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NEUROFISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO - Fisiologia I - Parte I

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NEUROFISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO | Fisiologia I | Prof. Dr. José Antônio 
Yala Figueiredo | Medicina UNIFENAS XXXIV 
1 
 
INTRODUÇÃO 
 
Temos receptores sensoriais espalhados pelo corpo, que captam o estimulo no meio e o convertem em impulso 
nervoso. Eles estão em todo o corpo, menos nas vísceras (apenas em suas paredes). Pode estar na pele, nos 
ossos, no músculo estriado esquelético e/ou na parede das vísceras. Esses receptores estão conectados com o 
SNC. Anatomicamente, o encéfalo e a medula espinhal fazem parte do SNC. O SNC recebe informações desses 
receptores sensoriais. Elas saem do receptor sensorial e vai ao SNC através de neurônios aferentes. Quem sai das 
partes do corpo e não sai das paredes das vísceras são neurônios aferentes somáticos e quem sai das paredes 
das vísceras são os neurônios aferentes viscerais. Neurônios aferentes também podem ser chamados de 
sensitivos ou sensoriais. 
As informações saem do SNC através de neurônios eferentes (motores) e chegam aos órgãos efetores, 
como músculos e glândulas (células do músculo estriado esquelético do órgão efetor). Quem leva para todo o 
corpo – menos para as paredes das vísceras – são os neurônios eferentes somáticos. Quem leva para as paredes 
viscerais (musculo liso) são os neurônios eferentes viscerais. 
Essa divisão do SN é a divisão fisiológica. Aqui, o SN é dividido em somático e visceral. O somático é divido 
em uma parte aferente e outra parte eferente. O visceral também. A parte eferente do sistema nervoso somático 
inerva os músculos estriados esqueléticos. A parte eferente do sistema nervoso visceral inerva m. liso, cardíaco e 
glândulas e é divido em simpático e parassimpático, fazendo parte do SNA. 
 
Parte eferente visceral é formada por ramos do SNA simpático e parassimpático. 
a) Via simpática: possui dois neurônios, um pré-ganglionar (curto) e um pós-ganglionar (longo), que inerva 
coração, musculo liso e glândulas. 
b) Via parassimpática: possui dois neurônios, um pré-ganglionar (longo) e outro pós-ganglionar (curto). 
Quando se fala em parte voluntária e involuntária, a parte aferente do SN não se pode classificar dessa 
forma porque não depende da minha vontade, mas sim de estímulos para funcionar. Quando se fala na parte 
eferente é possível usar essa classificação – ela é voluntária. Ativando eferente do sistema nervoso visceral é 
involuntária – é autônoma. Também tenho contração do MEE involuntária, como os reflexos. 
Sinapse é o local onde uma célula passa informação para outra célula. Ela pode ser neuromuscular, 
neuroglandular ou nervosa (quando um neurônio passa informação pra outro neurônio - pré ganglionar e pós 
ganglionar). Na periferia do corpo, temos poucas sinapses porque quando chega uma informação ali, não deve 
haver retardo. A resposta está pronta, ela deve ser enviada rapidamente aos órgãos efetores. Tenho mais 
sinapses no SNC porque lá deve ter conexões e associações. 
Simpático e parassimpático possuem diferenças anatômicas; histológicas (tamanho dos pré e pós 
ganglionares); bioquímicas; fisiológicas; entre neurotransmissores, que são substâncias químicas produzidas por 
um neurônio que são liberadas com a chegada de um impulso elétrico e que vão atuar na célula pós-sináptica, 
estimulando ou inibindo a célula pós-sináptica. Parte desta substancia química pode ser reutilizada pela celula pré 
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Yala Figueiredo | Medicina UNIFENAS XXXIV 
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sináptica ou o produto da degradação dessa substancia química vai ser recaptado pela célula pré-sináptica para 
formar novamente um neurotransmissor para ser liberado novamente. Exemplos: o neurônio eferente 
colinérgico produz acetilcolina. Tudo que se refere à acetilcolina é colinérgico. O neurônio eferente somático é 
colinérgico; a placa motora (sinapse neuromuscular) é colinérgica – neurotransmissor Ach. Os gânglios 
autonômicos são colinérgicos porque a ach faz a neurotransmissão. 
 
Ach+colina na presença de uma enzima chamada acetil transferase transfere o radical acetil para colina 
formando acetilcolina e liberando COA. A acetilcolina é formada a partir de um aminoácido chamado colina. 
Para atuar no corpo, a acetilcolina precisa de um receptor colinérgico, que são proteínas de membrana que estão 
nas células que vão receber informações através da acetilcolina. 
Pesquisas mostraram que quando se injeta nicotina em um rato ela tem o mesmo efeito no organismo 
que a acetilcolina em algumas partes do corpo. Muscarina, extraída do cogumelo, também – porém não atuavam 
nos receptores nicotínicos. Passou-se a dividir os receptores colinérgicos em receptores colinérgicos nicotínicos e 
receptores colinérgicos muscarínicos. Algumas drogas atuam em um, mas não atuam no outro. Depois, 
descobriram que algumas dessas drogas atuavam em partes dos nicotínicos (n1 – m.e.e e n2 – ggs. autonômicos) - 
e parte dos muscarínicos (m.e.c., m.l. e glândulas), sendo necessária uma nova divisão. O sistema nervoso que 
libera acetilcolina pra atuar nos receptores muscarínicos é o parassimpático. 
 
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Yala Figueiredo | Medicina UNIFENAS XXXIV 
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Existem drogas farmacológicas que atuam nesses receptores específicos que se ligam ao receptor e 
possuem a mesma função do neurotransmissor, chamada de agonista. Uma droga agonista colinérgica nicotínica 
1 atua onde tem um R.C.N.1. 
Como regra geral, a acetilcolina é excitatória no corpo todo – exceto no coração, onde é inibitória. 
Uma droga antagonista se liga ao receptor e bloqueia a ação do neurotransmissor. Uma droga 
antagonista colinérgica nicotínica 1 relaxa o m.e.e., parando o músculo. A pessoa morre porque o musculo 
diafragma, por exemplo, para. Antigamente, os índios utilizavam o curare, um alcaloide, no arco e flecha para 
chegar à corrente sanguínea. Pesquisas descobriram que ele, na verdade, é uma droga antagonista colinérgica 
nicotínica 1. Ela mata o animal por parada respiratória. Se aplicarmos em uma pessoa, ela morre por parada 
respiratória. Mas, Se a intubarmos e a ventilarmos, ela não morrerá. Se ventilarmos essa pessoa, pegarmos uma 
agulha e espetar, ela vai sentir dor, mas não vai conseguir movimentar o corpo. Usa-se o curare em cirurgias para 
ter um bom relaxamento muscular, perdendo o tônus – facilita a intubação, facilita técnicas cirúrgicas também. 
Ela compete com a acetilcolina e bloqueia a ação dos neurônios eferentes somáticos, bloqueando a ação da 
acetilcolina e relaxando os músculos. Essa droga entra no corpo, se distribui pela farmacocinética, vai ser 
metabolizada e excretada. Com o passar do tempo, o efeito da droga diminui e, por competição, a acetilcolina 
retoma seu lugar nos receptores, voltando a ter contração muscular e voltando a respirar, podendo ser feita a 
extubação do paciente. 
Se a anestesia geral estiver passando ou se superficializar, o paciente começa a sentir dor. Como sabe que 
ele está sentindo dor? Ele não tem movimento porque está curarizado. O paciente vai responder a dor pelo 
aumento da frequência cardíaca (taquicardia), a pupila vai dilatar (midríase). Se o paciente estiver tendo 
hemorragia, a pressão vai diminuir e quem vai responder ao estimulo nocivo serão os barorreceptores. 
Existe uma droga que está na classe dos antagonistas colinérgicos muscarínicos é uma droga 
parassimpatolítica. No coração, a acetilcolina faz bradicardia e no intestino aumenta o peristaltismo. Sulfato de 
atropina, por exemplo, bloqueará o parassimpático. A acetilcolina que atua nas vísceras é a acetilcolina do 
SNparassimpatico. Atropina administrada no individuo (como atroveran, buscopan) inibe a contração naquelaregião, parando a dor. Não posso tomar isso se tiver uma diarreia bacteriana porque ela vai diminuir o 
peristaltismo intestinal, não expulsando a bactéria e a pessoa vai ter uma infecção bacteriana. 
O nervo vago é parassimpático e, se estimulado, libera ACh no coração. A frequência cardíaca vai 
diminuir. Para aumentar a frequência cardíaca, eu uso a sulfato de atropina, que vai competir com a ach, 
aumentando a FC. 
Um neurônio adrenérgico, ou seja, que libera noradrenalina ou adrenalina, pega o aminoácido chamado 
tirosina e a hidroxila, formando a L-dopa que sofre descarboxilação e forma a dopamina que sofre hidroxilação e 
forma a NE. Então, a parte medular da glândula suprerrenal, que possui células cromafins que produzirá 80% de 
adrenalina e 20% de noradrenalina. Lá também ocorre uma reação de metilação da NE e forma a adrenalina. O 
neurônio, então, não produz adrenalina. Ele produz apenas a NE. Ele não consegue fazer a reação de metilação. 
Ou seja, a diferença química entre noradrenalina e adrenalina é apenas o radical metila. 
Assim, o neurotransmissor do simpático na periferia do corpo é a noradrenalina. A sua liberação é uma 
liberação sistêmica. Via corrente sanguínea, ela também chega ao coração via medular da suprarrenal. Ou seja, a 
suprarrenal faz toda a conversão até chegar à adrenalina. O neurônio só consegue converter até chegar à 
noradrenalina. 
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Yala Figueiredo | Medicina UNIFENAS XXXIV 
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 Tanto adrenalina, noradrenalina e ACh são formadas a partir de um aminoácido. Também possuem 
função neurotransmissora. Por isso são chamadas de neurotransmissoras aminas, porque são formadas a partir 
de um aminoácido. A ACh não tem radical capecol. Tirosina tem o radical capecol e por isso é chamada de 
capecolamina. 
A adrenalina e a noradrenalina atuam nas vísceras. Para atuar, elas precisam atuar em receptores 
adrenérgicos que já foram subdivididos em alfa e beta. Os alfa tem o 1, 2 e os beta tem o 1, 2, 3 e 4. 
 
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO 
 
Localiza-se nas cavidades dorsais do corpo. O SN se divide em SNC (encéfalo e SNPeriférico. 
 
Divisão funcional ou fisiológica: sistema nervoso somático e sistema nervoso visceral 
 
Divisao embriológica do sistema nervoso 
 
Morfologia do sistema nervoso

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