Ciência e Tecnologia Nas Doenças Ocupacionais

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05/07/2012
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Prof. Davidson Passos Mendes
Ciência e tecnologia nas 
doenças ocupacionais .
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 Ergonomia
Medicina do trabalho
 Prevenção dos riscos
 Toxicologia
 Psicidinâmica
 Epidemiologia e Saúde
Pública
 Sociologia
 Economia da Saúde
Pontos de vista
Trabalho prejudica a 
saúde
Saúde necessária
para a realização do 
trabalho
Trabalho como fonte
de saúde e realização
profissional
Relações Trabalho e Saúde
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O trabalho: diferentes dimensões
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Relações Saúde e Trabalho
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 estatuto do trabalho
 tempo do trabalho
 organização do trabalho
 conteúdo do trabalho
 condições do trabalho
As dimensões do trabalho são:
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 Estatuto do trabalho
 Sec. XIX: trabalho essencialmente agrícola
 ocorria no local onde se vivia;
Ferramental: fabricadas pelos próprios
artesãos, exceto arado e foice
Revolução Industrial: transformou
profundamente as diferentes dimensões do 
trabalho.
Metamorfoses do trabalho
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 Estatuto do trabalho
 Fábricas: modificou o local de trabalho
Parcelamento de tarefas (OCT) 
atingiu o conteúdo do trabalho.
Com a prescrição o 
trabalhador atua como
„executor‟, perdendo a 
autonomia e o 
conhecimento global de 
sua obra.
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 Estatuto do trabalho
Com a prescrição o trabalhador atua como
„executor‟, perdendo a autonomia e o 
conhecimento global de sua obra.
Será???????????
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Fins da década de 1970: o trabalho industrial 
tem estado em declínio relativo e o 
aparecimento do desemprego em massa
trouxe modificações profundas às
motivações e investimentos.
Esboço de soluções
 Noções de divisão do trabalho
 Redução do tempo de trabalho
 Incentivos assistencialistas
(equilíbrio individual e coesão social)
O desemprego prejudica o vínculo social fundado no 
trabalho e desetrutura as solidariedades coletivas.
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Desenvolvimento neste período de 
formas precárias de produção
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 Trabalho temporário;
 Contrato com duração determinada;
Contribui para a desestruturação do vínculo social
A entrada na era da globalização –
fusões, aquisições e reestruturação de 
empresas engendra um sentimento de 
insegurança que atinge os assalariados.
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 Modificações do tempo do trabalho
 a carga horária de trabalho mantém na
França o movimento de decréscimo que se 
verifica desde o início do século XX
3000 horas anuais no início do sec. XX para
1600 em 1990 (GOLLACK e VOLKOFF, 2000)
Hoje, na França, carga horária de 36 horas
semanais
Quantitativo x Qualitativo
Otimizar produtividade e flexibilidade
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 Modificação do conteúdo do trabalho
o trabalho terciário domina , marcado
pela modernização das ferramentas
Evolução Organização do 
trabalho
Gerenciamento
prescrições
Transformando as 
condições de Saúde
Psíquica
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 Realidade da ascensão do trabalho
no setor terciário
Em muitos contextos persistem trabalhos
precários e penosos/insalubres
 Atividades de comércio e transporte, prestação
de serviços
Embora a automação tenha
trazido elementos positivos, não
fez o trabalho físico desparecer, e 
às vezes até o sujeitou aos ritmos
das máquinas.
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 Realidade da ascensão do trabalho
no setor terciário
O trabalho dos motoboys
Análise da condições de trabalho
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 Modernização do trabalho
A multiplicação dos computadores e dos autômatos
aumentou a importância do trabalho mental. 
A ferramenta básica não é mais a mão, mas o 
pensamento e as operações cognitivas (CLOT, 1994)
Sujeito em primeiro PLANO
SUBJETIVAÇÃO DO 
TRABALHO
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Os dispositivos atuais pressupõem de fato
que o operador envolvido utilize suas
próprias ferramentas cognitivas
O trabalho de supervisão de sistemas complexos
aumentou, o que coloca o problema das 
representações que os operadores fazem do estado do 
sistema. 
INTERVENÇÃO se LIMITA aos INCIDENTES e DISFUNÇÕES
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 Modificações da organização
 intensificação e o adensamento do 
trabalho
 aumento das interrupções
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 Desenvolvimento de novas formas
de produção
 Centralização do core business
 Externalização e terceirização de outras atividades
Relações do tipo cliente-
fornecedor intensificaram
as atividades
Just in time
Pressão temporal
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 Novas formas de gerenciamento
Ênfase na gestão individual das competências
Responsabilização dos indivíduos quanto ao
próprio desempenho
Controle do trabalho aumenta e 
as práticas de avaliação se 
desenvolvem, com frequência, 
no momento de ”controle de 
qualidade “ 
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 Condições de trabalho
Modernização e desenvolvimentos
tecnológicos
Condições de trabalho permanecem
preocupantes
 Riscos físicos permanecem – alguns setores
 Novos riscos químicos e biológicos
 Constrangimentos ligados à organização do trabalho: 
GESTOS REPETITIVOS, POSTURAS SUSTENTADAS, 
INTENSIFICAÇÃO E DENSIFICAÇÃO DO TRABALHO.
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Os constrangimentos são
consequências diretas das 
escolhas técnicas, organizacionais
e gerenciais.
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As populações no trabalho e sua
evolução
 A concentração da vida ativa nas idades
intermediárias
 O trabalho dos jovens
 O trabalho das mulheres
POLARIDADE DINÂMICA DA VIDA
N
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SAÚDE
DOENÇA
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Agravos à saúde ligados ao trabalho
 Acidentes de Trabalho
 combinação de fatotes técnico, 
organizacional e humano.
 As patologias decorrentes do ambiente
 doenças infecciosas, alergias, infeccões
relacionadas à presença de agentes
biológicos, intoxicações, cânceres.
 As patologias de sobrecarga física
 cargas pesadas, movimentos repetitivos, 
posturas inadequadas, vibrações intensas e 
agressões sonoras.
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 As patologias de ordem psicológica
 Burnout ou síndrome do esgotamento profissional
 As patologias relacionadas à sobrecarga de 
trabalho, ao estresse e à hiperatividadeprofissional
 As patologias conecutivas às manifestações de 
violência:
 as afecções pós-traumática: caixas de banco, 
motoristas de ônibus, professores, técnicos de 
enfermagem
 patologias como consequência do assédio moral
 As patologias infraclínicas
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 Agravos à saúde ligados ao “não-trabalho”.
 Construção da saúde: competências, regulações
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Os diferentes pontos de vista quanto ao
confronto entre trabalho e saúde
 Ponto de vista da toxicologia
 Ponto de vista da medicina do trabalho
 Ponto de vista psicodinâmico, a clínica do 
trabalho
 Ponto de vista da Ergonomia
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A atividade de um operador em um dado momento, é o 
resultado de um compromisso complexo levando em 
consideração numerosos fatores:
Fatores externos ao operador
 os objetivos determinados pela empresa
 os meios postos a sua disposição
Fatores internos
 as propriedades gerais do organismo humano e as
características particulares, estáveis ou do momento, do
operador
 as propriedades gerais do raciocínio humano, os saberes
adquiridos pelo operador ao longo de sua história e a
orientação particular de seu raciocínio num dado momento
 e também sua personalidade e seus projetos individuais
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Os compromissos portanto se atualizam 
permanentemente.
Para atingir os objetivos fixados, o operador, com
os meios que dispõe, levando em conta seu
estado interno e seus conhecimentos, elabora
estratégias originais que são objeto de
constantes ajustes e novas orientações.
A interpretação das ligações entre trabalho e 
saúde não pode ser abordada somente em 
termos dos “fatores de risco”, mas também 
pela observação do papel ativo do operador na 
construção de modos operatórios os menos 
desfavoráveis possíveis para sua saúde.
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CONSEQÜÊNCIAS DESTE COMPROMISSO
A análise da atividade do operador esclarecerá os 
casos em que ele encontra dificuldades para atingir 
os objetivos fixados pela empresa, e permitirá 
identificar os determinantes dessas atividades que 
se relacionam com os meios fornecidos
(ferramentas, dispositivos técnicos, organização do 
trabalho, formação e treinamento).
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AS COMPETÊNCIAS DOS OPERADORES
A analise do trabalho permite igualmente identificar
as competências mobilizadas pelos operadores.
Essa identificação leva freqüentemente à localização
de competências não reconhecidas pela empresa,
suscetíveis de servir de base a uma evolução
profissional, ou de investimentos técnicos.
É também possível avaliar em que medida a situação
de trabalho favorece uma evolução dessas
competências ou, ao contrário, a limita.
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Fatores que explicam a adoção de 
estratégias de trabalho pelos operadores
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I - VARIABILIDADE está associada ao
imponderável, ou aquilo que não foi previsto,
manifesto dentro das situações produtivas.
Significa compreender como os trabalhadores
enfrentam as diversidades e as variações de
situações e quais conseqüências elas acarretam
para a saúde e para a produção.
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I.1 - VARIABILIDADE DA EMPRESA, relacionada
aos materiais, equipamentos e organização.
 A variabilidade normal decorrente das
características intrínsecas do trabalho executado e
que podem ser do tipo sazonal ou periódica;
 A variabilidade incidental, decorrente de eventos
aleatórios e desconhecidos antes da sua revelação
pela regulação e modos operatórios desenvolvidos
pelos operadores.
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I.2 - VARIABILIDADE DOS SUJEITOS, a ergonomia
classifica uma variabilidade intra-individual, que busca
considerar as alterações que o indivíduo sofre ao longo
do tempo, e a variabilidade inter-individual que
considera as diferenças biocognitivas e histórias de vida
de cada um.
Exemplo
O tempo de serviço numa dada
atividade provoca mudanças na
forma que um sujeito realiza o seu
trabalho (intraindividual).
Quanto mais experiências ele experimenta mais ele 
desenvolve a sua competência.
Exemplo
Dois sujeitos com o mesmo tempo de
trabalho não necessariamente realizam
suas atividades da mesma forma. Eles
desenvolvem competências especificas
(inter-individual).
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II - MODOS OPERATÓRIOS
A atividade de um operador num dado momento é
organizada em função de diferentes objetivos:
 Os objetivos gerais fixados pela empresa
 Os objetivos intermediários que o operador se
fixa para atingir os primeiros
 Objetivos mais pessoais
Conforme a situação, a margem de manobra 
de que o operador dispõe para atingir os 
objetivos de produção é maior ou menor.
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Para atingir os objetivos, levando em conta os meios
de que dispõe e seu próprio estado, o operador vai
elaborar modos operatórios.
Essa construção recorre a uma combinação de
diferentes níveis de organização da atividade humana:
baseia-se ao mesmo tempo em esquemas, ou seja,
seqüências de busca de informações e de ações
bastante integradas, e num planejamento de
conjunto, ligado às intenções do operador.
Sempre põem em jogo, ao mesmo tempo, os
mecanismos de exploração perceptiva, de
processamento da informação e a atividade muscular.
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II.1 – MECANISMOS DO MODO OPERATÓRIO
 A busca de informações é indissociável da ação
humana.
 A percepção não se limita à recepção do sinal
(sonoro, luminoso, etc.).
A exploração perceptiva é um fenômeno 
permanente da atividade cognitiva: o espaço 
é explorado de maneira seletiva, em função 
das atividades em curso.
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Os conhecimentos memorizados
a) O registro da informação sensorial: informações
rápidas, extraídas pelos sentidos.
b) A memória de curto prazo: grande volume de
dados em pouco tempo. Retenção parcial das
informações. Filtragem.
c) A memória de longo prazo: não se limita a
informações verbalizáveis ou visuais. É montada por
esquemas complexos e de representações. É,
teoricamente, ilimitada.
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Formam-se esquemas de ações bastante
integrados disponíveis para enfrentar a situação,
guiando a exploração perceptiva, o tratamento das
informações obtidas, a escolha das ações a realizar,
a antecipação de seu resultado e o controle da
coerência entre o resultado antecipado e o
resultado real.
“... um motorista que vê um sinal ficar 
amarelo, dá uma olhada no retrovisor 
para estimar a distância do carro que 
vem atrás, uma outra olhada para 
avaliar a situação do cruzamento, a 
presença de um policial. Dependendo do 
caso, ele breca ou acelera...”
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II.2 - REPRESENTAÇÃODA REALIDADE
Em função de sua formação e experiência, um
operador estabelece ligações preferenciais entre
certas configurações da realidade e ações a realizar.
Dispõe potencialmente, para um domínio
determinado,de um conjunto de saberes
organizados. Mas todos os saberes potencialmente
disponíveis na memória do operador não estão
ativos num determinado momento.
É o encadeamento das ações do operador e a
evolução das configurações da realidade que ativam
o funcionamento desses saberes.
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Dizer que um operador constrói uma representação 
de uma situação significa:
 Que ele reteve elementos da situação
considerados como característicos, e
 Que, em função disso, seu comportamento é
orientado
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De maneira geral, o fato de um acontecimento ou de 
um sinal provocar ou não no operador a ativação 
imediata de uma representação eficaz depende da 
conjunção de 3 fatores:
1. Da natureza do acontecimento ou do sinal
2. Dos saberes que o operador possui por experiência
e formação
3. Da orientação do operador no instante em questão
e, portanto, a representação da situação que ele tem
antes de aparecer esse acontecimento.
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Existe, portanto, uma ligação recíproca entre o que
está presente na memória do operador e a
representação da situação na qual ele se encontra
num dado momento.
Os saberes memorizados permitem a construção de
uma representação eficaz para abordar a situação.
Vão guiar a exploração, dar sentido às informações
recolhidas, permitir a escolha de ações apropriadas,
fornecer programas motores parcialmente
automatizados.
As ações realizadas contribuem para o 
progresso da aprendizagem.
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II.3 – REPERCUSSÕES COLETIVAS DO MODO
OPERATÓRIO
Nas situações de trabalho, é muito freqüente que a
atividade de um operador se articule com a dos seus
colegas. Os aspectos coletivos da atividade assumem
formas diferentes:
 A cooperação explícita para a realização conjunta de
uma mesma tarefa.
 Os aspectos coletivos que se manifestam apenas nos
resultados do trabalho.
 A atividade simultânea de trabalhadores que têm
objetivos diferentes
 As atividades de regulação estrutural
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Estes processos regulatórios resultam em:
a) Coordenação de ações entre operadores
b) Co-ação, ou ações paralelas
c) Cooperação, quando realizam trabalho sobre um
mesmo objeto
d) Colaboração quando compartilham competências
para lidar com uma situação, mesmo que em
objetos diferentes
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II.4 - MODELO DE REGULAÇÃO
Os modos operatórios adotados pelos operadores são,
portanto, o resultado de um compromisso que leva em
conta:
 Os objetivos exigidos
 Os meios de trabalho
 Os resultados produzidos ou ao menos a informação
de que dispõe o operador sobre eles
 O seu estado interno
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Em situações não restritivas, os índices de alerta
relativos ao seu estado interno (fadiga) conduzem o
operador a modificar os objetivos ou os meios
de trabalho para evitar agressões à sua saúde.
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Inversamente, em situação sujeita a
constrangimentos, não é possível agir sobre os
objetivos ou sobre os meios de trabalho.
Num primeiro momento, os resultados exigidos são
atingidos ao custo de modificações do estado interno,
suscetíveis de se traduzirem, com o tempo, em
agressões à saúde.
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Num segundo momento, típico de sobrecarga, o
operador não consegue mais atingir os
objetivos exigidos, quaisquer que sejam os
modos operatórios adotados.
Essa “modelização” se aplica, ao mesmo tempo,
para compromissos de curto prazo (escolha de
uma postura, por exemplo) e para
compromissos em longo prazo (escolha do
trabalho em turno por razões pessoais).
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Na realidade, os modos operatórios adotados são o
resultado de um conjunto de compromissos provenientes
de níveis diferentes.
Essa descrição simplificada da imbricação entre diferentes
mecanismos que contribuem para a elaboração dos modos
operatórios permite precisar os seguintes pontos:
 Nem sempre há relação direta entre o desempenho de
um operador e o custo desse desempenho para ele.
 O fato de os resultados exigidos só poderem ser
atingidos ao custo de modificações consideráveis do
estado interno sempre constitui um índice de alerta,
não somente para a saúde dos operadores, mas
também para a produção.
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III – Carga de Trabalho
A noção de carga de trabalho pode ser interpretada
a partir da compreensão da margem de manobra da
qual dispõe um operador num dado momento para
elaborar modos operatórios tendo em vista atingir os
objetivos exigidos, sem efeitos desfavoráveis sobre
seu próprio estado.
O aumento da carga de trabalho se traduz por
uma diminuição do número de modos operatórios
possíveis.
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MODELO INTEGRADOR DA ATIVIDADE
O trabalhador impõe uma série de
condicionantes para a realização da atividade:
suas características físicas, sexo, idade; sua
qualificação e experiência e competência; seu
estado momentâneo; e, sua vida pessoal.
Por outro lado, a empresa também impõe suas
condicionantes: as exigências cognitivas da
tarefa; as máquinas, ferramentas e o meio
ambiente; os movimentos e posturas
pressupostos; e, a divisão de tarefas,
hierarquia e o regime de trabalho.
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A carga de trabalho constitui-se na síntese 
que resulta da confrontação destes dois 
níveis de condicionantes.
De um lado a empresa com a tarefa e de
outro o trabalhador com a atividade.
O resultado da carga de trabalho realizada 
por sua vez, retorna sobre ambos. Retorna 
sobre o trabalhador o que se manifesta sobre 
seu estado de saúde, retorna sobre a 
empresa, o que se manifesta em termos de 
produção e produtividade.
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OBRIGADO!!!