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Agroecologia Caderno II

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AGROECOLOGIA
Cadernos da Agricultura Familiar 1
Nº 02
BOAS PRÁTICAS PARA O CERRADO
AGROECOLOGIA
Cadernos
da Agricultura Familiar
2014
Ano Internacional
da Agricultura Familiar
Camponesa e Indígena
2 AGROECOLOGIABoas Práticas para o Cerrado
Foto: Elma Carneiro
Camponês, plantas o grão
no escuro – e nasce um clarão.
Quero chamar-te de irmão.
De noite, comendo o pão,
sinto o gosto dessa aurora
que te desponta da mão.
Fazes de sombras um facho
de luz para a multidão.
És um claro companheiro,
mas vives na escuridão.
Quero chamar-te de irmão.
E enquanto não chega o dia
em que o chão se abra em reinado
de trabalho e de alegria,
cantando juntos, ergamos
a arma do amor em ação.
A rosa já se fez fl ama
no gume do coração.
Camponês, plantas o grão
no escuro – e nasce um clarão.
Quero chamar-te de irmão.
Um dia vais ser o dono
do verde do nosso chão:
nunca vi verde tão verde
como o do teu coração.
Thiago de Mello
AGROECOLOGIA
Cadernos da Agricultura Familiar 3
O Cerrado brasileiro, a savana mais rica do mundo em biodiversidade, ocupa 
quase um quarto (mais de 20%) do território nacional. Distribuído por 2.036.448 
quilômetros quadrados, o bioma reúne mais de 15 mil espécies de plantas e 
mais de 1,5 mil espécies de animais. 
Os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas 
Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo, e ainda o Distrito 
Federal, são áreas de incidência contínua de Cerrado no Brasil. Também 
existem enclaves de Cerrado no Amapá, em Roraima e no Amazonas. 
Do Cerrado surgem abundantes nascentes para as três grandes bacias 
hidrográficas brasileiras – Amazônica, do São Francisco e do Prata. Essa fartura 
de águas contribui para que o Cerrado guarde mais de 30% da biodiversidade 
brasileira. Um patrimônio que, infelizmente, encontra-se ameaçado pela 
ocupação de uma agricultura devastadora, centrada nas monoculturas e no 
uso dos agrotóxicos. 
A Agroecologia, abordagem da agricultura que se baseia nas dinâmicas da 
natureza, em que se trabalha a fertilidade e o cultivo do solo sem o uso de 
fertilizantes químicos e de agrotóxicos, é uma alternativa boa para cuidar do 
Cerrado, porque gera renda para as famílias de agricultores e agricultoras 
familiares e, ao mesmo tempo, contribui para preservar a biodiversidade e 
proteger o Meio Ambiente.
Nesta cartilha, você encontra informações essenciais para fazer da 
Agroecologia uma prática sustentável em seu pedaço de chão. São ideias 
simples, práticas, eficientes e criativas para você explorar, aplicar e multiplicar 
e, assim, contribuir para o manejo agroecológico de nossas riquezas naturais, 
para uma alimentação mais saudável na mesa brasileira e para uma melhor 
qualidade de vida no Brasil e no mundo inteiro.
Bom Proveito!
BOAS-VINDAS 
Eu quase que nada sei. Mas desconfio de muita coisa.
Guimarães Rosa
4 AGROECOLOGIABoas Práticas para o Cerrado
Capivara (Hydrochoerus hydrochoeris) – A capivara é um animal de grande porte, 
com pelagem grossa e acastanhada. Alcança até 100 kg, 1,5 m de comprimento 
e meio metro de altura. A capivara é considerada o maior roedor do mundo.
Fonte: www.brasilescola.com
Estudos demonstram que no Cerrado existem 11 mil espécies de plantas 
nativas catalogadas, 220 espécies de plantas de uso medicinal comprovado 
e 400 espécies de plantas utilizadas na recuperação de solos degradados.
No Cerrado encontram-se 200 espécies de mamíferos conhecidas, 800 
espécies de aves, 180 espécies de répteis, 150 espécies de anfíbios e 1.200 
espécies de peixes. O Cerrado serve de refúgio para 13% das borboletas, 
35% das abelhas e 23% dos cupins dos trópicos. 
Cerca de 137 espécies de animais do Cerrado encontram-se ameaçadas de 
extinção. A anta, a capivara, o cachorro-do-mato-vinagre, o gato-maracajá, a 
jaguatirica, o lobo-guará, a onça-pintada, a suçuarana e o tamanduá-bandeira 
são alguns dos animais do Cerrado em risco de extinção.
CERRADO
Biodiversidade em Números
Foto: Wikimedia | Autor: Phillip Capper
AGROECOLOGIA
Cadernos da Agricultura Familiar 5
A Organização das Nações Unidas (ONU) defi ne Desenvolvimento Sustentável 
como o modelo de desenvolvimento capaz de suprir as necessidades dos 
seres humanos da atualidade, sem comprometer a capacidade do planeta de 
atender as gerações futuras.
Segundo a ONU, o Desenvolvimento Sustentável, base e essência da 
Agroecologia, baseia-se em nove princípios: 
1. Respeitar e cuidar da comunidade dos seres vivos. 
2. Melhorar a qualidade de vida humana. 
3. Conservar a vitalidade e a diversidade do Planeta Terra. 
4. Minimizar o esgotamento de recursos não renováveis.
5. Permanecer nos limites de capacidade de suporte do Planeta Terra. 
6. Modifi car atitudes e práticas pessoais.
7. Permitir que as comunidades cuidem de seu próprio ambiente.
8. Gerar uma estrutura nacional para a integração de desenvolvimento 
e conservação. 
9. Constituir uma aliança global.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
6 AGROECOLOGIABoas Práticas para o Cerrado
Foto: Jammaye
SUMÁRIO
08
09
23
11
24
16
12
33
18
20
13
34
19
21
BOAS LIÇÕES DA AGRICULTURA TRA-
DICIONAL
DIAGNÓSTICO DA PROPRIEDADE
TRATOS CULTURAIS
PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO 
SUSTENTÁVEL
TÉCNICAS DE PRODUÇÃO DE INSUMOS
PRODUÇÃO DE MUDAS E SEMENTES
BOAS PRÁTICAS DE PRODUÇÃO 
AGROECOLÓGICA
E, POR FIM, A COLHEITA!
CUIDADOS COM A ÁGUA
ENERGIAS RENOVÁVEIS
TÉCNICAS DE PLANTIO
BIBLIOGRAFIA
RECUPERAÇÃO, PROTEÇÃO E 
PRESERVAÇÃO DAS NASCENTES
MANEJO E RECICLAGEM DO LIXO
AGROECOLOGIA
Cadernos da Agricultura Familiar 7
EXPEDIENTE
Agroecologia – Boas Práticas para o Cerrado
Cadernos da Agricultura Familiar – 02
Pesquisa: Aldimar Nunes Vieira, Amanda Lima, André Luiz Lins, Daniela Guimarães, 
Janaína Faustino, Larissa Cristina de Oliveira, Socorro Alves
Redação e Beneficiamento de Textos: Joseph Weiss, Priscila Silva, Zezé Weiss
Edição: Zezé Weiss
Revisão: Lucia Resende
Projeto Gráfico: Anderson Blaine
Maio/2014
Tiragem: 5.000 exemplares
Esta cartilha, chamada Agroecologia – Boas Práticas para o Cerrado –, é 
inspirada na cartilha Agroecologia – Plante esta Ideia –, coordenada pela 
Fundação Adenauer para o Projeto de Agricultura Familiar, Agroecologia e 
Mercado – Desenvolvimento Sustentável da Agricultura Familiar no Nordeste 
–, produzida sob a coordenação da jornalista Maristela Crispim.
Muitos dos dados daquele texto foram copiados e adaptados às necessidades 
dos projetos Rede Terra para o Cerrado e Vozes do Campo, do Instituto 
Itiquira. A Rede Terra e o Instituto Itiquira manifestam seu reconhecimento e 
agradecem à equipe de produção; à Fundação Adenauer, pela realização; à 
União Europeia, pelo apoio à cartilha do Nordeste; e à Fundação Banco do 
Brasil, pelo apoio à realização dos Cadernos da Agricultura Familiar para o 
Cerrado.
Todos os direitos para a utilização desta Cartilha-Caderno são livres. 
Qualquer parte poderá ser utilizada ou reproduzida, desde que seu uso seja 
exclusivamente sem fins lucrativos e que sejam reconhecidos os créditos.
AGRADECIMENTO
www.redeterra.org.br www.xapuri.infowww.institutoitiquira.org.br
Produção:Realização:
8 AGROECOLOGIABoas Práticas para o Cerrado
A agricultura tradicional, praticada por pequenos produtores e pequenas 
produtoras rurais, tem muito a contribuir para as boas práticas agroecológicas. 
É sempre bom aprender de quem, por vezes há várias gerações, tirou muitas 
lições da lida no campo. Algumas dessas lições:
APTIDÃO DA TERRA E ADAPTAÇÃO DE CULTIVOS
Os agricultores e agricultoras tradicionais conhecem na prática a aptidão 
da terra onde plantam seus cultivos. As famílias da agricultura familiar estão 
acostumadas, há séculos, a adaptar suas plantações, dependendo da 
disponibilidade deágua, de insumos e de recursos humanos. Quanto mais 
se conhece e se respeita a aptidão da terra, menos se necessita de insumos, 
além dos já previstos para cada tipo de plantio. O conhecimento acumulado 
da agricultura tradicional oferece várias vantagens para a agroecologia.
CULTIVOS MÚLTIPLOS
Nas pequenas propriedades, a prática tradicional dos plantios já exercita o 
cultivo de múltiplas espécies em áreas relativamente pequenas. Essa prática 
sempre resultou em uma dieta variada, mesmo nas regiões mais pobres 
e isoladas. O plantio consorciado reduz eventuais perdas, porque a baixa 
produção de uma cultura é compensada pelo aumento da produção de 
outra. Assim, o consórcio de plantas companheiras gera maior produtividade 
por hectare do que o monocultivo e, além disso, aumenta a quantidade de 
produtos disponíveis para a segurança alimentar e para a renda das famílias.
DIVERSIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO
Os agricultores e agricultoras tradicionais mantêm a saudável prática de 
diversificação da produção, porque sabem que não existe garantia de que 
uma única cultura vai ser lucrativa para sempre. Para a agricultura familiar, a 
prioridade deve ser sempre garantir a segurança alimentar da família com o 
uso de produtos diversificados, produzidos na própria terra. O uso de ervas 
medicinais pode ajudar a melhorar a saúde da família e a controlar doenças 
e pragas.
BOAS LIÇÕES DA AGRICULTURA 
TRADICIONAL
AGROECOLOGIA
Cadernos da Agricultura Familiar 9
A agroecologia exige um diagnóstico aprofundado da área e das condições 
exigidas para a implementação das boas práticas agroecológicas 
na pequena propriedade. Implantar a agroecologia em uma área é 
como fazer uma longa caminhada em um terreno pouco conhecido: 
é preciso buscar sempre conhecer bem cada passo da jornada. 
PERGUNTAS NECESSÁRIAS
Algumas perguntas precisam ser respondidas: 
• Quais são as plantas nativas (ervas, arbustos, árvores) que já existem 
na área, na propriedade ou na região? 
• Quais são as culturas que já existem na propriedade? 
• Existe uma avaliação de resultados sobre o que cada cultura rende 
por ano? 
• Quanto foi gasto com insumos no ano passado, e quanto está previsto 
para ser gasto este ano?
• Quanto tempo é gasto com cada tarefa realizada, do plantio à colheita 
e à comercialização? 
• Como está o solo? 
• Existe alguma doença que aparece todo ano? 
• Se sim, qual é, ou quais são?
• Como é/são tratadas?
Objetivos da Família
Feito o estudo da realidade da terra e das culturas, é importante considerar 
os objetivos da família:
• Quanto da propriedade a família quer transformar em atividade 
agroecológica?
• Quais as preferências da família com relação às plantas a serem 
consorciadas? 
• Por que foram escolhidas essas plantas e não outras?
DIAGNÓSTICO DA PROPRIEDADE
10 AGROECOLOGIABoas Práticas para o Cerrado
Informações para facilitar a escolha dos plantios agroecológicos pela família:
MOTIVOS EXPLICAÇÃO
Produtividade sustentável Melhor qualidade do produto ecológico.
Viabilidade econômica Melhor preço dos produtos ecológicos.
Valorização das cadeias produtivas Comercialização direta dos produtos.
Sistemas de produção mista Economia de menor custo com insumos.
Controle biológico Cuidados com a saúde; não uso de 
venenos; preservação da flora, da fauna e 
do Meio Ambiente.
Satisfação das necessidades locais Melhoria da autoestima pela valorização 
do trabalho.
Segurança alimentar Produção de alimentos de melhor 
qualidade.
Recuperação dos recursos naturais Cuidados com o Meio Ambiente.
Desenvolvimento da pequena propriedade Trabalho em família e em comunidade.
Foto: www.consecti.org.br
AGROECOLOGIA
Cadernos da Agricultura Familiar 11
Para obter melhores resultados, com mais renda e mais sustentabilidade, a 
produção e a comercialização de uma pequena propriedade precisam ser 
bem planejadas, com atenção especial para os seguintes pontos:
ACESSO AOS MERCADOS 
Para vender o excedente da produção ou mesmo produzir para os mercados, 
sejam eles locais, regionais, nacionais ou até internacionais, é preciso conhecer 
o potencial de cada localidade, analisar as áreas aptas para o plantio, além 
de pesquisar bem o mercado. O melhor jeito de fazer isso é conversar com 
pessoas que conheçam do assunto. Outra forma é pesquisar em revistas, 
livros e, quando for à cidade, nas bibliotecas e na internet (nem todas as 
comunidades têm acesso à internet). As diferentes oportunidades de acesso 
aos mercados serão tratadas no Caderno de Comercialização. 
AUTOCONSUMO 
Antes de pensar nas trocas ou no comércio, toda família precisa garantir a 
produção dos seus próprios alimentos. Usando suas próprias sementes e 
mudas, ou as trocadas com seus vizinhos e suas vizinhas, a produção para o 
autoconsumo pode ser feita com pouca dificuldade.
TROCAS 
Compartilhar os conhecimentos; buscar conhecer outras opções e 
oportunidades; aprender com e ensinar os/as técnicos/as ou outras pessoas; 
colocar as lições aprendidas; compartilhar o que deu certo, para construir 
coletivamente os novos caminhos da agroecologia na propriedade e na 
comunidade. Outra forma de baratear a produção e aumentar a biodiversidade 
é pensar, junto com os/as vizinhos/as, sobre que sementes, mudas, e mesmo 
adubo, podem ser trocados, para não ter que comprar insumos fora da 
propriedade. Também a mão de obra pode ser trocada, para baratear custos.
ORGANIZAÇÃO COMUNITÁRIA
Formar associações ou cooperativas; fortalecer as organizações comunitárias; 
compartilhar infraestrutura, transporte, equipamentos e mão de obra no 
campo para a comercialização. Quanto mais organizada uma comunidade, 
mais benefícios e menos custos para cada família. 
PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO 
SUSTENTÁVEL
12 AGROECOLOGIABoas Práticas para o Cerrado
Foto: cultivehortaorganica.blogspot.com.br
A Agroecologia adota muitas das práticas da agricultura familiar. A grande 
maioria delas são técnicas simples e eficientes, que demandam pouca mão de 
obra, poucos gastos e fazem uma diferença enorme nos resultados. Algumas 
delas:
FORMAS DE PLANTIO
Plantio em Nível
O plantio em nível é importante porque preserva a estrutura do solo, 
especialmente nas áreas de runoff, que são áreas onde o escoamento 
superficial é produzido devido ao tipo de declive da superfície. O plantio em 
nível ajuda a prevenir o estrago causado pelas enxurradas, que provocam 
erosão no solo. 
Plantio na Palha
O plantio na palha é usado principalmente com espécies de crescimento rápido 
e biomassa abundante, como as leguminosas e as gramíneas. O plantio na 
palha é bom para a agroecologia, especialmente no Cerrado, porque: 
• Impede a perda de umidade;
• Conserva a produtividade;
• Protege contra a erosão;
• Reduz o aquecimento;
• Produz boas colheitas.
No Cerrado, as palhadas mais comuns são as de milho e de cereais. Para o 
plantio, a camada de palha deve apresentar de cinco a sete centímetros de 
espessura, para evitar o ressecamento do solo. 
BOAS PRÁTICAS DE PRODUÇÃO 
AGROECOLÓGICA
AGROECOLOGIA
Cadernos da Agricultura Familiar 13
Os plantios no Cerrado devem ser feitos de preferência com sementes e 
mudas nativas do próprio Cerrado. Essas sementes e plantas, por estarem 
adaptadas ao tipo de solo e de clima da região, resistem melhor às pragas e 
aos períodos de seca e de estiagem existentes no bioma. Algumas técnicas 
de plantio fazem o solo do Cerrado render mais para a agroecologia:
CONSÓRCIO DAS CULTURAS
Os cultivos consorciados, ou múltiplos, ou policultivos, fazem parte da tradição 
da agricultura familiar no Cerrado brasileiro. O consórcio do milho com o feijão 
é um dos mais conhecidos na região. São comuns os consórcios de plantas 
chamadas companheiras porque, mesmo sendo de espécies diferentes, 
convivem bem e: 
• Melhoram a produtividadeumas das outras;
• Promovem maior estabilidade da produção;
• Melhoram a utilização da terra;
• Melhoram a exploração de água e nutrientes;
• Melhoram a utilização da força de trabalho;
• Aumentam a eficiência no controle de ervas daninhas;
• Aumentam a proteção do solo contra erosão;
• Disponibilizam mais de uma fonte alimentar e de renda.
ROTAÇÃO DAS CULTURAS
A rotação das culturas evita o desgaste do solo. Ao se alternarem os plantios 
com plantas de espécies diferentes, de tamanhos e formatos diferentes, 
de raízes diferentes e de necessidades diferentes, a diversidade de micro-
organismos é mantida e os nutrientes são preservados. No Cerrado, onde boa 
parte das áreas consorciadas são cultivadas por pequenos/as produtores/as 
em minifúndios e a força de trabalho é basicamente composta pela mão de 
obra familiar, os consórcios são ainda mais importantes, porque otimizam o 
uso da mão de obra, da terra e do capital. 
TÉCNICAS DE PLANTIO
14 AGROECOLOGIABoas Práticas para o Cerrado
COMPANHEIRISMO E ANTAGONISMO – HORTALIÇAS
O plantio de culturas consorciadas em uma mesma área deve ser feito 
procurando distribuir bem o espaço e o tempo de cada plantio, para que 
todos tenham a luz, a água e os nutrientes de que precisam. O quadro abaixo 
indica o companheirismo e o antagonismo de algumas hortaliças.
HORTALIÇA COMPANHEIRAS ANTAGÔNICAS
Abóboras Acelga, amendoim, chicória, feijão-
vagem, milho
Batatas, legumes tuberosos
Alface Acelga, alho, alho-porró, beterraba, 
cenoura, feijão, morango, pepino
Alho Alface, beterraba camomila, cenoura, 
couve, framboesa, roseira, tomate
Tomate, pimentão
Berinjela Feijões em geral
Beterraba Alface, alho, cebola, couve, nabo, 
vagem
Feijão trepador
Cebolinha Cenoura, couve-flor, espinafre, 
repolho, roseiras, tomate
Coentro, ervilha, feijões, 
mostarda
Cenoura Alface, alho-porró, bardana, cebola, 
cebolinha, couve, ervilha, rabanete, 
tomate
Aneto (endro)
Chicória Rabanete, rúcula, vagem
Brássicas 
(brócolis, couve, 
couve-flor, repolho)
Beterraba, camomila, cebolinha, 
cenoura, ervilha, feijões, hortelã, 
salsa, salsão, mastruço
Rúcula
Feijões Acelga, alface, alho-porró, abóboras, 
batata, berinjela, cenoura, cereais, 
couve, chicória, ervas aromáticas, 
gergelim, girassol, milho, pepino, 
rabanete, repolho, rúcula, nabo
Alho, beterraba, cebola, 
funcho
Maxixe Milho, quiabo
Pepino Alface, feijões, ervilha, girassol, 
milho, rabanete
Batata, ervas aromáticas
Rúcula Alface, chicória, milho, rabanete, 
vagem
Couve
Salsa Aspargo, pimentas, couve, tomate, 
rabanete, vagem
Tomate Aspargo
AGROECOLOGIA
Cadernos da Agricultura Familiar 15
Foto: sustentabilidadenaoepalavraeaccao.blogspot.com.br
CALENDÁRIO DA COLHEITA – HORTALIÇAS
Os consórcios entre plantas companheiras podem ser melhor planejados 
quando se conhece o tempo de colheita de algumas das plantas consorciadas, 
com por exemplo o tempo de maturação das hortaliças: 
HORTALIÇAS MESES
Coentro, rabanete, rúcula 1 mês
Alface, berinjela, beterraba, cebolinha, espinafre 2 meses
Brócolis, couve, pimenta, pimentão, repolho 3 meses
Abóboras, cenoura, chuchu, quiabo, tomate 4 meses
Alho, cebola, inhame 6 meses
16 AGROECOLOGIABoas Práticas para o Cerrado
Foto: culturasnocampo.blogspot.com.br
Os custos da produção baixam muito quando as famílias produzem suas 
próprias mudas. Elas podem ser preparadas com o plantio de sementes 
coletadas ou com extração de partes de plantas já existentes. A melhor época 
para fazer mudas é o tempo das chuvas, porque a própria natureza regula o 
clima e a umidade. Na seca, as mudas devem ser feitas sempre bem cedo ou 
ao final do dia, quando a temperatura fica mais baixa. Em qualquer situação, 
não pode faltar água. 
ENXERTIA
Enxertia é a técnica de fazer mudas juntando partes de duas ou mais plantas. 
Na enxertia, uma planta é usada como base, chamada de cavalo, e a ela 
são enxertados pedaços de outra planta, chamados de gema. O enxerto de 
uma única gema é chamado de borbulha. As enxertias são feitas de duas 
formas: por encostia e por enxerto destacado, onde o enxerto e o porta-
enxerto são ligados à planta-mãe e onde somente o cavalo fornece as raízes, 
respectivamente. Quando a enxertia é bem feita, as duas plantas passam a se 
desenvolver como uma única planta. 
PRODUÇÃO DE MUDAS E SEMENTES
AGROECOLOGIA
Cadernos da Agricultura Familiar 17
SEMENTES
As sementes crioulas, ou sementes nativas, são importantes para garantir 
a segurança alimentar e a independência das famílias de agricultores 
e agricultoras. A coleta e a troca de sementes entre vizinhos e vizinhas, e 
também entre comunidades, contribuem muito para melhorar a qualidade e a 
resistência das plantas, e ainda para preservar a biodiversidade.
Coleta: As técnicas de coleta e tratamento das sementes são simples: 
Muitas sementes caem e são coletadas quando caem. O ideal, porém, é 
recolher as sementes das melhores matrizes, e não todas as sementes. 
Sempre que possível, recomenda-se escolher uma planta de meia idade, 
forte, sadia, em plena fase de produção, com frutos de boa qualidade, 
sem doenças e sem infestação de pragas. A coleta pode ser feita de 
frutos maduros ainda no pé, ou caídos ao chão, desde que estejam 
saudáveis e sem danos. 
Secagem: Em geral, as sementes podem ser tratadas e estocadas para 
o plantio em outro período. Antes da estocagem, é importante fazer 
a secagem das sementes, pois quando estão secas elas são menos 
atacadas por insetos e fungos. 
Estocagem: As sementes devem ser estocadas em vasilhas resistentes 
e bem vedadas. Cada semente de cada espécie deve ser guardada em 
um recipiente separado, com o nome da planta, a data e o local da coleta 
anotados em uma etiqueta, ou escritos com pincel na própria vasilha. As 
sementes ficam melhor protegidas se forem colocadas em cinza, areia ou 
terra de formigueiro, e colocadas em um lugar escuro e bem arejado. A 
melhor vedação para a proteção das sementes é a feita com cera de 
abelha, ou outra cera. Para vedar, basta aquecer a cera em banho-maria 
e, depois de derretida, colocar a parte de encontro do recipiente com sua 
tampa dentro da cera quente e deixar secar. 
Banco de Sementes: Em comunidades organizadas, pode ser formado 
um Banco de Sementes com as contribuições de cada família. Onde não 
houver Banco de Sementes, cada família deve escolher um local escuro 
e arejado para proteger suas sementes. 
Foto: Acervo Rede Terra
18 AGROECOLOGIABoas Práticas para o Cerrado
Sem água não há vida, nem no Cerrado, nem em qualquer outro lugar do 
Planeta. A agroecologia é uma forma boa de proteger as águas, a começar 
pelas nascentes, que devem ser isoladas em um raio de 50 metros, para 
que a natureza ao redor dela se mantenha sempre verde. Nos casos em 
que a natureza foi devastada em torno nas nascentes, é necessário fazer o 
reflorestamento, preferencialmente com plantas nativas da região. 
Qualquer que seja a origem da água em uma propriedade rural, seja de cisterna, 
de poço artesiano, de lago ou de rios, esse é um recurso natural finito, que 
precisa ser preservado e manejado com cuidado. Portanto, é fundamental 
economizar água, cuidar das nascentes, reflorestar as áreas de nascentes e 
as margens de lagos e rios, e reaproveitar e reutilizar o máximo possível da 
água usada pela família e pelas plantações.
IRRIGAÇÃO
Conjunto Aspersor de Garrafa PET
Algumas plantações precisam ser irrigadas. Hoje existem técnicas simples e 
baratas de irrigação que ajudam a melhorar o manejo das águas. Há várias 
formas alternativas de irrigação adaptadas para o Cerrado. Muitas delas usam 
materiais recicláveis que de outra forma iriam para o lixo. Os aspersores de 
garrafas PET são um bom exemplo, porque são de baixo custo e produzem 
excelentes resultados.Fazer um aspersor de garrafa PET é muito simples: 
• Com uma tesoura, fazer um furo na tampa da garrafa para que o bico 
da torneira seja encaixado.
• Na garrafa, colocar um veda-rosca, para evitar vazamentos.
• Com uma agulha grande ou outro objeto pontiagudo, fazer pequenos 
furos na garrafa de acordo com que se quer molhar – furos só em 
uma parte, para molhar só um lado, ou furos na garrafa inteira, para 
molhar a área toda.
• Depois de encaixado o bico da torneira e de feitos os furos na 
garrafa, é só ligar o bico da torneira a uma mangueira e ligar a água. 
O aspersor de garrafa PET atinge um raio de até 3 metros.
• O aspersor pode ser removível ou fixado no chão. Quanto menor o 
furo, maior a pressão e maior a área irrigada.
CUIDADOS COM A ÁGUA
AGROECOLOGIA
Cadernos da Agricultura Familiar 19
Foto: Sônia Brandão
Nascentes são afl oramentos do lençol freático que se transformam em uma 
fonte de água de acúmulo, que chamamos de represa, ou em cursos de 
água como lagoas, lagos, regatos, ribeirões e rios. As áreas em volta das 
nascentes são Áreas de Preservação Ambiental (APA) protegidas por Lei. A 
área em volta do olho d´água da nascente deve ser mantida com a vegetação 
nativa, se houver, ou refl orestada, preferencialmente com espécies nativas do 
Cerrado. Depois dos 50 metros, é recomendado plantio de grama e arbustos, 
seguidos de árvores do Cerrado, frutíferas e cultivos agrícolas diversos.
RECUPERAÇÃO, PROTEÇÃO E 
PRESERVAÇÃO DAS NASCENTES
20 AGROECOLOGIABoas Práticas para o Cerrado
O uso de energias renováveis faz parte das práticas sustentáveis para proteger 
o meio ambiente e melhorar a qualidade de vida das pessoas. O Brasil começa, 
timidamente, a investir em energias renováveis, que são aquelas obtidas da 
própria natureza, tais como:
Energia Solar Vinda do sol
Energia Eólica Extraída dos ventos
Energia Hidráulica Produzida pelas águas dos rios e correntes de água doce.
Biomassa Extraída da matéria orgânica, por exemplo, da mamona.
TECNOLOGIAS ENERGÉTICAS DISPONÍVEIS
Algumas das tecnologias disponíveis para o uso das energias renováveis são:
Aquecimento Solar
Capta a energia do sol e a transforma em energia elétrica. Serve para 
bombear e aquecer a água, para acender lâmpadas e também para 
eletrificar cercas.
Cata-Ventos
Transforma a energia gerada pelos ventos. Pode ser aproveitado para 
bombear água ou energia elétrica.
Desidratador Solar
Aproveita o calor do sol para desidratar frutas sem o uso de combustível.
Fogão e Forno Solar
Os fogões e fornos solares são capazes de economizar 55% da madeira 
utilizada nos fogões tradicionais. Os fogões solares parabólicos alcançam 
uma temperatura de 350ºC, suficiente para cozinhar qualquer tipo de 
alimento. O fogão de caixa quente tradicional alcança, no máximo, 150ºC.
Fogão Ecoeficiente 
O fogão ecoeficiente reduz o consumo de biomassa e livra as famílias das 
doenças causadas pela fumaça, a partir da queima eficiente da lenha. 
ENERGIAS RENOVÁVEIS
AGROECOLOGIA
Cadernos da Agricultura Familiar 21
Até muito recentemente, mais da metade do lixo do meio rural era enterrado, 
queimado ou jogado em qualquer ambiente, trazendo mosquitos e outros 
animais transmissores de doenças para perto das casas e das famílias. 
Essa situação começou a mudar, mas ainda tem um longo caminho a percorrer, 
porque mais de 80% das famílias que residem nas áreas rurais não contam 
com nenhum sistema de coleta de lixo.
O lixo rural tem coleta cara e difícil. Por essa razão, em geral as famílias optam 
por enterrá-lo ou queimá-lo, o que causa grandes danos para a saúde e para 
o Meio Ambiente. 
A alternativa que vem sendo implementada é a organização, pela própria 
família e/ou comunidade rural, de um sistema simples de coleta seletiva, 
baseado nos 3 Rs (erres): Reduzir, Reutilizar, Reciclar materiais utilizados na 
área urbana. 
OS 3 Rs
Reduzir
A quantidade de lixo que cada 
pessoa ou cada família produz.
Reutilizar
Preferir sempre produtos 
cujas embalagens possam ser 
reutilizadas.
Reciclar
Tudo o que for possível. 
Preferir sempre produtos 
cujas embalagens possam ser 
reutilizadas, para que sobre o 
mínimo possível de lixo na área 
rural.
MANEJO E RECICLAGEM DO LIXO
Foto: CEI “Bem Me Querer”
22 AGROECOLOGIABoas Práticas para o Cerrado
SEPARAÇÃO DO LIXO
Quem mora em área rural também precisa reduzir, reutilizar ou reciclar o lixo 
produzido na propriedade. Muitos materiais que vão para o lixo podem e 
devem ser reduzidos, reciclados ou reutilizados. Assim como na cidade, uma 
boa reciclagem começa por separar o lixo orgânico do lixo seco:
Lixo Orgânico São os restos de alimentos, as aparas de grama, as folhas, as 
cascas e os galhos de árvores, o papel higiênico. O lixo orgânico 
pode ser utilizado na compostagem para a produção de adubos. 
Lixo Seco Latas de alumínio, caixas de papelão, garrafas PET e vidros são 
exemplos de lixo seco. Boa parte desse material pode ser utilizada 
na propriedade. Garrafas PET podem virar aspersores, caixas de 
papelão podem servir de abrigo para pequenos animais, garrafas 
de vidro quando enterradas ao contrário fazem boas divisas para 
os canteiros. O que sobrar deve ser levado para venda ou descarte 
na cidade.
Lixo Eletrônico Este é um tipo novo de lixo que começa a aumentar também no 
campo. Lâmpadas, baterias e peças de computador precisam ser 
embaladas em separado para entrega nos pontos de reciclagem 
desse tipo de lixo na cidade.
Óleo de Cozinha O óleo de cozinha não deve ser despejado na pia, porque polui 
o solo e as águas. O óleo de cozinha pode ser reutilizado na 
fabricação de sabão.
Rejeitos Rejeito é tudo que não tem como ser reciclado. 
Cacos de Vidro e espelhos: cacos de vidro e espelhos devem ser 
embalados com cuidado e entregues nas vidraçarias da cidade.
Fraldas de bebês e absorventes higiênicos: não se configuram 
como recicláveis, porque no Brasil ainda não há tecnologia para 
reciclar esses materiais que, infelizmente, devem ir para a pilha de 
rejeitos.
Foto: ateliedamartha.wordpress.com
AGROECOLOGIA
Cadernos da Agricultura Familiar 23
O manejo das agroflorestas consiste em reconhecer as áreas para os plantios, 
onde será possível: 
• Introduzir novas espécies a partir da sucessão natural;
• Remover as plantas doentes;
• Retirar os galhos envelhecidos;
• Podar árvores que estejam fazendo muita sombra (máximo de 30% 
da copa das árvores que estejam sombreando outras espécies). 
Esse é um manejo que já é feito nas propriedades da agricultura familiar, em 
geral complementado por:
CAPINA SELETIVA
A primeira capina, sempre feita antes do plantio de novas mudas, precisa 
ser complementada por capinas de manutenção. 
PODA DE LIMPEZA
Geralmente feita depois da frutificação, também é feita para aumentar a 
quantidade de luz nas áreas de plantio.
PODA DRÁSTICA
Deve ser usada apenas em último caso e, mesmo assim, nunca retirar 
mais do que 1/3 da planta, para que ela tenha condições de se renovar. 
SULCOS
São valas abertas no solo para serem preenchidas com palha e folhas 
secas, que têm como principal função a retenção da água no solo.
PLANTIO E REPLANTIO
Plantar o máximo possível de árvores e outras espécies nativas para 
promover o equilíbrio ecológico na propriedade. As árvores dão sombra, 
melhoram o clima, dão frutos, produzem madeira, fertilizam o solo e 
abrigam a fauna. 
CERCAS VIVAS 
As cercas vivas também são conhecidas como quebra-ventos e têm várias 
funções: servem para demarcar terrenos, para evitar o gasto com arame, 
estacas e mourões, e para proteger as plantações contra os ventos. 
TRATOS CULTURAIS 
24 AGROECOLOGIABoas Práticas para o Cerrado
ADUBAÇÃO VERDE
Fazer o correto manejo do solo, que precisa de cobertura para manter a umidade e 
ser protegidoda ação direta do sol, das chuvas e dos ventos. A adubação verde, o 
consórcio de culturas e a cobertura com palha são práticas que ajudam a proteger 
o solo. A adubação verde é geralmente feita com o plantio de leguminosas, que 
aumentam a fertilidade do solo. Uma das plantas mais utilizadas para isso é o feijão 
guandu, que incorpora muito nitrogênio à terra. As leguminosas contribuem para 
evitar a compactação e aumentar a estrutura do solo.
BIOFERTILIZANTES
Biofertilizantes são produtos naturais utilizados para fortalecer as plantas e podem 
ser feitos com baixo custo. Os produtos feitos com a mistura de estercos, cinzas, 
pó de rocha, urina de vaca, plantas medicinais e micronutrientes diversos deixam as 
plantas mais saudáveis e resistentes. Os principais biofertilizantes são o agrobio, 
os efluentes do biodigestor e o supermagro. Parar com o uso de venenos e utilizar 
o controle biológico com defensivos naturais para evitar a infestação de pragas 
e doenças é a opção certa para a agroecologia. Os biofertilizantes oferecem à 
agricultura familiar condições objetivas para a adoção desse caminho.
AGROBIO
Indicado para a nutrição e o fortalecimento das plantas. 
Ingredientes: Água, esterco bovino fresco, melaço, sais minerais. 
Preparo e uso: Misturar os ingredientes, deixar curtir em vasilhames de plástico 
ou barro, coar e aplicar nas folhas, especialmente nas folhas das hortaliças.
SUPERMAGRO
Serve para o fortalecimento das plantas e do solo. 
Ingredientes: 30 kg de esterco; 2 kg de sulfato de zinco; 2 kg de sulfato de 
magnésio; 300 gramas de sulfato de manganês, ferro e cobre; 0,05 gramas de 
sulfato de cobalto; 100 gramas de molibdato de sódio; 1,5 kg de bórax; 2 kg 
de cloreto de cálcio; 2,6 kg de fosfato natural; 1,3 kg de cinza; 27 litros de leite 
ou soro de leite; 18 litros de melaço ou 36 litros de caldo de cana. 
Preparo e Uso: Misturar todos os minerais. No primeiro dia do mês, acrescentar 
o esterco + 3 litros de leite + 2 litros de melaço + 60 litros de água limpa. Deixar 
fermentar em local protegido do sol e da chuva. Nos dias 4, 7, 10, 16, 19 e 
22, acrescentar 3 litros leite e 2 litros de melaço. Repetir a operação a cada 
dois dias até o dia 25. No dia 25, colocar todos os demais materiais. Deixar 
descansar por 15 dias. Depois, peneirar e aplicar nas plantas. No caso do 
milho, pulverizar as sementes com apenas 10% da solução preparada, deixá-
las secar à sombra e, depois de secas, realizar o plantio.
TÉCNICAS DE PRODUÇÃO DE 
INSUMOS
AGROECOLOGIA
Cadernos da Agricultura Familiar 25
Foto: cursoagriculturaorganica2013.blogspot.com
26 AGROECOLOGIABoas Práticas para o Cerrado
BIODIGESTOR
O biodigestor é o equipamento que faz o tratamento dos dejetos para a 
produção do biogás. O efluente, líquido produzido pelo processo natural de 
fermentação, é uma solução nutritiva que deve ser aplicada diretamente no 
solo. O biodigestor pode tornar o/a agricultor/a em produtor/a de energia para 
a propriedade. 
A matéria-prima mais utilizada no biodigestor é o esterco animal, que pode 
ser reciclado dentro da propriedade, junto com outros tipos de compostos 
orgânicos como restos de plantações, capins, lixos orgânicos das residências 
e das agroindústrias. Com o biodigestor, os dejetos de suínos, de aves e 
de bovinos transformam-se em alternativa energética (gás metano), além de 
obter um excelente adubo orgânico (biofertilizante).
COMPOSTAGEM 
O material orgânico, além de ser utilizado no biodigestor, também pode ser 
aplicado no processo de compostagem (decomposição da matéria orgânica), 
ou de vermicompostagem (uso de minhocas na decomposição e produção de 
húmus), em que o produto final pode ser aproveitado como adubo orgânico.
CONTROLE BIOLÓGICO
Os sistemas agroecológicos exigem uma interação constante entre insetos 
e plantas, sem que os insetos ataquem as plantas. Quando atacam, passam 
a ser pragas, que podem ser controladas com o uso de animais, bactérias, 
vírus, ou fungos naturais. O quadro abaixo mostra alguns dos animais úteis 
para o controle biológico:
ANIMAL CONTROLE/UTILIDADE
Abelhas
Polinizam as plantas e com isso promovem a biodiversidade e o 
equilíbrio ecológico
Aranhas Insetos diversos
Calangos, sapos e rãs Besouros, mosquitos e larvas
Centopeias Pragas do solo
Joaninhas Cochonilhas e pulgões
Pássaros Lagartas, lesmas, pernilongos e pulgões
AGROECOLOGIA
Cadernos da Agricultura Familiar 27
28 AGROECOLOGIABoas Práticas para o Cerrado
DEFENSIVOS NATURAIS
Plantas saudáveis, nascidas em solo fértil e em ecossistemas equilibrados, 
normalmente não adoecem nem atraem insetos ou inimigos naturais. 
Entretanto, em solos fragilizados, a plantação agroecológica encontra desafios 
que precisam ser enfrentados com as seguintes ações: a) Reestruturar o solo 
com matéria orgânica; Plantar espécies nativas e/ou adaptadas; c) Utilizar 
defensivos naturais, em situação de emergência. Existem misturas naturais 
que eliminam ou espantam as pragas, com cheiros ou sabores que elas 
não suportam. Esses defensivos não prejudicam a saúde humana e podem 
ser feitos na propriedade. A seguir, algumas receitas básicas de defensivos 
naturais:
Agave – Piteira ou Sisal (Agave sisalana Perrine): Combate e controle 
das formigas cortadeiras (saúvas). Ingredientes: 5 folhas médias de 
agave, 5 litros de água. Preparo e uso: Deixar de molho, por 2 dias, 5 
folhas médias moídas de agave em 5 litros de água. Aplicar 2 litros dessa 
solução no olheiro principal do formigueiro e tapar os demais para que as 
formigas não fujam.
Alho (Allium sativum L.): Repele insetos, bactérias, fungos, nematóides e 
carrapatos. Ingredientes: 1 pedaço de sabão (aprox. 50 g), 4 litros de água 
quente, 2 cabeças de alho, 4 colheres pequenas de pimenta vermelha. 
Preparo e Uso: Dissolver um pedaço de sabão do tamanho de um polegar 
(50 gramas) em 4 litros de água. Juntar 2 cabeças de alho picado e 4 
colheres de pimenta vermelha picada. Coar com pano fino e aplicar.
Café: Repele e combate lesmas e caracóis. Ingredientes: Para repelir – 10 
gramas de café em pó para um litro de água; Para controlar – 20 gramas 
de café em pó para um litro de água. Preparo e uso: Mesclar, deixar de 
molho e aplicar nas plantas.
Cebola ou Cebolinha Verde (Alium cepa L. e Alium fistulosum): Repele 
pulgões, lagartas e vaquinhas. Ingredientes: 1 kg de cebola ou cebolinha 
verde, 10 litros de água. Preparo e uso: Cortar a cebola ou a cebolinha 
verde e misturar em 10 litros de água, deixando o preparado curtir durante 
10 dias. No caso da cebolinha verde, deixar curtir por 7 dias. Para pulverizar 
as plantas, utilizar 1 litro da mistura para 3 litros de água.
Confrei (Symphytum officinalei L.): Adubo foliar, repelente de pulgões 
em hortaliças e frutíferas. Ingredientes: 1 kg de Confrei, água. Preparo e 
uso: Deixar em infusão por 10 dias 1 quilo de folhas de confrei com água, 
por 10 dias. Acrescentar 10 litros de água e pulverizar as plantas uma vez 
a cada 15 dias, ou quando necessário.
AGROECOLOGIA
Cadernos da Agricultura Familiar 29
Cravo de Defunto: Repele insetos. Ingredientes: 200 g de cravo de 
defunto, 1 litro de álcool, água. Preparo e uso: Macerar a planta e deixar 
por 12 horas em 1 litro de álcool. Diluir este preparado, completando 
com 20 litros de água antes de usar.
Erva Cidreira: Controla carrapatos. Ingredientes: Erva cidreira, água. 
Preparo e uso: Fazer uma infusão da erva cidreira e água (como um chá), 
colocar na bomba e pulverizar os animais infectados de carrapatos.
Eucalipto (Eucaliptus citriodora): Combate o gorgulho (caruncho) e 
traças de grãos armazenados de milho, feijão, arroz, trigo, soja, farelos 
em geral e batata. Ingredientes: Folhas de eucalipto. Preparo e uso: Nos 
recipientes e locais onde se armazenam grãos (milho, feijão, arroz, trigo, 
etc.), misturar 10 a 20 folhasde eucalipto para cada quilo de grão. As 
batatas podem ser conservadas colocando-se sobre uma cama de folhas 
de eucalipto.
Fumo: Combate pulgões e cochonilhas. Ingredientes: 100 g de fumo, 2 
colheres de sopa de sabão de coco em pó, 4 litros de água. Preparo e 
Uso: Ferver 100 g de fumo em corda picado em 2 litros de água durante 
5 minutos e deixar esfriar. Coar o preparado e misturar com o sabão 
de coco em pó. Acrescentar os outros 2 litros de água para obter o 
produto, que deverá ser pulverizado sobre as plantas atacadas. Caso 
seja insuficiente para o controle das pragas, aumente a quantidade de 
fumo no extrato, mantendo a mesma quantidade de água. Para controlar 
carrapatos, bernes e outras bicheiras em animais, acrescentar uma colher 
de cal virgem, engarrafar e manter em lugar escuro.
Neem (Azadirachta indica): Controla as pragas de hortaliças, traças, 
lagartas, pulgões, gafanhotos. Ingredientes: 25 – 50 g de sementes, 
1 litro de água. Preparo e Uso: Moer as sementes e deixar repousar 
(amarradas em um pano) em 1 litro de água por 1 dia. Coar e pulverizar 
sobre as plantas atacadas.
Repolho (Brassica oleracea L.): Dessecante de adubação verde.
Ingredientes: 3 kg de folhas de repolho, 10 litros de água. Preparo e Uso: 
Misturar folhas picadas de repolho e água e deixar fermentar por 8 dias. 
Filtrar e aplicar diretamente sobre as plantas a dessecar.
30 AGROECOLOGIABoas Práticas para o Cerrado
CALDAS
Calda Bordaleza: A calda bordalesa é uma mistura de sulfato de cobre, 
cal virgem e água, em proporções que variam, de acordo com a cultura. 
No quadro abaixo, você tem indicação, culturas e dosagens, numa base 
de 100 litros de água. Preparo e Uso: Utilizar vasilhame de plástico, de 
cimento amianto ou madeira. Colocar o sulfato de cobre enrolado em 
pano, em forma de saquinho. Na véspera, dissolver em 5 litros de água. 
Em outro vasilhame, misturar cal virgem em 15 litros de água. Após isso, 
misturar ambos, mexendo sempre. Tem validade para três dias. Antes de 
pulverizar, colocar sempre uma colher de açúcar na bomba. Aplicar no 
início da doença, podendo ser misturada com extrato de fumo ou confrei. 
No verão, em plantas novas, usar só a metade da quantidade de sulfato 
de cobre e de cal virgem para o mesmo volume de água. Nunca pulverize 
a calda com sol quente, nem em temperatura muito baixa, porque ela 
perde a sua eficácia.
CULTURA DOENÇAS SULFATO DE 
COBRE (GRAMAS)
CAL VIRGEM 
(GRAMAS)
Abobrinha Míldio e manchas foliares 500 500
Abacate Antracnose 1.000 1.000
Alface Míldio e podridão de esclerotínia 500 500
Alho Míldio, outras manchas foliares 1.000 1.000
Batata Requeima, pinta preta 1.000 1.000
Beterraba Cercospora 1.000 1.000
Café Ferrugem, manchas foliares 1.500 1.500
Caqui Antracnose, cercosporiose e mycosferela 300 a 500 1500 a 2500
Cebola Míldio, outras manchas foliares 1.000 1.000
Chicória Míldio e esclerotínia 500 500
Citros Verrugose, melanose, rubelose 600 300
Couve, Repolho Míldio e alternária em sementeira 500 500
Cucurbitáceas Míldio, antracnose 300 300
Figo Ferrugem, antracnose, podridões 800 800
Goiaba Verrugose e ferrugem 600 600
Maçã Entomosporiose, sarna, podridões 400 800
Macadâmia Manchas foliares 1.000 1.000
Manga Antracnose 1.000 1.000
Maracujá Bacteriose, verrugose 400 400
Morango Micosferela, antracnose 500 500
Nêspera Entomosporiose, manchas foliares 800 800
Noz pecã Manchas foliares 1.000 1.000
Pepino Míldio e manchas foliares 500 500
Pêra Entomosporiose, sarna, podridões 400 800
Solanáceas Pinta preta, podridões 800 800
Tomate Requeima, pinta preta e septoriose 1.000 1.000
Uva Itália Míldio, podridões 600 300
Uva Niágara Míldio, manchas 500 a 600 800
AGROECOLOGIA
Cadernos da Agricultura Familiar 31
Calda “Chocolate”: A calda chocolate é indicada para acelerar curtimento 
de compostos, diminuir moscas, aumentar proliferação de minhocas e 
aumentar pH final do húmus. Uma receita básica de calda chocolate é 
composta por 20 litros de esterco de cavalo, 20 litros de esterco de boi e 
200 litros de água. Preparo e Uso: Misturar todos os ingredientes e agitar 
bem. Regar as pilhas de compostos ou canteiro de criação de minhocas. 
Cada vez que a pilha de composto orgânico atingir cerca de 1,8 m de 
altura, regá-la diariamente com esta calda durante 15 dias.
Calda Viçosa: A calda viçosa é usada no combate a várias doenças, como 
o míldio e as manchas foliares em hortaliças, a antracnose em frutíferas, 
e a requeima em tomateiros. Em culturas perenes, protege as plantas de 
doenças causadas por fungos. Ingredientes: 20 litros de água; 40 gramas 
de ácido bórico; 200 gramas de sulfato de cobre; 40 gramas de sulfato de 
zinco; 120 gramas de sulfato de magnésio; 100 gramas de cal hidratada e 
10 litros de água. Preparo e Uso: Em um balde, colocar 10 litros de água, 
mais o ácido bórico, os sulfatos de cobre, zinco e magnésio. Em outro 
balde, colocar 10 litros de água com a cal hidratada. Deixe descansar por 
um dia e depois junte as duas misturas. Deixar descansar mais um dia, 
depois coar e aplicar. 
FARINHAS
Farinha de Osso: Combate saúvas. Ingredientes: ½ copo de farinha e 
osso, ½ copo de casca de ovo triturada, ½ copo de carvão molhado. 
Preparo e uso: Misturar meio copo de farinha de osso, meio copo de 
casca de ovo triturada e meio copo de carvão molhado. Colocar a mistura 
em volta dos canteiros para afastar as formigas cortadeiras.
Farinha de Trigo: Impede que os insetos fiquem nas folhas. Ingredientes: 
20 gramas de farinha de trigo, 1 litro de água. Preparo e uso: Misturar 
a farinha de trigo com a água e pulverizar as folhas nos dias quentes e 
secos.
MINERAIS
Permanganato de Potássio e Cal: Controla o míldio e o oídio. Ingredientes: 
125 gramas de permanganato de potássio (KMnO4), 1 kg de cal virgem.
Hidróxido de Cálcio: Tratamento pós-colheita de frutas e desinfecção de 
verduras, cítricos, mangas, bananas, tomates, morango, maçã e outras. 
Ingredientes: 5 litros de água, 10 gramas de hidróxido de cálcio, 2,5 
gramas de detergente caseiro de baixa espuma. Preparo e Uso: Despejar, 
aos poucos, 5 litros de água em hidróxido de cálcio e acrescentar o 
detergente. Banhar as frutas e legumes por 10 minutos nesta solução e 
drenar o excesso de água.
32 AGROECOLOGIABoas Práticas para o Cerrado
Sabão: Combate cochonilhas, lagartas e pulgões. Ingredientes: 1 kg 
de sabão, 100 litros de água. Preparo e Uso: Dissolver 1 kg de sabão 
em 5 litros de água quente. Adicionar a solução em 95 litros de água e 
pulverizar.
ISCAS E ARMADILHAS 
As iscas e armadilhas fazem parte do processo de controle natural de pragas 
na agricultura orgânica:
Garrafas como Armadilhas: Utilizadas para o controle de moscas das 
frutas. Material: Garrafas PET, mel ou suco de frutas, água. Preparo e 
Uso: Fazer 3 a 4 furos de 1 cm de cada lado, em uma garrafa PET. Dentro 
da garrafa, colocar mel ou suco de frutas, diluídos em água. Amarrar a 
garrafa com um barbante nos galhos de árvores, a cerca de 1, 80 m do 
solo. As moscas, atraídas pelo açúcar, entram na garrafa pelos furinhos 
laterais e morrem por afogamento ou asfixia. 
Folhas/Flores de Gergelim: Controle dos formigueiros. Material: Folhas/
flores de gergelim. Preparo e uso: Plantar sementes de gergelim na 
propriedade. As folhas e flores da planta, muito apreciadas pelas formigas, 
são levadas para dentro do formigueiro e liberam substâncias que inibem 
o crescimento do fungo que alimenta as formigas. Sem alimento, as 
formigas morrem.
Sementes de Gergelim: Serve para fazer o controle dos formigueiros. 
Material: Sementes de gergelim. Preparo e uso: Colocar 30 a 50 gramas 
de sementes de gergelim ao redor do olho do formigueiro. As sementes, 
levadas pelas formigas para dentro do formigueiro, liberam substâncias 
que inibem o crescimento do fungo que alimenta as formigas.Sem 
alimento, as formigas morrem.
Foto: estagiositiodosherdeiros.blogspot.com
AGROECOLOGIA
Cadernos da Agricultura Familiar 33
Foto: Emater
Cada produto de uma agrofloresta tem suas características e seu ciclo de 
nascimento, crescimento e maturação. O planejamento das datas de colheita, 
do armazenamento, da comercialização dos produtos e da entrega à entidade 
consumidora geram menos desperdícios e mais renda para as famílias.
E, POR FIM, A COLHEITA! 
34 AGROECOLOGIABoas Práticas para o Cerrado
Agricultores promovem a sustentabilidade do Cerrado Com modelo 
agroecológico – Projeto desenvolvido em assentamento de Goiás é modelo 
de desenvolvimento econômico e preservação ambiental – PNUD – 26 de 
julho de 2012.
Agroecologia – Plante esta Ideia. Agricultura Familiar – Agroecologia e 
Mercado. Caderno 01. Fundação Konrad Adenauer, 2008. 
Calheiros, R. de Oliveira et al. Preservação e Recuperação das Nascentes. 
Piracicaba: Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios PCJ – CTRN, 2004.
Melo, Ana Paula; Cangussu, Roberta; Ribeiro, Guilherme; Gomes, Gabriela. 
Resumos do VIII Congresso Brasileiro de Agroecologia – Porto Alegre/RS – 25 
a 28/11/2013. Cadernos de Agroecologia – ISSN 2236-7934 – Vol 8, No. 2, 
Nov/2013.
• www.agriculurasustentável.com
• www.agroeliteif.blogspot.com.br/2013/04/coleta-e-destinacao-final-
do-lixo.html
• www.bemequer08.blogspot.com.br
• www.bioclimática.com.br
• www.g1.globo.com/bahia/atitude-sustentavel/2013
• www. g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2012
• www.hortaviva.com.br/midiateca
• www.ispn.org.br
• www.itauna.mg.gov.br/site/noticias/2014/02/07/coleta-de-lixo-da-
prefeitura-de-itauna-e-superior-ao-de-cidades-referencia-no-pais
• www.inovarnaobra.blogspot.com
• www.institutoitiquira.org.br
• www.mercadoetico.com.br
• www.mundodastribos.com
• www.sorrisosdobrasil.blogspot.com
• www.sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br
BIBLIOGRAFIA
AGROECOLOGIA
Cadernos da Agricultura Familiar 35
Foto: Vale do Urucuia | Autor: Anderson Blaine
36 AGROECOLOGIABoas Práticas para o Cerrado

Outros materiais