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Princípios de Estratigrafia

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Princípios de Estratigrafia 
Estratigrafia: Ramo da Geologia que trata do estudo de rochas estratigráficas: 
 
A estratigrafia visa a descrição de todos os corpos rochosos que formam a crosta terrestre, 
além da sua organização em unidades mapeáveis distintas com base em suas propriedades, 
visando estabelecer sua distribuição e relação no espaço e sua sucessão no tempo, e 
principalmente para interpretar a história geológica, ou seja, a estratigrafia visa, através de 
técnicas, contar a história geológica do planeta. Até o final do século XVIII, a ciência ainda era 
muito influenciada pela religião e havia a crença de que a Terra era jovem, com não mais do 
que 6.000 anos de história. Não só as estimativas de idade da Terra eram influenciadas pela 
Bíblia, mas também os fósseis eram interpretados com base nas escrituras. Nesse contexto, os 
fósseis eram reconhecidos como restos de animais que foram vitimados pelo grande dilúvio 
universal, configurando-se como "testemunhas-chave" do dilúvio.Nicolau Steno (1638-1686) 
“Pai da Estratigrafia”: Contexta explicações simplistas da igreja 
 
 
 
 
 
estratos geológicos, camadas de rochas, 
leitos, níveis estratigráficos ou estratos 
rochosos compõem conjuntos diferenciados 
de rochas sedimentares com características 
físicas e com registos fósseis distintos de 
outras camadas que as podem preceder ou 
suceder. Quantos diferentes estratos você 
vê na formação rochosa da foto? 
Curiosidade: Steno após dissecar um tubarão, percebe 
que seus dentes são muito semelhantes a certos objetos 
chamados glossopetrae, ou pedras línguas, encontradas 
em algumas rochas. Acreditava-se que essas pedras 
haviam caídos do céu ou da Lua. Outros acreditavam 
ainda que fósseis como este cresciam naturalmente nas 
rochas. Steno argumentou que 
os glossopetrae pareciam-se com dentes de tubarão, 
porque eram dentes de tubarão, provenientes das bocas 
de antigos tubarões, que haviam sido enterrados em 
lodo e areia que eram agora terra seca. 
Princípios da estratigrafia: foram técnicas utilizadas para que se pudesse contar a história geológica 
do planeta, sendo 3 deles criados pelo próprio Steno: 
1. Princípio da superposição de camadas (princípio de Steno): Em qualquer sucessão de 
estratos de rochas (que não tenha sofrido deformação), o estrato mais antigo posiciona-se 
mais abaixo, com os estratos sucessivamente mais jovens, posicionando-se acima. Este 
princípio permite identificar a ordem de formação dos estratos, que é a base de toda 
interpretação histórica de rochas estratigráficas. Não se aplica a camadas deformadas ou 
invertidas (dobradas). 
 
2. Princípio da horizontalidade original (princípio de Steno): Depósitos sedimentares 
se acumulam geralmente em camadas horizontais sob a influência da gravidade. 
Qualquer fenômeno que altera essa horizontalidade será sempre posterior à 
sedimentação. 
 
 
 
 
 
Estratos deformados, não se 
aplica esse princípio! 
Antes Depois 
3. Princípio da Continuidade Lateral (princípio de Steno): Camadas sedimentares são 
contínuas, estendendo-se até as margens da bacia de deposição, ou afinando-se 
lateralmente. Os estratos são originalmente contínuos e possuem sempre a mesma 
idade ao longo de toda a sua extensão, independentemente da ocorrência de variação 
horizontal (lateral) de fácies 
 
Uma ou mais camadas podem ter sofrido processos erosivos, formando cavidades 
porém uma borda ainda pode ser correlacionada com a outra 
 
 
 
 
4. Princípio das relações de intrusão ou corte (Hutton, 1792): Qualquer rocha cortada 
por um corpo ígneo intrusivo ou por uma falha é mais antiga que o corpo ígneo ou a 
falha. 
 
 
 
 
5. Princípio dos fragmentos inclusos (Hutton, 1792): Fragmentos de rochas (enclaves) 
inclusas em corpos ígneos (intrusivos ou não) são mais antigos que as rochas nas quais 
estão contidos. Em outras palavras, o corpo ígneo mais novo (C) retira alguns pedaços 
das rochas ao seu redor e essas rochas ao seu redor são mais antigas do que o corpo 
ígneo. 
 
Na intrusão C existem fragmentos das camadas A e B. As camadas A e B são mais 
antigas do que a intrusão C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
500 milhões de anos 
400 milhões de anos 
10 milhões de anos 
Exemplo: 
6. Princípio da Sucessão Faunística (Smith, 1793): Os fósseis não ocorrem aleatoriamente nas 
rochas, os seres vivos viveram durante determinados períodos e somente se tornarão fósseis em 
rochas formada naquela determinada época, logo se a idade daquele fóssil é conhecido, ao encontrar 
uma rocha com aquele fóssil, eles terão a mesma idade. 
 
 
Sabe-se já a idade de diversos fósseis como os exemplificados abaixo. 
 
 
 
7. Princípio das Discordâncias (Hutton, 1792): As discordâncias são superfícies de erosão ou não 
deposição (pausa na sedimentação) que representam uma quebra no registro geológico. Podem ser 
utilizadas na determinação de idades relativas de camadas, pois assim como as rochas, também 
podem representar tempo. Distinguem-se 4 tipos principais de discordâncias: Angular, Litológica, 
Erosiva e Paralela. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Discordância Ângular: separa duas 
sequências em que a inferior está 
inclinada ou dobrada e é truncada 
pela superior, havendo uma clara 
diferença de direção de ângulos de 
mergulho entre as duas sequências. 
Discordância Litológica (Nonconformity): 
é definida como a descontinuidade entre 
uma sequência sedimentar ou vulcano-
sedimentar e uma rocha metamórfica 
e/ou ígnea. A superfície de discordância é 
uma superfície de erosão, mas o que 
caracteriza esta discordância é grande 
diferença genética entre as duas 
sequências. 
Discordância Erosiva (Disconformity): 
separa duas sequencia sedimentares 
com camadas paralelas entre si, 
havendo entre ambas uma superfície de 
erosão. 
 
Discordância Paralela (Paraconformity): 
separa duas sequências sedimentares com 
camadas paralelas entre si, mas de idades 
diferentes, havendo entre ambas uma 
superfície plana que representa um hiato 
deposicional. Uma discordância paralela é 
reconhecida pelos distintos conteúdos 
fossilíferos entre as duas sequências. 
Fóssil 3 e 4? Hiato (pausa) deposicional 
Agora que já vimos todas os princípios da estratigrafia, podemos ordenar os eventos 
geológicos que ocorrem na natureza por sequência de idade, do mais velho (1) pro 
mais novo (7). Por exemplo a imagem abaixo: 
1-Deposição da camada 
2-Deposição da camada 
3-Aparecimento de uma falha geológica 
4-intrusão de um corpo ígneo 
5-Discordância Erosiva 
6- Deposição de camadas (sequencia “e”) 
7- Erosão da camada “e” 
 
 
 
 
Entrem no site www.visiblegeology.com e brinquem com a modelagem geológica, 
montando sua própria estratigrafia, adicionando estruturas como falhas (fault) e 
dobras (fold) além de diversos outros recursos. 
 
 
 
 
A partir dos fundamentos propostos pela estratigrafia de sequências iniciado por 
Steno, os geocientistas começaram a estudar a evolução da terra, trata-se da Geologia 
Histórica. A terra passa por mudanças significativas da configuração dos continentes, 
oceanos e também dos seres vivos habitantes nela. Para compreender os mecanismos e 
processos envolvidos nesta mudança e estabelecer um sequênciamento temporal, os 
geólogos desenvolveram diferentes métodos de datação das rochas e estruturas. 
• Datação relativa: Não fornece a idade exata (em números precisos) da rocha 
mas permite estabelecer a sucessão tempora das rochas de uma região através 
dos princípios da estratigrafiacomo vimos anteriormente comparando-se 
rochas, estratos e fósseis. Por exemplo, não se pode dizer qual a idade exata da 
rocha mas pode-se dizer se ela é mais velha ou mais nova que a rocha ao lado 
dela através dos princípios estudados anteriormente. 
• Datação absoluta: Baseia-se na desintegração radioativa de isótopos indicando 
a idade exata aproximada em números praticamente exatos. 
Entre 1898 e 1904 Ernest Rutherford e Frederick Soddy se deram conta de que o 
comportamento anômalo dos elementos radiativos era devido ao fato de que se 
transformavam em outros elementos, e produzindo radiações alfa, beta ou gama. 
 
 
 
 
A radioatividade é a capacidade que alguns elementos fisicamente instáveis possuem 
de emitir energia sob forma de partículas ou radiação eletromagnética. 
1905 – Rutherford, a partir do conhecimento do decaimento radioativo, sugeriu a possibilidade 
de estimar a idade de um mineral a partir da sequência de decaimento dele. 
 
1905 – Bertram B. Boltwood provou que o chumbo estava entre os produtos do 
decaimento do urânio. 
 
1907 – Boltwood, seguindo as ideias de Rutherford, elaborou a série de decaimento 
Urânio-Chumbo, para datar o tempo da cristalização dos minerais que continham 
elementos radioativos 
 
1911 – Arthur Holmes escreveu o primeiro trabalho sobre datação radioativa, onde 
reuniu todos os dados então existentes, reviu os resultados de Boltwood, esboçando o 
problema da contaminação das amostras, e apresentou evidências de que as taxas de 
decaimento são constantes. Progsnoticou que as idades, ou tempos geológicos, 
poderiam ser graduados em idades radiométricas acuradas. 
Métodos radiométricos: desintegração de um isótopo radioativo (“pai ”) gerando um 
isótopo radiogênico (“filho”). Cada método é utilizado para um tipo de rocha diferente. 
U-Pb, Th-U, Rb-Sr, etc. 
 
 
Medindo-se a quantidade de isótopos pai e isótopos filho na rocha, é possível 
descrever a sua idade. 
Por exemplo (Curiosidade): 
 
 
A partir desta técnica, os curiosos ficaram curiosos pra descobrir a idade da Terra. 
 
 
 
 
 
 
 
Com o conhecimento das técnicas de datação relativa e absoluta e com a idade inicial 
da terra, pôde-se finalmente iniciar os trabalhos para contar a evolução de todo o 
planeta, desde sua criação, até os dias atuais. Elaborou-se então a Escala do Tempo 
Geológico. 
A Escala do Tempo Geológico é uma escala obtida a partir da datação das rochas, seja 
pela observação das marcas dos eventos nelas registrados, seja pela ordem de 
superposição das camadas sedimentares ou pelos fósseis que ela contêm, ou ainda 
pela datação absoluta das rochas, por meio do cálculo da taxa de desintegração de um 
isótopo radioativo. Pela datação radiométrica de rochas provenientes da Lua e de 
meteoritos obteve-se uma idade aproximada do planeta Terra em 4,6 bilhões de anos. 
A escala é subdividida em Éons, Eras, Períodos e Épocas e essas subdivisões foram 
separadas por eventos geológicos/biológicos/geográficos importantes como por 
exemplo: primeiros organismos multicelulares, Primeiros insetos, Extinção dos 
dinossauros, formação de continentes. 
Como iremos achar uma rocha “original” ou seja, uma rocha 
contemporânea a idade da terra no planeta? 
Frente à remota possibilidade de encontrar rochas 
contemporâneas à formação da Terra, Clair Cameron Patterson 
resolveu analisar rochas extraterrestres para obter a idade da 
Terra, i.e. a idade de formação dos planetas partindo da premissa 
que os meteoritos são materiais primordiais da formação do 
Sistema Solar. 
- Essa abordagem é procedente já que os condritos 
representam fragmentos de planetesimais não 
diferenciados (original), portanto, correspondem aos 
materiais mais primitivos do Sistema Solar. 
- Ele obteve, em 1956, a idade de 4,6 Ga. Desde então esta 
é considerada a idade da Terra.

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