruptor de parede. 
2 – Admiti-se que o ponto de luz fixo no teto seja substituído por 
ponto na parede em espaços sob escada, depósitos, despensas, lavabos 
e varandas, desde que de pequenas dimensões e onde a colocação do 
ponto no teto seja de difícil execução ou não conveniente. 
 
Na determinação das cargas de iluminação, como alternativa à aplicação 
da ABNT 5413, pode ser adotado o seguinte critério: 
 
 
Cômodos ou dependências com área 
inferior a 6m2: 
atribuir uma carga mínima de 100VA. 
Cômodos ou dependências com área 
superior a 6m2: 
atribuir uma carga mínima de 100VA para 
os primeiros 6m2, acrescida de 60VA a 
cada 4m2 inteiros. 
 
Nota: 
Os valores apurados correspondem à potência destinada à 
iluminação para efeito de dimensionamento dos circuitos, e não 
necessariamente à potência nominal das lâmpadas. 
 
 
Exemplo: 
 
Cômodo: quarto 
Área=20m2 
 
 
Potência prevista:100+180=280W 
Cálculo: 
 
20m2 
-6m2→100W 
14m2⁄4m2=3,5→4 (4m2 inteiros) 
 
4x60W=240W 
 
OBS: Utilizar-se-a a potência em watt. 
 
 VCSE 
 
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7 
3.2 Previsão da Carga de tomadas 
 
As tomadas de uso geral (TUG’s) são aquelas utilizadas para alimentação 
de eletrodomésticos portáteis, tais como televisores, aparelhos de som, 
enceradeiras, liquidificadores, ventiladores, aspiradores de pó, ferros de passar 
roupa, etc, como mostra a Fig.3.1. 
 
Fig. 3.1 – tomadas de uso geral (TUG’S) 
(http://www.br.prysmian.com/pt_BR/cs/index.html) 
 
3.2.1 Número de pontos de tomadas de uso geral (TUG’s) 
 
O número de pontos de tomadas deve ser determinado em função da 
destinação do local e dos equipamentos elétricos que podem ser aí utilizados, 
observando-se no mínimo os seguintes critérios: 
 
Banheiros. pelo menos um ponto de tomada, próximo 
ao lavatório, distante 0,6m do limite do 
boxe. 
Cozinhas, copas-cozinhas, copas, áreas de 
serviço, lavanderias e locais análogos. 
no mínimo uma tomada a cada 3,5m, ou 
fração, de perímetro, sendo que acima da 
bancada da pia devem ser previsto no 
mínimo duas tomadas. 
Varandas. pelo menos uma tomada. 
Cômodo ou dependência com área igual ou 
inferior a 6m2. 
pelo menos um ponto de tomada. 
Cômodo ou dependência com área 
superior 6m2. 
No mínimo um ponto de tomada para cada 
5m ou fração de perímetro. 
Halls de serviço, salas de manutenção e 
salas de equipamento, tais como casas de 
máquinas, salas de bombas, barriletes e 
locais análogos. 
pelo menos um ponto de tomada. 
 
3.2.2 Potência atribuível aos pontos de tomadas de uso geral (TUG’s) 
 
A potência a ser atribuída a cada ponto de tomada é função dos 
equipamentos que ele poderá vir a alimentar e não deve ser inferior aos 
seguintes valores mínimos: 
 
Em banheiros, cozinha, copas, copas-
cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e 
locais semelhantes 
atribuir no mínimo 600VA por ponto de 
tomadas, até três pontos e 100VA por 
ponto para os excedentes. 
Demais cômodos e dependências atribuir no mínimo, 100 VA por ponto de 
tomada. 
Em halls de serviço, salas de manutenção 
e salas de equipamento, tais como casas 
de máquinas, salas de bombas, barriletes e 
locais análogos 
aos circuitos terminais respectivos deve 
ser atribuída uma potência de no mínimo 
1.000VA. 
 
 
 VCSE 
 
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA 
 
8 
Exemplo: 
 
Cômodo: quarto 
Área=20m2 
Perímetro=14m 
Tug´s: 3 x 100 W 
Cálculo: 
 
14m⁄5m=2,8→3 tug’s 
 
 
Cômodo: cozinha 
Área=9m2 
Perímetro=12m 
 
Tug´s: 3 x 600 W+1 x 100W. 
Cálculo: 
 
12m⁄3,5m=3,42→4 tug’s 
 
 
OBS:Utilizar-se-a a potência em watt. 
 
 
3.2.3 Número de pontos de tomadas de uso específico geral (TUE’s) 
 
Considera-se tomada de uso específico (TUE’s) àquelas destinadas à 
ligação de equipamentos fixos ou estacionários, como chuveiros, microondas, 
condicionadores de ar, etc, como mostra a Fig. 3.2. 
 
Fig. 3.1 – tomadas de uso geral (TUG’S) 
(http://www.br.prysmian.com/pt_BR/cs/index.html) 
 
Quando um ponto de tomada for para uso específico, deve ser a ele 
atribuída uma potência igual à potência nominal do equipamento a ser 
alimentado. 
Os pontos de tomadas de uso específico devem ser localizados no 
máximo a 1,5m do ponto previsto para a localização do equipamento a ser 
alimentado. 
 
Exemplo 1: 
Cômodo: quarto 
Equipamento:Condicionador de ar 12000 BTU/h 
Potência prevista: 1.600 W 
Exemplo 2: 
Cômodo: BWC 
Equipamento:Chuveiro 
Potência prevista: 5.000 W 
OBS: Utilizar-se-a a potência em watt. 
 VCSE 
 
DEPARTAMENTOACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA 
 
9 
 
 VCSE 
 
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA 
 
10
A Tabela 3.1 mostra a potência nominal típica de aparelhos 
eletrodomésticos 
 
 
Tabela 3.1 - Potências nominais típicas 
NT-03 - Tabela1,1997,p. 53) 
 
 
 
 Após fazer a previsão de cargas, posiciona-se os pontos em planta baixa 
utilizando a simbologia apresentada no Anexo1. 
 VCSE 
 
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA 
 
11
4 Quadro de distribuição 
 
 
É o equipamento que recebe e distribui a energia elétrica. Deve estar em 
conformidade com a norma ABNT NBR IEC 60439-3 Neste quadro ficam 
localizados os dispositivos de proteção e comando dos circuitos terminais. 
Deve ser alocado em lugar de fácil acesso, visível e seguro e que fique o 
mais próximo possível do ponto de entrada, no caso de residências isoladas, 
para evitar que o surto de tensão entre na residência. Jamais alocá-los em 
banheiros, interior de armários, acima ou abaixo de pontos de água, e em 
áreas externas. O centro do quadro deve ficar a 1,30m do piso acabado 
Serão previstos tantos quadros quantos forem necessários. Se a 
residência possui vários pavimentos, aloca-se um quadro em cada pavimento. 
Os dispositivos de proteção devem estar dispostos e identificados de 
forma que seja fácil reconhecer os respectivos circuitos protegidos. 
A Fig. 4.1 mostra o desenho esquemático do quadro de distribuição. 
 
 
 
 
Fig. 4.1 - Quadro de distribuição bifásico 
(www.prysmian.com.br) 
 
 
 VCSE 
 
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA 
 
12
5 Divisão da instalação 
 
 
Uma instalação deve ser dividida, de acordo com suas necessidades, em 
vários circuitos, sendo que cada circuito deve ser concebido de forma a poder 
ser seccionado sem risco de alimentação inadivertida, através de outro circuito. 
A previsão de vários circuitos permite: 
• Limitar as conseqüências de uma falta, que provocará apenas o 
seccionamento do circuito atingido, sem prejuízo a outras partes da 
instalação; 
• Facilitar as verificações e os ensaios que se façam necessários; 
• Realizar manutenções e eventuais ampliações, sem afetar outras partes 
da instalação. 
 
A instalação deve ser dividida em diversas categorias de circuitos, 
cada uma com um ou mais circuitos terminais: 
1. Circuito independente para pontos de utilização previstos para alimentar 
de modo exclusivo equipamentos com corrente nominal superior a 10A; 
2. Circuitos exclusivamente destinados à alimentação de tomadas 
localizadas na cozinha, na copa, na copa-cozinha, nas áreas de serviço, 
nas lavanderias e locais semelhantes; 
3. Circuitos de tomadas de corrente; 
4. Circuitos de iluminação; 
 
Nota: Em locais de habitação admite-se que os pontos de tomadas, 
exceto os indicados em 2, e iluminação pertençam ao mesmo circuito, desde 
que as seguintes condições sejam simultaneamente atendidas: 
• A corrente do circuito não deve ser superior a 16A; 
• Todos os pontos de iluminação não podem pertencer ao um mesmo 
circuito, quando este circuito contiver pontos de iluminação e tomadas; 
• Todos os pontos de tomadas, exceto os indicados em 2, não podem 
pertencer ao um mesmo circuito, quando este circuito contiver pontos de 
iluminação e tomadas; 
 
Não existe, tecnicamente falando, qualquer limitação quanto ao número 
de pontos de utilização (equipamentos de utilização ou tomadas de corrente), 
deve-se apenas observar a compatibilidade entre seção dos condutores e as 
dimensões dos terminais de ligação dos equipamentos ou tomadas ali 
alimentados. No entanto, por razões práticas, é conveniente que não se tenha 
um número excessivo de pontos num circuito terminal. 
 
 
Sugestão: 
Circuitos de iluminação: até 1.400W 
Circuitos de tomadas: até 2.000W 
 
 
 VCSE 
 
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA 
 
13
Exemplo: A Tabela 5.1 mostra a divisão de uma determinada instalação elétrica 
em circuitos 
 
Tabela 5.1 - Divisão da instalação em circuitos terminais 
Nº do 
Circuito 
Potência 
(w) 
Cômodo Tipo 
 
PONTO TOTAL 
1 4X100 
3X160 
880 quarto, sala, BWC e área de 
serviço 
iluminação 
2 6X100 
1x220 
820 quarto, cozinha,circulação iluminação 
3 1.400 1.400 quarto cond. de ar 10.500BTU/h 
4 10X10 1.000 quarto, sala, circ. tug's 
5 1X600 
3X100 
900 quarto, BWC tug's 
6 2X600 1200 área de serv tug's 
7 5000 5000 BWC chuveiro 
8 1900 3X600 
1X100 
cozinha tug's+tue’s 
9 4.000 cozinha aquecedor 
 
 VCSE 
 
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14
6 Dimensionamento dos circuitos 
 
 
Dimensionar um circuito significa determinar a seção transversal do 
condutor e seu respectivo dispositivo de proteção. 
De acordo com a NBR 5410, existem seis critérios para dimensionamento 
dos circuitos: 
• Seção mínima; 
• Capacidade de condução de corrente; 
• Máxima queda de tensão admissível; 
• Proteção contra sobrecargas; 
• Proteção contra curtos-circuitos; 
• Proteção contra choques elétricos por contatos diretos e indiretos. 
 
 
6.1 Seção mínima 
 
 A seção dos condutores não pode ser inferior ao estabelecido pela NBR 
5410. 
 
6.1.1 Condutor de fase 
 
 A seção dos condutores fase não deve ser inferior aos valores dados na 
Tabela 6.1. 
 
 
Tabela 6.1 - Seção mínima dos condutores 
(NBR 5410 – Tabela 47, 2004, p. 113) 
 
 
 VCSE 
 
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA 
 
15
6.1.2 Condutor neutro 
 
O condutor neutro não pode ser comum a mais de um circuito. 
A NBR 5410 estabelece a cor azul-clara para identificação do condutor 
neutro. 
 
A seção deste condutor deve obedecer aos seguintes critérios: 
• Deve ter a mesma seção do condutor de fase em circuitos 
monofásicos; 
• Num circuito bifásico ou trifásico, quando a taxa de terceira 
harmônica e seus múltiplos for superior a 15% e inferior a 33%, a 
seção do condutor neutro deve ser igual a do condutor de fase. 
• Quando a taxa de terceira harmônica for maior que 33%, consultar 
NBR 5410, podendo o condutor neutro ter seção maior que a da 
fase. 
• Num circuito trifásico com neutro e cujos condutores de fase 
tenham uma seção superior à 25mm2, a seção do condutor neutro 
pode ser inferior à dos condutores de fase, sem ser inferior aos 
valores indicados na Tabela 6.2, quando as três condições 
seguintes forem simultaneamente atendidas: 
1. o circuito for presumivelmente equilibrado, em serviço 
normal; 
2. a corrente das fases não contiver uma taxa de terceira 
harmônica e múltiplos superior a 15%; 
3. o condutor neutro for protegido contra sobrecorrentes 
conforme item 5.3.2.2 da NBR 5410. 
 
 
 
Tabela 6.2 - Seção mínima do condutor de neutro 
(NBR 5410 – Tabela 48, 2004, p. 115) 
 
 
Nota: Essa tabela pode ser utilizada quando respeitadas as condições 1, 2 e 3 descritas acima, 
forem simultaneamente atendidas. 
 
 
 VCSE 
 
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA 
 
16
6.1.3 Condutor de proteção dos circuitos (PE) 
 
A seção dos condutoresde proteção dos circuitos pode ser determinada 
através da Tabela 6.3. Essa tabela só é valida apenas se o condutor de 
proteção for constituído do mesmo metal que os condutores fase. 
 
Tabela 6.3 - Seção mínima do condutor de proteção 
(NBR 5410 – Tabela 58, 2004, p. 150) 
Bitola do condutor fase - S 
(mm2) 
Bitola do condutor de proteção SPE 
(mm2) 
S ≤ 16 S 
16 < S ≤ 35 16 
S > 35 S/2 
 
 A NBR 5410 estabelece a cor verde ou verde-amarela para identificação 
do condutor de proteção. 
 
6.1.4 Exemplo: 
Preencher a Tabela 6.4, dimensionando a bitola mínima dos condutores (fase, 
neutro e de proteção) de acordo a NBR 5410. 
 
Tabela 6.4 – Seção mínima dos condutores de proteção dos circuitos 
Circuito Tipo S 
(mm2) 
SPE 
(mm2) 
1 iluminação 1,5 1,5 
2 iluminação 1,5 1,5 
3 tomada 2,5 2,5 
4 tomada 2,5 2,5 
5 tomada 2,5 2,5 
6 tomada 2,5 2,5 
7 tomada 2,5 2,5 
8 tomada 2,5 2,5 
9 tomada 2,5 2,5 
 
 VCSE 
 
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17
6.2 Dimensionamento dos circuitos utilizando o critério da capacidade 
de condução de corrente 
 
 
A capacidade de condução de corrente de um condutor é a corrente 
máxima que pode ser por ele conduzida continuamente, em condições 
específicas, sem que sua temperatura em regime permanente ultrapasse um 
valor determinado. 
Portanto, dimensionar um circuito utilizando o critério da capacidade de 
condução de corrente significa determinar a bitola mínima do condutor a fim de 
garantir que a temperatura nesse condutor não ultrapasse ao valor 
especificado pelo fabricante, quando percorrido pela corrente solicitada pelo 
circuito. 
Existem vários tipos de condutores e cada qual possui determinadas 
aplicações. Para se ter maiores informações a esse respeito, consulte o 
catálogo dos fabricantes. 
Para determinar a bitola do condutor utilizando este critério, adota-se os 
seguintes passos: 
a) calcular a corrente de projeto (I); 
b) calcular a corrente corrigida (I’); 
c) escolher o condutor, bem como, determinar sua maneira de 
instalar; 
d) determinar a bitola do condutor cuja capacidade de condução de 
corrente seja igual ou imediatamente superior a corrente corrigida. 
 
 
6.2.1 Corrente de Projeto 
 
 
A corrente de projeto é a corrente prevista para ser transportada pelo 
circuito durante seu funcionamento normal. 
Para determinar o valor desta corrente utiliza-se a equação 6.1. 
 
I=
P
K×VN×FP×η
 (6.1) 
 
Onde: 
I - corrente de projeto (A); 
P - potência total do circuito (W); 
K: K=1 para circuitos monofásicos 
 K= √3 para circuitos trifásicos a três condutores 
 K=3 para circuitos trifásicos desequilibrados a quatro condutores 
VN - tensão nominal (nos circuitos trifásicos desequilibrados utilizar tensão de 
fase); 
FP - fator de potência; 
η - rendimento. 
 
 
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18
6.2.2 Corrente de Corrigida 
 
 
Sabe-se que todo condutor quando percorrido por uma corrente elétrica 
se aquece e também que, todo material suporta temperaturas até um 
determinado valor, acima da qual começa a perder suas propriedades físicas, 
químicas, mecânicas, elétricas, etc. Portanto, quando a isolação dos cabos e 
fios é submetida a uma temperatura maior do que aquela para a qual foi 
projetada, inicia-se um processo de degradação, ou seja, perde suas 
características dielétricas. 
Por isso, os condutores providos de isolação são caracterizados por três 
temperaturas: 
 
• Temperatura em regime permanente: maior temperatura que a 
isolação pode atingir continuamente em serviço normal. É a principal 
característica para a determinação da capacidade de condução de 
corrente de um condutor; 
 
• Temperatura em regime de sobrecarga: temperatura máxima que a 
isolação pode atingir em regime de sobrecarga. Segundo as normas de 
fabricação, a duração deste regime não deve ser superior a 100h 
durante 12 meses consecutivos, nem superar 500h durante toda a vida 
do cabo. 
 
• Temperatura em regime de curto circuito: temperatura máxima que a 
isolação pode atingir em regime de curto-circuito. Segundo as normas 
de fabricação, a duração deste regime não deve ser superior a 5s 
durante toda a vida do cabo. 
 
 
A Tabela 6.5 indica as temperaturas características das isolações de 
PVC, EPR e XLPE. 
 
 
Tabela 6.5 - Temperaturas características das isolações 
(NBR 5410 – Tabela 35 , 2004, p. 100) 
 
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19
Para condutores instalados em locais cuja temperatura ambiente seja 
diferente de 30oC (linhas não subterrâneas) e aqueles enterrados em solo cuja 
temperatura seja diferente de 20oC, deve-se aplicar o fator de correção de 
temperatura para o seu dimensionamento. 
A Tabela 6.6 indica os fatores de correção de temperatura. 
 
Tabela 6.6 – Fatores de correção de temperatura 
(NBR 5410 – Tabela 40, 2004, p. 106) 
 
 
 
A elevação da temperatura da isolação também é provocada pelo 
agrupamento de circuitos num mesmo eletroduto. Isto acontece porque 
aumenta a dificuldade na troca de calor entre o condutor e o ambiente que o 
circunda. 
Então, para dimensionar adequadamente os condutores, deve-se levar 
em consideração também o fator de correção para agrupamento dos circuitos. 
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20
A Tabela 6.7 indica os fatores de correção para agrupamento de circuitos 
ou cabos multipolares. 
 
Tabela 6.7 - Fatores de correção para agrupamento 
(NBR 5410 – Tabela 42, 2004, p. 108) 
 
 
 
 
Determinado os fatores de correção, calcula-se então, a corrente corrigida 
utilizando-se a equação 6.2. 
	
 =
�
�
��
 (6.2) 
 
Onde: 
I’ - corrente corrigida; 
I - corrente de projeto; 
f1 - fator de correção de temperatura; 
f2 - fator de correção para agrupamento. 
 
Tendo-se o valor da corrente corrigida, define-se então o tipo de condutor 
e o tipo de linha elétrica. Com esses dados, determina-se o método de 
instalação utilizando-se a Tabela 6.8. 
 
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21
Tabela 6.8 – Métodos de Instalação 
(Pirelli,2003, p.47) 
Tipo de Linha Elétrica Método de Instalação (1) 
Condutor 
isolado 
Cabo 
unipolar 
Cabo 
multipolar 
 
Fio Pirastic 
Cabo Pirastic 
Cabo Pirastic 
Flex 
Cabo 
Sintenax 
Cabo 
Sintenax 
Flex 
Cabo Sintenax 
Cabo Sintenax 
Flex 
Afastado da Parede ou suspenso por cabo de suporte (2) 15/17 - F E 
Bandejas não perfuradas ou prateleiras 12 - C C 
Bandejas perfuradas (horizontal ou vertical) 13 - F E 
Canaleta fechada no piso, solo ou parede 33/34/72/72A/ 75/75A B1 B1 B2 
Canaleta ventilada no piso ou solo 43 - B1 B1 
Diretamente em espaço de construção - 1,5De  V  5De 
(4) 21 - B2 B2 
Diretamente em espaço de construção - 5De  V  50De 
(4) 21 - B1 B1 
Diretamente enterrado 62/63 - D D 
Eletrocalha 31/31A/32/32A/35/36 B1 B1 B2 
Eletroduto aparente 3/4/5/6 B1 B1 B2 
Eletroduto de seção não circular embutido em alvenaria 27 - B2 B2 
Eletroduto de seção não circular embutido em alvenaria 
1,5De  V  5De (4) 26 B2 - - 
Eletroduto de seçãonão circular embutido em alvenaria 
5De  V  50De (4) 26 B1 - - 
Eletroduto em canaleta fechada - 1,5De  V  20De (4) 41 B2 B2 - 
Eletroduto em canaleta fechada - V  20De (4) 41 B1 B1 - 
Eletroduto em canaleta ventilda no piso ou solo 42 B1 - - 
Eletroduto em espaço de construção 23/25 - B2 B2 
Eletroduto em espaço de construção - 1,5De  V  20De 
(4) 22/24 B2 - - 
Eletroduto em espaço de construção - V  20De (4) 22/24 B1 - - 
Eletroduto embutido em alvenaria 7/8 B1 B1 B2 
Eletroduto embutido em caixilho de porta ou janela 73/74 A1 - - 
Eletroduto embutido em parede isolante 1/2 A1 A1 A1 
Eletroduto enterrado no solo ou canaleta não ventilada 
no solo 61/61A - D D 
Embutimento direto em alvenaria 52/53 - C C 
Embutimento direto em caixilho de porta ou janela 73/74 - A1 A1 
Embutimento direto em parede isolante 51 - - A1 
Fixação direta à parede ou teto (3) 11/11A/11B - C C 
Forro falso ou piso elevado - 1,5De  V  5De (4) 28 - B2 B2 
Forro falso ou piso elevado - 5De  V  50De (4) 28 - B1 B1 
Leitos, suportes horizontais ou telas 14/16 - F E 
Moldura 71 A1 A1 - 
Sobre isoladores 18 G - - 
Método de instalação conforme a tabela 28 da NBR 5410/1997 
 
 
Após obtido o método de instalação e o valor da corrente corrigida, 
determina-se a bitola do condutor utilizando a tabela 6.9a e 6.9b. 
 
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22
Tabela 6.9a – Capacidade de Condução de Corrente (IZ) 
(http://www.prysmian.com.br/export/sites/prysmian-
ptBR/energy/pdfs/Dimensionamento.pdf, 20130927) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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23
Tabela 6.9b – Capacidade de Condução de Corrente (IZ) 
(http://www.prysmian.com.br/export/sites/prysmian-
ptBR/energy/pdfs/Dimensionamento.pdf, 20130927) 
 
 
Nota: Entende-se por condutor carregado aquele que é efetivamente 
percorrido pela corrente elétrica no funcionamento normal do circuito. 
• Circuito trifásico sem neutro: 3 condutores carregados; 
• Circuito trifásico desequilibrado com neutro ou presença 
componente harmônico superior a 15% (1): 4 condutores 
carregados; 
• Circuitos bifásicos (2F+N): 3 condutores carregados; 
• Circuitos bifásicos (F+F): 2 condutores carregados; 
• Circuitos monofásicos (F+N): 2 condutores carregados; 
•
 Circuitos monofásicos: 3 condutores carregados – ex.: circuitos 
alimentados de transformadores monofásicos com tap central no 
secundário; 
(1)
 Aplica-se a capacidade de corrente para três condutores carregados 
afetada do fator de correção devido ao carregamento do neutro, que 
em caráter geral é 0,86. 
 
 
 
 
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24
 
6.2.3 Exemplo: 
Circuito 1: 
 
• P=960W 
 
• Fator de potência: 1 
 
 • V=220V 
 
• Rendimento: 100% 
 
 
Cálculo da corrente de projeto: I =
P
K × V N × FP× η
=
960
1× 220× 1× 1
= 4,36A
 
 
Cálculo da corrente corrigida: 
 
Para calcular a corrente corrigida é necessário obter as seguintes 
informações: 
• temperatura ambiente máxima: 35oC (fator de correção de temperatura é 
0,94, como mostra a Tabela 6.6). 
• tipo de linha elétrica: em eletroduto embutido em alvenaria. 
• O condutor a ser utilizado: fio de cobre e isolação em PVC e tensão 
nominal 450/750V ( ref. fio pirastic super antiflam - Prysmian) 
• número de circuitos dentro de um mesmo eletroduto: 3 (fator de correção 
para agrupamento de acordo com a Tabela 6.7 é 0,7). 
I '= If 1× f 2 
I
1'
=
4,36
0,94× 0,7 = 6,62A 
 
Na Tabela 6.8 determina-se o método de instalação. 
Como já foi definido o método de instalação e calculado o valor da 
corrente corrigida, determina-se a bitola do condutor utilizando a Tabela 6.9: # 
0,5mm2 
Após os cálculos, preencher a Tabela 6.10: 
Tabela 6.10 – Bitola dos condutores de acordo com o critério da capacidade de condução de 
corrente 
No 
Circ. 
Potência 
(W) 
Tensão 
(V) 
Fator de 
Potência 
Corrente 
(A) 
F1 F2 Corrente Corrigida 
(A) 
Bitola 
(mm2) 
1 960 220 1 4,36 0,94 0,7 6,62 0,5 
 
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25
6.3 Dimensionamento dos circuitos utilizando o critério da máxima 
queda de tensão admissível 
 
 
Os equipamentos elétricos são projetados para trabalharem num 
determinado valor de tensão, admitindo-se sempre uma pequena variação. 
Tensões muito abaixo do limite prejudicam o desempenho do 
equipamento, podendo inclusive, reduzir a vida útil ou até impedir seu 
funcionamento. 
A queda de tensão deve ser calculada durante o projeto, sendo o 
dimensionamento dos circuitos feito de modo a mantê-la dentro dos valores 
máximos fixados pela NBR 5410, como mostra a Tabela 6.11. 
 
 
Tabela 6.11 – Limites de Queda de Tensão 
(NBR 5410 , 2004, p. 115) 
Situação Queda de tensão 
A 
Calculados a partir dos terminais secundários do 
transformador MT/BT, no caso do transformador de 
propriedade da(s) unidade(s) consumidora(s). 
7% 
B 
Calculados a partir dos terminais secundários do 
transformador MT/BT da empresa distribuidora de 
eletricidade, quando o ponto de entrega for aí localizado. 
7% 
C 
Calculados a partir do ponto de entrega, nos demais casos 
de ponto de entrega com fornecimento em tensão 
secundária de distribuição. 
5% 
D Calculados a partir dos terminais de saída do gerador, no 
caso de grupo gerador próprio. 7% 
 
 
Notas 
 
1. Em nenhum caso a queda de tensão nos circuitos terminais pode ser 
superior a 4%; 
 
2. O dimensionamento dos condutores que alimentam motores deve ser tal 
que, durante a partida do motor, a queda de tensão nos terminais do 
dispositivo de partida não ultrapasse a 10% da respectiva tensão 
nominal, observados os limites da tabela 6.11. 
 
3. Para cálculo da queda de tensão, o fator de potência do motor com rotor 
bloqueado pode ser considerado igual a 0,3. 
 
 
 
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26
 Para determinar a bitola dos condutores respeitando a máxima queda de 
tensão admissível, aplica-se expressão 6.3: 
 
� =
����
∆�×��
 (6.3) 
 
Onde: 
S - bitola do condutor ( mm2 ); 
k - k=2 para circuitos monofásicos; 
 k=√3 para circuitos trifásicos; 
ρ - resistividade ( Ωmm2/m) - ρCU=0,0172Ωmm2/m, ρAL=0,028Ωmm2/m; 
I - corrente de projeto (A);. 
L - comprimento do circuito (m); 
∆V- queda de tensão percentual; 
VN - tensão nominal do circuito (V). 
 
OBS: De acordo com a NBR 5410, em instalações em baixa tensão, a queda 
de tensão máxima a partir da medição até os circuitos terminais é de 
5%.Adotar-se-á, portanto, queda de tensão máxima igual a 2,5% nos 
circuitos terminais. 
 
A Tabela 6.12 mostra o valor comercial das seções nominais dos 
condutores elétricos. 
 
Tabela 6.12 – Seção nominal dos condutores 
Seção Nominal dos Condutores 
0,5 2,5 16 70 185 500 
0,75 4 25 95 240 630 
1 6 35 120 300 800 
1,5 10 50 150 400 1000 
 
6.3.1 Exemplo: 
Circuito 1: 
• Corrente de projeto: 4,36A; • Circuito monofásico; 
• Comprimento máximo do circuito: 17m; • Tensão nominal: 220V 
• Condutor de cobre; • Baixa tensão;S= 2× 0,0172× 4,36× 170,025× 220 = 0,47mm
2
 
 
Portanto, a bitola mínima que o circuito 1 deve ter para respeitar a 
máxima queda de tensão admissível é 0,5mm2, pois 0,47mm2 não é um valor 
encontrado comercialmente. 
 Após os cálculos, preencher Tabela 6.13 
 
Tabela 6.13 – Bitola dos condutores de acordo com o critério da máxima queda de tensão 
admissível 
No do Circ. Corrente 
(A) 
Comprimento 
(m) 
 
 
∆∆∆∆V Tensão 
(V) 
Bitola 
(mm2) 
Bitola 
comercial 
(mm2) 
1 4,36 17 0,025 220 0,47 0,5 
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27
6.4 Dimensionamento dos circuitos utilizando o critério contra sobre 
carga 
 
 
A NBR 5410/2004 estabelece que os condutores vivos devem ser 
protegidos por um ou mais dispositivos de seccionamento automático contra 
sobrecargas e curto-circuitos. 
Para cumprir essa exigência, em instalações residenciais e prediais de 
baixa tensão, utiliza-se disjuntor termomagnético em caixa moldada . 
 
Antes de falarmos a respeito da proteção, definiremos sobrecarga e curto-
circuito: 
Sobrecarga é uma corrente elétrica maior do que a suportável pelos fios 
e cabos, causada pela ligação de muitos aparelhos simultaneamente. Provoca 
aquecimento elevado danificando a isolação dos fios. A Fig. 6.1 mostra um 
exemplo de sobrecarga. 
 
Fig. 6.1 – Sobrecarga 
(Guia Prático de Proteção Pial Legrand, p.5) 
 
Curto-circuito é uma corrente elétrica que atinge valores altíssimos, 
muito superiores ao suportável pelos fios e cabos. É causada pela união de 
condutores como, por exemplo, fase-terra ou fase-neutro ou fase-fase, criando 
um caminho sem resistência. Provoca aquecimento elevado danificando a 
isolação dos condutores. A Fig. 6.2 mostra um exemplo de curto-circuito. 
 
Fig. 6.2 – Curto-circuito 
(Guia Prático de Proteção Pial Legrand, p.5) 
 
De acordo com a NBR 5410:04, a normalização dos disjuntores de baixa 
tensão (até 1.000VCA e 1.500VCC) no Brasil é feita pelas seguintes normas: 
• ABNT NBR 5361 – Disjuntores de baixa tensão – Cancelamento 
sem substituição em 21/07/2006 (http://www.abnt.org.br/ 
Cancelamento/NBR5361-Canc.pdf). 
• ABNT NBR IEC 60947-2:98 – Dispositivos de manobra e comando 
de baixa tensão – Parte 2: Disjuntores. (disjuntores para serem 
manipulados por pessoas qualificadas, ou seja, com formação 
técnica, e para sofrerem ajustes e manutenção (normalmente 
instalações industriais ou similares)). 
 VCSE 
 
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28
• ABNT NBR NM 60898:04 – Disjuntores para proteção de 
sobrecorrentes para instalações domésticas e similares. 
(disjuntores especialmente projetados para serem manipulados 
por usuários leigos, ou seja, para uso por pessoas não 
qualificadas e para não sofrerem manutenção (normalmente 
instalações residenciais ou similares)) 
 
Os disjuntores mais tradicionais, para uso geral, são equipados com 
disparador térmico (atua no caso de sobrecarga) e disparador magnético (atua 
no caso de curto-circuito). Outros disjuntores mais sofisticados utilizam 
disparador eletrônico. 
O disparador térmico é constituído por uma lâmina bimetálica que se 
curva sob a ação do calor produzido pela passagem da corrente. Esta 
deformação temporária da lâmina, devido às diferentes dilatações dos dois 
metais que a compõe, atua sobre uma alavanca (alavanca de engate) que via 
acoplamento mecânico, provocando a abertura do disjuntor. 
O disparador magnético é constituído por uma bobina que atraí uma 
alavanca (alavanca de engate), quando a corrente atinge determinado valor. 
Esse deslocamento via acoplamento mecânico, também provoca a abertura do 
disjuntor. 
A característica tempo-corrente típica de atuação do disparador térmico é 
de tempo inverso e a de atuação do disparador magnético é instantânea, como 
é mostrado na Fig. 6.3. 
 
 
Fig. 6.3 – Curva termomagnética 
 
 
 VCSE 
 
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29
Cada curva de atuação do disparador magnético é indicada para um tipo 
de carga, conforme as Fig. (6.4), (6.5) e (6.6). 
 
 
Fig. 6.4 – Curva B 
(www.ge.com.br) 
 
 
Fig. 6.5 – Curva C 
(www.ge.com.br) 
 
 
Fig. 6.6 – Curva D 
(www.ge.com.br) 
A Tabela 6.14 estabelece a diferença entre as normas utilizadas para 
definir as características dos disjuntores BT. 
 VCSE 
 
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30
Tabela 6.14 – Características dos disjuntores BT de acordo com a NBR NM 60898 e com a 
NBR IEC 60947-2. 
Características dos disjuntores BT Norma 
 NBR NM 60898 NBR IEC 60947-2 
Capacidade de interrupção (Icu). 6 a 10kA 10 a 50kA 
Temperatura ambiente de referência para calibrar 
o disparador térmico. 
30oC 40oC 
Atuação do disparador 
térmico. 
Corrente convencional 
de não-atuação(Itn). 
1,13xIN 1,05 xIN 
 Corrente convencional 
de atuação(I2). 
1,45 xIN 1,30 xIN 
 Tempo convencional 
para atuação: 
 IN≤63A 
IN>63A 
 
 
1h 
2h 
 
 
1h 
2h 
Atuação do disparador magnético. Curva B (3xIN a 5xIN) 
Curva C(5xIN a 10xIN) 
Curva D(10xIN a 20xIN) 
±20% em torno do 
valor 
ajustado/calibrado 
 
Para a especificar um disjuntor é necessário definir as seguintes 
características: 
• Corrente nominal (IN); 
• Corrente de interrupção (ICU); 
• Número de pólos; 
• Tensão nominal (UN); 
• Curva de atuação do disparador magnético; 
• Freqüência nominal. 
 
 
A determinação da corrente nominal do disjuntor deve obedecer à 
condição estabelecida pela expressão (6.4): 
 
 
	� ≥ 	 (6.4) 
 
 
Onde: 
I - corrente de projeto (A). 
IN – corrente nominal do disjunto (A). 
 
OBS: a corrente nominal do disjuntor pode sofrer correção se a 
temperatura ambiente for diferente da temperatura de 
calibração do disparador térmico disjuntor. 
 
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31
Após a determinação da corrente nominal do disjuntor, faz-se então a 
verificação utilizando as expressões 6.5 e 6.6. 
 
	 ≤ 	� ≤ 	� (6.5) 
 
	� ≤ 1,45 × 	# (6.6) 
 
 
No caso da NBR NM 60898: 
 
I 2= 1,45× I N
 (6.7) 
 
Substituindo (6.7) na expressão (6.6), tem-se: 
 
1,45× I N≤ 1,45× I Z
 
 
I N ≤ I Z
 (6.8) 
 
No caso da NBR IEC 60947-2 
 
I 2= 1,30× I N
 (6.9) 
 
Substituindo (6.9) na expressão (6.6), tem-se: 
 
1,30× I N ≤ 1,45× I Z
 
 
I N ≤ 1,11× I Z
 (6.10) 
 
 
A condição imposta pela expressão 6.6 só pode ser aplicada quando for 
possível assumir que a temperatura limite de sobrecarga dos condutores não 
seja mantida por um tempo superior a 100h durante 12 meses consecutivos ou 
por 500h durante toda a vida útil do condutor. Quando isto não ocorrer, deve-se 
aplicar a condição imposta pela expressão (6.11). 
 
	� ≤ 	# (6.11) 
 
Onde: 
 
IN - corrente nominal do disjuntor(A); 
I - corrente de projeto (A); 
Iz - corrente nominal do condutor(A); 
I2 -corrente que assegura a efetivamente a atuação do dispositivo de proteção 
(A). 
 
 VCSE 
 
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32
A seguir, tem-se as características dos disjuntores termomagnéticos UNIC 
DIN da Legrand, que são apresentadas nas Tabelas (6.15) e (6.16) e Fig (6.7). 
 
Tabela 6.15– Características elétricas. 
(http://www.legrand.com.br/) 
 
 
 
 
 
 
Tabela 6.16 - Correntes nominais dos disjuntores em função da temperatura ambiente ( IN e IN’). 
(http://www.legrand.com.br/) 
 
 
 
35 oC 
Unipolar Multipolar 
 
9,78 9,78 
15,83 15,83 
19,77 19,77 
24,72 24,72 
32 32 
40 40 
50 50 
63 63 
OBS:Valores das correntes 
nominais obtidos via gráfico 
para temperatura ambiente 
de 35 oC. 
 
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33
 
Fig 6.7 – Curva de atuação 
(http://www.legrand.com.br/) 
 
 
 
6.4.1 Exemplo 
 
Circuito 1: 
• I=4,36A; 
• UN=220V; 
• Aplicação residencial→ NBR NM 60898: Curva C; 
• Monofásico→ disjuntor unipolar; 
• Temperatura ambiente: 35 oC; 
• Maior bitola do condutor determinada até o momento:#1,5mm2 – Na 
Tabela 6.8, considerando maneira de instalar B1 e dois condutores 
carregados, a capacidade de condução de corrente (IZ) deste condutor é 
17,5A. 
Mas não podemos esquecer que a capacidade de condução de corrente 
é afetada pela temperatura ambiente e pelo agrupamento de 
condutores, logo: 
 
IZ’=IZxf1xf2 
 
 VCSE 
 
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34
IZ’=17,5x0,94x0,7 
 
IZ’=11,51A 
 
Escolhe-se, então, o disjuntor com corrente nominal superior a corrente 
de projeto e inferior a capacidade de condução do condutor: 11,51A. 
Corrente nominal do disjuntor: IN=10A @ 30o (Tabela 6.15) 
 
Mas como a temperatura ambiente é igual a 35 oC, a corrente nominal do 
disjuntor sofre alteração, como mostra a Tabela 6.16: IN’=9,78A. 
Para comprovar a correta escolha da corrente nominal aplica-se a 
expressão (6.12): 
 
I ≤ IN’ ≤ IZ’ (6.12) 
4,36 ≤ 9,78 ≤ 11,51 
Onde: 
I - corrente de projeto (A) 
IN’ – corrente nominal do disjuntor referida à temperatura ambiente (A) 
IZ’ – capacidade de condução de corrente do condutor levando-se em 
consideração a temperatura ambiente e o fator de agrupamento dos 
condutores. 
 
Se uma das condições não fechar, deve-se aumentar a bitola do 
condutor. 
 
Após os cálculos, preencher a Tabela 6.17. 
 
Tabela 6.17 - Bitola do condutor de acordo com o critério de sobre carga. 
No do 
Circuito 
IN (@30oC) 
(A) 
Bitola 
Final 
(mm2) 
I 
(A) 
IN’(@35º C) 
(A) 
IZ’ 
(A) 
IZ 
(A) 
F1 F2 
1 10 1,5 4,36 9,8 11,51 17,5 0,94 0,7 
 
 
 VCSE 
 
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35
6.5 Dimensionamento dos circuitos utilizando o critério contra curto-
circuito 
 
A proteção contra curtos-circuitos consiste em garantir que seja atendida 
a exigência de coordenação entre o dispositivo de proteção e os condutores do 
circuito a ser protegido. 
É importante ressaltar que a seleção do dispositivo de proteção utilizado 
neste critério é um mero prolongamento de um estudo que começou com a 
aplicação dos critérios referentes à proteção contra sobrecargas. 
Quando dimensionar um dispositivo de proteção contra correntes de 
curto-circuito, deve-se obedecer as seguintes recomendações: 
 
a) A capacidade de interrupção do dispositivo de proteção não deve 
ser inferior a corrente de curto-circuito presumida no ponto em que 
será instalado, devendo atender à expressão (6.12). 
 
	$ ≥ 	%& (6.12) 
 
Onde: 
IR – corrente de ruptura (capacidade de interrupção) do dispositivo 
de proteção. 
ICS – corrente de curto-circuito presumida no ponto de instalação do 
dispositivo. 
 
b) A atuação do dispositivo de proteção deverá ser rápida o suficiente 
para que os condutores não ultrapassem a temperatura limite, 
devendo atender à expressão (6.13). 
 
'(( ≤ ) (6.13) 
 
Onde: 
• Tdd – tempo de’ disparo do dispositivo de proteção para o valor de ICS. 
• t – tempo limite de atuação do dispositivo de proteção. 
 
 Portanto, a integral de Joule (energia) que o dispositivo de proteção 
deixa passar deve ser inferior ou igual à integral de Joule (energia) necessária 
para aquecer o condutor desde a temperatura máxima para serviço contínuo 
até a temperatura limite de curto-circuito, o que pode ser indicado pela 
expressão (6.14). 
* +,-
�.
/
0) ≤ 1�2� (6.14) 
Onde: 
• ∫
0
t
i
cs
2 dt
 - integral de Joule que o dispositivo de proteção deixa passar. 
• k 2 s2 - integral de Joule necessária para aquecer o condutor desde a 
temperatura máxima para serviço contínuo até a temperatura limite de 
curto-circuito. 
 VCSE 
 
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36
Para curtos-circuitos de qualquer duração em que a assimetria da 
corrente não seja significativa, e para curtos-circuitos assimétricos de duração 
0,1s≤ t ≤5s, pode-se escrever a expressão (6.15): 
22
2cs
skti ≤ (6.15) 
 
Onde: 
• ICS – corrente de curto-circuito presumida no ponto de instalação do 
dispositivo (A). 
• t – duração do curto-circuito (s), 
• k – constante relacionada ao material do condutor e da isolação do 
condutor. ver Tabela 6.18. 
• s – seção do condutor (mm2). 
 
Os valores de K são apresentados na Tabela 6.18. 
 
Tabela 6.18 – Valores de k para condutores com isolação de PVC, EPR ou XLPE 
(NBR 5410 , 2004, p. 68) 
 
 
A Tabela 6.19 mostra os valores práticos da corrente de curto-circuito da 
IEC 60947-4 para escolha da coordenação de proteção ao invés da corrente 
máxima de curto-circuito. 
Tabela 6.19 – Corrente de curto-circuito prática. 
(http://mediaibox.siemens.com.br/upfiles/1744.pdf) 
 
 VCSE 
 
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37
A Tabela 6.20 mostra os valores aproximados das correntes de curto-
circuito no secundário dos transformadores. 
 
Tabela 6.20 – Valores aproximados de correntes de curto-circuito no secundário dos 
transformadores. 
(Guia EM da NBR 5410,2001 p.165) 
 
 
 A CELESC adota, para disjuntores termomagnéticos unipolares 
localizados no quadro de medição, capacidade de interrupção igual 2kA (220V) 
e para disjuntores bipolares e tripolares, 5kA (380V). 
 VCSE 
 
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38
 A corrente de curto-circuito máxima para alguns fios e cabos da 
Prysmian é dada pelo gráfico apresentado na Fig. 6.8a e 6.8b. 
 
 
 
Fig. 6.8a - Correntes de curto-circuito máximas. 
(http://www.br.prysmian.com) 
 VCSE 
 
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39
 
Fig. 6.8a - Correntes de curto-circuito máximas. 
(http://www.br.prysmian.com)VCSE 
 
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40
6.5.1 Exemplo: 
Circuito 1 
 
Características do disjuntor selecionado: 
.Disjuntor termomagnético Unic DIN- Pial Legrand; 
.Unipolar; 
.Corrente nominal: 10A; 
.Limiar de atuação magnético: 5 a 10 IN; 
.Capacidade de interrupção:3kA 
 
Características do condutor selecionado: 
.Fio pirastic (fio de cobre c/ isolação de PVC) 
.Bitola: 1,5mm2 
 
 Considera-se que a corrente de curto-circuito numa residência atinja 
1KA. 
 A capacidade de interrupção do dispositivo de proteção deve ser maior 
que a corrente de curto-circuito presumida no ponto em que será instalado, 
devendo atender à expressão (6.12). Logo: 
 
I R≥ I CS 
3kA≥ 1kA
 
 
 A atuação do dispositivo de proteção deverá ser rápida o suficiente para 
que os condutores não ultrapassem a temperatura limite. 
 Da relação 
I
I N
=
1000
10 = 100 , deve-se ir até a Fig. 6.7, curva de atuação 
do disjuntor para determinar o tempo de atuação do dispositivo:Tdd ≤ 20ms. 
 Após coletar os dados, determina-se o tempo limite de atuação do 
disjuntor, utilizando a equação 6.15: 
 
i
cs
2 t≤ k
2
s
2
 
t≤
k 2 s2
i
cs
2
 
t≤
1152× 1,52
10002 
t≤ 29,7ms
 
 
 Como: 
tdd≤ t
 
 
20ms≤ 29,7ms
 
 
 Portanto, a condição foi atendida, logo o condutor está adequadamente 
protegido contra curto-circuito, pois o disjuntor atuará antes que haja 
comprometimento da isolação do condutor. 
 Pode-se também fazer esta verificação analisando-se a curva da Fig.6.8, 
onde o condutor de 1,5mm2 suporta uma corrente de curto-circuito igual a 
1000A durante um tempo aproximado de 1,8 ciclo da rede (30ms). 
 VCSE 
 
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41
6.6 Dimensionamento dos circuitos utilizando o critério contra choques 
elétricos por contatos diretos e indiretos 
 
 
 Dimensionar um circuito utilizando o critério contra choques elétricos por 
contatos diretos e indiretos significa proteger as pessoas contra choques 
elétricos provocados pelo contato com parte condutora viva ou com 
equipamento composto de parte condutora que está indevidamente 
energizada. 
 A Fig. 6.9 define e mostra exemplos de contatos diretos e indiretos. 
 
 
Fig. 6.9 - Contatos diretos e indiretos 
(CESP/Pirelli - Caderno 2 , 1992, p. 33) 
 
 A NBR 5410 estabelece a equipotencialização de proteção de todas as 
massas (partes condutivas acessíveis), através da ligação das mesmas ao 
condutor de proteção, conforme ilustra a Fig. 6.10. 
 
 
 
Fig. 6.10 - Utlilização do condutor de proteção 
(CESP/Pirelli - Caderno 2 , 1992, p. 42) 
 VCSE 
 
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42
 Após cumpridos todos os requisitos da equipotencialização de proteção, 
deve-se atender as exigências de seccionamento automático utilizando 
dispositivos diferenciais residuais (DR’s). 
 Os DR’s são dispositivos que detectam correntes de fuga geradas por 
contato direto ou indireto. Sua atuação ocorre quando esta corrente de fuga 
atingir o limiar de disparo do dispositivo (sensibilidade do dispositivo), 
interrompendo o circuito. 
 Os DR’s de alta sensibilidade são os que atuam quando a corrente 
diferencial residual nominal for menor ou igual a 30mA (I∆N≤ 30mA). 
 A Fig.6.11 ilustra duas situações onde o equipamento (máquina de lavar 
roupas) é protegido por um DR. Na primeira situação, o DR não deve atuar pois 
não há corrente de fuga, já na segunda situação, o DR deve desligar o circuito 
quando o valor da corrente de fuga atingir a sensibilidade do dispositivo. 
 
Situação 1 
 
Situação 2 
 
Fig. 6.11 - DR Protegendo Equipamento 
(Guia Prático de Proteção Pial Legrand, p.8) 
 
 Os dispositivos DR’s são divididos em: 
 
a) DDR – disjuntor diferencial residual – atua quando ocorre 
sobrecarga, curto-circuito e corrente de fuga, simultaneamente ou 
não. 
 
b) IDR – interruptor diferencial residual – atua quando ocorre somente 
corrente de fuga, não protegendo o circuito conta sobrecarga ou 
curto-circuito. Há necessidade de utilização conjunta de disjuntor 
termomagnético para proteção do condutor. 
 
 
 VCSE 
 
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43
6.6.1 Princípio de funcionamneto do DR 
 
 Analisando-se a fig. 6.12, fica fácil entender como o DR funciona. 
 
 
Princípio de Funcionamento 
 
 Quando o valor da corrente I1 
for diferente da corrente I2, surgirá um 
fluxo magnético resultante no toróide, 
que por sua vez induzirá uma f.e.m. 
nos terminais da bobina ligada ao um 
relé. Quando o relé detectar esta 
tensão, abrirá os contatos do 
disjuntor, desligando o circuito. 
 
Fig. 6.12 – DR 
(Projeto de Inst. Elétricas Prediais,1997, p.205) 
 
6.6.2 Classificação do DR 
 
 Os dispositivos DR’s são classificados conforme a IEC 61008 e IEC 
61009 em três tipos, como mostra a Tabela 6.21. 
 
Tabela 6.21 – Tipos de DR’s 
Tipo Aplicação 
A São utilizados em circuitos onde a corrente de falta é alternada 
com componente contínua ou correntes de faltas senoidais. 
AC São utilizados em circuitos onde a corrente de falta é senoidal. 
B São utilizados em circuitos onde a corrente de falta é contínua, lisas e pulsantes, além das correntes de faltas senoidais. 
 
 A norma recomenda que sejam protegidos por dispositivo DR de alta 
imunidade (tipo A) os pontos previstos para a alimentação do congelador, 
evitando assim, conseqüências sanitárias relevantes. 
 Os DR’s de alta imunidade suportam surtos de corrente de 1 a 3kA, 
enquanto que os ditos “normais” (tipo AC), suportam de 200 a 250A. 
 
 VCSE 
 
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44
 A Fig. 6.13 mostra as características técnicas do DR tipo AC da 
Siemens. 
 
 
Fig. 6.13 – DR tipo AC 
(http://www.siemens.com.br/templates/produto.aspx?channel=250&produto=6013) 
 
 
 
 Para especificar um dispositivo diferencial residual, devem-se definir as 
características técnicas listadas na Tabela 6.22. 
 
Tabela 6.22 – Características técnicas 
Tipo A, AC, B 
Números de módulos 2 e 4 
Corrente Nominal (In) 25, 40, 63, 80 e 100, 125A 
Sensibilidade 30, 100, 300 e 500mA 
Tensão Máxima 240 Vca -Bipolar / 415Vca-Tetrapolar 
Frequência 50/60Hz 
Fixação Trilho Din 35mm 
 
6.6.3 Locais onde utilizar o DR 
 
 De acordo com a NBR 5410, deve-se utilizar o dispositivo DR com 
corrente diferencial-residual nominal igual ou inferior a 30mA em: 
 
a) circuitos que sirvam a pontos situados em locais contendo banheira ou 
chuveiro; 
b) circuitos que alimentem tomadas de corrente situadas em áreas externas 
à edificação; 
c) circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que possam 
vir a alimentar equipamentos no exterior; 
d) circuitos que, em locais de habitação, sirvam a pontos de utilização 
situados na cozinha, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, 
 VCSE 
 
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45
garagens e no geral, de todo local interno molhado em uso normal ou 
sujeito a lavagens. 
e) circuitos que, em edificações não residenciais, sirvam a pontos de 
tomadas de corrente situados na cozinha, copas-cozinhas, lavanderias, 
áreas de serviço, garagens e no geral, de todo local interno molhado em 
uso normal ousujeito a lavagens. 
 
Nota: 
1. No que se refere a tomadas de corrente, a exigência de proteção 
adicional por DR de alta sensibilidade se aplica às tomadas com 
corrente nominal de até 32A. 
2. Podem ser excluídos do item d, os circuitos que alimentem aparelhos 
de iluminação posicionados a uma altura igual ou superior a 2,5m. 
3. A proteção dos circuitos pode ser realizada individualmente, por ponto 
de utilização ou por circuito ou por grupos de circuitos. 
 
 
A Tabela 6.23 mostra como determinar a corrente nominal do IDR após 
definida a corrente nominal do disjuntor termomagnétido (DTM). 
 
Tabela 6.23 - DR e DTM 
IDR DTM DTM - DIN 
25 10 10 
 15 16 
 20 20 
 25 25 
40 30 32 
 35 
 40 40 
63 50 50 
 60 63 
 
 Como a proteção dos circuitos pode ser realizada individualmente ou por 
grupos de circuitos, deve-se observar o balanceamento de fases visando este 
possível agrupamento. 
 VCSE 
 
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46
 A Fig.6.14 mostra o esquema elétrico de uma instalação residencial de 
acordo com a NBR 5410, onde podemos ver o uso do DR. 
 
Fig. 7.12 - Uso do DR 
(Catálogo Pial Legrand, 2002,p. 179) 
 
6.6.4 Exemplo: 
 
 A tabela 6.24 mostra a proteção diferencial residual por circuito. Lembre-
se que o agrupamento adequado de circuitos num mesmo IDR diminui custos. 
 
Tabela 6.24 – Proteção Diferencial Residual 
Circuito Tipo DTM 
(A) 
IDR 
(A) 
1 iluminação 10 25 
2 iluminação 10 25 
3 tomada 16 25 
4 tomada 16 25 
5 tomada 20 25 
6 tomada 20 25 
7 tomada 32 40 
8 tomada 32 40 
9 tomada 16 25 
 VCSE 
 
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47
7 Dispositivos de proteção contra surto (DPS) 
 
 Os DPS são dispositivos destinados a prover proteção contra 
sobretensões transitórias nas instalações da edificação, cobrindo tanto as 
linhas de energia quanto as linhas de sinal e devem atender à IEC 61643-1. 
 Quando o objetivo for a proteção contra sobretensões de origem 
atmosféricas transmitidas pela linha externa de alimentação, bem como a 
proteção contra sobretensões de manobra, os DPS devem ser instalados junto 
ao ponto de entrada da linha na edificação ou no quadro de distribuição 
principal, localizado o mais próximo possível da entrada e dispostos conforme 
Fig. 7.1. 
 
 
Fig. 7.1 – Esquemas de conexão dos DPS no ponto de entrada da linha de energia ou no 
quadro de distribuição principal da edificação. (NBR 5410 , 2004, p. 131) 
 
 No quadro de medição em BT, conforme norma técnica N-321.0001 da 
CELESC, deve-se especificar o DPS da seguinte forma: 
1- Para edificação sem Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas 
(SPDA), o DPS deverá ser classe II, com corrente nominal de descarga mínima 
de 5 kA, condutor de ligação mínimo de 4mm² e tensão máxima de operação 
de 275V, instalado conforme NBR5410. 
2-Para edificação com Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas 
(SPDA), o DPS deverá ser classe I, com corrente nominalde descarga mínima 
de 12,5KA, condutor de ligação mínimo de 16mm² e tensão máxima de 
operação de 275V, instalado conforme NBR541. 
 
 VCSE 
 
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48
7.1 Classificação dos produtos de acordo com a sua suportabilidade a 
impulsos de tensão 
 
 Os produtos são classificados de acordo com sua suportabilidade a 
impulsos de tensão, como mostra a Fig. 7.2. 
 
 
Fig. 7.2 – Classificação dos produtos de acordo com sua suportabilidade a impulsos de tensão. 
(Souza, J. R. Alves de, 2007, p. 53) 
 
 
 VCSE 
 
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49
7.2 Classificação do DPS de acordo com a aplicação 
 
 O DPS é classificado através de ensaios de impulso, em: 
 
• Classe I (impulso de corrente 10/350µs): protegem a 
instalação contra efeitos provenientes de descarga atmosférica direta 
sobre a edificação, no caso de edificações dotadas de SPDA (Sistema 
de proteção contra descargas atmosféricas) ou em suas proximidades e 
deve ser instalado no ponto de entrada. 
• Classe II (impulso de corrente de 8/20µ): protege a 
instalação contra efeitos provenientes de descargas indiretas. Deve-se 
instalar no quadro de distribuição principal. 
• Classe III (impulso de tensão 1,2/50µs em circuito aberto e 
impulso de corrente 8/20µs em curto circuito): protegem equipamentos 
específicos, mais sensíveis e que exigem maior nível de confiabilidade, 
sendo instalados no local onde encontra-se o equipamento, através de 
adaptadores adequados. 
 
 
7.3 Seleção do DPS 
 
 O DPS deve ser selecionado com base no mínimo nas seguintes 
características: 
 
1. Nível de proteção (UP) – deve ser compatível com a categoria II de 
suportabilidade a impulsos indicada na Tabela 7.1. Quer dizer que numa 
instalação com tensão nominal 220/380V, o nível de proteção do DPS 
não deve ser superior a 2,5kV. 
 
Tabela 7.1 – Suportabilidade a impulsos exigíveis dos componentes da instalação 
(NBR 5410 , 2004, p. 71) 
 
 
2. Máxima tensão de operação contínua (UC) – a tensão máxima de 
operação contínua do DPS deve ser igual ou superior aos valores 
indicados na Tabela 7.2. 
 
Tabela 7.2 – Valor mínimo da Uc exigível do DPS, em função do esquema de aterramento 
 VCSE 
 
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50
(NBR 5410 , 2004, p. 133) 
 
 
3. Suportabilidade a sobretensões temporárias – o DPS deve atender 
aos ensaios pertinentes especificados na IEC 61643-1, ou seja, que 
suporte as sobretensões temporárias decorrentes de faltas na instalação 
BT e que os DPS conectados ao PE não ofereçam nenhum risco à 
segurança em caso de destruição provocada por sobretensões 
temporárias devidas a faltas na média tensão ou por perda de neutro. 
 
4. Corrente nominal de descarga (In) e corrente de impulso(Iimp) 
 
Quando o DPS for destinado à proteção contra sobretensões de 
origem atmosféricas transmitidas pela linha externa de alimentação e 
contra sobretensões de manobra, sua corrente nominal de descarga (In) 
não deve ser inferior a 5kA (8/20µs) para cada modo de operação. 
Quando o esquema de conexão for o 3, apresentado na Fig. 7.1, 
consultar NBR 5410. 
Quando o DPS for destinado à proteção contra sobretensões 
provocadas por descargas atmosféricas diretas sobre a edificação ou em 
suas proximidades, sua corrente de impulso(Iimp) deve ser determinada 
com base na IEC 61312-1; se o valor da corrente de impulso não puder 
ser determinado, este não dever ser inferior a 12,5kA para cada modo 
de proteção. Quando o esquema de conexão for o 3, apresentado na 
Fig. 7.1, consultar NBR 5410. 
Quando o DPS for destinado, simultaneamente, à proteção contra 
todas as sobretensões relacionadas nas duas situações anteriores, os 
valores de In e Iimp do DPS devem ser determinados, individualmente, 
como especificado acima. 
 
 VCSE 
 
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51
A forma de onda da corrente de descarga que o DPS deve suportar 
é apresentada na Fig. 7.3 
 
Fig.7.3 – Característica da corrente de descarga 
(http://www.clamper.com.br/produtos_linhas.asp?linha=&tipo=3&titulo=VCL%20(DP)S) 
 
 De acordo com pesquisas realizadaspelo fabricante Clamper, o valor 
mediano das correntes de surto que atingem as unidades consumidoras de 
baixa tensão é da ordem de 1,2kA, sendo que em apenas 15% as correntes 
excedem 5kA. Esse fabricante recomenda usar DPS com corrente de descarga 
nominal de 10kA para zonas urbanas e 20kA para zonas rurais. 
 
5. Suportabilidade à corrente de curto-circuito – deve ser no mínimo 
igual a corrente de curto-circuito presumida no ponto a que vier ser 
instalado 
 
 
 A tabela 7.3 mostra as características do DPS da Clamper que utiliza a 
tecnologia de varistor de óxido de zinco. Há também os que utilizam a 
tecnologia Silicon Avalanche Diode, consulte os fabricantes. 
 
Tabela 7.3 – DPS (VCL Slim da Clamper) 
(http://www.clamper.com.br/produtos_linhas.asp?linha=&tipo=3&titulo=VCL%20(DPS)) 
 
 VCSE 
 
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52
7.4 Condutores de conexão do DPS 
 
 O comprimento dos condutores destinados a conectar o DPS deve ser o 
mais curto possível, se curvas ou laços. De preferência, o comprimento total 
não deve exceder aos 50cm. 
 
 
 
 
8 ELETRODUTO 
 
 É a canalização destinada a conter os condutores elétricos. 
 Dimensionar um eletroduto é determinar o diâmetro nominal do mesmo 
em cada trecho da instalação. 
 De acordo com a NBR 5410, a taxa de ocupação da área útil da seção 
transversal do eletroduto não deve ser superior a: 
• 53% no caso de um condutor; 
• 31% no caso de dois condutores; 
• 40% no caso de três condutores ou mais condutores, como mostra a 
Fig.8.1. 
 
 
Fig. 8.1 - Ocupação máxima do eletroduto. 
(http://www.br.prysmian.com/pt_BR/cs/index.html) 
 
 Os trechos contínuos de tubulação, sem interposição de caixas ou 
equipamentos, não devem exceder 15m de comprimento para linhas internas 
às edificações e 30m para linhas em áreas externas às edificações, se os 
trechos forem retilíneos. Se os trechos incluírem curvas, o limite de 15m e o de 
30m devem ser reduzidos em 3m para cada curva de 90o. 
 Quando não for possível evitar a passagem da linha por locais que 
impeçam, por algum motivo, a colocação de caixa intermediária, o comprimento 
do trecho contínuo pode ser aumentado, desde que seja utilizado um eletroduto 
de tamanho nominal imediatamente superior para cada 6m, ou fração, de 
aumento de distância máxima calculada segundo os critérios acima 
apresentados. 
 Em cada trecho de tubulação delimitado podem ser instaladas no 
máximo três curvas de 90o ou seu equivalente até no máximo 270o. Em 
nenhuma hipótese deve ser instalada curvas com deflexão superior a 90o. 
 VCSE 
 
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53
 A Tabela 8.1 fornece o diâmetro do eletroduto em função do número de 
condutores que passam por ele. 
 
Tabela 9.1 Diâmetro do eletrodutos. 
(http://www.br.prysmian.com/pt_BR/cs/index.html) 
 
 
 A Tabela 8.2 mostra a conversão do diâmetro dos condutores de mm 
para polegadas. 
Tabela 8.2 Conversão 
(Ademaro Cotrim, 1992,p. 348) 
 
 
Exemplo: Vamos supor que num eletroduto estejam passando 6 condutores. 
Três deles possuem bitola de 2,5mm2e os demais (3) de 4,0mm2. Então, vamos 
supor que neste eletroduto passam 6 fios de 4,0 mm2, portanto, levando estes 
dados na Tabela 8.1, o diâmetro do eletroduto será de 20mm. 
 VCSE 
 
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9 Balanceamento de fases 
 
 O balanceamento de fases visa uma melhor distribuição da potência 
entre as fases e sempre deve ser feita quando a instalação for polifásica. Para 
saber o tipo de fornecimento que a edificação se encaixa, deve-se analisar a 
Tabela 01, anexo 2. 
 
10 Entrada de serviço de energia elétrica para unidades 
consumidoras com carga total instalada igual a 75kW – 
Padrão CELESC 
 
 É o conjunto constituído pelos equipamentos, condutores e acessórios 
instalados desde o ponto de derivação da rede secundária de distribuição da 
CELESC até a medição, inclusive. 
A CELESC alterou o padrão de entrada para caixa de medição 
embutida, obrigatoriamente, os quais devem ser comercializados em forma de 
Kit completo (contendo poste, caixa de medição, fiação, DPS, disjuntor etc, a 
partir de 1o de julho de 2015. 
 
 As Fig. 10.1 e Fig.10.2 ilustram as entradas de serviço aérea e 
subterrânea padrão CELESC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fig. 10.1 – Entrada de serviço aérea 
(E-321.0001/CELESC, 2015, p. 32) 
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Fig. 10.2 – Entrada de serviço subterrânea 
(E-321.0001/CELESC, 2015, p. 33) 
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 Os condutores do ramal de ligação aéreo e os respectivos acessórios de 
conexão, bem como os equipamentos de medição, serão fornecidos pela 
CELESC. Os demais materiais da entrada de serviço serão fornecidos e 
instalados pelo consumidor. Quando o atendimento for efetuado através de 
ramal de entrada subterrâneo, a CELESC fornecerá apenas os equipamentos 
de medição. 
 Os cabos subterrâneos deverão ser de cobre, sem emendas, com 
isolamento mínimo de 1.000V e características próprias para instalação em 
locais não abrigados e sujeitos à umidade. O condutor neutro deve ser 
identificado pela cor de sua isolação: azul-clara. 
 As caixas de passagem deverão ser construídas em concreto ou 
alvenaria, apresentar sistema de drenagem, possuir tampa de concreto armado 
com duas alças retráteis, ou de ferro fundido padrão CELESC. Junto ao 
poste somente será aceito tampa de ferro fundido. Serão instaladas 
preferencialmente no passeio, a 50cm do poste de derivação da CELESC e em 
todos os pontos de mudança de direção dos eletrodutos e a cada 15m do ramal 
subterrâneo. Nos casos de entrada subterrânea, quando a localização da 
medição fic ar a uma distância de até 5m do poste do mesmo lado da rua, 
poderá ser dispensada a caixa de passagem localizada na entrada junto ao 
medidor. A Fig. 10.3 apresenta as dimensões padronizadas da caixa de 
passagem subterrânea. 
 
 
 
Fig. 10.3 – Caixa de passagem subterrânea 
(E-321.0001/CELESC, 2007, p. 58) 
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10.1 Ramal de ligação 
 
 Não é permitida a existência de mais de um ramal de ligação para uma 
mesma unidade consumidora ou para uma mesma edificação. 
 A Fig. 10.4 mostra maiores detalhes sobre o ramal de ligação. 
 
Fig. 10.4 – Condições gerais para o ramal de ligação 
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(E-321.0001/CELESC, 2007, p. 58) 
 Os condutores deverão ser instalados de forma a permitir as seguintes 
distâncias mínimas, medidas na vertical, entre o condutor inferior e o solo: 
 
Zona urbana Zona rural 
• Travessia de rodovias e ferrovias: 6m. 
• Travessia de ruas e

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