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A Tenossinovite Estenosante de De Quervain FisioWeb WGate Refer�ncia em Fisioterapia na Internet

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04/05/2017 A Tenossinovite Estenosante de De Quervain ­ FisioWeb WGate ­ Refer�ncia em Fisioterapia na Internet.
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Trabalho realizado por:
Ernani Monteiro Vianna da Silva
Universidade Est�cio de S�
 
 
Orientadora:
Prof�. Mari`Stela Sanches
A Interven��o Cinesioter�pica na Tenossinovite Estenosante
de De Quervain Relacionada ao Trabalho
 
RESUMO
 
A Tenossinovite Estenosante de De Quervain caracteriza­se por ser a inflama��o da bainha do
abdutor  longo e extensor curto do polegar, no 1� compartimento dorsal do punho, acometendo
mais freq�entemente as mulheres na  faixa et�ria entre 30 e 50 anos, numa raz�o de 8/1 em
rela��o  aos  homens.  Essa  patologia  est�  associada  principalmente  a  trauma  cr�nico
secund�rio  e  sobrecarga  das  atividades  di�rias  das  m�os  e  punho,  podendo  tamb�m  ser
causada por outros  fatores, mas em muitos casos n�o h� uma causa bem definida, podendo
apresentar como complica��es: dor cr�nica, perda da for�a, perda do movimento do polegar
e  tamb�m,  de  forma  rara,  pode  ocorrer  a  ruptura  do  tend�o. O  diagn�stico  fisioter�pico �
obtido atrav�s do teste de Finkelstein, tal teste caracteriza­se pela flex�o completa do polegar
at�  a  palma,  seguida  pelo  desvio  ulnar  do  punho,  o  que  causar�  dor.  A  patologia  est�
intimamente  relacionada  ao  trabalho,  uma  vez  que  tal  doen�a  ocorre  em  maior  n�mero  em
decorr�ncia  de  atividades  repetitivas  relacionadas  a  movimento  e  for�a,  sendo  essas
realizadas de forma inadequada, tanto no que se refere ao tempo de dura��o, quanto no que se
refere  a  utiliza��o  de  objetos  inadequados,  englobando  tamb�m,  m�  postura  e  a  falta  de
pausas  durante  as  atividades.  O  fisioterapeuta  poder�  lan�ar  m�o  de  alguns  recursos
cinesioter�picos para efetuar  o  tratamento do paciente,  como o alongamento,  a mobiliza��o
articular,  os  exerc�cios  livres,  assistidos  e  os  exerc�cios  resistidos,  que  s�o  estes
freq�entemente utilizados na reabilita��o do paciente. 
 
Palavras­chave: Cinesioterapia. Tenossinovite. M�os. Trabalho. 
 
 
ABSTRACT
 
De Quervain�s Stenosing Tenosynovitis it is characterized by being the inflammation of the hem
of the long and extending abductor short of the thumb, in the 1st number compartment of the fist,
more  frequently attacking  the women  in  the age group between 30 and 50 years,  in a  reason  of
8/1 in relation to the men. That pathology is associated mainly to secondary chronic trauma and
overload of the daily activities of the hands and fist, could also be caused by other factors, but in
many cases no there is a very defined cause, could present as complications: chronic pain, loss
of the force, loss of the movement of the thumb and also, in a rare way, it can happen the rupture
of the tendon. The physiotherapeutic diagnosis is obtained through the test of Finkelstein, such a
test is characterized by the complete flexing of the thumb to the palm, following for the deviation
ulnar of the fist, what will cause pain. The pathology is  intimately related to the work, once such
disease  happens  in  larger  number  due  to  repetitive  activities  related  to  move  and  force,  being
those accomplished in an inadequate way, so much in what he/she refers at the time of duration,
as in what he/she refers  the use of  inadequate objects, also  including, bad posture and the  lack
of  pauses  during  the  activities.  The  physiotherapist  can  throw  hand  of  some  resources
kinesiotherapists  to  make  the  patient's  treatment,  as  the  prolongation,  the  mobilization  to
articulate,  the  free  exercises,  attended  and  the  resisted  exercises,  that  you/they  are  these
frequently used in the patient's rehabilitation. 
 
Word­key: Kinesiotherapy. Tenosynovitis. Hands. Work. 
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1 INTRODU��O
 
Gradativamente  vem  crescendo  o  n�mero  de  doen�as  osteomusculares  relacionadas  ao
trabalho  (DORT).  Tais  doen�as  v�m  expandindo­se  de  tal  forma  que  est�o  adquirindo
caracter�sticas de uma �verdadeira epidemia�. Tamb�m sendo uma doen�a relacionada ao
trabalho,  a  Tenossinovite  Estenosante  de  De  Quervain,  tema  a  ser  desenvolvido  nesta
monografia, �caracteriza­se por ser a inflama��o da bainha do abdutor longo e extensor curto
do polegar, no primeiro compartimento dorsal do punho� (NASCIMENTO E MORAES, 2000). 
 
Mais  especificamente,  a  Tenossinovite  Estenosante  de  De  Quervain    �caracteriza­se  pela
irrita��o ou  tumefa��o dos  tend�es no  lado do punho  referente ao polegar. A  inflama��o
espessa  a  bainha  tendinosa  e  promove  a  constri��o  do  tend�o,  em  seu  deslizamento  na
bainha.  Isso  pode  causar  um  fen�meno  de �disparo�,  em  que  o  tend�o  parece  travar  ou
�grudar�, quando o paciente movimenta o polegar. Tipicamente, h� envolvimento do primeiro
compartimento extensor� (SNIDER, 2000).
 
No  que  se  refere  �  epidemiologia,  a  doen�a  manifesta­se  mais  freq�entemente  entre  as
mulheres na faixa et�ria entre 30 e 50 anos. Desta  forma, as mulheres s�o acometidas numa
raz�o de 8/1 em rela��o aos homens (TAVARES JR, 2004; ZELTZER, 2000). 
 
Vale  lembrar  que,  mesmo  sendo  muito  comum  em  mulheres,  sobretudo  em  gestantes  e
pu�rperas,  a  Tenossinovite  Estenosante  de  De  Quervain  tamb�m  pode  apresentar­se  em
pessoas de qualquer idade e sexo (HEBERT et al, 2003). 
 
Considerando­se  que  nas  ind�strias  de  tecelagem  e  pequenas  confec��es  as  mulheres
oper�rias est�o quase sempre suscet�veis a atividades que requerem o uso de movimento e
for�a, tais como: cortar tecidos e/ou couros duros e at�  for�ar o polegar ao utilizar a tesoura,
o estilete ou outros  objetos  que  necessitam de movimento  ou  for�a,  compreende­se  que  com
freq��ncia a Tenossinovite Estenosante de De Quervain est� associada a  traumas cr�nicos
secund�rios e sobrecargas das atividades di�rias de m�o e punho (LUCIA et al, 2002). 
 
Sendo  assim,  o  surgimento  desta  patologia  est�  intimamente  correlacionado  a  tais  fatores
(movimento  e  for�a).  Desse modo,  a  combina��o  de  for�as  elevadas  e  alta  repetitividade
aumentam a magnitude da  les�o mais do que qualquer uma delas  isoladamente  (L�CIA et al,
2002).
 
Assim como outras patologias de m�o e punho, a Tenossinovite Estenosante de De Quervain
tamb�m  pode  apresentar  complica��es.  Entretanto,  quando  diagnosticada  e  tratada  nos
primeiros est�gios pode ser curada (SANTOS et al, 2002). 
 
�Como  restabelecimento  completo  pode  variar  e  embora  a  evolu��o  normalmente  seja
benigna,  alguns  pacientes  evoluem  com  seq�elas  definitivas,  com  formas  recorrentes  ou
polifocais  caracterizadas  por  envolvimento  simult�neo  de  m�ltiplas  �reas  articulares  e
complica��es  graves,  tais  como:  infec��o, �lcera,  edema  cr�nico,  distonia  e  mioclonia.
H�  tamb�m  casos  em  que  existe  incid�ncia  maior  da  resist�ncia  ao  tratamento  e  sua
evolu��o � maior insatisfat�ria como, por exemplo, nos pacientes com dura��o da distrofia
simp�tica reflexa maior que 12 meses� (SANTOS et al, 2002). 
 
Podem ocorrer tamb�m, dor cr�nica, perda da for�a e perda do movimento do polegar, sendo
poss�vel tamb�m, ocorrer a ruptura do tend�o, mas isso � raro (SNIDER, 2000). 
 
Com a atua��o do  fisioterapeuta acompanhado, se necess�rio, do m�dico  (prescri��o  de
medicamentos)  ser�o  muitos  os  benef�cios  da  cinesioterapia  para  a  enfermidade  enfocada
nesta monografia.  E  dentre  os  principais  benef�cios,  destacam­se  a  analgesia,  o  controleda
inflama��o, o aumento da amplitude de movimento e da for�a e, principalmente, a tentativa de
evitar a cirurgia (SNIDER, 2000; SANTOS et al, 2002).
 
No Brasil, a DORT � considerada ser a segunda maior causa de afastamento de trabalho e pela
Tenossinovite Estenosante de De Quervain estar relacionada � DORT, o presente trabalho ser�
de  grande  valia  para  a  sociedade,  uma  vez  que,  apresentar�  formas  de  tratamento  dentro  da
empresa  e  possibilidade  de  cura  (quando  a  doen�a  j�  estiver  instalada)  atrav�s  da
interven��o  cinesioter�pica.  Assim,  as  empresas,  os  funcion�rios  e  o  governo  ser�o
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beneficiados,  pois  o  trabalhador  ter�  uma  melhor  qualidade  de  vida  laborativa,  o  INSS  ter�
menos custos  com aux�lio  previdenci�rio  e  as  empresas  reduzir�o  custos  com  treinamento
de mais pessoal e encargos com substitui��es (O`NEILL, 2004). 
 
 
1.1 OBJETIVOS
 
Os objetivos s�o divididos em objetivo geral e objetivos espec�ficos. 
 
1.1.1 Objetivo geral
 
Descrever  a  interven��o  cinesioter�pica  na  Tenossinovite  Estenosante  de  De  Quervain
relacionada ao trabalho.
 
1.1.2 Objetivos espec�ficos
Os  objetivos  espec�ficos  desta  monografia  foram:  descrever  a  anatomia  e  biomec�nica  da
m�o  e  punho;  descrever  a  Tenossinovite  Estenosante  de  De  Quervain;  descrever  a
cinesioterapia  na  m�o  e  punho;  descrever  a  rela��o  da  doen�a  com  a  condi��o
ocupacional;  e  descrever  a  abordagem  da  fisioterapia  no  atendimento  ao  paciente  com
Tenossinovite Estenosante de De Quervain; 
 
1.2 METODOLOGIA
 
Esta  monografia  consistiu  em  desenvolver  um  estudo  explorat�rio  atrav�s  de  revis�o
bibliogr�fica,  sobre  a  atua��o  da  fisioterapia  atrav�s  da  interven��o  cinesioter�pica  na
Tenossinovite Estenosante de De Quervain relacionada ao trabalho, com a finalidade de mostrar
a import�ncia da cinesioterapia e sua efic�cia no tratamento desses pacientes acometidos pela
patologia.
 
O  estudo  foi  realizado  na  Universidade  Est�cio  de  S�,  campus  Nova  Friburgo,  tendo  como
fonte de coleta de dados: peri�dicos, artigos cient�ficos,  livros de autores da �rea,  sites  da
internet, que foram pesquisados na biblioteca e nos laborat�rios da UNESA, campus Friburgo.
 
As  informa��es  colhidas  atrav�s  de  leituras  de  publica��es  de  diversos  autores  da �rea
como: CHEREM, GARDINER,  LUCIA, NASCIMENTO, NICOLETTI,  SANTOS,  SNIDER,  dentre
outros, foram gravadas em disquetes, cd­r, arquivos de computador pessoal, fichamento e xerox
para futura an�lise, dispondo, como recurso pessoal, de l�pis, borracha, papel e caneta.
 
Para  um melhor  esclarecimento,  direcionamento  e  montagem,  a  monografia  foi  orientada  pela
Prof�. Mari`Stela Sanches, Mestre em Sa�de Coletiva pela UFRJ.
 
A  monografia  foi  dividida  em  cap�tulos,  sendo  que  no  primeiro  foi  descrito  a  anatomia  e
biomec�nica da m�o e punho, onde foi feita uma descri��o das estruturas anat�micas, bem
como a biomec�nica destas articula��es. No segundo cap�tulo  foi descrito a Tenossinovite
Estenosante de De Quervain,  onde  foi  abordado a  fisiopatologia,  etiologia,  incid�ncia,  sinais e
sintomas, diagn�stico  cl�nico, diagn�stico diferencial,  complica��es e  classifica��o dos
est�gios  da  patologia.  No  terceiro  cap�tulo  foi  descrito  a  cinesioterapia  na  m�o  e  punho,
sendo  realizada  uma  revis�o  dos  objetivos  cinesioter�picos,  abordagens  cinesioter�picas,
tipos  de  contra��es  musculares,  tonifica��es  musculares,  alongamento  e  mobiliza��o
articular;  depois  foi  feito  um  cap�tulo  sobre  a  rela��o  da  doen�a  com  a  condi��o
ocupacional e,  por �ltimo,  foi  realizada uma descri��o sobre a abordagem da  fisioterapia  no
atendimento  ao  paciente  com  Tenossinovite  Estenosante  de  De  Quervain,  onde  foi  descrito  a
avalia��o  fisioter�pica,  diagn�stico  fisioterap�utico  e  a  abordagem  da  fisioterapia  no
atendimento  ao  paciente  com  Tenossinovite  Estenosante  de  De  Quervain,  sendo  abordado
t�cnicas fisioter�picas atrav�s da cinesioterapia no tratamento, intervindo nos tr�s est�gios
da patologia. 
 
2 ANATOMIA E BIOMEC�NICA DA M�O E PUNHO
Na regi�o dorsal do punho est�o  localizados os  tend�es extensores dos dedos, do polegar e
do punho, e o tend�o abdutor do polegar. Esses tend�es passam por seis t�neis que formam
o  ligamento  carpal  dorsal  ou  retin�culo  dos  extensores. O primeiro  compartimento  dorsal �  o
mais  lateral de  todos e nele passam os  tend�es abdutor  longo do polegar e extensor  curto  do
polegar.  A  fun��o  desses  tend�es �  afastar  o  polegar  da  m�o  e  movimentar  o  punho
(ZELTZER, 2000). 
Mais  especificamente,  o  m�sculo  extensor  curto  do  polegar  tem  sua  origem  na  superf�cie
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posterior do r�dio m�dio inferior e � inserido na base da falange proximal do polegar, que tem
como a��o a extens�o do polegar na articula��o metacarpofalangeana e extens�o fraca do
punho. J�  o m�sculo abdutor  longo do polegar,  tem sua origem na  face posterior do  r�dio e
meio  da  di�fise  da  ulna  e  est�  inserido  na  base  do  primeiro  metacarpiano,  que  tem  como
a��o  a  abdu��o  do  polegar  na  articula��o  carpometacarpiana  e  abdu��o  do  punho.
Esses  tend�es  formam a  tabaqueira  anat�mica,  localizada  no  primeiro  compartimento  dorsal
(TROMPSON E FLOYD, 1997). 
 
2.1 ANATOMIA E BIOMEC�NICA DAS ARTICULA��ES DA M�O E PUNHO
 
As  articula��es  que  comp�em  o  membro  superior  podem  ser  relacionados  a  garantia  da
fun��o dos movimentos  especializados  da m�o.  Tarefas motoras  finas,  como  as  realizadas
por um neurocirurgi�o, s�o executadas fazendo uso da mesma estrutura anat�mica usada por
um lutador de artes marciais que utiliza a m�o para quebrar t�buas e tijolos, que � uma tarefa
grosseira  que  utiliza  a  for�a  da  m�o.  O  punho  e  a  m�o  s�o  compostas  de  mais  de  20
articula��es e de 29 ossos, incluindo o r�dio e a ulna, que s�o os 5 metac�rpicos, 8 ossos
c�rpicos e 14 falanges (RASCH, 1991).
 
As  articula��es  do  punho  e  da  m�o  s�o  bastante  complexas,  pois  s�o  formadas  por
numerosos m�sculos, ossos e ligamentos que fazem parte dessas pequenas articula��es.
 
Anat�mica  e  estruturalmente,  o  punho  e  a m�o  s�o  capazes  de  realizar  uma  variedade  de
movimentos,  por  ser  formados  por  29  ossos,  mais  de  30  m�sculos  (sendo  15  m�sculos
intr�nsecos) e mais de 25 articula��es (TROMPSON E FLOYD, 1997). 
 
Em rela��o �s partes �sseas, o punho � formado pelo r�dio distal e os oito ossos carpais,
que  est�o  dispostos  em  duas  fileiras.  A  fileira  proximal  �  constitu�da  pelo  escaf�ide,
semilunar,  piramidal  e  pisiforme,  e  a  fileira  distal �  constitu�da  pelo  trap�zio,  trapez�ide,
capitato e hamato.
A articula��o da m�o � formada por 5 metac�rpicos e 14 falanges. O complexo do punho �
multiarticular,  sendo  biaxial,  permitindo  extens�o  (dorsiflex�o),  flex�o  (flex�ovolar),  desvio
ulnar (adu��o) e desvio radial (abdu��o) (KISNER E COLBY, 1992).
 
A articula��o radioc�rpica est� envolvida por uma c�psula articular frouxa, por�m forte, e a
extremidade distal do  r�dio possui uma superf�cie articuladora bic�ncava e disco  radioulnar,
levemente  angulada.  As  superf�cies  proximais  do  escaf�ide,  semilunar  e  piramidal
combinadas, formam a superf�cie articuladora biconvexa. Os ligamentos inter�sseos mant�m
esses  3  c�rpicos  unidos.  Quando  o  punhose  movimenta,  a  fileira  proximal  convexa  dos
c�rpicos desliza em dire��o oposta ao movimento da m�o (KISNER E COLBY, 1992).
 
A  articula��o  radioc�rpica �  classificada  como  a  do  tipo  condil�ide,  e  essa  articula��o
permite 70 a 90� de  flex�o, 65 a 85� de extens�o, 15 a 25� de abdu��o e 25 a 40� de
adu��o (TROMPSON E FLOYD, 1997). 
 
A  articula��o  medioc�rpica  �  formada  entre  as  duas  fileiras  de  c�rpicos,  que  as
superf�cies  proximais  do  trap�zio,  trapez�ide,  capitato  e  hamato  combinadas  articulam­se
com  as  superf�cies  distais  do  escaf�ide,  semilunar  e  piramidal.  O  pisiforme �  um  osso  do
carpo  que  est�  alinhado  volar  ao  piramidal  na  fileira  proximal  de  c�rpicos,  sendo  importante
funcionalmente  como  um  osso  sesam�ide  no  tend�o  do  flexor  ulnar  do  carpo  (KISNER  E
COLBY, 1992). 
 
A estabilidade do complexo do punho se d� pelos numerosos  ligamentos, que s�o o colateral
ulnar  e  radial,  o  radioc�rpico  dorsal  e  volar,  o  ulnoc�rpico  e  o  interc�rpico.  O  complexo  da
m�o  �  composta  pelas  articula��es:  carpometac�rpicas  dos  d�gitos  2  a  5;
carpometac�rpica  do  polegar;  metacarpofal�ngicas  e  interfal�ngicas.  A  articula��o
carpometac�rpica do polegar � uma articula��o biaxial em forma de sela (selar) entre a base
do 5� metac�rpico e o  trap�zio. A amplitude de movimento  (ADM) �  grande, o que permite
realizar atividades de oposi��o e preens�o com o polegar,  e  tamb�m possui uma c�psula
frouxa. Os movimentos realizados por esta articula��o s�o:  flex�o, extens�o, abdu��o e
adu��o (KISNER E COLBY, 1992). 
 
A  articula��o  carpometac�rpica  do  polegar  permite  15  a  45�  de  flex�o,  0  a  20�  de
extens�o e 50 a 70� de abdu��o (TROMPSON E FLOYD, 1997). 
 
As  articula��es  carpometac�rpicas  dos  d�gitos  2  a  5  s�o  envolvidas  numa  cavidade
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articular comum, de cada base metac�rpico com a fileira distal de c�rpicos. As articula��es
2, 3 e 4 s�o uniaxiais planas e a do 5� dedo � biaxial. S�o ligadas pelo ligamento transverso
e  longitudinal,  sendo  que  o  5�  metac�rpico  �  mais  m�vel,  e  logo  em  seguida  o  4�
metac�rpico.
 
Os  movimentos  realizados  por  estas  articula��es  s�o:  flex�o  (arqueamento)  e  extens�o
(achatamento). As articula��es metacarpofal�ngicas s�o condil�ides biaxiais com a falange
proximal  c�ncava  e  a  extremidade  distal  de  cada  metac�rpico  convexa,  apoiada  por  dois
ligamentos  colaterais  e  um  ligamento  volar.  A  articula��o metacarpofal�ngica  do  polegar �
refor�ada por 2 ossos sesam�ides, tendo os movimentos de abdu��o e adu��o pequenos,
mesmo estando em extens�o, fazendo dessa, uma articula��o diferenciada. Os movimentos
realizados por estas articula��es s�o: flex�o, extens�o, abdu��o e adu��o (KISNER E
COLBY, 1992). 
 
As  articula��es  metacarpofalangeanas  permitem  85  a  100�  de  flex�o  e  0  a  40�  de
extens�o (TROMPSON E FLOYD, 1997). 
 
As  articula��es  interfal�ngicas  s�o  em  dobradi�as  uniaxiais,  sendo  que  existe  uma
articula��o  interfal�ngica  proximal  e  uma  distal,  do  2�  ao  5�  dedo,  e  no  polegar  tem
somente uma articula��o interfal�ngica. A extremidade distal de cada falange � c�ncava, e
cada  c�psula �  refor�ada  com  ligamentos  colaterais.  Existe  um  aumento  da  amplitude  de
flex�o­extens�o  nas  articula��es,  na  dire��o  de  radial  para  ulnar.  Os  movimentos
realizados por cada falange s�o: flex�o e extens�o (KISNER E COLBY, 1992). 
 
As  articula��es  interfalangianas  proximais  permitem  90  a  120�  de  flex�o  a  partir  da
extens�o completa e as articula��es interfalangianas distais permitem 80 a 90� de flex�o a
partir da extens�o completa (TROMPSON E FLOYD, 1997). 
 
Os m�sculos extr�nsecos do punho e m�o podem ser agrupados de acordo com sua fun��o
e  localiza��o, que s�o os 3  flexores e os 3 extensores do punho,  que n�o  cruzam a m�o
para mover os 5 dedos. Os  flexores do punho  incluem o palmar  longo,  flexor  radial  do  carpo e
flexor  ulnar  do  carpo,  e  os  extensores  do  punho  incluem  o  extensor  ulnar  do  carpo,  extensor
radial longo do carpo e o extensor radial curto do carpo. Geralmente, todos os flexores do punho
tem  suas  origens  no  epic�ndilo  medial  do �mero  e  na  face �ntero­medial  do  antebra�o
proximal,  e  as  suas  inser��es  est�o  na  face  anterior  do  punho  e  m�o.  Em  rela��o  aos
extensores do punho, estes geralmente tem suas origens na face p�stero­lateral do antebra�o
proximal e epic�ndilo lateral do �mero, tendo as suas inser��es localizadas na face posterior
do punho e m�o (TROMPSON E FLOYD, 1997). 
 
Existem tamb�m, mais nove m�sculos respons�veis em mover o punho de forma mais fraca,
que funcionam principalmente para mover os dedos, porque se originam no antebra�o e cruzam
o  punho.  Os  m�sculos  acess�rios  na  flex�o  de  punho  s�o:  flexor  superficial  dos  dedos
(flex�o dos 4 dedos na metacarpofalangeana proximal), flexor profundo dos dedos (vai ser mais
distal  do  que  o  flexor  superficial  dos  dedos),  flexor  longo  do  polegar  (flex�o  do  polegar),  e  os
m�sculos acess�rios na extens�o de punho  s�o:  extensor  dos  dedos  (extens�o  completa
dos 4 dedos), extensor do  indicador  (extens�o do dedo  indicador),  extensor  do dedo m�nimo
(extens�o at� a  falange proximal do dedo m�nimo), extensor  longo do polegar  (extens�o do
polegar)  e  o  extensor  curto  do  polegar  (faz  extens�o  do  polegar  at�  a metacarpofalangeana)
(TROMPSON E FLOYD, 1997).
 
Os adutores do punho  incluem o  flexor ulnar do carpo e o extensor ulnar do carpo, e cruzam o
punho �ntero­medialmente  e  p�stero­medialmente  para  inserir­se  na  face  ulnar  da  m�o.  Os
abdutores do punho incluem o flexor radial do carpo, o abdutor longo do polegar, o extensor longo
do polegar, o extensor radial  longo do carpo, o extensor radial curto do carpo e o extensor curto
do polegar. Esses m�sculos cruzam a articula��o do punho �ntero­lateralmente e p�stero­
lateralmente para inserir­se no lado radial da m�o (TROMPSON E FLOYD, 1997). 
 
 
2.1.1 Movimentos da m�o
 
Os  movimentos  da  m�o  se  dividem  em:  movimento  de  preens�o,  movimento  de  garra  e
movimento  de  pin�a.  O  movimento  de  preens�o  �  caracterizado  como  a  categoria  de
movimentos  da m�o nos quais  a m�o  segura  um objeto,  que  classificam­se  como  aperto  de
pot�ncia ou aperto de precis�o. No aperto de pot�ncia, os m�sculos  inter�sseos e  tenares
s�o  usados,  mas  os  lumbricais  (menos  o  quarto)  n�o  s�o  ativos,  e  todos  os  m�sculos
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extr�nsecos  contribuem para  a  for�a. A  for�a de aperto �  contribu�da pelos  quatro  dedos
mediais,  conseq�entemente  pelo  dedo  m�dio  (maior  contribui��o),  anular,  indicador  e
m�nimo.  Os  m�sculos  extr�nsecos  espec�ficos  s�o  respons�veis  pelo  movimento
grosseiro  e  for�a  compressiva  necess�rios  no  aperto  de  precis�o.  O  controle  fino  de
preens�o �  realizado  pelos m�sculos  intr�nsecos.  Os  lumbricais  abduzem  e/ou  aduzem  e
giram  a  falange  proximal,  e  os  inter�sseos  s�o  importantes  para  abduzir  e/ou  aduzir  as
articula��es metacarpofal�ngicas,  fazendo com  que,  por  exemplo,  um  objeto  seja  girado  na
m�o. As  for�as de adu��o � palma s�o  fornecidas pelo  flexor curto do polegar, oponente
do  polegar  e  abdutor  do  polegar,  e  os  inter�sseos  propiciam  altera��es  delicadas  na
compress�o (RASCH, 1991). 
 
Movimento  de  garra:dependendo  das  atividades,  podem  ser  usadas  as  garras  de  pot�ncia,
padr�es de precis�o e garras combinadas. As garras de  pot�ncia  atuam primariamente  com
fun��es  isom�tricas, como no agarrar de um objeto com dedos semi­fletidos contra a palma
da  m�o,  e  com  o  polegar  aduzido  fazendo  contrapress�o.  Os  dedos  s�o  fletidos,  rodados
lateralmente  e  desviados  ulnarmente,  e  o  polegar  refor�a  os  dedos,  ajudando  tamb�m  no
controle  da  dire��o  da  for�a  fazendo  pequenos  ajustes.  Os  flexores  extr�nsecos  s�o
respons�veis  pela  maior  for�a  de  garra,  e  previne  a  subluxa��o  das  articula��es  dos
dedos.  As  for�as  compressivas  realizadas  no  agarrar  de  um  objeto,  s�o  provenientes  dos
m�sculos  tenares  e  do  adutor  do  polegar.  Os  inter�sseos  fletem  a  articula��o
metacarpofalangeana e rodam a 1� falange, para que haja a compress�o de um objeto externo.
Os padr�es de precis�o envolvem a manipula��o de um objeto pelo polegar abduzido e os
dedos em oposi��o, funcionando de forma isot�nica primariamente, n�o estando o objeto em
contato com a palma da m�o. As garras combinadas s�o caracterizadas pela execu��o  de
atividades de precis�o com os dedos 1 e 2, enquanto os dedos 3 e 5 trabalham com pot�ncia
(KISNER E COLBY, 1992)
 
Movimento  de  pin�a:  �  realizado  pelo  m�sculo  adutor  do  polegar,  pelos  inter�sseos  e
flexores  intr�nsecos  (m�sculos  da  emin�ncia  tenar)  e  tamb�m  pelos  lumbricais,  que
propiciam a compress�o entre o polegar e dedos (KISNER E COLBY, 1992). 
 
2.2 ANATOMIA E BIOMEC�NICA DA ARTICULA��O DO POLEGAR
O polegar � muito importante para a funcionalidade normal da m�o, sendo estimado entre 40 e
50% do valor de  toda a m�o. Atuam no polegar oito m�sculos, que s�o o extensor  longo do
polegar,  extensor  curto  do  polegar,  flexor  longo  do  polegar  e  abdutor  longo  do  polegar,  sendo
estes os m�sculos extr�nsecos. Os m�sculos  intr�nsecos origin�rios da emin�ncia  tenar,
s�o o abdutor curto do polegar, adutor do polegar, flexor curto do polegar e oponente do polegar
(RASCH, 1991). 
 
Os movimentos do polegar ocorrem por complexas intera��es entre os m�sculos intr�nsecos
e extr�nsecos do mesmo. A flex�o das articula��es do polegar est� sob controle do  flexor
longo do polegar, flexor curto do polegar e abdutor longo do polegar. Os extensores longo e curto
do polegar s�o respons�veis pela extens�o do polegar, sendo que o oponente do polegar e o
abdutor  curto  do  polegar  s�o  os m�sculos  tenares  ativos  durante  a  extens�o  do  polegar. O
flexor  curto  do  polegar �  muito  importante  em  posicionar  o  polegar  sem  carga  pr�ximo �s
pontas dos dedos, enquanto que o flexor longo do polegar torna­se o principal agonista quando a
articula��o  interfalangiana  est�  fletida.  A  adu��o  das  articula��es  do  polegar  est�  sob
controle do adutor do polegar, flexor longo do polegar, flexor curto do polegar e extensor longo do
polegar.  Os  m�sculos  flexor  e  extensor  longo  do  polegar  t�m  um  papel  fundamental  para
trabalhar contra uma carga e, ao neutralizar os outros m�sculos a  fletir ou estender o polegar,
resultando assim um torque de adu��o (RASCH, 1991). 
 
Os m�sculos hipotenares s�o o palmar curto,  flexor curto do dedo m�nimo, abdutor do dedo
m�nimo  e  oponente  do  dedo  m�nimo.  Quando  o  polegar  �  colocado  suavemente  em
oposi��o aos lados e pontas de cada um dos dedos mediais, os m�sculos tenares tornam­se
mais ativos que os hipotenares, sendo que o oponente do polegar � o mais ativo e o flexor curto
do  polegar  o  menos  ativo  dos  m�sculos  tenares.  A  oposi��o  do  polegar  aos  dedos  �
fundamental para a m�o humana, que envolve uma combina��o de abdu��o, circundu��o
e  rota��o  que  traz  a  ponta  do  polegar  em  oposi��o �s  pontas  dos  dedos.  A  flex�o  do
polegar  ocorre  quando  o  primeiro  metacarpal �  movido  transversalmente �  palma,  e  o  seu
movimento de retorno � conhecido como extens�o. A abdu��o do polegar ocorre quando este
afasta­se  do  segundo  metacarpo  em  posi��o  anat�mica  da  m�o,  e  o  seu  movimento  de
retorno � conhecido como adu��o (RASCH, 1991).
 
3 A TENOSSINOVITE ESTENOSANTE DE DE QUERVAIN
04/05/2017 A Tenossinovite Estenosante de De Quervain ­ FisioWeb WGate ­ Refer�ncia em Fisioterapia na Internet.
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A Tenossinovite Estenosante de De Quervain foi descoberta no final do s�culo XIX, no ano de
1895,  por  um  cirurgi�o  su��o  chamado  Fritz  de  Quervain,  sendo  inicialmente  chamada  de
Tendinite  de Quervain.  Fritz  de Quervain  descreveu  o  entorse  das  lavadeiras,  em  fun��o  de
desgastes  sobre  os  tend�es  dos  m�sculos  abdutor  longo  do  polegar  e  extensor  curto  do
polegar.  Posteriormente,  esta  patologia  recebeu  o  seu  nome,  em  sua  homenagem  (CHEREM,
1997; AREASEG, 2004).
 
Esta  doen�a  �  decorrente  de  espessamento  do  ligamento  anular  do  carpo,  no  primeiro
compartimento  dorsal  do  punho.  Sob  a  bainha  sinovial  trafegam  os  tend�es  dos  m�sculos
abdutor  longo  do  polegar  e  extensor  curto  do  polegar,  que  com  o  tempo,  evolui  um  processo
inflamat�rio  local,  que  atinge  os  tecidos  sinoviais  peritendinosos  e  os  tecidos  pr�prios  dos
tend�es. Quando  friccionados,  costumam se  inflamar e a  inflama��o de  sua  bainha  sinovial
comum acarretar  a  estenose  dos  tend�es.  Sendo  assim,  a  Tenossinovite  Estenosante  de  De
Quervain � uma das patologias mais freq�entes que acomete o punho (CHEREM, 1997). 
 
 
3.1 FISIOPATOLOGIA
 
Tomando como referencial a  fisiopatologia, estabelece­se que na Tenossinovite Estenosante de
De Quervain os tend�es dos m�sculos abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar se
inflamam  em  virtude  do  atrito  ou  dos  movimentos  repetitivos  dos  mesmos,  que  excedem  a
capacidade dos tend�es de deslizar dentro da bainha comum, dentro do primeiro compartimento
dorsal.  Os  sintomas  presentes  nesta  regi�o  s�o  dor  sobre  o  processo  estil�ide  radial  e
incha�o, al�m de evoluir como processo inflamat�rio local, que com o tempo atinge os tecidos
sinoviais peritendinosos  e  tecidos  pr�prios  dos  tend�es,  que  quando  friccionados,  costumam
se  inflamar  e  a  inflama��o  de  sua  bainha  sinovial  comum  causar  estenose  dos  tend�es
(NICOLETTI, 1997; CHEREM, 1997). 
 
 
3.2 ETIOLOGIA
 
A  Tenossinovite  Estenosante  de  De  Quervain  pode  ser  causada  por  qualquer  condi��o  que
altere  anatomicamente  o  primeiro  compartimento  dorsal,  ou  edema  e  espessamento  dos
tend�es  e  bainhas.  Os  esfor�os  repetidos,  traumas  repetidos,  reumatismo,  dentre  outros
fatores,  podem precipitar  a  doen�a, mas  em muitos  casos  n�o h�  uma  causa  bem definida
(TAVARES JR, 2004)
 
Freq�entemente,  essa  patologia  est�  associada  a  trauma  cr�nico  secund�rio  e  sobrecarga
das  atividades  di�rias  das  m�os  e  punho,  mas  tamb�m  pode  ser  causada  pela  artrite
reumat�ide, artrite psoriatica, trauma agudo, gravidez e durante o per�odo p�s­parto (SANTOS
et al, 2002). 
Al�m da Tenossinovite Estenosante de De Quervain ser causada por movimentos  intenso e/ou
repetitivo, pode tamb�m ser causada por posturas viciosas do membro superior, que  levam ao
desvio ulnar do carpo (NASCIMENTO E MORAES, 2000). 
 
 
3.3 INCID�NCIA
 
A doen�a tem maior incid�ncia entre as mulheres na faixa et�ria entre 30 e 50 anos, na qual
as mulheres s�o acometidas numa raz�o de 8/1 em rela��o aos homens, mas as pessoas
de qualquer idade e sexo podem vir a apresentar tal doen�a (ZELTZER, 2000). 
 
 
3.4 SINAIS E SINTOMAS
Caracterizada pela dor em proje��o do processo estil�ide do r�dio com ou sem  irradia��o
que  inicia  em  proje��o  radial  que  chega  at�  o  ombro,  a  Tenossinovite  Estenosante  de  De
Quervain  afetaprincipalmente  mulheres  com  idade  acima  dos  40  anos.  A  dor  evolui  com
movimentos como os de pin�a envolvendo o polegar, assim como com a abdu��o do mesmo
dedo e com desvio ulnar do punho (MENDES, 2003). Dentre os sinais mais evidentes, destaca­
se uma pequena  tumora��o,  tal  tumora��o �  vis�vel no  lado  radial, mais precisamente 2
cm acima  do  punho. Como  tem  consist�ncia  quase �ssea, �  com  freq��ncia,  confundida
como  uma  exostose  (contudo  no  aspecto  radiogr�fico  �  sempre  normal).  Localiza­se
principalmente  na  tumora��o  o  aumento  de  sensibilidade  e  crepita��o. Outra  forma  da  dor
manifestar­se �  quando o  paciente  estende o  polegar  contra­resist�ncia  ou  se �  aduzido  de
maneira passiva � regi�o palmar (APLEY, 1996). 
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3.5 DIAGN�STICO CL�NICO
 
Em  rela��o  ao  diagn�stico  cl�nico,  �  importante  que  se  obtenha  radiografias  em  PA
(p�stero­anterior) e  laterais do punho, a fim de que seja descartada a possibilidade de qualquer
patologia �ssea.  Al�m disso,  uma  calcifica��o  associada �  tendinite  pode  ser  observada
(SNIDER, 2000).
Outros  exames  complementares  que  podem  ser  usados  para  diagnosticar  a  doen�a  s�o:
tenografia, resson�ncia nuclear magn�tica e ultra­sonografia (ALVES, 2000). 
 
 
3.6 DIAGN�STICO DIFERENCIAL 
 
As  doen�as  que  podem  ser  confundidas  com  a  Tenossinovite  Estenosante  de  De  Quervain
s�o:  Artrite  da  articula��o  basal  do  polegar;  Cisto  sinovial  dorsal;  fratura  do  escaf�ide;
Doen�a de Kienbock; Artrite radioescaf�ide degenerativa; Artrite triescaf�ide e S�ndrome de
intersec��o.  Em  vista  da  Tenossinovite  Estenosante  de  De  Quervain  possuir  semelhan�as
com as  referidas  doen�as,  torna­se  necess�rio  o  uso  de  radiografias,  exame  f�sico  e  teste
provocativo para diferenciar a doen�a (SNIDER, 2000; BROWN E NEUMANN, 1996). 
 
 
3.7 COMPLICA��ES 
 
As complica��es que a Tenossinovite Estenosante de De Quervain pode apresentar s�o: dor
cr�nica,  perda  da  for�a,  perda  do  movimento  do  polegar  e  tamb�m,  de  forma  rara,  pode
ocorrer  a  ruptura  do  tend�o  (SNIDER,  2000).  Tamb�m  podem  ocorrer  infec��o,  �lcera,
edema  cr�nico,  distonia,  mioclonia,  retra��o  c�psular,  atrofia  e  contratura  do  segmento
acometido (SANTOS et al, 2002).
 
 
3.8 CLASSIFICA��O DOS EST�GIOS DA PATOLOGIA
 
3.8.1 Est�gio I
 
Este est�gio, que � a fase aguda da patologia, � caracterizado pela presen�a de dor e sinais
flog�sticos. Esse est�gio tamb�m � conhecido como fase hipertr�fica, no qual a dor � na
maioria  das  vezes  s�bita,  com  caracter�stica  de  ser  em �queima��o�  ou �choque�,
podendo atingir a m�o, o ombro ou ambos. Existe tamb�m a presen�a de edema, dist�rbios
vasomotores, hiperemia da pele, sudorese excessiva da pele e hipoestesia em luva (SANTOS et
al, 2002). 
 
3.8.2 Est�gio II
 
Sendo  a  fase  subaguda,  �  caracterizado  pela  resolu��o  parcial  de  alguns  dos  sinais  e
sintomas do est�gio  I,  tais como dor, edema e hiperemia, sendo seguida de espessamento da
pele e da c�psula articular, espessamento e atrofia do tecido subcut�neo, redu��o da for�a
dos m�sculos  intr�nsecos  e  rigidez  com  deformidade  em  flex�o  dos  dedos.  Este  est�gio
pode durar de 3 a 6 meses (SANTOS et al, 2002). 
 
3.8.3 Est�gio III
 
Este  est�gio,  que  �  a  fase  cr�nica  da  patologia,  �  caracterizado  pela  presen�a  de
deformidade  instalada  e  apresentando  seq�elas.  Esse  est�gio  tamb�m �  conhecido  como
fase  atr�fica,  no  qual  ocorre  instabilidade  vasomotora,  atrofia  e  contratura  dos  segmentos
acometidos (SANTOS et al, 2002). 
 
4 A CINESIOTERAPIA NA M�O E PUNHO
 
Baseada no princ�pio da  fisioterapia n�o ser uma ci�ncia est�tica, a mesma  vem sofrendo
constantes  mudan�as  no  que  diz  respeito  aos  m�todos  de  tratamento.  Assim,  muitos
m�todos  que  outrora  foram  importantes  e  amplamente  utilizados,  vem  sendo  abolidos  ou
associados  a  outras  t�cnicas.  Dessa  forma,  muitos  tratamentos  que  envolviam  o  uso  de
correntes el�tricas ca�ram em desuso e a pr�pria massagem vem sendo encarada  com  fria
objetividade  cient�fica.  Desse  modo,  a  cinesioterapia  come�ou  a  ganhar  um  espa�o  de
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destaque junto a fisioterapia (GARDINER, 1995). 
 
Considerando  que  a  cinesioterapia,  juntamente  com  movimento  passivo,  mobiliza��o  e
manipula��o � uma das t�cnicas mais utilizadas durante o trabalho do fisioterapeuta. Afirma­
se que os princ�pios b�sicos desses m�todos de terapia permanecem, contudo, a pr�tica e
a  experi�ncia  associadas  aos  progressos  dos  conhecimentos  relativos  a  fisiologia,  com  o
decorrer do tempo, alteram as t�cnicas empregadas (GARDINER, 1995). 
 
De  acordo  com  Xhardez  (1990), �a  cinesioterapia �,  etimologicamente,  a  arte  de  curar  que
utiliza  todas  as  t�cnicas  do  movimento�.  A  cinesioterapia,  cujo  campo  de  a��o  cresceu
muito nos �ltimos anos, dirige­se a um grande n�mero de doen�as, afec��es, defici�ncias
gerais ou espec�ficas e as suas seq�elas. 
 
4.1 OS OBJETIVOS GERAIS DA CINESIOTERAPIA 
 
As  metas  de  tratamento  pelo  exerc�cio  s�o:  promover  a  atividade  quando  e  onde  seja
poss�vel minimizar os efeitos da inatividade; corrigir a inefici�ncia de m�sculos espec�ficos
ou grupos de m�sculos e  reconquistar a amplitude normal de movimento da articula��o sem
perturbar  a  obten��o  do  movimento  funcional  eficiente;  e  encorajar  o  paciente  a  usar  a
habilidade  que  ele  reconquistou  no  desempenho  de  atividades  funcionais  normais,  e  assim
acelerar sua reabilita��o (GARDINER, 1995). 
 
4.2 ABORDAGENS CINESIOTER�PICAS
 
A cinesioterapia pode ser classificada em ativa e passiva. Em se tratando dos movimento ativo,
este pode ser conseguido pela contra��o muscular em resposta � uma ordem apresentada de
maneira adequada a habilidade do paciente em  responder.  J�  o movimento passivo  resulta da
aplica��o  de  for�as  externas  quando  os  m�sculos  s�o  incapazes  de  se  contra�rem  ou
quando  eles  relaxam  voluntariamente  para  permitir  o  movimento  ou  a  sustenta��o
(GARDINER, 1995). 
Dentre  os  tipos  de  movimentos  ativos  destacam­se:  movimento  ativo  puro,  sem  que  o
fisioterapeuta precise auxili�­lo, o paciente executa por ele mesmo o movimento, ou seja, sem
nenhuma ajuda exterior. Assim, a �nica  resist�ncia  eventual  ser�  a  luta  contra  a  gravidade;
movimento ativo assistido e ativo passivo: nesses movimentos o paciente executa o movimento,
contudo, um dispositivo mec�nico ou o  fisioterapeuta podem auxiliar  o membro a mobilizar  de
uma forma mais (ativo­passivo) ou menos (ativo­assistido)  importante; movimento ativo dirigido:
com a ajuda do fisioterapeuta, o paciente executa o movimento numa dire��o indicada, com a
finalidade  de  perceber  a  forma  certa  como  o  movimento  deve  ser  realizado;  movimento  ativo
controlado: um exemplo desse movimento, � o exerc�cio frente ao espelho, no qual o paciente,
por  si  mesmo,  executa  o  exerc�cio  e  simultaneamente  controla  seu  movimento  (XHARDEZ,
1990). No movimento ativo associado,  ocorre o balan�o  simult�neo dos dois  bra�os,  com  o
membro s�o impulsionando o membro doente tendo como exemplo de tal movimento. Assim, o
paciente  executa  o  movimento  que  o  auxilia  a  mobilizar  uma  outra  articula��o;  movimento
ativo  ou  ativo  passivo  sob  a �gua:  diferente  dos  outros movimentos,  o  paciente  ajudadopela
press�o  ascendente  e  eventualmente  pelo  calor  da  �gua,  executa  movimentos  na  �gua;
movimento  ativo  sob  tra��o:  com  a  finalidade  de  evitar  qualquer  press�o  ou  fric��o  na
articula��o  mobilizada,  o  paciente  executa  o  movimento  e  simultaneamente  exerce­se  uma
tra��o  longitudinal;  movimento  ativo  ritmado:  em  vista  do  movimento  ritmado  ocasionar  o
relaxamento  reflexo  do  m�sculo  frenador  antagonista,  o  paciente  executa  o  movimento
oscilat�rio  que  requer  um esfor�o menor; movimento  de  estiramento:  pequenos  estiramentos
progressivos leves e sem movimentos bruscos s�o executados pelo paciente, permitindo desse
modo, aumentar a mobilidade articular estirando os tecidos; movimento ativo contra resist�ncia:
o paciente executa o movimento, contudo, afim de intensificar o trabalho muscular ou para dirigir
o movimento, op�e­se uma resist�ncia (XHARDEZ, 1990). 
 
Al�m  da  classifica��o  da  cinesioterapia  em  movimenta��es  ativas,  existe  tamb�m  a
classifica��o  em  movimenta��es  passivas,  tais  como:  movimento  passivo  puro,  onde  o
movimento �  realizado  por  uma  for�a  exterior  (o  fisioterapeuta,  o  paciente,  um  dispositivo
mec�nico),  no  qual  o  movimento  n�o �  executado  pelo  paciente;  movimento  passivo  sob
tra��o: manualmente ou por aparelho, o movimento � executado passivamente. Assim,  uma
tra��o simult�nea � efetuada no eixo do membro ou da articula��o; movimento passivo de
estiramento:  esse  movimento  �  executado  pelo  fisioterapeuta,  que  exerce  pequenos
estiramentos  suaves,  progressivos,  sem  movimentos  bruscos,  com  o  objetivo  de  aumentar  a
mobilidade  articular,  estirando  os  tecidos;  movimento  ativo­passivo:  esse  movimento �  mais
passivo do que ativo, � um meio de progress�o (XHARDEZ, 1990). 
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4.3 TIPOS DE CONTRA��ES MUSCULARES RECRUTADAS NA CINESIOTERAPIA
 
As contra��es podem ser: din�mica ou  isot�nica e est�tica ou  isom�trica. A  contra��o
din�mica ou isot�nica: � feita atrav�s do trabalho que modifica o comprimento do m�sculo.
Portanto,  h�  uma  modifica��o  do �ngulo  da  articula��o  no  qual  age  o  m�sculo.  Essa
contra��o  pode  ser  subdividida  em  contra��o  isot�nica  conc�ntrica  e  contra��o
isot�nica exc�ntrica. Na contra��o  isot�nica conc�ntrica, o m�sculo se contrai e os dois
pontos  de  inser��o  se  aproximam.  �  um  trabalho  positivo  motor.  J�  na  contra��o
isot�nica exc�ntrica, o m�sculo se alonga, e os dois pontos de inser��o se afastam. � um
trabalho negativo resistente (XHARDEZ, 1990) 
 
A Contra��o est�tica ou  isom�trica: �  o  trabalho muscular que n�o d�  lugar  a  nenhuma
modifica��o da articula��o  sobre a qual  o m�sculo age. �  uma  tens�o  interna,  e  ocorre
um bloqueio moment�neo da circula��o do m�sculo (XHARDEZ, 1990). 
 
 
4.4 TONIFICA��ES MUSCULARES
 
As  tonifica��es  s�o  divididas  em:  ativo  sem  resist�ncia  ou  ativo  puro  e  ativo  com
resist�ncia.  Ativo  sem  resist�ncia  ou  ativo  puro: �  a  primeira  etapa  da  tonifica��o  de  um
m�sculo.  Nessa  etapa,  o  movimento �  realizar  deve  ser  bem  assimilado  pelo  paciente  e
executado  lentamente.  Tamb�m �  importante  observar  se  o  paciente  n�o  compensa  com  o
movimento  mais  f�cil.  Na  tonifica��o  ativo  com  resist�ncia,  o  paciente  progressivamente,
retoma �  for�a e pode­se  intensificar  o  trabalho muscular  opondo­lhe  resist�ncia. Esta  pode
ser manual ou mec�nica. A manual �  feita pelo  fisioterapeuta ou pelo pr�prio paciente, e na
mec�nica a  resist�ncia ao movimento se  faz pela  instala��o de um dispositivo  mec�nico,
tal como peso: peso­roldana, molas, halteres, el�sticos, etc. Pode­se utilizar tamb�m a contra­
resist�ncia  da  �gua,  fixando,  por  exemplo,  as  m�os  nas  extremidades  dos  membros
(XHARDEZ, 1990). 
 
 
4.5 ALONGAMENTO
 
No �mbito  da  cinesioterapia  torna­se muito  importante  falar  sobre alongamento,  pois  para  que
haja amplitude de movimento normal �  preciso que haja mobilidade e  flexibilidade dos  tecidos
moles que circundam a articula��o, ou seja, m�sculos, tecido conectivo e pele, e mobilidade
articular.  Imobiliza��o  prolongada,  mobilidade  prolongada,  mobilidade  restrita;  doen�as  do
tecido  conectivo  ou  neuromusculares,  processos  patol�gicos  nos  tecidos  devido �  trauma  e
deformidades  �sseas  cong�nitas  e  adquiridas  s�o  as  condi��es  que  podem  levar  ao
encurtamento adaptativo dos tecidos moles ao redor de uma articula��o e perda subseq�ente
da amplitude de movimento (KISNER E COLBY, 1992). 
 
Desse modo, alongamento pode ser descrito como qualquer manobra terap�utica elaborada para
aumentar  o  comprimento  de  (alongar)  estruturas  de  tecidos  moles  que  foram  patologicamente
encurtadas e dessa forma garantir o aumento na amplitude de movimento. O alongamento pode
ser passivo ou ativo (KISNER E COLBY, 1992). 
 
 
4.6 MOBILIZA��O ARTICULAR 
 
Sabe­se que a principal  fun��o da m�o �  segurar, e que o movimento nas suas  in�meras
articula��es  permite  que  ela  se  amolde,  assumindo  uma  vasta  variedade  de  formas  e
tamanhos  com  os  quais  entra  em  contato.  Assim,  a  capacidade  de  opor  o  polegar  em
supina��o � imprescind�vel para que possa segurar bem (GARDINER, 1995).
 
A manuten��o da atual amplitude de movimento numa articula��o ou ent�o o seu aumento
s�o  os  principais  objetivos  da  mobiliza��o.  Movimentos  passivos  em  relaxamento,
relaxamento incluindo movimentos acess�rios, t�cnicas de mobiliza��o passiva, exerc�cios
ativos assistidos,  livres e resist�ncia com ajuda ou atividades gerais,  todos desempenham um
papel  na  mobiliza��o  articular  em  um  caso  ou  outro. �  importante  salientar  que  o  efeito
mobilizador  n�o  resulta  tanto  da  escolha  de  um  exerc�cio  em  particular,  mas  depende
principalmente da forma como ele � realizado. Dessa forma, o movimento da amplitude total em
velocidade natural, com �nfase no  limite da amplitude e  repetido muitas vezes com  intervalos
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freq�entes,  parece  ser  muito  eficiente,  contudo,  �s  vezes  tamb�m  s�o  usados  um
movimento mais r�pido ou uma contra��o mantida por algum tempo (GARDINER, 1995).
 
Com  rela��o  �s  t�cnicas  de  mobiliza��o  articular  enfatizando  a  avalia��o  dos
resultados,  �  muito  importante  medir  a  amplitude  atual  do  movimento  articular  antes  do
princ�pio  do  tratamento  e  em  intervalos  espec�ficos  subseq�entes,  a  fim  de  permitir  a
avalia��o do progresso. Desse modo, se esse processo n�o for satisfat�rio, deve­se ent�o
modificar ou mudar o m�todo de tratamento; caso ele ainda n�o surta efeito, deve­se proceder
a uma investiga��o mais detalhada da causa da limita��o (GARDINER, 1995).
 
5 A RELA��O DA DOEN�A COM A CONDI��O OCUPACIONAL
 
Classifica­se como uma doen�a relacionada com o trabalho, a Tenossinovite Estenosante de De
Quervain,  pois  o  trabalho  pode  ser  considerado  como  co­fator  de  risco,  no  conjunto  de  fatores
associados com a etiologia multicausal desta patologia. �  o que se observa em determinados
grupos  ocupacionais,  exclu�das  as  causas  n�o  ocupacionais,  e  ocorrendo  condi��es  de
trabalho  com  posi��es  for�adas  e  gestos  repetitivos  e/ou  ritmo  de  trabalho  penoso  ou
condi��es dif�ceis de trabalho. �  importante relatar que em decorr�ncia das exig�ncias do
trabalho,  doen�as  inflamat�rias  que  comprometem as bainhas  tend�neas e  os  tend�es,  se
foremrelacionadas  com  o  trabalho,  podem  ser  de  origem:  traum�tica,  aguda,  decorrente  de
acidentes t�picos ou de trajeto (DIAS et al, 2001).
 
Observa­se  tamb�m  ocorr�ncia  da  Tenossinovite  Estenosante  de  De  Quervain  em  grupos
populacionais  associada �  exposi��es  de  trabalho  que  exigem  movimentos  repetitivos  do
polegar,  pin�a  de  polegar  associada  a  flex�o,  extens�o,  rota��o ou  desvio  ulnar  do  carpo
(principalmente  se  associado  com  for�a,  polegar  mantido  elevado  e/ou  abduzido  durante
atividades),  al�m  disso,  h�  a  ocorr�ncia  de  tal  patologia  associada  ao  uso  prolongado  de
tesouras (DIAS et al, 2001).
 
Tamb�m est� associada � exposi��es ocupacionais com movimentos repetitivos de m�o e
dedos particularmente, com desvio ulnar ou radial ou dorso  flex�o, prona��o ou supina��o
de punhos, contra��o est�tica de dedos, mantida por  tempo prolongado ou associados  com
esfor�o,  contato  de  pele  com  superf�cies  duras,  digita��o  com  antebra�o  ou  punho
apoiados e fixa��o antigravitacional de punhos (DIAS et al, 2001). 
 
Considerando que grande parte dos acometidos pela Tenossinovite Estenosante de De Quervain
trabalha em empresas que visam especificamente a produ��o, sendo que: o posto de trabalho
inadequado,  ritmos  acelerados,  sobrecarga  de  produ��o,  horas  extras  e  pausas  inadequadas
s�o  fatores  predominantes  na  ocorr�ncia  da  doen�a.  Em  vista  disso,  observa­se  que  as
condi��es  dos  ambientes  de  trabalho,  particularmente  dos  modos  como  as  tarefas  s�o
realizadas e atividades que  envolvem posi��es  for�adas  e  gestos  repetitivos,  e/ou  ritmo  de
trabalho penoso  com condi��es dif�ceis,  tais  como:  trabalhos em  terminais  de  computador;
de  controle  de  qualidade  e  empacotamento;  trabalhos  em  linhas  de  montagem  industrial;
atividades  de  corte  de  alimentos;  uso  de  ferramentas  e  controle  manual  de  m�quinas,  entre
outras, tamb�m ocasionam a doen�a (DIAS et al, 2001).
 
Em contrapartida a  tais argumentos, n�o s�  em  trabalhos  ligados �  empresas  a  ocorr�ncia
da  Tenossinovite  Estenosante  de  De  Quervain  est�  relacionada.  Uma  vez  que,  os  fatores
desencadeadores de tal doen�a seriam oriundos da utiliza��o inadequada do membro durante
as atividades,  seja do  trabalho de  lavadeiras,  tecel�s, artes�os e at� mesmo em atividades
de  lazer,  tais  como:  aeromodelismo,  tric�,  croch�  e  tear  manual.  Al�m  disso,  a  excessiva
repeti��o da atividade associada �  for�a, por um  longo per�odo de  tempo, ocasiona micro
les�es  e  inflama��o  do  tecido.  Ainda,  a  m�  postura,  como  segurar  uma  ferramenta  de
trabalho em desvio ulnar do punho associada a flex�o de punho e prona��o do antebra�o, por
longo  per�odo,  poder�  dar  origem  a  doen�a  aqui  descrita  (HEBERT  et  al,  2003;
BANCARIOSBH, 2004)
 
S�o  situa��es  de  risco  as  atividades  profissionais  que  solicitam  predominantemente  os
m�sculos  abdutor  longo  do  polegar  e  extensor  curto  do  polegar,  tais  como:  alimenta��o  de
esteiras  rolantes,  sele��o  de  objetos  de  pequeno  porte,  uso  inadequado  de  ferramentas,
ferramentas inadequadas (cabo muito longo ou muito estreito), manuten��o de ferramentas em
posi��o  de  pin�a  entre  o  1�  e  2�  dedos,  com  aplica��o  de  for�a  (BANC�RIOSBH,
2004). 
 
A  Tenossinovite  Estenosante  de  De Quervain  est�  intimamente  relacionada  ao  trabalho,  uma
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vez  que  tal  doen�a  ocorre  em  maior  n�mero  em  decorr�ncia  de  atividades  repetitivas
relacionadas a movimento e  for�a, sendo essas  realizadas de  forma  inadequada,  tanto no que
se refere ao tempo de dura��o, quanto no que se refere a utiliza��o de objetos inadequados,
englobando tamb�m, m� postura e a falta de pausas durante as atividades (DIAS et al, 2001). 
 
 
6  ABORDAGEM  DA  FISIOTERAPIA  NO  ATENDIMENTO  AO  PACIENTE  COM
TENOSSINOVITE ESTENOSANTE DE DE QUERVAIN
 
A abordagem da  fisioterapia no atendimento ao paciente com Tenossinovite Estenosante de De
Quervain dever� ser iniciada o mais precoce poss�vel, para evitar o desconforto do paciente e
tamb�m a evolu��o da doen�a (SANTOS et al, 2002). 
 
Inicialmente,  o  paciente  deve  ser  avaliado  pelo  fisioterapeuta.  Na  avalia��o  deve  ser  feita  a
anamnese,  exame  f�sico  e  teste  provocativo  da  doen�a,  e  deve  tamb�m  ser  analisado
exames complementares, para que assim, o fisioterapeuta possa diagnosticar a doen�a. Ap�s
diagnosticada  a  doen�a,  o  tratamento  fisioter�pico  dever�  ser  imediatamente  iniciado,  de
acordo com o est�gio em que se encontra a patologia (LUCIA et al, 2002). 
 
 
6.1 AVALIA��O FISIOTER�PICA
 
Para  o  fisioterapeuta  avaliar  com  precis�o  as  disfun��es  cin�tico  funcional  decorrente  da
Tenossinovite Estenosante de De Quervain, este deve possuir uma compreens�o completa dos
princ�pios  anat�micos  e  biomec�nicos,  e  deve  tamb�m  estar  familiarizado  com  as
varia��es que podem ser normais para determinado paciente. A avalia��o para ser completa,
al�m  do  exame  f�sico,  deve­se  tamb�m  ser  analisado  outros  procedimentos,  tais  como
radiografia, tomografia computadorizada e outros exames complementares. Estes procedimentos
quando  seguidos  corretamente  permite  ao  fisioterapeuta  visualizar  a  condi��o  do  paciente,
para assim efetuar o protocolo apropriado no paciente (CIPRIANO, JAHN E WHITE, 1999). 
 
Um  dos  aspectos  mais  importantes  no  protocolo  de  avalia��o, �  uma  hist�ria  completa.
Essa  hist�ria  deve  concentrar­se  na  queixa  principal  do  paciente,  sua  hist�ria  pregressa,
familiar, ocupacional e social. A anamnese deve ser realizada primeiramente com um formato de
perguntas e respostas com final fechado, que � um formul�rio escrito que o paciente responde
a  perguntas  diretas. Depois  que  a  hist�ria  com  final  fechado  est�  conclu�da,  ser�  iniciada
uma hist�ria com final aberto, que � um tipo de discuss�o entre o fisioterapeuta e o paciente,
com  perguntas  propostas  um  ao  outro.  Devem  ser  submetidas  a  indaga��o  detalhada:  o
in�cio  da  queixa,  considera��es  sobre  provoca��o  ou  abrandamento  da  queixa,  qualidade
da  dor,  irradia��o  para  uma  regi�o  particular,  localiza��o  e  gravidade  da  queixa  e
caracter�sticas  cronol�gicas  da  queixa.  Ap�s  estas  etapas  da  queixa  principal,  ser�
focalizado a hist�ria passada do paciente, que se  faz necess�rio para determinar se ele  teve
problemas  precedentes  com  a  queixa  de  apresenta��o  ou  qualquer  outra.  A  hist�ria  da
fam�lia  pode  indicar  se  o  paciente  est�  propenso  a  herdar  doen�as  familiais.  A  hist�ria
ocupacional  e  a  hist�ria  social  podem  levar  a  um  fator  que  esteja  causando  o  problema  do
paciente, tal como uma s�ndrome de excesso de uso, proveniente de certas fun��es do seu
trabalho ou  fun��es  social,  como  levantar  pesos,  por  exemplo  (CIPRIANO,  JAHN E WHITE,
1999). 
 
Em  rela��o a observa��o, �  importante olhar  com aten��o o paciente quanto  ao  estado
funcional  e  o  aspecto  geral,  que  deve  ser  notado  o  tipo  corporal  e  desvios  posturais  na
apar�ncia geral, defesa muscular, movimentos compensadores ou de substitui��o e aparelhos
auxiliares  para  o  estado  funcional.  Na  inspe��o,  a  avalia��o  da  pele  deve­se  iniciar  com
achados comuns, tais como cicatriz, evid�ncia de trauma, cirurgia ou equimose, e em seguida,
deve  ser  observado  se  h�  altera��o  de  cor  na  pele.  No  tecido  mole  subcut�neo,  as
anormalidades  geralmente  envolvem  inflama��o  e  edema  ou  atrofia.  Quanto  ao  aumento  de
tamanho,  deve  ser  determinado  entre  edema,  derramearticular  ou  hipertrofia  muscular,  e
tamb�m deve  ser  observado a presen�a de n�dulos ou  cistos. A estrutura �ssea  deve  ser
avaliada, indicada quando o paciente apresenta uma anormalidade funcional como uma amplitude
alterada de movimento (CIPRIANO, JAHN E WHITE, 1999). 
 
A  palpa��o  deve  ser  realizada  junto  com  a  inspe��o,  porque  s�o  as  mesmas  estruturas
inspecionadas,  sendo:  a  pele,  tecido mole  subcut�neo e  estruturas �sseas.  A  pele  deve  ser
palpada  levemente,  e  deve  ser  avaliada  a  sua  temperatura,  pois,  um  aumento  na  sua
temperatura  pode  indicar  um  processo  inflamat�rio,  e  uma  diminui��o  pode  indicar  uma
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defici�ncia  vascular.  Deve  ser  avaliada  tamb�m  a mobilidade  da  pele,  pois  pode  apresentar
ader�ncias. O tecido mole subcut�neo � composto de gordura, f�scia, tend�es, m�sculos,
ligamentos,  c�psulas  articulares,  nervos  e  vasos  sangu�neos.  Dor �  palpa��o,  pode  ser
proveniente de les�o ou da patologia que se correlaciona diretamente com a dor � palpa��o.
A  inflama��o  ou  edema  devem  ser  avaliados,  determinando  se �  intra  ou  extra­articular.  A
palpa��o das estruturas �sseas avalia problemas de alinhamento,  tais como deslocamentos,
luxa��es, subluxa��es e fraturas (CIPRIANO, JAHN E WHITE, 1999). 
 
A avalia��o da amplitude de movimento � uma parte importante da an�lise biomec�nica. No
movimento  passivo,  o  membro  do  paciente �  movido  pelo  examinador  sem  o  seu  aux�lio.
Deve­se observar primeiro se o movimento � normal, aumentado ou diminu�do em que planos,
e se h� a presen�a de dor (CIPRIANO, JAHN E WHITE, 1999). 
 
Dor � amplitude de movimento passivo � indicadora de uma les�o ligamentar ou c�psular no
lado do movimento e/ou uma  les�o muscular no  lado oposto. A amplitude de movimento ativo
�  importante  para  avaliar  a  fun��o  f�sica  de  uma  parte  do  corpo,  sendo  um  teste  b�sico
para a  integridade dos m�sculos usados na a��o. Deve ser observado o grau de movimento
no plano  testado, e se h� ocorr�ncia de dor durante o movimento. Para medir a amplitude de
movimento nas extremidades, deve ser usado o goni�metro, que � um instrumento que mede o
desvio angular em rela��o � gravidade. A amplitude de movimento resistido serve para avaliar
estruturas musculotendinosas e neurol�gicas. Os  testes  s�o graduados  em escala  de  5  a  0,
onde:  5­  amplitude  completa  de  movimento  contra  gravidade  com  resist�ncia  completa;  4­
amplitude  completa  de  movimento  contra  gravidade  com  alguma  resist�ncia;  3­  amplitude
completa de movimento contra gravidade; 2­ amplitude completa de movimento com a gravidade
eliminada  (movimento  no  plano  horizontal);  1­  Evid�ncia  de  leve  contratilidade;  0­  nenhuma
evid�ncia de contratilidade (CIPRIANO, JAHN E WHITE, 1999). 
 
 
6.2 DIAGN�STICO FISIOTERAP�UTICO 
 
O diagn�stico mais comum � obtido atrav�s do  teste de Finkelstein,  tal  teste  caracteriza­se
pela  flex�o  completa  do  polegar  at�  a  palma,  seguida  pelo  desvio  ulnar  do  punho,  o  que
causar� dor. O exame mostra tumefa��o e dor  localizada sobre o compartimento sinovial na
regi�o  distal  do  r�dio.  A  crepita��o  pode  ser  palp�vel,  quando  o  paciente  movimenta  e
flexiona e estende ativamente o dedo (SNIDER, 2000).
 
 
6.3 TRATAMENTO FISIOTER�PICO 
 
O  tratamento  fisioter�pico deve ser  iniciado  logo ap�s diagnosticada a doen�a, para evitar o
desconforto do paciente e  tamb�m a evolu��o da doen�a. O  tratamento deve  ser  realizado
de acordo com o est�gio em que se encontra a patologia, que segundo Santos (2002), divide­se
em 3 est�gios.
 
 
6.3.1 Tratamento no Est�gio I
 
No est�gio I (fase aguda) da patologia, o principal objetivo � a redu��o da inflama��o e da
dor e manuten��o da amplitude de movimento das articula��es. Em vista disso, inicialmente
�  utilizado  um  pr�­cin�tico,  atrav�s  do  Laser  de  Arsenieto  de  G�lio  (As­Ga),  tendo  como
objetivos  proporcionar  analgesia  e  reduzir  a  inflama��o  (SANTOS  et  al,  2002).  Outras
modalidades  terap�uticas  que  tamb�m  s�o  utilizadas  s�o:  ultra­som  puls�til,  Tens  e
hidromassagem (calor superficial), tendo tamb�m estes o prop�sito de diminuir a  inflama��o
e a dor (HALL E BRODY, 2001)
 
Ap�s  realizados  esses  procedimentos,  a  interven��o  da  Tenossinovite  Estenosante  de  De
Quervain  neste  est�gio,  pode  ser  feita  atrav�s  de  exerc�cios  terap�uticos,  utilizando  de
alongamento principalmente para os m�sculos extensor curto do polegar e do abdutor  longo do
polegar,  e  dos  m�sculos  flexores  e  extensores  extr�nsecos  do  polegar  (HALL  E  BRODY,
2001). 
Para aumentar a mobilidade intra­articular, aumentar a amplitude de movimento, diminuir a dor e
aumentar a nutri��o para as estruturas articulares da m�o e punho, s�o utilizadas t�cnicas
de mobiliza��o articular passiva, que s�o: mobiliza��o passiva das articula��es do punho
e  m�diocarpal:  o  paciente  deve  encontrar­se  com  a  m�o  em  prona��o,  cabendo  ao
fisioterapeuta  segurar  firmemente  a  extremidade  inferior  do  r�dio,  e  a  fileira  distal  do  carpo.
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Cabendo  a  ele  tamb�m,  exercer  tra��o  no  eixo  longo  do  antebra�o  e  mover  a  m�o  do
paciente  para  baixo  e  para  cima,  sobre  o  antebra�o.  O  prop�sito �:  aumentar  a mobilidade
intra­articular nas articula��es do punho e m�diocarpal, aumentar a amplitude  de movimento
de flex�o e extens�o do punho e m�diocarpal, diminuir a dor no punho e aumentar a nutri��o
para  as  estruturas  articulares;  mobiliza��o  passiva  das  articula��es  metac�rpicas  e
interc�rpicas: deve ser firmemente segura e movida na dire��o �ntero­posterior, uma sobre a
outra, as cabe�as de dois ossos metac�rpicos adjacentes. O movimento entre a 4� e a 5�
articula��o,  em  compara��o  com o movimento  entre  a  2�  e  a  3�, �  relativamente  livre.
Seguindo o movimento, a palma � moldada e arqueada a fim de formar um arco, e em seguida
espalmada.  O  prop�sito  �:  aumentar  a  mobilidade  intra­articular  nas  articula��es
metac�rpicas e interc�rpicas, aumentar a amplitude de movimento de flex�o e extens�o das
articula��es metac�rpicas  e  interc�rpicas,  diminuir  a  dor  na m�o  e  aumentar  a  nutri��o
para as estruturas articulares (GARDINER, 1995; EDMOND, 2000). 
Na mobiliza��o passiva das articula��es metacarpofal�ngicas, a falange proximal � segura
entre o polegar e os dedos e a cabe�a do osso metac�rpico � firmemente fixada, ocasionando
uma  consider�vel  separa��o  das  superf�cies  articulares,  o  que  torna  poss�vel  pequenos
movimentos deslizantes  numa  dire��o �ntero­posterior.  Assim,  torna­se  poss�vel  obter um
grau consider�vel  de  rota��o quando a articula��o est�  ligeiramente  fletida. O  prop�sito
�:  aumentar  a  mobilidade  intra­articular  nas  articula��es  metacarpofal�ngicas,  aumentar  a
amplitude  de  movimento  de  flex�o  e  extens�o  das  articula��es  metacarpofal�ngicas,
diminuir a dor na m�o e aumentar a nutri��o para as estruturas articulares (GARDINER, 1995;
EDMOND,  2000);  mobiliza��o  passiva  das  articula��es  interfal�ngicas:  as  articula��es
interfal�ngicas s�o formadas entre as fileiras proximal e medial das falanges e as fileiras distal
e medial das  falanges. A base da  falange adjacente e a cabe�a de uma  falange s�o seguras
com firmeza e  faz­se  tra��o, separando as superf�cies articulares. Pode­se dar movimentos
rotativos,  de  lado  a  lado  e �ntero­posteriores.O  prop�sito �:  aumentar  a  mobilidade  intra­
articular  nas  articula��es  interfal�ngicas,  aumentar  a  amplitude  de  movimento  geral  das
articula��es  interfal�ngicas,  diminuir  a  dor  nos  dedos  e  aumentar  a  nutri��o  para  as
estruturas articulares (GARDINER, 1995; EDMOND, 2000). 
 
Ap�s  a  realiza��o  de  mobiliza��o  articular  passiva,  deve­se  iniciar  o  trabalho  de
alongamento, pois para que haja amplitude de movimento normal � preciso que haja mobilidade
e flexibilidade dos tecidos moles que circundam a articula��o. Desse modo, alongamento pode
ser  descrito  como  qualquer  manobra  terap�utica  elaborada  para  aumentar  o  comprimento  de
estruturas  de  tecidos  moles  que  foram  patologicamente  encurtadas  e  dessa  forma  garantir  o
aumento  na  amplitude  de  movimento.  O  alongamento  pode  ser  passivo  ou  ativo  (KISNER  E
COLBY, 1992). 
 
As  t�cnicas  de  alongamento  utilizadas  na  articula��o  do  punho  s�o:  alongamento  para
aumentar  a  flex�o  do  punho:  deve­se  iniciar  com  a  devida  coloca��o  das  m�os,  fazer
supina��o  do  antebra�o  e  segurar  o  paciente  na  regi�o  dorsal  da  m�o,  estabilizar  o
antebra�o e, para alongar os extensores do punho, deve flexionar o punho do paciente e deixar
que  os  dedos  se  estendam  passivamente;  alongamento  para  aumentar  a  extens�o  do  punho:
deve­se iniciar com a devida coloca��o das m�os, fazer prona��o do antebra�o e segurar
o  paciente  na  face  palmar  da  m�o,  estabilizar  o  antebra�o  e,  para  alongar  os  flexores  do
punho,  deve  estender  o  punho do  paciente  e  deixar  que  os  dedos  se  flexionem passivamente;
alongamento para aumentar o desvio radial do punho: deve­se  iniciar com a devida coloca��o
das m�os, segurar a face ulnar da m�o ao longo do quinto metac�rpico e manter o punho na
posi��o  m�dia,  estabilizar  o  antebra�o  e  desviar  radialmente  o  punho  para  alongar  os
desviadores  ulnares  do  punho;  alongamento  para  aumentar  o  desvio  ulnar  do  punho:  deve­se
iniciar com a devida coloca��o das m�os, segurar a face radial da m�o ao longo do segundo
metac�rpico (n�o o polegar) e manter o punho na posi��o m�dia, estabilizar o antebra�o e
desviar ulnarmente  o  punho  para  alongar  os  desviadores  radiais  do  punho  (KISNER E COLBY,
1992). 
 
Em  seguida,  deve­se  alongar  os  dedos  da  m�o,  que  devem  sempre  ser  alongados
individualmente, e n�o devem ser alongados de maneira grosseira.  Inicia­se com o movimento
na articula��o mais distal para minimizar a compress�o articular nas pequenas articula��es
dos dedos. O espa�o membranoso entre o primeiro e segundo metac�rpico � essencial para a
funcionalidade  da  m�o.  Alonga­se  essa �rea  sendo  aplicada  uma  for�a  nas  cabe�as  dos
primeiros e segundos metac�rpicos nas falanges (KISNER E COLBY, 1992). 
 
As t�cnicas de alongamento utilizadas nos dedos da m�o s�o: alongamento para aumentar a
flex�o,  extens�o,  abdu��o  e  adu��o  das  articula��es  metacarpofalangeanas:  deve­se
iniciar  com  a  devida  coloca��o  das  m�os,  segura­se  a  falange  proximal  com  o  polegar  e
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indicador, estabiliza­se o metac�rpico com o outro polegar e indicador, mant�m­se o punho em
posi��o m�dia e, move­se a articula��o metacarpofalangeana na dire��o desejada para o
alongamento e permite­se que as articula��es interfalangeanas proximais ou distais flexionem­
se  ou  estendam­se  passivamente;  alongamento  para  aumentar  a  flex�o  e  extens�o  das
articula��es  interfalangeanas  proximais  e  interfalangeanas  distais:  deve­se  iniciar  com  a
devida coloca��o das m�os, segura­se a falange m�dia ou distal com o polegar e indicador,
estabiliza­se a falange proximal ou m�dia com o outro polegar e  indicador, mantem­se o punho
em  posi��o  m�dia  e,  move­se  a  articula��o  interfalangeana  proximal  ou  interfalangeana
distal  na  dire��o  desejada  para  o  alongamento;  alongamento  de  m�sculos  extr�nsecos  e
intr�nsecos  dos  dedos:  alonga­se  primeiramente  os  m�sculos  que  passam  sobre  uma
articula��o;  estabiliza­se  aquela  articula��o,  ent�o  alonga­se  os  m�sculos  sobre  a
pr�xima  articula��o,  at�  que  os  m�sculos  multiarticulares  estejam  no  comprimento
m�ximo.  Para  minimizar  a  compress�o  articular  nas  articula��es  pequenas  dos  dedos,
come�a­se o movimento com a articula��o mais distal. Para alongar esses m�sculos al�m
da amplitude existente, � usada a mesma coloca��o de m�os e estabiliza��o da amplitude
de  movimento  passiva.  A �nica  diferen�a  dessa  t�cnica �  que  o  fisioterapeuta  move  o
paciente al�m do ponto de retra��o (KISNER E COLBY, 1992). 
 
Tamb�m devem ser realizados exerc�cios ativos suaves de polegar e punho, que devem evitar
amplitudes extremas e nunca causar dor. Regredindo a dor e a  inflama��o, deve­se realizar a
progress�o  dos  exerc�cios.  Atividades  suaves  de  preens�o,  tais  como  macram�,  com  o
membro em eleva��o,  trabalham a preens�o e auxiliam na regress�o do edema. Atividades
neste est�gio devem visar abdu��o e flex�o do polegar com n�veis baixos de resist�ncia.
O  fortalecimento  s�  ser�  enfocado  na  terapia  quando  os  objetivos  citados  acima  forem
alcan�ados (NICOLETTI, 1997). 
Quando  conseguida  uma  amplitude  de  movimento  (ADM)  plena  indolor,  pode­se  iniciar  o
fortalecimento  da musculatura  do  polegar  e  do  punho,  e  tamb�m utilizando­se  de  exerc�cios
com preens�o plena (HALL E BRODY, 2001). 
 
 
6.3.2 Tratamento no Est�gio II
 
No est�gio II (fase subaguda) da patologia, as metas de tratamento s�o: restaurar a amplitude
de  movimento  articular  e  da  flexibilidade  dos  tecidos  acometidos  e  iniciar  o  fortalecimento
muscular.  Deve­se  iniciar  o  fortalecimento  da  for�a  de  preens�o  e  pin�a  e  treino  da
resist�ncia para  retorno ao  trabalho. S�o  indicados neste  est�gio  o  aquecimento  da m�o  e
punho,  atrav�s  da  hidromassagem  ou  compressa  quente,  e  a  massagem  manual,  que
proporcionam  ao  tecido:  a  vasodilata��o,  relaxamento  e  aumento  da  extensibilidade  dos
tecidos  conjuntivos,  para  iniciar  em  seguida  os  exerc�cios  de  alongamento  e  de  flexibilidade.
Logo  ap�s,  os  exerc�cios  de  fortalecimento  s�o  iniciados,  dando  prefer�ncia  inicial  aos
exerc�cios  isom�tricos, seguidos pelos  isot�nicos de resist�ncia progressiva. Pesos  livres,
exercitadores  de  dedos,  massinhas  de  diferentes  resist�ncias,  podem  ser  usados  para  essa
finalidade. No final da sess�o de exerc�cios, � indicada a utiliza��o de compressa de gelo,
que tem como finalidade prevenir o aparecimento de uma rea��o inflamat�ria, que � comum
ap�s exerc�cios (HEBERT et al, 2003).
Vale  destacar  que,  neste  est�gio,  as  t�cnicas  de  mobiliza��o  articular  passiva  e  as
t�cnicas de alongamento no punho e m�o utilizadas no tratamento da patologia no Est�gio I,
s�o as mesmas utilizadas tamb�m neste est�gio. Ap�s realizadas estas t�cnicas, deve ser
logo  iniciado  os  exerc�cios  ativos  assistidos  e  livres  suaves  de  punho,  m�o  e  dedos,  que
devem evitar amplitudes extremas e dor. Deve­se come�ar com exerc�cios ativos assistidos
para a m�o, onde a assist�ncia manual pode ser dada usando maneiras iguais �s usadas para
os movimentos passivos relatados. Embora �s vezes se use uma mola  leve feita de el�stico,
para  auxiliar  a  extens�o  do  punho  ou  dos  dedos,  nos  casos  em  que  h�  probabilidade  de
contratura  em  flex�o,  n�o �  adequada  a  assist�ncia  por  meio  mec�nicos  (GARDINER,
1995). 
 
Em seguimento, s�o realizados os exerc�cios livres para a m�o, que s�o muito  importantes,
visto que a m�o uma unidade funcional, e que os movimentosque usam a m�o como um todo
s�o os mais ben�ficos para promoverem a mobilidade. Assim, podem ser dados movimentos
para  as  articula��es  individuais,  de  prefer�ncia,  com  a  m�o  imersa  em �gua  morna  ou
ap�s  tratamento  com  parafina.  Deve­se  tamb�m,  verificar  atentamente  se  as  articula��es
adjacentes est�o corretamente posicionadas,  isto �,  com os dedos em  flex�o para  se obter
extens�o total do punho (GARDINER, 1995). 
 
Os exerc�cios  livres  realizados para a m�o s�o: sentado, segurar vareta; sentado,  flex�o e
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extens�o  das  articula��es  metacarpofal�ngicas;  estando  as  articula��es
metacarpofal�ngicas  mantidas  em  extens�o,  unir  as  pontas  dos  dedos  e  do  polegar,  em
seguida,  espalmar  a  m�o  e  abrir  os  dedos.  Quando  realizados  com  a  finalidade  objetiva  de
espalhar  ou  juntar  alguma  subst�ncia,  como  por  exemplo,  feij�o,  arroz, milho  ou  areia  numa
bandeja, o movimento descrito e muitos outros d�o resultados muito satisfat�rios  (GARDINER,
1995). 
 
Outros  exerc�cios  livres  para  a  m�o  s�o:  em  p�,  moldar  a  m�o  em  uma  bola  macia,
apert�­la v�rias vezes, soltando em seguida; sentado, segurar firmemente um rolo (ou pau de 5
cm de di�metro) e rod�­lo para a frente ou para tr�s sobre as coxas; sentado, fazer e desfazer
n�s;  sentado,  passar  f�sforos  de  uma  caixa  para  a  outra,  colocada  a  15  cm  de  dist�ncia.
Cada  f�sforo �  segurado  separadamente,  o  primeiro  entre  o  polegar  e  o  primeiro  dedo,  o
segundo entre o polegar e o segundo dedo e assim por diante (GARDINER, 1995). 
 
Devem  tamb�m  ser  realizados  exerc�cios  para  os  dedos  e  o  polegar,  onde  os  grupos  de
m�sculos  que  estabilizam  ou  movimentam  o  polegar  e  os  dedos  podem  ser  trabalhados
individualmente com a  fixa��o adequada das articula��es  adjacentes  e  com a  resist�ncia
ou  assist�ncia  do  fisioterapeuta,  que  ser�  exercida  no  decorrer  do  movimento.  Como
alternativa,  pode­se empregar  v�rias espessuras diferentes de el�sticos para  assist�ncia  ou
resist�ncia,  no  momento  em  que  forem  presas  aos  dedos  por  meio  de  dedeiras  ou  bra�os
m�veis. Nunca deve ser deixado de  lado o uso  funcional e  livre da m�o como um  todo, uma
vez que deve ser conservada a lembran�a dos padr�es complexos de movimento coordenado
envolvidos  na  preens�o  dos  objetos  e  no  espalmar  da  m�o.  Os  exerc�cios  livres  para  os
dedos  e  o  polegar  s�o:  sentado,  realizar  flex�o  e  estiramento  dos  dedos  e  do  polegar  (usar
ambas  as  m�os);  sentado,  curvar  a  palma  com  oposi��o  do  dedo  m�nimo  e  do  polegar;
sentado, fechar e abrir os dedos e o polegar (usar ambas as m�os); sentado, com palmas sobre
a  mesa,  realizar  eleva��o  dos  dedos;  sentado,  lan�ar,  apanhar,  apertar  e  rodar  bolas  de
diferentes  tamanhos  na  m�o;  sentado,  palma  voltada  para  baixo,  apanhar  e  estender  toalha,
folha de papel, arroz ou areia colocados sobre uma mesa (GARDINER, 1995).
 
Deve­se tamb�m exercitar a musculatura da articula��o do punho, iniciando com exerc�cios
assistidos para os extensores do punho, onde o fisioterapeuta, para dar assist�ncia manual, fixa
com uma das m�os o antebra�o do paciente, e segura firmemente com a outra m�o, em torno
dos  ossos  metacarpianos,  de  forma  que  seus  dedos  fiquem  sobre  a  palma  e  o  polegar  fique
sobre o dorso da m�o do paciente. Ent�o, pede­se ao paciente que deixe que os dedos entrem
em  flex�o  durante  o movimento  de  extens�o  do  padr�o  natural  do movimento  de  press�o.
Quando o antebra�o e a borda ulnar da m�o repousam sobre uma superf�cie horizontal, como
uma mesa encerada,  o efeito  da gravidade �  contrabalanceado,  ou ent�o,  pode­se  incorporar
uma mola de modo a fazer uma tip�ia �movimentada� (GARDINER, 1995).
 
Em seguida,  s�o  realizados  exerc�cios  livres  para  os  extensores  do  punho,  onde  a  base  de
todos os exerc�cios livres � formada pelos movimentos de press�o natural, nos quais, estes
m�sculos  trabalham  e  os  est�mulos  sensoriais  recebidos  da  m�o  sendo  assim,  de  grande
import�ncia quando se segura um objeto. Quando os m�sculos est�o fracos � melhor realizar
com  ambas  as  m�os  simultaneamente  o  movimento,  e  se  poss�vel,  com  as  m�os  e
antebra�os  imersos  em �gua  quente.  Exerc�cios  livres  realizados  para  os  extensores  do
punho:  sentado  (antebra�o  e  borda  ulnar  da  m�o  apoiados),  realizar  extens�o  do  punho
enquanto  a  m�o  segura  uma  bola  de  madeira  ou  de  borracha;  sentado  (aspecto  anterior  do
antebra�o apoiado),  com a m�o  relaxada  sobre  a  borda  de  uma mesa,  realizar  extens�o  do
punho para ficar de m�o fechada e segurar algum objeto leve; sentado (antebra�o e pontas dos
dedos  apoiados  sobre  uma  mesa),  realizar  extens�o  do  punho  para  fazer  movimentos  de
batidas  em  staccato  com  os  dedos  sobre  a  mesa;  sentado,  segurar  e  apertar  bola  de  t�nis
(GARDINER, 1995). 
 
Depois de realizar os exerc�cios assistidos e livres dos extensores do punho, deve­se iniciar o
fortalecimento  dessa  musculatura,  atrav�s  dos  exerc�cios  resistidos  para  os  extensores  do
punho, onde que a mesma preens�o usada para a assist�ncia pode ser usada na resist�ncia
manual. Outras  formas  de  resist�ncia  s�o  aplicadas  com  o  paciente  segurando  o  estribo  de
uma mola e puxando o punho at� chegar � extens�o ou segurando com firmeza um bast�o
grosso  (aproximadamente  5  cm  de  di�metro)  que  �  impedido  de  rodar  livremente  pelo
fisioterapeuta ou por algum aparelho mec�nico, como no caso da M�quina Rotatora do Punho
(GARDINER, 1995).
 
Depois  de  exercitar  toda  a  musculatura  extensora  de  punho,  deve­se  tamb�m  exercitar  a
musculatura  flexora de punho. Com aux�lio do  flexor profundo dos dedos e do  flexor  longo do
04/05/2017 A Tenossinovite Estenosante de De Quervain ­ FisioWeb WGate ­ Refer�ncia em Fisioterapia na Internet.
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/cinesio/monografia_ernanimonteiro.htm 17/20
polegar,  o  flexor  radial  do  carpo,  o  flexor  ulnar  do  carpo  e  o  palmar  longo  flexionam  o  punho.
Esses  m�sculos  podem  ser  exercitados  da  maneira  usada  para  os  extensores  do  punho,
entretanto, o movimento �  invertido. Vale destacar que, para evitar a  limita��o da amplitude,
deve­se ter em mente que se deve permitir a extens�o dos dedos (GARDINER, 1995). 
 
Dando prosseguimento, deve­se tamb�m exercitar os flexores ulnares e radiais do punho. Com
a  finalidade  de  produzir  flex�o  ou  desvio  ulnar  e  radial,  os  m�sculos  flexores  e  extensores
combinam­se. O flexor ulnar do carpo e o extensor ulnar do carpo, s�o os flexores ulnares. J�
os  flexores  radiais,  s�o:  o  flexor  radial  do  carpo  e  os  extensores  radiais  e  longo  do  carpo. O
fortalecimento  de  todos  esses  m�sculos  j�  foi  abordado  quando  trabalham  na  qualidade  de
flexores e extensores do punho, mas a extens�o ulnar e  radial  fornece um m�todo alternativo
para  trabalh�­los  e  um  outro  padr�o  de  coordena��o.  O  exerc�cio  deve  ser  realizado
estando o punho em posi��o m�dia; a m�o  fica alinhada com o antebra�o,  cuja  posi��o
deve se ajustar conforme a necessidade, a fim de permitir que o movimento seja realizado com a
gravidade  resistida  ou  eliminada.  Normalmente,  a  assist�ncia  ou  a  resist�ncia  �  dada
manualmente, mas �s vezes � �til usar uma mola de a�o ou de el�stico. O exerc�cio  livre
pode ser realizado com ou sem resist�ncia da gravidade (GARDINER, 1995). 
 
O objetivo final da terapia � o retorno do paciente a suas atividades di�rias. O tratamento visa
ao  condicionamento

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