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Aula 09 - História do Direito

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Disciplina História do Direito
Aula 09
Tema: Os Direitos Romanistas (retorno às compilações de Justiniano, Escolástica, Glosadores, Comentadores e Humanistas)
Vimos anteriormente, que após a queda do império romano e a assimilação da cultura dos povos bárbaros, há um retorno da população para o campo, o que vem a gerar o enfraquecimento das cidades e o aumento do poder do senhor feudal.
Desse modo, os costumes passam a ter projeção e o direito escrito quase que desaparece, com exceção do direito canônico.
Todavia, no século XII, o direito romano foi redescoberto, a partir do Corpus Iuris Civilis.
1. O retorno às compilações de Justiniano
A Europa na idade média possuía centenas de direitos locais, de base consuetudinária, o que evidencia uma extrema variação.
Essa variação era um empecilho ao progresso social e econômico, e isto (a necessidade) fez com que o direito romano fosse redescoberto.
Inclusive vários países tinham o direito romano como supletivo (caso o direito nacional não fosse suficiente para resolver o conflito, utilizava-se o direito romano), foi inclusive o caso de Portugal.
Frise-se que se trata de direitos romanistas (e não direito romanista), pois cada cultura local fez uma adaptação própria, levando essa adaptação até suas colônias.
Ressalte-se também, que o direito estudado nessa época nas faculdades, além do direito canônico, era baseado no Corpus Iuris Civilis, sendo por isso considerado erudito.
Vantagens do Direito Erudito em relação aos direitos locais
	Direito Erudito
	
	a) era um direito escrito
	Contrastava com os direitos das diferentes regiões da Europa, que ainda eram consuetudinários.
	b) era comum a todos os mestres
	Excetuando-se as normais variações de interpretação de escola para escola
	c) era mais completo que os direitos locais
	Havia previsões de várias instituições desconhecidas para a sociedade feudal.
	d) era mais evoluído
	A sociedade romana tinha sido superior ao estágio em que se encontrava a sociedade medieval européia. Seus Institutos serviam como uma luva para a necessidade de progresso econômico e social da época.
Quadro extraído da obra História do direito.
Frise-se ainda, que a burguesia exigia uma estrutura jurídica que trouxesse segurança as relações comerciais. “O mercantilismo exigia nova estrutura jurídica que garantisse a estabilidade do direito e auxiliasse na criação e manutenção de mercados internacionais.”
2. A Escolástica
Após a conquista de Toledo (Espanha), pelos cristãos, em 1086, inicia-se nessa urbe a escola de tradutores, fruto de intenso intercâmbio cultural que ali se estabeleceu.
Descobriu-se ali várias obras da cultura clássica grega, e igualmente o Corpus Iuris Civilis, que analisados e estudados trouxeram grandes novidades.
Com os Escolásticos, no século XII, nasceu a idéia de sistema jurídico.
Influenciados pelo direito canônico, que por sua vez, recebeu elementos da filosofia aristotélica, os escolásticos (principalmente Abelardo), passaram a sustentar que “a compreensão do todo possibilita melhor análise da parte, fato que permite identificar as lacunas, contradições e antinomias, que existiam no direito da época, dando impulso à hermenêutica jurídica”, em outras palavras “a verdade está no todo e não nas partes”. Ou seja, é possível a existência de textos legais contraditórios entre si, já que a solução surgirá justamente da chamada dialética de resolução dos opostos.
Método Escolástico
	a) Questão
	É lançada uma dúvida acerca de uma verdade aceita.
	b) Proposição
	Apresentam-se citações de autoridade a favor da tese.
	c) Oposição
	Apresentam-se citações de autoridade contrárias à tese.
	d) Solução
	Conclusão apresentada pelo debatedor, defendida publicamente.
Idem ao quadro anterior.
3. Glosadores
Foram fiéis ao Corpus Iuris Civilis, interpretando os textos de forma analítica, parágrafo por parágrafo, preocupando-se com partes e não com o todo, ao contrário da Escolástica.
O mérito dos glosadores consiste em ter fornecido material para que os juristas posteriores pudessem ir além do direito romano.
Obs.: Glosa: comentário de um texto que segue a ordem em que é apresentado.
4. Comentadores
Surgiram nos séculos XIV e XV, e foram conselheiros reais, de nobres, das comunas e de particulares importantes.
Sucederam os glosadores, todavia, foram muito mais além. Não basta apenas comentar os textos, é necessário buscar solução para os litígios concretos, no conjunto da obra e não apenas em uma das partículas. 
Os comentadores também se preocuparam com os princípios fundantes do direito, e não apenas as regras específicas, através de uma interpretação filosófica, que tinha por base alcançar a justiça.
5. Humanistas
Surgiram no século XVI, e não são uma escola de pensamento jurídico. Foram humanistas pessoas que partilhavam um conjunto de idéias. Criticavam severamente o retorno Corpus Iuris Civilis, já que produzido em outro ambiente histórico. Não aceitavam também as idéias dos glosadores e dos comentaristas. Seu método consistia de uma mescla (mistura) de métodos históricos e filológicos.
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