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OMBRO O ombro é uma articulação sinovial esferoide que existe entre a cabeça do úmero e a cavidade glenoidea da escapula. É dotada de amplos movimentos de: rotação, flexão, extensão, adução, abdução e circundução. LIGAMENTOS Os ligamentos responsáveis pela estabilização desta articulação são: Ligamento coracoumeral Ligamento glenoumeral Ligamento umeral transverso OSSOS O ombro é composto por três ossos: Escápula (ou omoplata); Clavícula; Úmero (osso do braço). MÚSCULOS O ombro é composto por 10 músculos: Músculo Peitoral Maior Músculo Peitoral Menor Músculo Subclávio Músculo Subescapular Músculo Deltoide Músculo supra espinhal Músculo infra espinhal Músculo Redondo Menor Músculo Redondo Maior Músculo Latíssimo do Dorso ARTICULAÇÕES O ombro é composto por três articulações: 1 – Esterno clavicular 2 – Acrômio clavicular 3 – Glenoumeral Alguns autores ainda consideram outra articulação no complexo do ombro: a articulação costo-escapular, entre as costelas e a escápula, muito importante na biomecânica fisiológica do ombro. BURSITE NO OMBRO A bursite é a inflamação da bursa, que é uma bolsa serosa que tem a função de facilitar o deslizamento dos tendões do ombro. Ela é considerada por muitos a causa da doença, o que não é correto. Ela é a consequência de algo de errado que está ocorrendo no ombro, que na maioria dos casos é a doença chamada de síndrome do impacto. A síndrome do impacto e a bursite no ombro podem ser provocados por diversos fatores, incluindo traumas ou movimentos excessivos e repetitivos do ombro, como no caso de jogadores de vôlei, nadadores, golfistas, tenistas, ginastas, praticantes de musculação, pintores, jardineiros, carpinteiros, empregados da limpeza ou qualquer outra atividade profissional que exija movimentos frequentes e repetitivos do ombro. A bursite do ombro também pode ter origem em doenças inflamatórias sistêmicas, tais como a polimialgia reumática, gota, artrite reumatoide, lúpus, atrite psoriásica e esclerodermia. SINTOMAS DE BURSITE NO OMBRO Os sintomas da bursite no ombro são: Dor em todo o ombro, especialmente na parte superior; Dificuldade em levantar o braço acima da cabeça, devido à dor; Fraqueza muscular em todo o braço afetado; Pode haver sensação de formigamento local que irradia por todo o braço. DIAGNÓSTICO CLINICO O diagnóstico da bursite no ombro e da síndrome do impacto é habitualmente feito após avaliação conjunta da história clínica, do exame físico e de exames de imagens como: Radiografia Ressonância Magnética. EXAMES FISICOS Teste de Apley: Avalia a tendinite do manguito rotador através do estiramento do manguito e da bolsa subacromial, obtida pela rotação externa e abdução do ombro. Pede-se para o paciente alcançar, por trás da cabeça, o ângulo médio superior da escápula contralateral. Queda de Braço: Detecta a presença de rupturas na bainha rotatória. Primeiramente o paciente abduz completamente o braço, em seguida, desce o braço vagarosamente até encostá-lo em seu corpo. Caso haja rupturas na bainha rotatória (especialmente o músculo supra espinhoso), o braço estando abduzido a 90º, ou menos, tenderá a cair bruscamente ao lado do corpo e o paciente não conseguirá abaixa-lo suavemente, independente de quantas forem as tentativas. No entanto, se ele for capaz de manter o braço abduzido, ao se tocar o antebraço, ele penderá ao lado do corpo. Manobra de Neer: Sua finalidade é avaliar a síndrome do impacto. O examinador estabilizará a escápula do paciente com a mão esquerda e elevará rapidamente o membro superior em rotação interna com a mão direita. O choque da grande tuberosidade contra o acrômio provocará dor. Este teste também é positivo em capsulite adesiva, instabilidade multidirecional, lesões da articulação acrômio clavicular etc., portanto não é específico. Teste de Jobe: Avalia especificamente o músculo supra espinhoso. É realizado com o paciente em ortostatismo membros superiores em abdução no plano frontal e ante flexão de 30º, e assim alinhando o eixo longitudinal do braço com o eixo de movimento da articulação glenoumenral. O examinador faz força de abaixamento nos membros, simultânea e comparativa, enquanto o paciente tenta resistir. O teste será considerado alterado (ou positivo) no membro que oferecer menor força. Um resultado falso positivo ou duvidoso pode surgir devido à interferência da dor. Nesse caso deve-se fazer o teste de Neer que consiste em injetar xilocaína ou lidocaína a 1% no espaço subacromial. A seguir repete-se a manobra de Neer. Se o manguito rotador estiver rompido o membro superior desse lado cairá ao ser pressionado para baixo, embora o paciente não sinta dor. TRATAMENTO CLINICO O tratamento inicial da bursite subacromial consiste em repouso, aplicação de gelo local e controle da dor com analgésicos e anti-inflamatórios. Se o tratamento inicial não apresentar resultados satisfatórios dentro de 72 horas, ou se o paciente tiver contraindicações ao uso de anti-inflamatórios, o médico pode optar pela aplicação de uma injeção intra-articular de corticosteroides. Em muitos casos de bursite do ombro, uma simples injeção intra-articular leva à cura do quadro. Após o controle da dor, a fisioterapia pode ser indicada, para que o paciente restabeleça sua força muscular e amplitude dos movimentos do ombro. Nos raros casos de bursite crônica que não respondem a nenhum tipo de tratamento, a cirurgia para remoção da bursa pode ser a solução. TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO Fase aguda: TENS Ultrassom pulsado Crioterapia Alongamentos Fase subaguda: TENS Ultrassom pulsado Crioterapia Alongamentos Exercícios isométricos Após paciente sair da fase subaguda se estiver sem dor pode se retirar o trabalho de analgesia e entrar com fortalecimento com exercícios por exemplo: Flexão e extensão de ombro com bastão 3x10 Adução e abdução de ombro com bastão 3x10 Exercícios pendulares, etc... PREVENÇÃO DA BURSITE NO OMBRO Após o efetivo tratamento da bursite no ombro, algumas medidas podem ser implementadas para diminuir o risco de recorrência: Atividade física orientada por profissional para fortalecimento da musculatura. Alongamentos com orientação profissional. Evitar tarefas que exijam movimentos repetitivos do ombro durante muito tempo. Se não for possível evitar tarefas que sobrecarreguem os ombros, procure ao menos fazer algumas pausas durante o dia. Evitar atividades que causem dor no ombro. Usar as duas mãos para segurar ferramentas ou objetos pesados. Não ficar com o ombro imobilizado por longos períodos de tempo. Procurar manter uma boa postura ao longo do dia, principalmente durante o trabalho. Iniciar repouso e tratamento assim que a dor no ombro surgir. REFERÊNCIAS http://anatomiaonline.com http://maurogracitelli.com http://www.mdsaude.com http://www.auladeanatomia.com http://www.semiologiaortopedica.com.br
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