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04/05/2017 A Tenossinovite Estenosante de De Quervain FisioWeb WGate Refer�ncia em Fisioterapia na Internet. http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/cinesio/monografia_ernanimonteiro.htm 1/20 www.fisioweb.com.br Trabalho realizado por: Ernani Monteiro Vianna da Silva Universidade Est�cio de S� Orientadora: Prof�. Mari`Stela Sanches A Interven��o Cinesioter�pica na Tenossinovite Estenosante de De Quervain Relacionada ao Trabalho RESUMO A Tenossinovite Estenosante de De Quervain caracterizase por ser a inflama��o da bainha do abdutor longo e extensor curto do polegar, no 1� compartimento dorsal do punho, acometendo mais freq�entemente as mulheres na faixa et�ria entre 30 e 50 anos, numa raz�o de 8/1 em rela��o aos homens. Essa patologia est� associada principalmente a trauma cr�nico secund�rio e sobrecarga das atividades di�rias das m�os e punho, podendo tamb�m ser causada por outros fatores, mas em muitos casos n�o h� uma causa bem definida, podendo apresentar como complica��es: dor cr�nica, perda da for�a, perda do movimento do polegar e tamb�m, de forma rara, pode ocorrer a ruptura do tend�o. O diagn�stico fisioter�pico � obtido atrav�s do teste de Finkelstein, tal teste caracterizase pela flex�o completa do polegar at� a palma, seguida pelo desvio ulnar do punho, o que causar� dor. A patologia est� intimamente relacionada ao trabalho, uma vez que tal doen�a ocorre em maior n�mero em decorr�ncia de atividades repetitivas relacionadas a movimento e for�a, sendo essas realizadas de forma inadequada, tanto no que se refere ao tempo de dura��o, quanto no que se refere a utiliza��o de objetos inadequados, englobando tamb�m, m� postura e a falta de pausas durante as atividades. O fisioterapeuta poder� lan�ar m�o de alguns recursos cinesioter�picos para efetuar o tratamento do paciente, como o alongamento, a mobiliza��o articular, os exerc�cios livres, assistidos e os exerc�cios resistidos, que s�o estes freq�entemente utilizados na reabilita��o do paciente. Palavraschave: Cinesioterapia. Tenossinovite. M�os. Trabalho. ABSTRACT De Quervain�s Stenosing Tenosynovitis it is characterized by being the inflammation of the hem of the long and extending abductor short of the thumb, in the 1st number compartment of the fist, more frequently attacking the women in the age group between 30 and 50 years, in a reason of 8/1 in relation to the men. That pathology is associated mainly to secondary chronic trauma and overload of the daily activities of the hands and fist, could also be caused by other factors, but in many cases no there is a very defined cause, could present as complications: chronic pain, loss of the force, loss of the movement of the thumb and also, in a rare way, it can happen the rupture of the tendon. The physiotherapeutic diagnosis is obtained through the test of Finkelstein, such a test is characterized by the complete flexing of the thumb to the palm, following for the deviation ulnar of the fist, what will cause pain. The pathology is intimately related to the work, once such disease happens in larger number due to repetitive activities related to move and force, being those accomplished in an inadequate way, so much in what he/she refers at the time of duration, as in what he/she refers the use of inadequate objects, also including, bad posture and the lack of pauses during the activities. The physiotherapist can throw hand of some resources kinesiotherapists to make the patient's treatment, as the prolongation, the mobilization to articulate, the free exercises, attended and the resisted exercises, that you/they are these frequently used in the patient's rehabilitation. Wordkey: Kinesiotherapy. Tenosynovitis. Hands. Work. 04/05/2017 A Tenossinovite Estenosante de De Quervain FisioWeb WGate Refer�ncia em Fisioterapia na Internet. http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/cinesio/monografia_ernanimonteiro.htm 2/20 1 INTRODU��O Gradativamente vem crescendo o n�mero de doen�as osteomusculares relacionadas ao trabalho (DORT). Tais doen�as v�m expandindose de tal forma que est�o adquirindo caracter�sticas de uma �verdadeira epidemia�. Tamb�m sendo uma doen�a relacionada ao trabalho, a Tenossinovite Estenosante de De Quervain, tema a ser desenvolvido nesta monografia, �caracterizase por ser a inflama��o da bainha do abdutor longo e extensor curto do polegar, no primeiro compartimento dorsal do punho� (NASCIMENTO E MORAES, 2000). Mais especificamente, a Tenossinovite Estenosante de De Quervain �caracterizase pela irrita��o ou tumefa��o dos tend�es no lado do punho referente ao polegar. A inflama��o espessa a bainha tendinosa e promove a constri��o do tend�o, em seu deslizamento na bainha. Isso pode causar um fen�meno de �disparo�, em que o tend�o parece travar ou �grudar�, quando o paciente movimenta o polegar. Tipicamente, h� envolvimento do primeiro compartimento extensor� (SNIDER, 2000). No que se refere � epidemiologia, a doen�a manifestase mais freq�entemente entre as mulheres na faixa et�ria entre 30 e 50 anos. Desta forma, as mulheres s�o acometidas numa raz�o de 8/1 em rela��o aos homens (TAVARES JR, 2004; ZELTZER, 2000). Vale lembrar que, mesmo sendo muito comum em mulheres, sobretudo em gestantes e pu�rperas, a Tenossinovite Estenosante de De Quervain tamb�m pode apresentarse em pessoas de qualquer idade e sexo (HEBERT et al, 2003). Considerandose que nas ind�strias de tecelagem e pequenas confec��es as mulheres oper�rias est�o quase sempre suscet�veis a atividades que requerem o uso de movimento e for�a, tais como: cortar tecidos e/ou couros duros e at� for�ar o polegar ao utilizar a tesoura, o estilete ou outros objetos que necessitam de movimento ou for�a, compreendese que com freq��ncia a Tenossinovite Estenosante de De Quervain est� associada a traumas cr�nicos secund�rios e sobrecargas das atividades di�rias de m�o e punho (LUCIA et al, 2002). Sendo assim, o surgimento desta patologia est� intimamente correlacionado a tais fatores (movimento e for�a). Desse modo, a combina��o de for�as elevadas e alta repetitividade aumentam a magnitude da les�o mais do que qualquer uma delas isoladamente (L�CIA et al, 2002). Assim como outras patologias de m�o e punho, a Tenossinovite Estenosante de De Quervain tamb�m pode apresentar complica��es. Entretanto, quando diagnosticada e tratada nos primeiros est�gios pode ser curada (SANTOS et al, 2002). �Como restabelecimento completo pode variar e embora a evolu��o normalmente seja benigna, alguns pacientes evoluem com seq�elas definitivas, com formas recorrentes ou polifocais caracterizadas por envolvimento simult�neo de m�ltiplas �reas articulares e complica��es graves, tais como: infec��o, �lcera, edema cr�nico, distonia e mioclonia. H� tamb�m casos em que existe incid�ncia maior da resist�ncia ao tratamento e sua evolu��o � maior insatisfat�ria como, por exemplo, nos pacientes com dura��o da distrofia simp�tica reflexa maior que 12 meses� (SANTOS et al, 2002). Podem ocorrer tamb�m, dor cr�nica, perda da for�a e perda do movimento do polegar, sendo poss�vel tamb�m, ocorrer a ruptura do tend�o, mas isso � raro (SNIDER, 2000). Com a atua��o do fisioterapeuta acompanhado, se necess�rio, do m�dico (prescri��o de medicamentos) ser�o muitos os benef�cios da cinesioterapia para a enfermidade enfocada nesta monografia. E dentre os principais benef�cios, destacamse a analgesia, o controleda inflama��o, o aumento da amplitude de movimento e da for�a e, principalmente, a tentativa de evitar a cirurgia (SNIDER, 2000; SANTOS et al, 2002). No Brasil, a DORT � considerada ser a segunda maior causa de afastamento de trabalho e pela Tenossinovite Estenosante de De Quervain estar relacionada � DORT, o presente trabalho ser� de grande valia para a sociedade, uma vez que, apresentar� formas de tratamento dentro da empresa e possibilidade de cura (quando a doen�a j� estiver instalada) atrav�s da interven��o cinesioter�pica. Assim, as empresas, os funcion�rios e o governo ser�o 04/05/2017 A Tenossinovite Estenosante de De Quervain FisioWeb WGate Refer�ncia em Fisioterapia na Internet. http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/cinesio/monografia_ernanimonteiro.htm 3/20 beneficiados, pois o trabalhador ter� uma melhor qualidade de vida laborativa, o INSS ter� menos custos com aux�lio previdenci�rio e as empresas reduzir�o custos com treinamento de mais pessoal e encargos com substitui��es (O`NEILL, 2004). 1.1 OBJETIVOS Os objetivos s�o divididos em objetivo geral e objetivos espec�ficos. 1.1.1 Objetivo geral Descrever a interven��o cinesioter�pica na Tenossinovite Estenosante de De Quervain relacionada ao trabalho. 1.1.2 Objetivos espec�ficos Os objetivos espec�ficos desta monografia foram: descrever a anatomia e biomec�nica da m�o e punho; descrever a Tenossinovite Estenosante de De Quervain; descrever a cinesioterapia na m�o e punho; descrever a rela��o da doen�a com a condi��o ocupacional; e descrever a abordagem da fisioterapia no atendimento ao paciente com Tenossinovite Estenosante de De Quervain; 1.2 METODOLOGIA Esta monografia consistiu em desenvolver um estudo explorat�rio atrav�s de revis�o bibliogr�fica, sobre a atua��o da fisioterapia atrav�s da interven��o cinesioter�pica na Tenossinovite Estenosante de De Quervain relacionada ao trabalho, com a finalidade de mostrar a import�ncia da cinesioterapia e sua efic�cia no tratamento desses pacientes acometidos pela patologia. O estudo foi realizado na Universidade Est�cio de S�, campus Nova Friburgo, tendo como fonte de coleta de dados: peri�dicos, artigos cient�ficos, livros de autores da �rea, sites da internet, que foram pesquisados na biblioteca e nos laborat�rios da UNESA, campus Friburgo. As informa��es colhidas atrav�s de leituras de publica��es de diversos autores da �rea como: CHEREM, GARDINER, LUCIA, NASCIMENTO, NICOLETTI, SANTOS, SNIDER, dentre outros, foram gravadas em disquetes, cdr, arquivos de computador pessoal, fichamento e xerox para futura an�lise, dispondo, como recurso pessoal, de l�pis, borracha, papel e caneta. Para um melhor esclarecimento, direcionamento e montagem, a monografia foi orientada pela Prof�. Mari`Stela Sanches, Mestre em Sa�de Coletiva pela UFRJ. A monografia foi dividida em cap�tulos, sendo que no primeiro foi descrito a anatomia e biomec�nica da m�o e punho, onde foi feita uma descri��o das estruturas anat�micas, bem como a biomec�nica destas articula��es. No segundo cap�tulo foi descrito a Tenossinovite Estenosante de De Quervain, onde foi abordado a fisiopatologia, etiologia, incid�ncia, sinais e sintomas, diagn�stico cl�nico, diagn�stico diferencial, complica��es e classifica��o dos est�gios da patologia. No terceiro cap�tulo foi descrito a cinesioterapia na m�o e punho, sendo realizada uma revis�o dos objetivos cinesioter�picos, abordagens cinesioter�picas, tipos de contra��es musculares, tonifica��es musculares, alongamento e mobiliza��o articular; depois foi feito um cap�tulo sobre a rela��o da doen�a com a condi��o ocupacional e, por �ltimo, foi realizada uma descri��o sobre a abordagem da fisioterapia no atendimento ao paciente com Tenossinovite Estenosante de De Quervain, onde foi descrito a avalia��o fisioter�pica, diagn�stico fisioterap�utico e a abordagem da fisioterapia no atendimento ao paciente com Tenossinovite Estenosante de De Quervain, sendo abordado t�cnicas fisioter�picas atrav�s da cinesioterapia no tratamento, intervindo nos tr�s est�gios da patologia. 2 ANATOMIA E BIOMEC�NICA DA M�O E PUNHO Na regi�o dorsal do punho est�o localizados os tend�es extensores dos dedos, do polegar e do punho, e o tend�o abdutor do polegar. Esses tend�es passam por seis t�neis que formam o ligamento carpal dorsal ou retin�culo dos extensores. O primeiro compartimento dorsal � o mais lateral de todos e nele passam os tend�es abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar. A fun��o desses tend�es � afastar o polegar da m�o e movimentar o punho (ZELTZER, 2000). Mais especificamente, o m�sculo extensor curto do polegar tem sua origem na superf�cie 04/05/2017 A Tenossinovite Estenosante de De Quervain FisioWeb WGate Refer�ncia em Fisioterapia na Internet. http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/cinesio/monografia_ernanimonteiro.htm 4/20 posterior do r�dio m�dio inferior e � inserido na base da falange proximal do polegar, que tem como a��o a extens�o do polegar na articula��o metacarpofalangeana e extens�o fraca do punho. J� o m�sculo abdutor longo do polegar, tem sua origem na face posterior do r�dio e meio da di�fise da ulna e est� inserido na base do primeiro metacarpiano, que tem como a��o a abdu��o do polegar na articula��o carpometacarpiana e abdu��o do punho. Esses tend�es formam a tabaqueira anat�mica, localizada no primeiro compartimento dorsal (TROMPSON E FLOYD, 1997). 2.1 ANATOMIA E BIOMEC�NICA DAS ARTICULA��ES DA M�O E PUNHO As articula��es que comp�em o membro superior podem ser relacionados a garantia da fun��o dos movimentos especializados da m�o. Tarefas motoras finas, como as realizadas por um neurocirurgi�o, s�o executadas fazendo uso da mesma estrutura anat�mica usada por um lutador de artes marciais que utiliza a m�o para quebrar t�buas e tijolos, que � uma tarefa grosseira que utiliza a for�a da m�o. O punho e a m�o s�o compostas de mais de 20 articula��es e de 29 ossos, incluindo o r�dio e a ulna, que s�o os 5 metac�rpicos, 8 ossos c�rpicos e 14 falanges (RASCH, 1991). As articula��es do punho e da m�o s�o bastante complexas, pois s�o formadas por numerosos m�sculos, ossos e ligamentos que fazem parte dessas pequenas articula��es. Anat�mica e estruturalmente, o punho e a m�o s�o capazes de realizar uma variedade de movimentos, por ser formados por 29 ossos, mais de 30 m�sculos (sendo 15 m�sculos intr�nsecos) e mais de 25 articula��es (TROMPSON E FLOYD, 1997). Em rela��o �s partes �sseas, o punho � formado pelo r�dio distal e os oito ossos carpais, que est�o dispostos em duas fileiras. A fileira proximal � constitu�da pelo escaf�ide, semilunar, piramidal e pisiforme, e a fileira distal � constitu�da pelo trap�zio, trapez�ide, capitato e hamato. A articula��o da m�o � formada por 5 metac�rpicos e 14 falanges. O complexo do punho � multiarticular, sendo biaxial, permitindo extens�o (dorsiflex�o), flex�o (flex�ovolar), desvio ulnar (adu��o) e desvio radial (abdu��o) (KISNER E COLBY, 1992). A articula��o radioc�rpica est� envolvida por uma c�psula articular frouxa, por�m forte, e a extremidade distal do r�dio possui uma superf�cie articuladora bic�ncava e disco radioulnar, levemente angulada. As superf�cies proximais do escaf�ide, semilunar e piramidal combinadas, formam a superf�cie articuladora biconvexa. Os ligamentos inter�sseos mant�m esses 3 c�rpicos unidos. Quando o punhose movimenta, a fileira proximal convexa dos c�rpicos desliza em dire��o oposta ao movimento da m�o (KISNER E COLBY, 1992). A articula��o radioc�rpica � classificada como a do tipo condil�ide, e essa articula��o permite 70 a 90� de flex�o, 65 a 85� de extens�o, 15 a 25� de abdu��o e 25 a 40� de adu��o (TROMPSON E FLOYD, 1997). A articula��o medioc�rpica � formada entre as duas fileiras de c�rpicos, que as superf�cies proximais do trap�zio, trapez�ide, capitato e hamato combinadas articulamse com as superf�cies distais do escaf�ide, semilunar e piramidal. O pisiforme � um osso do carpo que est� alinhado volar ao piramidal na fileira proximal de c�rpicos, sendo importante funcionalmente como um osso sesam�ide no tend�o do flexor ulnar do carpo (KISNER E COLBY, 1992). A estabilidade do complexo do punho se d� pelos numerosos ligamentos, que s�o o colateral ulnar e radial, o radioc�rpico dorsal e volar, o ulnoc�rpico e o interc�rpico. O complexo da m�o � composta pelas articula��es: carpometac�rpicas dos d�gitos 2 a 5; carpometac�rpica do polegar; metacarpofal�ngicas e interfal�ngicas. A articula��o carpometac�rpica do polegar � uma articula��o biaxial em forma de sela (selar) entre a base do 5� metac�rpico e o trap�zio. A amplitude de movimento (ADM) � grande, o que permite realizar atividades de oposi��o e preens�o com o polegar, e tamb�m possui uma c�psula frouxa. Os movimentos realizados por esta articula��o s�o: flex�o, extens�o, abdu��o e adu��o (KISNER E COLBY, 1992). A articula��o carpometac�rpica do polegar permite 15 a 45� de flex�o, 0 a 20� de extens�o e 50 a 70� de abdu��o (TROMPSON E FLOYD, 1997). As articula��es carpometac�rpicas dos d�gitos 2 a 5 s�o envolvidas numa cavidade 04/05/2017 A Tenossinovite Estenosante de De Quervain FisioWeb WGate Refer�ncia em Fisioterapia na Internet. http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/cinesio/monografia_ernanimonteiro.htm 5/20 articular comum, de cada base metac�rpico com a fileira distal de c�rpicos. As articula��es 2, 3 e 4 s�o uniaxiais planas e a do 5� dedo � biaxial. S�o ligadas pelo ligamento transverso e longitudinal, sendo que o 5� metac�rpico � mais m�vel, e logo em seguida o 4� metac�rpico. Os movimentos realizados por estas articula��es s�o: flex�o (arqueamento) e extens�o (achatamento). As articula��es metacarpofal�ngicas s�o condil�ides biaxiais com a falange proximal c�ncava e a extremidade distal de cada metac�rpico convexa, apoiada por dois ligamentos colaterais e um ligamento volar. A articula��o metacarpofal�ngica do polegar � refor�ada por 2 ossos sesam�ides, tendo os movimentos de abdu��o e adu��o pequenos, mesmo estando em extens�o, fazendo dessa, uma articula��o diferenciada. Os movimentos realizados por estas articula��es s�o: flex�o, extens�o, abdu��o e adu��o (KISNER E COLBY, 1992). As articula��es metacarpofalangeanas permitem 85 a 100� de flex�o e 0 a 40� de extens�o (TROMPSON E FLOYD, 1997). As articula��es interfal�ngicas s�o em dobradi�as uniaxiais, sendo que existe uma articula��o interfal�ngica proximal e uma distal, do 2� ao 5� dedo, e no polegar tem somente uma articula��o interfal�ngica. A extremidade distal de cada falange � c�ncava, e cada c�psula � refor�ada com ligamentos colaterais. Existe um aumento da amplitude de flex�oextens�o nas articula��es, na dire��o de radial para ulnar. Os movimentos realizados por cada falange s�o: flex�o e extens�o (KISNER E COLBY, 1992). As articula��es interfalangianas proximais permitem 90 a 120� de flex�o a partir da extens�o completa e as articula��es interfalangianas distais permitem 80 a 90� de flex�o a partir da extens�o completa (TROMPSON E FLOYD, 1997). Os m�sculos extr�nsecos do punho e m�o podem ser agrupados de acordo com sua fun��o e localiza��o, que s�o os 3 flexores e os 3 extensores do punho, que n�o cruzam a m�o para mover os 5 dedos. Os flexores do punho incluem o palmar longo, flexor radial do carpo e flexor ulnar do carpo, e os extensores do punho incluem o extensor ulnar do carpo, extensor radial longo do carpo e o extensor radial curto do carpo. Geralmente, todos os flexores do punho tem suas origens no epic�ndilo medial do �mero e na face �nteromedial do antebra�o proximal, e as suas inser��es est�o na face anterior do punho e m�o. Em rela��o aos extensores do punho, estes geralmente tem suas origens na face p�sterolateral do antebra�o proximal e epic�ndilo lateral do �mero, tendo as suas inser��es localizadas na face posterior do punho e m�o (TROMPSON E FLOYD, 1997). Existem tamb�m, mais nove m�sculos respons�veis em mover o punho de forma mais fraca, que funcionam principalmente para mover os dedos, porque se originam no antebra�o e cruzam o punho. Os m�sculos acess�rios na flex�o de punho s�o: flexor superficial dos dedos (flex�o dos 4 dedos na metacarpofalangeana proximal), flexor profundo dos dedos (vai ser mais distal do que o flexor superficial dos dedos), flexor longo do polegar (flex�o do polegar), e os m�sculos acess�rios na extens�o de punho s�o: extensor dos dedos (extens�o completa dos 4 dedos), extensor do indicador (extens�o do dedo indicador), extensor do dedo m�nimo (extens�o at� a falange proximal do dedo m�nimo), extensor longo do polegar (extens�o do polegar) e o extensor curto do polegar (faz extens�o do polegar at� a metacarpofalangeana) (TROMPSON E FLOYD, 1997). Os adutores do punho incluem o flexor ulnar do carpo e o extensor ulnar do carpo, e cruzam o punho �nteromedialmente e p�steromedialmente para inserirse na face ulnar da m�o. Os abdutores do punho incluem o flexor radial do carpo, o abdutor longo do polegar, o extensor longo do polegar, o extensor radial longo do carpo, o extensor radial curto do carpo e o extensor curto do polegar. Esses m�sculos cruzam a articula��o do punho �nterolateralmente e p�stero lateralmente para inserirse no lado radial da m�o (TROMPSON E FLOYD, 1997). 2.1.1 Movimentos da m�o Os movimentos da m�o se dividem em: movimento de preens�o, movimento de garra e movimento de pin�a. O movimento de preens�o � caracterizado como a categoria de movimentos da m�o nos quais a m�o segura um objeto, que classificamse como aperto de pot�ncia ou aperto de precis�o. No aperto de pot�ncia, os m�sculos inter�sseos e tenares s�o usados, mas os lumbricais (menos o quarto) n�o s�o ativos, e todos os m�sculos 04/05/2017 A Tenossinovite Estenosante de De Quervain FisioWeb WGate Refer�ncia em Fisioterapia na Internet. http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/cinesio/monografia_ernanimonteiro.htm 6/20 extr�nsecos contribuem para a for�a. A for�a de aperto � contribu�da pelos quatro dedos mediais, conseq�entemente pelo dedo m�dio (maior contribui��o), anular, indicador e m�nimo. Os m�sculos extr�nsecos espec�ficos s�o respons�veis pelo movimento grosseiro e for�a compressiva necess�rios no aperto de precis�o. O controle fino de preens�o � realizado pelos m�sculos intr�nsecos. Os lumbricais abduzem e/ou aduzem e giram a falange proximal, e os inter�sseos s�o importantes para abduzir e/ou aduzir as articula��es metacarpofal�ngicas, fazendo com que, por exemplo, um objeto seja girado na m�o. As for�as de adu��o � palma s�o fornecidas pelo flexor curto do polegar, oponente do polegar e abdutor do polegar, e os inter�sseos propiciam altera��es delicadas na compress�o (RASCH, 1991). Movimento de garra:dependendo das atividades, podem ser usadas as garras de pot�ncia, padr�es de precis�o e garras combinadas. As garras de pot�ncia atuam primariamente com fun��es isom�tricas, como no agarrar de um objeto com dedos semifletidos contra a palma da m�o, e com o polegar aduzido fazendo contrapress�o. Os dedos s�o fletidos, rodados lateralmente e desviados ulnarmente, e o polegar refor�a os dedos, ajudando tamb�m no controle da dire��o da for�a fazendo pequenos ajustes. Os flexores extr�nsecos s�o respons�veis pela maior for�a de garra, e previne a subluxa��o das articula��es dos dedos. As for�as compressivas realizadas no agarrar de um objeto, s�o provenientes dos m�sculos tenares e do adutor do polegar. Os inter�sseos fletem a articula��o metacarpofalangeana e rodam a 1� falange, para que haja a compress�o de um objeto externo. Os padr�es de precis�o envolvem a manipula��o de um objeto pelo polegar abduzido e os dedos em oposi��o, funcionando de forma isot�nica primariamente, n�o estando o objeto em contato com a palma da m�o. As garras combinadas s�o caracterizadas pela execu��o de atividades de precis�o com os dedos 1 e 2, enquanto os dedos 3 e 5 trabalham com pot�ncia (KISNER E COLBY, 1992) Movimento de pin�a: � realizado pelo m�sculo adutor do polegar, pelos inter�sseos e flexores intr�nsecos (m�sculos da emin�ncia tenar) e tamb�m pelos lumbricais, que propiciam a compress�o entre o polegar e dedos (KISNER E COLBY, 1992). 2.2 ANATOMIA E BIOMEC�NICA DA ARTICULA��O DO POLEGAR O polegar � muito importante para a funcionalidade normal da m�o, sendo estimado entre 40 e 50% do valor de toda a m�o. Atuam no polegar oito m�sculos, que s�o o extensor longo do polegar, extensor curto do polegar, flexor longo do polegar e abdutor longo do polegar, sendo estes os m�sculos extr�nsecos. Os m�sculos intr�nsecos origin�rios da emin�ncia tenar, s�o o abdutor curto do polegar, adutor do polegar, flexor curto do polegar e oponente do polegar (RASCH, 1991). Os movimentos do polegar ocorrem por complexas intera��es entre os m�sculos intr�nsecos e extr�nsecos do mesmo. A flex�o das articula��es do polegar est� sob controle do flexor longo do polegar, flexor curto do polegar e abdutor longo do polegar. Os extensores longo e curto do polegar s�o respons�veis pela extens�o do polegar, sendo que o oponente do polegar e o abdutor curto do polegar s�o os m�sculos tenares ativos durante a extens�o do polegar. O flexor curto do polegar � muito importante em posicionar o polegar sem carga pr�ximo �s pontas dos dedos, enquanto que o flexor longo do polegar tornase o principal agonista quando a articula��o interfalangiana est� fletida. A adu��o das articula��es do polegar est� sob controle do adutor do polegar, flexor longo do polegar, flexor curto do polegar e extensor longo do polegar. Os m�sculos flexor e extensor longo do polegar t�m um papel fundamental para trabalhar contra uma carga e, ao neutralizar os outros m�sculos a fletir ou estender o polegar, resultando assim um torque de adu��o (RASCH, 1991). Os m�sculos hipotenares s�o o palmar curto, flexor curto do dedo m�nimo, abdutor do dedo m�nimo e oponente do dedo m�nimo. Quando o polegar � colocado suavemente em oposi��o aos lados e pontas de cada um dos dedos mediais, os m�sculos tenares tornamse mais ativos que os hipotenares, sendo que o oponente do polegar � o mais ativo e o flexor curto do polegar o menos ativo dos m�sculos tenares. A oposi��o do polegar aos dedos � fundamental para a m�o humana, que envolve uma combina��o de abdu��o, circundu��o e rota��o que traz a ponta do polegar em oposi��o �s pontas dos dedos. A flex�o do polegar ocorre quando o primeiro metacarpal � movido transversalmente � palma, e o seu movimento de retorno � conhecido como extens�o. A abdu��o do polegar ocorre quando este afastase do segundo metacarpo em posi��o anat�mica da m�o, e o seu movimento de retorno � conhecido como adu��o (RASCH, 1991). 3 A TENOSSINOVITE ESTENOSANTE DE DE QUERVAIN 04/05/2017 A Tenossinovite Estenosante de De Quervain FisioWeb WGate Refer�ncia em Fisioterapia na Internet. http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/cinesio/monografia_ernanimonteiro.htm 7/20 A Tenossinovite Estenosante de De Quervain foi descoberta no final do s�culo XIX, no ano de 1895, por um cirurgi�o su��o chamado Fritz de Quervain, sendo inicialmente chamada de Tendinite de Quervain. Fritz de Quervain descreveu o entorse das lavadeiras, em fun��o de desgastes sobre os tend�es dos m�sculos abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar. Posteriormente, esta patologia recebeu o seu nome, em sua homenagem (CHEREM, 1997; AREASEG, 2004). Esta doen�a � decorrente de espessamento do ligamento anular do carpo, no primeiro compartimento dorsal do punho. Sob a bainha sinovial trafegam os tend�es dos m�sculos abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar, que com o tempo, evolui um processo inflamat�rio local, que atinge os tecidos sinoviais peritendinosos e os tecidos pr�prios dos tend�es. Quando friccionados, costumam se inflamar e a inflama��o de sua bainha sinovial comum acarretar a estenose dos tend�es. Sendo assim, a Tenossinovite Estenosante de De Quervain � uma das patologias mais freq�entes que acomete o punho (CHEREM, 1997). 3.1 FISIOPATOLOGIA Tomando como referencial a fisiopatologia, estabelecese que na Tenossinovite Estenosante de De Quervain os tend�es dos m�sculos abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar se inflamam em virtude do atrito ou dos movimentos repetitivos dos mesmos, que excedem a capacidade dos tend�es de deslizar dentro da bainha comum, dentro do primeiro compartimento dorsal. Os sintomas presentes nesta regi�o s�o dor sobre o processo estil�ide radial e incha�o, al�m de evoluir como processo inflamat�rio local, que com o tempo atinge os tecidos sinoviais peritendinosos e tecidos pr�prios dos tend�es, que quando friccionados, costumam se inflamar e a inflama��o de sua bainha sinovial comum causar estenose dos tend�es (NICOLETTI, 1997; CHEREM, 1997). 3.2 ETIOLOGIA A Tenossinovite Estenosante de De Quervain pode ser causada por qualquer condi��o que altere anatomicamente o primeiro compartimento dorsal, ou edema e espessamento dos tend�es e bainhas. Os esfor�os repetidos, traumas repetidos, reumatismo, dentre outros fatores, podem precipitar a doen�a, mas em muitos casos n�o h� uma causa bem definida (TAVARES JR, 2004) Freq�entemente, essa patologia est� associada a trauma cr�nico secund�rio e sobrecarga das atividades di�rias das m�os e punho, mas tamb�m pode ser causada pela artrite reumat�ide, artrite psoriatica, trauma agudo, gravidez e durante o per�odo p�sparto (SANTOS et al, 2002). Al�m da Tenossinovite Estenosante de De Quervain ser causada por movimentos intenso e/ou repetitivo, pode tamb�m ser causada por posturas viciosas do membro superior, que levam ao desvio ulnar do carpo (NASCIMENTO E MORAES, 2000). 3.3 INCID�NCIA A doen�a tem maior incid�ncia entre as mulheres na faixa et�ria entre 30 e 50 anos, na qual as mulheres s�o acometidas numa raz�o de 8/1 em rela��o aos homens, mas as pessoas de qualquer idade e sexo podem vir a apresentar tal doen�a (ZELTZER, 2000). 3.4 SINAIS E SINTOMAS Caracterizada pela dor em proje��o do processo estil�ide do r�dio com ou sem irradia��o que inicia em proje��o radial que chega at� o ombro, a Tenossinovite Estenosante de De Quervain afetaprincipalmente mulheres com idade acima dos 40 anos. A dor evolui com movimentos como os de pin�a envolvendo o polegar, assim como com a abdu��o do mesmo dedo e com desvio ulnar do punho (MENDES, 2003). Dentre os sinais mais evidentes, destaca se uma pequena tumora��o, tal tumora��o � vis�vel no lado radial, mais precisamente 2 cm acima do punho. Como tem consist�ncia quase �ssea, � com freq��ncia, confundida como uma exostose (contudo no aspecto radiogr�fico � sempre normal). Localizase principalmente na tumora��o o aumento de sensibilidade e crepita��o. Outra forma da dor manifestarse � quando o paciente estende o polegar contraresist�ncia ou se � aduzido de maneira passiva � regi�o palmar (APLEY, 1996). 04/05/2017 A Tenossinovite Estenosante de De Quervain FisioWeb WGate Refer�ncia em Fisioterapia na Internet. http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/cinesio/monografia_ernanimonteiro.htm 8/20 3.5 DIAGN�STICO CL�NICO Em rela��o ao diagn�stico cl�nico, � importante que se obtenha radiografias em PA (p�steroanterior) e laterais do punho, a fim de que seja descartada a possibilidade de qualquer patologia �ssea. Al�m disso, uma calcifica��o associada � tendinite pode ser observada (SNIDER, 2000). Outros exames complementares que podem ser usados para diagnosticar a doen�a s�o: tenografia, resson�ncia nuclear magn�tica e ultrasonografia (ALVES, 2000). 3.6 DIAGN�STICO DIFERENCIAL As doen�as que podem ser confundidas com a Tenossinovite Estenosante de De Quervain s�o: Artrite da articula��o basal do polegar; Cisto sinovial dorsal; fratura do escaf�ide; Doen�a de Kienbock; Artrite radioescaf�ide degenerativa; Artrite triescaf�ide e S�ndrome de intersec��o. Em vista da Tenossinovite Estenosante de De Quervain possuir semelhan�as com as referidas doen�as, tornase necess�rio o uso de radiografias, exame f�sico e teste provocativo para diferenciar a doen�a (SNIDER, 2000; BROWN E NEUMANN, 1996). 3.7 COMPLICA��ES As complica��es que a Tenossinovite Estenosante de De Quervain pode apresentar s�o: dor cr�nica, perda da for�a, perda do movimento do polegar e tamb�m, de forma rara, pode ocorrer a ruptura do tend�o (SNIDER, 2000). Tamb�m podem ocorrer infec��o, �lcera, edema cr�nico, distonia, mioclonia, retra��o c�psular, atrofia e contratura do segmento acometido (SANTOS et al, 2002). 3.8 CLASSIFICA��O DOS EST�GIOS DA PATOLOGIA 3.8.1 Est�gio I Este est�gio, que � a fase aguda da patologia, � caracterizado pela presen�a de dor e sinais flog�sticos. Esse est�gio tamb�m � conhecido como fase hipertr�fica, no qual a dor � na maioria das vezes s�bita, com caracter�stica de ser em �queima��o� ou �choque�, podendo atingir a m�o, o ombro ou ambos. Existe tamb�m a presen�a de edema, dist�rbios vasomotores, hiperemia da pele, sudorese excessiva da pele e hipoestesia em luva (SANTOS et al, 2002). 3.8.2 Est�gio II Sendo a fase subaguda, � caracterizado pela resolu��o parcial de alguns dos sinais e sintomas do est�gio I, tais como dor, edema e hiperemia, sendo seguida de espessamento da pele e da c�psula articular, espessamento e atrofia do tecido subcut�neo, redu��o da for�a dos m�sculos intr�nsecos e rigidez com deformidade em flex�o dos dedos. Este est�gio pode durar de 3 a 6 meses (SANTOS et al, 2002). 3.8.3 Est�gio III Este est�gio, que � a fase cr�nica da patologia, � caracterizado pela presen�a de deformidade instalada e apresentando seq�elas. Esse est�gio tamb�m � conhecido como fase atr�fica, no qual ocorre instabilidade vasomotora, atrofia e contratura dos segmentos acometidos (SANTOS et al, 2002). 4 A CINESIOTERAPIA NA M�O E PUNHO Baseada no princ�pio da fisioterapia n�o ser uma ci�ncia est�tica, a mesma vem sofrendo constantes mudan�as no que diz respeito aos m�todos de tratamento. Assim, muitos m�todos que outrora foram importantes e amplamente utilizados, vem sendo abolidos ou associados a outras t�cnicas. Dessa forma, muitos tratamentos que envolviam o uso de correntes el�tricas ca�ram em desuso e a pr�pria massagem vem sendo encarada com fria objetividade cient�fica. Desse modo, a cinesioterapia come�ou a ganhar um espa�o de 04/05/2017 A Tenossinovite Estenosante de De Quervain FisioWeb WGate Refer�ncia em Fisioterapia na Internet. http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/cinesio/monografia_ernanimonteiro.htm 9/20 destaque junto a fisioterapia (GARDINER, 1995). Considerando que a cinesioterapia, juntamente com movimento passivo, mobiliza��o e manipula��o � uma das t�cnicas mais utilizadas durante o trabalho do fisioterapeuta. Afirma se que os princ�pios b�sicos desses m�todos de terapia permanecem, contudo, a pr�tica e a experi�ncia associadas aos progressos dos conhecimentos relativos a fisiologia, com o decorrer do tempo, alteram as t�cnicas empregadas (GARDINER, 1995). De acordo com Xhardez (1990), �a cinesioterapia �, etimologicamente, a arte de curar que utiliza todas as t�cnicas do movimento�. A cinesioterapia, cujo campo de a��o cresceu muito nos �ltimos anos, dirigese a um grande n�mero de doen�as, afec��es, defici�ncias gerais ou espec�ficas e as suas seq�elas. 4.1 OS OBJETIVOS GERAIS DA CINESIOTERAPIA As metas de tratamento pelo exerc�cio s�o: promover a atividade quando e onde seja poss�vel minimizar os efeitos da inatividade; corrigir a inefici�ncia de m�sculos espec�ficos ou grupos de m�sculos e reconquistar a amplitude normal de movimento da articula��o sem perturbar a obten��o do movimento funcional eficiente; e encorajar o paciente a usar a habilidade que ele reconquistou no desempenho de atividades funcionais normais, e assim acelerar sua reabilita��o (GARDINER, 1995). 4.2 ABORDAGENS CINESIOTER�PICAS A cinesioterapia pode ser classificada em ativa e passiva. Em se tratando dos movimento ativo, este pode ser conseguido pela contra��o muscular em resposta � uma ordem apresentada de maneira adequada a habilidade do paciente em responder. J� o movimento passivo resulta da aplica��o de for�as externas quando os m�sculos s�o incapazes de se contra�rem ou quando eles relaxam voluntariamente para permitir o movimento ou a sustenta��o (GARDINER, 1995). Dentre os tipos de movimentos ativos destacamse: movimento ativo puro, sem que o fisioterapeuta precise auxili�lo, o paciente executa por ele mesmo o movimento, ou seja, sem nenhuma ajuda exterior. Assim, a �nica resist�ncia eventual ser� a luta contra a gravidade; movimento ativo assistido e ativo passivo: nesses movimentos o paciente executa o movimento, contudo, um dispositivo mec�nico ou o fisioterapeuta podem auxiliar o membro a mobilizar de uma forma mais (ativopassivo) ou menos (ativoassistido) importante; movimento ativo dirigido: com a ajuda do fisioterapeuta, o paciente executa o movimento numa dire��o indicada, com a finalidade de perceber a forma certa como o movimento deve ser realizado; movimento ativo controlado: um exemplo desse movimento, � o exerc�cio frente ao espelho, no qual o paciente, por si mesmo, executa o exerc�cio e simultaneamente controla seu movimento (XHARDEZ, 1990). No movimento ativo associado, ocorre o balan�o simult�neo dos dois bra�os, com o membro s�o impulsionando o membro doente tendo como exemplo de tal movimento. Assim, o paciente executa o movimento que o auxilia a mobilizar uma outra articula��o; movimento ativo ou ativo passivo sob a �gua: diferente dos outros movimentos, o paciente ajudadopela press�o ascendente e eventualmente pelo calor da �gua, executa movimentos na �gua; movimento ativo sob tra��o: com a finalidade de evitar qualquer press�o ou fric��o na articula��o mobilizada, o paciente executa o movimento e simultaneamente exercese uma tra��o longitudinal; movimento ativo ritmado: em vista do movimento ritmado ocasionar o relaxamento reflexo do m�sculo frenador antagonista, o paciente executa o movimento oscilat�rio que requer um esfor�o menor; movimento de estiramento: pequenos estiramentos progressivos leves e sem movimentos bruscos s�o executados pelo paciente, permitindo desse modo, aumentar a mobilidade articular estirando os tecidos; movimento ativo contra resist�ncia: o paciente executa o movimento, contudo, afim de intensificar o trabalho muscular ou para dirigir o movimento, op�ese uma resist�ncia (XHARDEZ, 1990). Al�m da classifica��o da cinesioterapia em movimenta��es ativas, existe tamb�m a classifica��o em movimenta��es passivas, tais como: movimento passivo puro, onde o movimento � realizado por uma for�a exterior (o fisioterapeuta, o paciente, um dispositivo mec�nico), no qual o movimento n�o � executado pelo paciente; movimento passivo sob tra��o: manualmente ou por aparelho, o movimento � executado passivamente. Assim, uma tra��o simult�nea � efetuada no eixo do membro ou da articula��o; movimento passivo de estiramento: esse movimento � executado pelo fisioterapeuta, que exerce pequenos estiramentos suaves, progressivos, sem movimentos bruscos, com o objetivo de aumentar a mobilidade articular, estirando os tecidos; movimento ativopassivo: esse movimento � mais passivo do que ativo, � um meio de progress�o (XHARDEZ, 1990). 04/05/2017 A Tenossinovite Estenosante de De Quervain FisioWeb WGate Refer�ncia em Fisioterapia na Internet. http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/cinesio/monografia_ernanimonteiro.htm 10/20 4.3 TIPOS DE CONTRA��ES MUSCULARES RECRUTADAS NA CINESIOTERAPIA As contra��es podem ser: din�mica ou isot�nica e est�tica ou isom�trica. A contra��o din�mica ou isot�nica: � feita atrav�s do trabalho que modifica o comprimento do m�sculo. Portanto, h� uma modifica��o do �ngulo da articula��o no qual age o m�sculo. Essa contra��o pode ser subdividida em contra��o isot�nica conc�ntrica e contra��o isot�nica exc�ntrica. Na contra��o isot�nica conc�ntrica, o m�sculo se contrai e os dois pontos de inser��o se aproximam. � um trabalho positivo motor. J� na contra��o isot�nica exc�ntrica, o m�sculo se alonga, e os dois pontos de inser��o se afastam. � um trabalho negativo resistente (XHARDEZ, 1990) A Contra��o est�tica ou isom�trica: � o trabalho muscular que n�o d� lugar a nenhuma modifica��o da articula��o sobre a qual o m�sculo age. � uma tens�o interna, e ocorre um bloqueio moment�neo da circula��o do m�sculo (XHARDEZ, 1990). 4.4 TONIFICA��ES MUSCULARES As tonifica��es s�o divididas em: ativo sem resist�ncia ou ativo puro e ativo com resist�ncia. Ativo sem resist�ncia ou ativo puro: � a primeira etapa da tonifica��o de um m�sculo. Nessa etapa, o movimento � realizar deve ser bem assimilado pelo paciente e executado lentamente. Tamb�m � importante observar se o paciente n�o compensa com o movimento mais f�cil. Na tonifica��o ativo com resist�ncia, o paciente progressivamente, retoma � for�a e podese intensificar o trabalho muscular opondolhe resist�ncia. Esta pode ser manual ou mec�nica. A manual � feita pelo fisioterapeuta ou pelo pr�prio paciente, e na mec�nica a resist�ncia ao movimento se faz pela instala��o de um dispositivo mec�nico, tal como peso: pesoroldana, molas, halteres, el�sticos, etc. Podese utilizar tamb�m a contra resist�ncia da �gua, fixando, por exemplo, as m�os nas extremidades dos membros (XHARDEZ, 1990). 4.5 ALONGAMENTO No �mbito da cinesioterapia tornase muito importante falar sobre alongamento, pois para que haja amplitude de movimento normal � preciso que haja mobilidade e flexibilidade dos tecidos moles que circundam a articula��o, ou seja, m�sculos, tecido conectivo e pele, e mobilidade articular. Imobiliza��o prolongada, mobilidade prolongada, mobilidade restrita; doen�as do tecido conectivo ou neuromusculares, processos patol�gicos nos tecidos devido � trauma e deformidades �sseas cong�nitas e adquiridas s�o as condi��es que podem levar ao encurtamento adaptativo dos tecidos moles ao redor de uma articula��o e perda subseq�ente da amplitude de movimento (KISNER E COLBY, 1992). Desse modo, alongamento pode ser descrito como qualquer manobra terap�utica elaborada para aumentar o comprimento de (alongar) estruturas de tecidos moles que foram patologicamente encurtadas e dessa forma garantir o aumento na amplitude de movimento. O alongamento pode ser passivo ou ativo (KISNER E COLBY, 1992). 4.6 MOBILIZA��O ARTICULAR Sabese que a principal fun��o da m�o � segurar, e que o movimento nas suas in�meras articula��es permite que ela se amolde, assumindo uma vasta variedade de formas e tamanhos com os quais entra em contato. Assim, a capacidade de opor o polegar em supina��o � imprescind�vel para que possa segurar bem (GARDINER, 1995). A manuten��o da atual amplitude de movimento numa articula��o ou ent�o o seu aumento s�o os principais objetivos da mobiliza��o. Movimentos passivos em relaxamento, relaxamento incluindo movimentos acess�rios, t�cnicas de mobiliza��o passiva, exerc�cios ativos assistidos, livres e resist�ncia com ajuda ou atividades gerais, todos desempenham um papel na mobiliza��o articular em um caso ou outro. � importante salientar que o efeito mobilizador n�o resulta tanto da escolha de um exerc�cio em particular, mas depende principalmente da forma como ele � realizado. Dessa forma, o movimento da amplitude total em velocidade natural, com �nfase no limite da amplitude e repetido muitas vezes com intervalos 04/05/2017 A Tenossinovite Estenosante de De Quervain FisioWeb WGate Refer�ncia em Fisioterapia na Internet. http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/cinesio/monografia_ernanimonteiro.htm 11/20 freq�entes, parece ser muito eficiente, contudo, �s vezes tamb�m s�o usados um movimento mais r�pido ou uma contra��o mantida por algum tempo (GARDINER, 1995). Com rela��o �s t�cnicas de mobiliza��o articular enfatizando a avalia��o dos resultados, � muito importante medir a amplitude atual do movimento articular antes do princ�pio do tratamento e em intervalos espec�ficos subseq�entes, a fim de permitir a avalia��o do progresso. Desse modo, se esse processo n�o for satisfat�rio, devese ent�o modificar ou mudar o m�todo de tratamento; caso ele ainda n�o surta efeito, devese proceder a uma investiga��o mais detalhada da causa da limita��o (GARDINER, 1995). 5 A RELA��O DA DOEN�A COM A CONDI��O OCUPACIONAL Classificase como uma doen�a relacionada com o trabalho, a Tenossinovite Estenosante de De Quervain, pois o trabalho pode ser considerado como cofator de risco, no conjunto de fatores associados com a etiologia multicausal desta patologia. � o que se observa em determinados grupos ocupacionais, exclu�das as causas n�o ocupacionais, e ocorrendo condi��es de trabalho com posi��es for�adas e gestos repetitivos e/ou ritmo de trabalho penoso ou condi��es dif�ceis de trabalho. � importante relatar que em decorr�ncia das exig�ncias do trabalho, doen�as inflamat�rias que comprometem as bainhas tend�neas e os tend�es, se foremrelacionadas com o trabalho, podem ser de origem: traum�tica, aguda, decorrente de acidentes t�picos ou de trajeto (DIAS et al, 2001). Observase tamb�m ocorr�ncia da Tenossinovite Estenosante de De Quervain em grupos populacionais associada � exposi��es de trabalho que exigem movimentos repetitivos do polegar, pin�a de polegar associada a flex�o, extens�o, rota��o ou desvio ulnar do carpo (principalmente se associado com for�a, polegar mantido elevado e/ou abduzido durante atividades), al�m disso, h� a ocorr�ncia de tal patologia associada ao uso prolongado de tesouras (DIAS et al, 2001). Tamb�m est� associada � exposi��es ocupacionais com movimentos repetitivos de m�o e dedos particularmente, com desvio ulnar ou radial ou dorso flex�o, prona��o ou supina��o de punhos, contra��o est�tica de dedos, mantida por tempo prolongado ou associados com esfor�o, contato de pele com superf�cies duras, digita��o com antebra�o ou punho apoiados e fixa��o antigravitacional de punhos (DIAS et al, 2001). Considerando que grande parte dos acometidos pela Tenossinovite Estenosante de De Quervain trabalha em empresas que visam especificamente a produ��o, sendo que: o posto de trabalho inadequado, ritmos acelerados, sobrecarga de produ��o, horas extras e pausas inadequadas s�o fatores predominantes na ocorr�ncia da doen�a. Em vista disso, observase que as condi��es dos ambientes de trabalho, particularmente dos modos como as tarefas s�o realizadas e atividades que envolvem posi��es for�adas e gestos repetitivos, e/ou ritmo de trabalho penoso com condi��es dif�ceis, tais como: trabalhos em terminais de computador; de controle de qualidade e empacotamento; trabalhos em linhas de montagem industrial; atividades de corte de alimentos; uso de ferramentas e controle manual de m�quinas, entre outras, tamb�m ocasionam a doen�a (DIAS et al, 2001). Em contrapartida a tais argumentos, n�o s� em trabalhos ligados � empresas a ocorr�ncia da Tenossinovite Estenosante de De Quervain est� relacionada. Uma vez que, os fatores desencadeadores de tal doen�a seriam oriundos da utiliza��o inadequada do membro durante as atividades, seja do trabalho de lavadeiras, tecel�s, artes�os e at� mesmo em atividades de lazer, tais como: aeromodelismo, tric�, croch� e tear manual. Al�m disso, a excessiva repeti��o da atividade associada � for�a, por um longo per�odo de tempo, ocasiona micro les�es e inflama��o do tecido. Ainda, a m� postura, como segurar uma ferramenta de trabalho em desvio ulnar do punho associada a flex�o de punho e prona��o do antebra�o, por longo per�odo, poder� dar origem a doen�a aqui descrita (HEBERT et al, 2003; BANCARIOSBH, 2004) S�o situa��es de risco as atividades profissionais que solicitam predominantemente os m�sculos abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar, tais como: alimenta��o de esteiras rolantes, sele��o de objetos de pequeno porte, uso inadequado de ferramentas, ferramentas inadequadas (cabo muito longo ou muito estreito), manuten��o de ferramentas em posi��o de pin�a entre o 1� e 2� dedos, com aplica��o de for�a (BANC�RIOSBH, 2004). A Tenossinovite Estenosante de De Quervain est� intimamente relacionada ao trabalho, uma 04/05/2017 A Tenossinovite Estenosante de De Quervain FisioWeb WGate Refer�ncia em Fisioterapia na Internet. http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/cinesio/monografia_ernanimonteiro.htm 12/20 vez que tal doen�a ocorre em maior n�mero em decorr�ncia de atividades repetitivas relacionadas a movimento e for�a, sendo essas realizadas de forma inadequada, tanto no que se refere ao tempo de dura��o, quanto no que se refere a utiliza��o de objetos inadequados, englobando tamb�m, m� postura e a falta de pausas durante as atividades (DIAS et al, 2001). 6 ABORDAGEM DA FISIOTERAPIA NO ATENDIMENTO AO PACIENTE COM TENOSSINOVITE ESTENOSANTE DE DE QUERVAIN A abordagem da fisioterapia no atendimento ao paciente com Tenossinovite Estenosante de De Quervain dever� ser iniciada o mais precoce poss�vel, para evitar o desconforto do paciente e tamb�m a evolu��o da doen�a (SANTOS et al, 2002). Inicialmente, o paciente deve ser avaliado pelo fisioterapeuta. Na avalia��o deve ser feita a anamnese, exame f�sico e teste provocativo da doen�a, e deve tamb�m ser analisado exames complementares, para que assim, o fisioterapeuta possa diagnosticar a doen�a. Ap�s diagnosticada a doen�a, o tratamento fisioter�pico dever� ser imediatamente iniciado, de acordo com o est�gio em que se encontra a patologia (LUCIA et al, 2002). 6.1 AVALIA��O FISIOTER�PICA Para o fisioterapeuta avaliar com precis�o as disfun��es cin�tico funcional decorrente da Tenossinovite Estenosante de De Quervain, este deve possuir uma compreens�o completa dos princ�pios anat�micos e biomec�nicos, e deve tamb�m estar familiarizado com as varia��es que podem ser normais para determinado paciente. A avalia��o para ser completa, al�m do exame f�sico, devese tamb�m ser analisado outros procedimentos, tais como radiografia, tomografia computadorizada e outros exames complementares. Estes procedimentos quando seguidos corretamente permite ao fisioterapeuta visualizar a condi��o do paciente, para assim efetuar o protocolo apropriado no paciente (CIPRIANO, JAHN E WHITE, 1999). Um dos aspectos mais importantes no protocolo de avalia��o, � uma hist�ria completa. Essa hist�ria deve concentrarse na queixa principal do paciente, sua hist�ria pregressa, familiar, ocupacional e social. A anamnese deve ser realizada primeiramente com um formato de perguntas e respostas com final fechado, que � um formul�rio escrito que o paciente responde a perguntas diretas. Depois que a hist�ria com final fechado est� conclu�da, ser� iniciada uma hist�ria com final aberto, que � um tipo de discuss�o entre o fisioterapeuta e o paciente, com perguntas propostas um ao outro. Devem ser submetidas a indaga��o detalhada: o in�cio da queixa, considera��es sobre provoca��o ou abrandamento da queixa, qualidade da dor, irradia��o para uma regi�o particular, localiza��o e gravidade da queixa e caracter�sticas cronol�gicas da queixa. Ap�s estas etapas da queixa principal, ser� focalizado a hist�ria passada do paciente, que se faz necess�rio para determinar se ele teve problemas precedentes com a queixa de apresenta��o ou qualquer outra. A hist�ria da fam�lia pode indicar se o paciente est� propenso a herdar doen�as familiais. A hist�ria ocupacional e a hist�ria social podem levar a um fator que esteja causando o problema do paciente, tal como uma s�ndrome de excesso de uso, proveniente de certas fun��es do seu trabalho ou fun��es social, como levantar pesos, por exemplo (CIPRIANO, JAHN E WHITE, 1999). Em rela��o a observa��o, � importante olhar com aten��o o paciente quanto ao estado funcional e o aspecto geral, que deve ser notado o tipo corporal e desvios posturais na apar�ncia geral, defesa muscular, movimentos compensadores ou de substitui��o e aparelhos auxiliares para o estado funcional. Na inspe��o, a avalia��o da pele devese iniciar com achados comuns, tais como cicatriz, evid�ncia de trauma, cirurgia ou equimose, e em seguida, deve ser observado se h� altera��o de cor na pele. No tecido mole subcut�neo, as anormalidades geralmente envolvem inflama��o e edema ou atrofia. Quanto ao aumento de tamanho, deve ser determinado entre edema, derramearticular ou hipertrofia muscular, e tamb�m deve ser observado a presen�a de n�dulos ou cistos. A estrutura �ssea deve ser avaliada, indicada quando o paciente apresenta uma anormalidade funcional como uma amplitude alterada de movimento (CIPRIANO, JAHN E WHITE, 1999). A palpa��o deve ser realizada junto com a inspe��o, porque s�o as mesmas estruturas inspecionadas, sendo: a pele, tecido mole subcut�neo e estruturas �sseas. A pele deve ser palpada levemente, e deve ser avaliada a sua temperatura, pois, um aumento na sua temperatura pode indicar um processo inflamat�rio, e uma diminui��o pode indicar uma 04/05/2017 A Tenossinovite Estenosante de De Quervain FisioWeb WGate Refer�ncia em Fisioterapia na Internet. http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/cinesio/monografia_ernanimonteiro.htm 13/20 defici�ncia vascular. Deve ser avaliada tamb�m a mobilidade da pele, pois pode apresentar ader�ncias. O tecido mole subcut�neo � composto de gordura, f�scia, tend�es, m�sculos, ligamentos, c�psulas articulares, nervos e vasos sangu�neos. Dor � palpa��o, pode ser proveniente de les�o ou da patologia que se correlaciona diretamente com a dor � palpa��o. A inflama��o ou edema devem ser avaliados, determinando se � intra ou extraarticular. A palpa��o das estruturas �sseas avalia problemas de alinhamento, tais como deslocamentos, luxa��es, subluxa��es e fraturas (CIPRIANO, JAHN E WHITE, 1999). A avalia��o da amplitude de movimento � uma parte importante da an�lise biomec�nica. No movimento passivo, o membro do paciente � movido pelo examinador sem o seu aux�lio. Devese observar primeiro se o movimento � normal, aumentado ou diminu�do em que planos, e se h� a presen�a de dor (CIPRIANO, JAHN E WHITE, 1999). Dor � amplitude de movimento passivo � indicadora de uma les�o ligamentar ou c�psular no lado do movimento e/ou uma les�o muscular no lado oposto. A amplitude de movimento ativo � importante para avaliar a fun��o f�sica de uma parte do corpo, sendo um teste b�sico para a integridade dos m�sculos usados na a��o. Deve ser observado o grau de movimento no plano testado, e se h� ocorr�ncia de dor durante o movimento. Para medir a amplitude de movimento nas extremidades, deve ser usado o goni�metro, que � um instrumento que mede o desvio angular em rela��o � gravidade. A amplitude de movimento resistido serve para avaliar estruturas musculotendinosas e neurol�gicas. Os testes s�o graduados em escala de 5 a 0, onde: 5 amplitude completa de movimento contra gravidade com resist�ncia completa; 4 amplitude completa de movimento contra gravidade com alguma resist�ncia; 3 amplitude completa de movimento contra gravidade; 2 amplitude completa de movimento com a gravidade eliminada (movimento no plano horizontal); 1 Evid�ncia de leve contratilidade; 0 nenhuma evid�ncia de contratilidade (CIPRIANO, JAHN E WHITE, 1999). 6.2 DIAGN�STICO FISIOTERAP�UTICO O diagn�stico mais comum � obtido atrav�s do teste de Finkelstein, tal teste caracterizase pela flex�o completa do polegar at� a palma, seguida pelo desvio ulnar do punho, o que causar� dor. O exame mostra tumefa��o e dor localizada sobre o compartimento sinovial na regi�o distal do r�dio. A crepita��o pode ser palp�vel, quando o paciente movimenta e flexiona e estende ativamente o dedo (SNIDER, 2000). 6.3 TRATAMENTO FISIOTER�PICO O tratamento fisioter�pico deve ser iniciado logo ap�s diagnosticada a doen�a, para evitar o desconforto do paciente e tamb�m a evolu��o da doen�a. O tratamento deve ser realizado de acordo com o est�gio em que se encontra a patologia, que segundo Santos (2002), dividese em 3 est�gios. 6.3.1 Tratamento no Est�gio I No est�gio I (fase aguda) da patologia, o principal objetivo � a redu��o da inflama��o e da dor e manuten��o da amplitude de movimento das articula��es. Em vista disso, inicialmente � utilizado um pr�cin�tico, atrav�s do Laser de Arsenieto de G�lio (AsGa), tendo como objetivos proporcionar analgesia e reduzir a inflama��o (SANTOS et al, 2002). Outras modalidades terap�uticas que tamb�m s�o utilizadas s�o: ultrasom puls�til, Tens e hidromassagem (calor superficial), tendo tamb�m estes o prop�sito de diminuir a inflama��o e a dor (HALL E BRODY, 2001) Ap�s realizados esses procedimentos, a interven��o da Tenossinovite Estenosante de De Quervain neste est�gio, pode ser feita atrav�s de exerc�cios terap�uticos, utilizando de alongamento principalmente para os m�sculos extensor curto do polegar e do abdutor longo do polegar, e dos m�sculos flexores e extensores extr�nsecos do polegar (HALL E BRODY, 2001). Para aumentar a mobilidade intraarticular, aumentar a amplitude de movimento, diminuir a dor e aumentar a nutri��o para as estruturas articulares da m�o e punho, s�o utilizadas t�cnicas de mobiliza��o articular passiva, que s�o: mobiliza��o passiva das articula��es do punho e m�diocarpal: o paciente deve encontrarse com a m�o em prona��o, cabendo ao fisioterapeuta segurar firmemente a extremidade inferior do r�dio, e a fileira distal do carpo. 04/05/2017 A Tenossinovite Estenosante de De Quervain FisioWeb WGate Refer�ncia em Fisioterapia na Internet. http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/cinesio/monografia_ernanimonteiro.htm 14/20 Cabendo a ele tamb�m, exercer tra��o no eixo longo do antebra�o e mover a m�o do paciente para baixo e para cima, sobre o antebra�o. O prop�sito �: aumentar a mobilidade intraarticular nas articula��es do punho e m�diocarpal, aumentar a amplitude de movimento de flex�o e extens�o do punho e m�diocarpal, diminuir a dor no punho e aumentar a nutri��o para as estruturas articulares; mobiliza��o passiva das articula��es metac�rpicas e interc�rpicas: deve ser firmemente segura e movida na dire��o �nteroposterior, uma sobre a outra, as cabe�as de dois ossos metac�rpicos adjacentes. O movimento entre a 4� e a 5� articula��o, em compara��o com o movimento entre a 2� e a 3�, � relativamente livre. Seguindo o movimento, a palma � moldada e arqueada a fim de formar um arco, e em seguida espalmada. O prop�sito �: aumentar a mobilidade intraarticular nas articula��es metac�rpicas e interc�rpicas, aumentar a amplitude de movimento de flex�o e extens�o das articula��es metac�rpicas e interc�rpicas, diminuir a dor na m�o e aumentar a nutri��o para as estruturas articulares (GARDINER, 1995; EDMOND, 2000). Na mobiliza��o passiva das articula��es metacarpofal�ngicas, a falange proximal � segura entre o polegar e os dedos e a cabe�a do osso metac�rpico � firmemente fixada, ocasionando uma consider�vel separa��o das superf�cies articulares, o que torna poss�vel pequenos movimentos deslizantes numa dire��o �nteroposterior. Assim, tornase poss�vel obter um grau consider�vel de rota��o quando a articula��o est� ligeiramente fletida. O prop�sito �: aumentar a mobilidade intraarticular nas articula��es metacarpofal�ngicas, aumentar a amplitude de movimento de flex�o e extens�o das articula��es metacarpofal�ngicas, diminuir a dor na m�o e aumentar a nutri��o para as estruturas articulares (GARDINER, 1995; EDMOND, 2000); mobiliza��o passiva das articula��es interfal�ngicas: as articula��es interfal�ngicas s�o formadas entre as fileiras proximal e medial das falanges e as fileiras distal e medial das falanges. A base da falange adjacente e a cabe�a de uma falange s�o seguras com firmeza e fazse tra��o, separando as superf�cies articulares. Podese dar movimentos rotativos, de lado a lado e �nteroposteriores.O prop�sito �: aumentar a mobilidade intra articular nas articula��es interfal�ngicas, aumentar a amplitude de movimento geral das articula��es interfal�ngicas, diminuir a dor nos dedos e aumentar a nutri��o para as estruturas articulares (GARDINER, 1995; EDMOND, 2000). Ap�s a realiza��o de mobiliza��o articular passiva, devese iniciar o trabalho de alongamento, pois para que haja amplitude de movimento normal � preciso que haja mobilidade e flexibilidade dos tecidos moles que circundam a articula��o. Desse modo, alongamento pode ser descrito como qualquer manobra terap�utica elaborada para aumentar o comprimento de estruturas de tecidos moles que foram patologicamente encurtadas e dessa forma garantir o aumento na amplitude de movimento. O alongamento pode ser passivo ou ativo (KISNER E COLBY, 1992). As t�cnicas de alongamento utilizadas na articula��o do punho s�o: alongamento para aumentar a flex�o do punho: devese iniciar com a devida coloca��o das m�os, fazer supina��o do antebra�o e segurar o paciente na regi�o dorsal da m�o, estabilizar o antebra�o e, para alongar os extensores do punho, deve flexionar o punho do paciente e deixar que os dedos se estendam passivamente; alongamento para aumentar a extens�o do punho: devese iniciar com a devida coloca��o das m�os, fazer prona��o do antebra�o e segurar o paciente na face palmar da m�o, estabilizar o antebra�o e, para alongar os flexores do punho, deve estender o punho do paciente e deixar que os dedos se flexionem passivamente; alongamento para aumentar o desvio radial do punho: devese iniciar com a devida coloca��o das m�os, segurar a face ulnar da m�o ao longo do quinto metac�rpico e manter o punho na posi��o m�dia, estabilizar o antebra�o e desviar radialmente o punho para alongar os desviadores ulnares do punho; alongamento para aumentar o desvio ulnar do punho: devese iniciar com a devida coloca��o das m�os, segurar a face radial da m�o ao longo do segundo metac�rpico (n�o o polegar) e manter o punho na posi��o m�dia, estabilizar o antebra�o e desviar ulnarmente o punho para alongar os desviadores radiais do punho (KISNER E COLBY, 1992). Em seguida, devese alongar os dedos da m�o, que devem sempre ser alongados individualmente, e n�o devem ser alongados de maneira grosseira. Iniciase com o movimento na articula��o mais distal para minimizar a compress�o articular nas pequenas articula��es dos dedos. O espa�o membranoso entre o primeiro e segundo metac�rpico � essencial para a funcionalidade da m�o. Alongase essa �rea sendo aplicada uma for�a nas cabe�as dos primeiros e segundos metac�rpicos nas falanges (KISNER E COLBY, 1992). As t�cnicas de alongamento utilizadas nos dedos da m�o s�o: alongamento para aumentar a flex�o, extens�o, abdu��o e adu��o das articula��es metacarpofalangeanas: devese iniciar com a devida coloca��o das m�os, segurase a falange proximal com o polegar e 04/05/2017 A Tenossinovite Estenosante de De Quervain FisioWeb WGate Refer�ncia em Fisioterapia na Internet. http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/cinesio/monografia_ernanimonteiro.htm 15/20 indicador, estabilizase o metac�rpico com o outro polegar e indicador, mant�mse o punho em posi��o m�dia e, movese a articula��o metacarpofalangeana na dire��o desejada para o alongamento e permitese que as articula��es interfalangeanas proximais ou distais flexionem se ou estendamse passivamente; alongamento para aumentar a flex�o e extens�o das articula��es interfalangeanas proximais e interfalangeanas distais: devese iniciar com a devida coloca��o das m�os, segurase a falange m�dia ou distal com o polegar e indicador, estabilizase a falange proximal ou m�dia com o outro polegar e indicador, mantemse o punho em posi��o m�dia e, movese a articula��o interfalangeana proximal ou interfalangeana distal na dire��o desejada para o alongamento; alongamento de m�sculos extr�nsecos e intr�nsecos dos dedos: alongase primeiramente os m�sculos que passam sobre uma articula��o; estabilizase aquela articula��o, ent�o alongase os m�sculos sobre a pr�xima articula��o, at� que os m�sculos multiarticulares estejam no comprimento m�ximo. Para minimizar a compress�o articular nas articula��es pequenas dos dedos, come�ase o movimento com a articula��o mais distal. Para alongar esses m�sculos al�m da amplitude existente, � usada a mesma coloca��o de m�os e estabiliza��o da amplitude de movimento passiva. A �nica diferen�a dessa t�cnica � que o fisioterapeuta move o paciente al�m do ponto de retra��o (KISNER E COLBY, 1992). Tamb�m devem ser realizados exerc�cios ativos suaves de polegar e punho, que devem evitar amplitudes extremas e nunca causar dor. Regredindo a dor e a inflama��o, devese realizar a progress�o dos exerc�cios. Atividades suaves de preens�o, tais como macram�, com o membro em eleva��o, trabalham a preens�o e auxiliam na regress�o do edema. Atividades neste est�gio devem visar abdu��o e flex�o do polegar com n�veis baixos de resist�ncia. O fortalecimento s� ser� enfocado na terapia quando os objetivos citados acima forem alcan�ados (NICOLETTI, 1997). Quando conseguida uma amplitude de movimento (ADM) plena indolor, podese iniciar o fortalecimento da musculatura do polegar e do punho, e tamb�m utilizandose de exerc�cios com preens�o plena (HALL E BRODY, 2001). 6.3.2 Tratamento no Est�gio II No est�gio II (fase subaguda) da patologia, as metas de tratamento s�o: restaurar a amplitude de movimento articular e da flexibilidade dos tecidos acometidos e iniciar o fortalecimento muscular. Devese iniciar o fortalecimento da for�a de preens�o e pin�a e treino da resist�ncia para retorno ao trabalho. S�o indicados neste est�gio o aquecimento da m�o e punho, atrav�s da hidromassagem ou compressa quente, e a massagem manual, que proporcionam ao tecido: a vasodilata��o, relaxamento e aumento da extensibilidade dos tecidos conjuntivos, para iniciar em seguida os exerc�cios de alongamento e de flexibilidade. Logo ap�s, os exerc�cios de fortalecimento s�o iniciados, dando prefer�ncia inicial aos exerc�cios isom�tricos, seguidos pelos isot�nicos de resist�ncia progressiva. Pesos livres, exercitadores de dedos, massinhas de diferentes resist�ncias, podem ser usados para essa finalidade. No final da sess�o de exerc�cios, � indicada a utiliza��o de compressa de gelo, que tem como finalidade prevenir o aparecimento de uma rea��o inflamat�ria, que � comum ap�s exerc�cios (HEBERT et al, 2003). Vale destacar que, neste est�gio, as t�cnicas de mobiliza��o articular passiva e as t�cnicas de alongamento no punho e m�o utilizadas no tratamento da patologia no Est�gio I, s�o as mesmas utilizadas tamb�m neste est�gio. Ap�s realizadas estas t�cnicas, deve ser logo iniciado os exerc�cios ativos assistidos e livres suaves de punho, m�o e dedos, que devem evitar amplitudes extremas e dor. Devese come�ar com exerc�cios ativos assistidos para a m�o, onde a assist�ncia manual pode ser dada usando maneiras iguais �s usadas para os movimentos passivos relatados. Embora �s vezes se use uma mola leve feita de el�stico, para auxiliar a extens�o do punho ou dos dedos, nos casos em que h� probabilidade de contratura em flex�o, n�o � adequada a assist�ncia por meio mec�nicos (GARDINER, 1995). Em seguimento, s�o realizados os exerc�cios livres para a m�o, que s�o muito importantes, visto que a m�o uma unidade funcional, e que os movimentosque usam a m�o como um todo s�o os mais ben�ficos para promoverem a mobilidade. Assim, podem ser dados movimentos para as articula��es individuais, de prefer�ncia, com a m�o imersa em �gua morna ou ap�s tratamento com parafina. Devese tamb�m, verificar atentamente se as articula��es adjacentes est�o corretamente posicionadas, isto �, com os dedos em flex�o para se obter extens�o total do punho (GARDINER, 1995). Os exerc�cios livres realizados para a m�o s�o: sentado, segurar vareta; sentado, flex�o e 04/05/2017 A Tenossinovite Estenosante de De Quervain FisioWeb WGate Refer�ncia em Fisioterapia na Internet. http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/cinesio/monografia_ernanimonteiro.htm 16/20 extens�o das articula��es metacarpofal�ngicas; estando as articula��es metacarpofal�ngicas mantidas em extens�o, unir as pontas dos dedos e do polegar, em seguida, espalmar a m�o e abrir os dedos. Quando realizados com a finalidade objetiva de espalhar ou juntar alguma subst�ncia, como por exemplo, feij�o, arroz, milho ou areia numa bandeja, o movimento descrito e muitos outros d�o resultados muito satisfat�rios (GARDINER, 1995). Outros exerc�cios livres para a m�o s�o: em p�, moldar a m�o em uma bola macia, apert�la v�rias vezes, soltando em seguida; sentado, segurar firmemente um rolo (ou pau de 5 cm de di�metro) e rod�lo para a frente ou para tr�s sobre as coxas; sentado, fazer e desfazer n�s; sentado, passar f�sforos de uma caixa para a outra, colocada a 15 cm de dist�ncia. Cada f�sforo � segurado separadamente, o primeiro entre o polegar e o primeiro dedo, o segundo entre o polegar e o segundo dedo e assim por diante (GARDINER, 1995). Devem tamb�m ser realizados exerc�cios para os dedos e o polegar, onde os grupos de m�sculos que estabilizam ou movimentam o polegar e os dedos podem ser trabalhados individualmente com a fixa��o adequada das articula��es adjacentes e com a resist�ncia ou assist�ncia do fisioterapeuta, que ser� exercida no decorrer do movimento. Como alternativa, podese empregar v�rias espessuras diferentes de el�sticos para assist�ncia ou resist�ncia, no momento em que forem presas aos dedos por meio de dedeiras ou bra�os m�veis. Nunca deve ser deixado de lado o uso funcional e livre da m�o como um todo, uma vez que deve ser conservada a lembran�a dos padr�es complexos de movimento coordenado envolvidos na preens�o dos objetos e no espalmar da m�o. Os exerc�cios livres para os dedos e o polegar s�o: sentado, realizar flex�o e estiramento dos dedos e do polegar (usar ambas as m�os); sentado, curvar a palma com oposi��o do dedo m�nimo e do polegar; sentado, fechar e abrir os dedos e o polegar (usar ambas as m�os); sentado, com palmas sobre a mesa, realizar eleva��o dos dedos; sentado, lan�ar, apanhar, apertar e rodar bolas de diferentes tamanhos na m�o; sentado, palma voltada para baixo, apanhar e estender toalha, folha de papel, arroz ou areia colocados sobre uma mesa (GARDINER, 1995). Devese tamb�m exercitar a musculatura da articula��o do punho, iniciando com exerc�cios assistidos para os extensores do punho, onde o fisioterapeuta, para dar assist�ncia manual, fixa com uma das m�os o antebra�o do paciente, e segura firmemente com a outra m�o, em torno dos ossos metacarpianos, de forma que seus dedos fiquem sobre a palma e o polegar fique sobre o dorso da m�o do paciente. Ent�o, pedese ao paciente que deixe que os dedos entrem em flex�o durante o movimento de extens�o do padr�o natural do movimento de press�o. Quando o antebra�o e a borda ulnar da m�o repousam sobre uma superf�cie horizontal, como uma mesa encerada, o efeito da gravidade � contrabalanceado, ou ent�o, podese incorporar uma mola de modo a fazer uma tip�ia �movimentada� (GARDINER, 1995). Em seguida, s�o realizados exerc�cios livres para os extensores do punho, onde a base de todos os exerc�cios livres � formada pelos movimentos de press�o natural, nos quais, estes m�sculos trabalham e os est�mulos sensoriais recebidos da m�o sendo assim, de grande import�ncia quando se segura um objeto. Quando os m�sculos est�o fracos � melhor realizar com ambas as m�os simultaneamente o movimento, e se poss�vel, com as m�os e antebra�os imersos em �gua quente. Exerc�cios livres realizados para os extensores do punho: sentado (antebra�o e borda ulnar da m�o apoiados), realizar extens�o do punho enquanto a m�o segura uma bola de madeira ou de borracha; sentado (aspecto anterior do antebra�o apoiado), com a m�o relaxada sobre a borda de uma mesa, realizar extens�o do punho para ficar de m�o fechada e segurar algum objeto leve; sentado (antebra�o e pontas dos dedos apoiados sobre uma mesa), realizar extens�o do punho para fazer movimentos de batidas em staccato com os dedos sobre a mesa; sentado, segurar e apertar bola de t�nis (GARDINER, 1995). Depois de realizar os exerc�cios assistidos e livres dos extensores do punho, devese iniciar o fortalecimento dessa musculatura, atrav�s dos exerc�cios resistidos para os extensores do punho, onde que a mesma preens�o usada para a assist�ncia pode ser usada na resist�ncia manual. Outras formas de resist�ncia s�o aplicadas com o paciente segurando o estribo de uma mola e puxando o punho at� chegar � extens�o ou segurando com firmeza um bast�o grosso (aproximadamente 5 cm de di�metro) que � impedido de rodar livremente pelo fisioterapeuta ou por algum aparelho mec�nico, como no caso da M�quina Rotatora do Punho (GARDINER, 1995). Depois de exercitar toda a musculatura extensora de punho, devese tamb�m exercitar a musculatura flexora de punho. Com aux�lio do flexor profundo dos dedos e do flexor longo do 04/05/2017 A Tenossinovite Estenosante de De Quervain FisioWeb WGate Refer�ncia em Fisioterapia na Internet. http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/cinesio/monografia_ernanimonteiro.htm 17/20 polegar, o flexor radial do carpo, o flexor ulnar do carpo e o palmar longo flexionam o punho. Esses m�sculos podem ser exercitados da maneira usada para os extensores do punho, entretanto, o movimento � invertido. Vale destacar que, para evitar a limita��o da amplitude, devese ter em mente que se deve permitir a extens�o dos dedos (GARDINER, 1995). Dando prosseguimento, devese tamb�m exercitar os flexores ulnares e radiais do punho. Com a finalidade de produzir flex�o ou desvio ulnar e radial, os m�sculos flexores e extensores combinamse. O flexor ulnar do carpo e o extensor ulnar do carpo, s�o os flexores ulnares. J� os flexores radiais, s�o: o flexor radial do carpo e os extensores radiais e longo do carpo. O fortalecimento de todos esses m�sculos j� foi abordado quando trabalham na qualidade de flexores e extensores do punho, mas a extens�o ulnar e radial fornece um m�todo alternativo para trabalh�los e um outro padr�o de coordena��o. O exerc�cio deve ser realizado estando o punho em posi��o m�dia; a m�o fica alinhada com o antebra�o, cuja posi��o deve se ajustar conforme a necessidade, a fim de permitir que o movimento seja realizado com a gravidade resistida ou eliminada. Normalmente, a assist�ncia ou a resist�ncia � dada manualmente, mas �s vezes � �til usar uma mola de a�o ou de el�stico. O exerc�cio livre pode ser realizado com ou sem resist�ncia da gravidade (GARDINER, 1995). O objetivo final da terapia � o retorno do paciente a suas atividades di�rias. O tratamento visa ao condicionamento
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