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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DA COMARCA DE RECIFE/PE. MAURÍCIO FREITAS (qualificação completa) vem à presença de Vossa Excelencia propor AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANO EM RAZÃO DE ACIDENTE DE VEÍCULOS Em face de JOSÉ PEDRO DA SILVA (qualificação completa) pelos motivos de fato e de direito que passa a expor: 1 – DOS FATOS O irmão do autor trafegava devagar na cidade do Recife/PE, com o seu veículo, de domínio do MAURICIO FREITAS, quando fora acometido de supresa em sua traseira por outro veículo, de propriedade do Réu. O irmão do demandante, por fazer o uso rotineiramente do veículo para fins profissionais, tomou a prontidão do reparo em seu veículo, orçamentado em R$ 16.000,00 (dezesseis mil reais), e logo após apresentado ao réu, que nada fez. As tentativas de acordo de nada resultaram. Vede as razões para tencionar a presente ação de ressarcimentos. 2 – DO DIREITO A culpa pelo evento danoso é atribuída apenas e tão somente ao Réu pela inobservância de um dever que devia conhecer e observar. Está assegurado na CF/88 o direito referente à reparação de danos materiais: “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização por dano material ou moral decorrente de sua violação” Em concordância expressa o atual CC: Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art. 927. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Assim, é nítido que o Réu causou danos ao Autor, devendo, conforme a lei repará-lo e indenizá-lo e ainda ser responsabilizado civilmente sobre tal conduta culposa conforme dispõe o artigo 159 do Código Civil sem prejuízo de outros preceitos legais aplicáveis. No Regulamento do Código Nacional de Trânsito: "Art. 175 - É dever de todo condutor de veículo: I - dirigir com atenção e os cuidados indispensáveis á segurança no trânsito; VII- obedecer à sinalização; XIII - transitar em velocidade compatível com a segurança Art. 181 - É proibido a todo condutor de veículo: XVI - transitar em velocidade superior à permitida para o local." Não sobra dúvida que o demandado, por insensatez, rompeu as mais graves normas de trânsito, tendo sido a sua ação culposa a causa específica do evento danoso. 3 – DOS PEDIDOS Em analogia com os fundamentos jurídicos e dispositivos legais declinados, requer o Autor: a) Sejam julgados TOTALMENTE PROCEDENTES os pedidos por ele formulados; b) Seja condenado o Réu ao pagamento do valor de R$ 16.000,00 (dezesseis mil reais), alusivos aos danos materiais determinados em razão do acionamento da franquia do seguro contra acidentes do Autor; c) Seja condenado o Réu ao pagamento do valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) referente aos danos materiais por desvalorização do veículo do Autor em razão do acidente de trânsito, apurado sobre a razão de 10% (dez por cento) do valor do carro segundo a tabela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas); d) Seja condenado solidariamente o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios sucumbenciais, a serem fixados no montante de 30% (trinta por cento) sobre o valor da condenação; e) Que os valores ditos em sentença sejam corrigidos e atualizados segundo os índices da tabela da Corregedoria Geral de Justiça do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco. 4 – DOS REQUERIMENTOS Diante o exposto, requer-se, desde já que: a) Seja procedida a designação de dia e hora para realização da audiência de conciliação; b) Seja procedida, por meio de correspondência postal com aviso de recebimento (AR), a competente citação do réu para comparecerer em audiência de conciliação a ser designada, devendo este, caso queira, apresentar as sua respectiva defesa no prazo legal, ante punição de aplicação da pena de revelia e de confissão quanto à matéria de fato, juntamente com todos os seus demais efeitos; c) Os fatos erguidos durante o desenvolvimento da presente inaugural possam ser provados através de todos os tipos de provas em Direito admitidas; d) Para adequada intimação, na forma e para os devidos fins de direito, seja realizado o cadastro da advogada Dra. Renata Regueira, OAB/PE, sob pena de nulidade. Dá-se à causa o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Nesses termos pede-se deferimento. _____________________________ Renata Regueira OAB/PE Recife, 08 de maio de 2017.
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