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CoachingPGE eficacia e aplicabilidade das normas constitucionais

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EFICÁCIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 
Pedro Lenza 
 
 
 Normas de eficácia contida: o fator de restrição da eficácia dessas 
normas pode ser outra norma constitucional, lei infraconstitucional, ou 
mesmo circunstâncias de ordem pública, bons costumes e paz social, 
conceitos vagos cuja concretização é efetivada pela Administração 
Pública. 
 Mesmo as normas de eficácia limitada, para cuja realização plena 
é necessária a edição de norma (lei ou EC) integrativa, possuem um 
mínimo de eficácia imediata, pois: 1) impõem o dever de legislar às 
autoridades com iniciativa para tanto; 2) servem de parâmetro de 
constitucionalidade; 3) criam situações subjetivas de vantagem ou 
desvantagem; 4) conformam a interpretação das normas 
constitucionais ou infraconstitucionais. 
 Para José Afonso da Silva, o texto do art. 5º, §1º, da CF/88, ao 
estatuir que “as normas definidoras de direitos fundamentais têm 
APLICAÇÃO imediata”, não quer dizer que todos os direitos fundamentais 
são de APLICABILIDADE imediata. Aplicação é, portanto, diferente de 
aplicabilidade. O sentido que a referida norma constitucional pretende 
revelar é que: 1) os direitos e garantias individuais devem ser aplicados 
até onde existam possibilidades institucionais que assegurem a referida 
aplicação; 2) o Poder Judiciário está habilitado a prestar direitos 
fundamentais, ainda que garantidos em norma ressentida de plena 
eficácia, quando instado, no caso concreto, pelas vias do mandado de 
injunção. 
 ATENÇÃO – DIFERENÇA ENTRE NORMA DE EFICÁCIA CONTIDA 
E NORMA DE EFICÁCIA LIMITADA: As normas referidas se diferenciam, 
principalmente, quanto ao início de sua eficácia jurídica. Isso porque as 
 
 
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normas de eficácia contida nascem plenamente eficazes, com 
propensão, dessa maneira, para revelar-se no mundo dos fatos 
imediatamente. A lei posterior à norma constitucional apenas restringe 
essa eficácia, que nasceu plena. Por sua vez, a norma de eficácia 
limitada não nasce eficaz, pois necessita de uma norma posterior (“a lei 
instituirá...”) para espraiar seus efeitos no mundo real. A lei posterior, 
portanto, não se destina a restringir a sua eficácia, mas sim a constituí-
la. 
 
ANOTAÇÕES: 
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