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91 Unidade II Geosfera: as esferas sólidas do planeta Escala Richter Magnitude de um terremoto é a estimativa de seu tamanho e geralmente é medida pelos indícios das ondas em um sismógrafo. As propriedades das ondas sísmicas são as mesmas de outras ondas mecânicas: o período (o intervalo de tempo para que passe um ciclo completo, que é inversamente proporcional à frequência); a amplitude (a altura da onda a partir de um ponto inicial). Existem ondas sísmicas em ampla faixa de frequências: as ondas P e S são abundantes em altas frequências (de 0,5 a 20 Hertz ou, em outros termos, de meio a 20 ciclos por segundo). Ondas de alta frequência são mais energéticas em distâncias próximas do hipocentro. Ondas superficiais transportam grandes quantidades de energia a grandes distâncias, sendo comuns em baixas frequências (menos de 1 ciclo por segundo). Magnitude de terremotos Em 1935, Charles Richter imaginou um esquema quantitativo para descrever a magnitude dos terremotos californianos. Tais eventos se caracterizam por hipocentros a cerca de 300 milhas de profundidade. Ele baseou sua escala na idéia de que um terremoto maior produziria um tremor maior e, assim, de maior amplitude no sismograma. Para padronizar tais relações, ele definiu magnitude como: Desde que nem todos os sismógrafos estão a 100 km epicentro do terremoto, correções são feitas segundo a distância. Richter indicou somente números inteiros para descrever as magnitudes e para cada aumento de 10 vezes na amplitude do sinal da onda sísmica, a magnitude aumenta em 1 unidade, p.ex.: 4 para 5. A energia liberada pelo terremoto aumenta mais de 10 vezes do que o sinal da onda sísmica registrada. P.ex., se a amplitude da onda sísmica aumentar 10.000 vezes, a magnitude Richter deslocaria de 4 para 8, entretanto a energia liberada de 4 para 8 aumenta 2800.000 (Veja a Tabela 1, adaptada de Abbott, 1996, p. 62-65). Na Escala Richter o maior terremoto ocorrido até hoje foi no Japão, em 1933, atingindo valor igual a 8,9 (Ver Tab. 2). O de São Francisco (1906) equivale a 8,25, e o de Tóquio (1923), 8,1. O valor 2 corresponde a um abalo fraco sobre a área do epicentro e o valor 7 já é destrutivo. A bomba atômica de Hiroshima equivaleu, aproximadamente, em termos de energia, a um terremoto de magnitude 5,3. Tabela 1. Energia liberada por terremotos de acordo com a Escala Richter (Abbott, 1996, p. 63) Magnitude Richter Aumento de energia Quantidade de energia comparada com a Magnitude 4 4 1 5 48 48 6 43 2050 7 39 80500 8 35 2800.000 Tabela 2 − Número de grandes terremotos com diferentes magnitudes e em vários intervalos de profundidade (Fonte: Richter 1958 citado por Fowler 1990) Intervalo de magnitude Focos rasos (0-70 km) Focos intermediários (70-300 km) Focos profundos (> 300 km) = ou > 8,6 9 1 0 7,9 - 8,5 66 8 4 7,0 - 7,8 570 218 66 “O logaritmo de base 10 da máxima amplitude da onda sísmica (medida em milhares de milímetros) registrada em um sismógrafo a uma distância padronizada de 100 km do centro do terremoto”
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