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Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 1/98 AULA 0: Redes de Computadores e Internet SUMÁRIO PÁGINA 1. Conceitos Básicos de Redes 06 2. Internet: Conceitos 32 3. Exercícios Comentados 71 4. Lista dos Exercícios Comentados 91 5. Gabaritos 98 Olá, amigos e amigas! Bom dia, boa tarde, boa noite e boa madrugada! Saúdo a todos vocês, guerreiros, decididos a conquistar a aprovação para um cargo público. Para mim é um enorme orgulho poder escrever aqui no Estratégia. Estou muito feliz em fazer parte deste time de vencedores! E você, certamente, escolheu esta casa por confiar na qualidade dos nossos cursos. E pode contar com meu compromisso de trabalhar com seriedade e dedicação. Espero fazer parte da sua conquista! Meu maior prêmio é saber que posso ajudar a construir um caminho de sucesso! Vamos juntos, vamos em busca dessa conquista. Mas ainda nem me apresentei corretamente. Antes de conversarmos sobre como será este curso, vale uma breve apresentação. Meu nome é Alexandre Lênin Carneiro, Analista de Planejamento e Orçamento do Ministério do Planejamento, da área de Tecnologia da Informação. Trabalho regional Goiás da Secretaria de Patrimônio da União, onde estou Chefe-Substituto da Coordenação de Gestão Estratégica. Como APO, estive lotado na Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos ± em Brasília/DF -, onde pude acompanhar o desenvolvimento e manutenção dos principais sistemas de planejamento do governo, incluindo o sistema do PAC, participar de diversos grupos de trabalho da área de Tecnologia da Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 2/98 Informação e dos processos de contratação de serviços de Tecnologia da Informação para o Ministério, além de participar da gestão técnica do Portal do Planejamento. Trabalho na área de TI desde o século passado! Trabalhei como analista de sistemas por algum tempo, mas descobri minha vocação para lecionar muito cedo (desde 1989 leciono em cursos técnicos de informática). Em 1997, mudei-me para Brasília em busca do mestrado e desde então leciono em cursos de graduação e pós-graduação. Decidi ingressar no serviço público em 2004. Depois de DOJXQV�³TXDVHV´� naquele ano, resolvi dedicar-me à arte de estudar para concursos. No início acreditava que o meu conhecimento e experiência eram suficientes para ser aprovado em um bom cargo público. Especialmente porque fui aprovado logo no primeiro concurso que fiz (STJ). Mas ser aprovado não é tudo, é preciso ³ILFDU� GHQWUR� GDV� YDJDV´�� $VVLP�� GHSRLV� GH� ³TXDVH´� QR� 67-�� REWLYH� RXWUR� ³TXDVH´� QD� 3ROtFLD� )HGHUDO�� 1HVWH� ILTXHL� QD� UHGDomR�� SRU� ����� SRQWR�� )LFRX� evidente a necessidade de ajuda e fiz cursos para aperfeiçoar meus conhecimentos e, em especial, para aprender como se deve fazer uma prova de concurso. Percebi que tão importante quanto saber o conteúdo é aprender a ³ID]HU´�D�SURYD� Os resultados começaram a aparecer um ano depois. Fui aprovado para alguns bons cargos, tendo tomado posse nos seguintes: Serpro, Analista Ambiental e Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil. Continuei estudando ± agora com mais dificuldade por conta do pouco tempo ± para chegar ao meu objetivo: ciclo de gestão. Precisei adaptar-me aos novos desafios de trabalhar durante o dia na Receita, lecionar à noite e estudar nas horas vagas e finais de semana. Aprendi muito sobre como estudar com pouco tempo, como selecionar material e como fazer isto usando o computador. Em 2008 fui aprovado para o cargo de Analista de Planejamento e Orçamento, meu atual emprego e onde pretendo permanecer. Minha primeira dica é: não deixe de conhecer bem a disciplina de Informática Básica! Uma boa nota na prova de informática tem feito grande diferença na classificação final, pois é um campo do estudo que está em constante atualização e apresenta muitas novidades a cada certame. Internet, por exemplo, é um tópico que não deixará de ser cobrado nos próximos concursos. É uma área em crescimento e valorização no governo, tendo sido lembrada com frequência. Sistemas Operacionais e Aplicativos de Escritório são outros itens que são cobrados com frequência e chegam a aparecer em provas de conhecimentos específicos, mesmo para cargos que não são de tecnologia da informação. Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 3/98 Por isso, a ideia neste curso é auxiliá-lo a apreender a Informática, de forma simples e direta, apontando dicas e resolvendo questões a fim de que você possa obter os melhores resultados na empreitada. Vamos trabalhar juntos para desmistificar a Informática! Muitos pensam que esta disciplina é complicada, mas não é. O tema é longo e cheio de itens para memorizar, especialmente quando falamos da utilização de programas de computador. Mas, ao abordar o curso de forma direta, munido de exemplos e resolução comentada de questões de concursos anteriores, estou confiante de que o aproveitamento será excelente. E você? Quer mudar de vida? Eu posso dizer que esta foi uma das melhores decisões que tomei na vida. ³2�GLItFLO�QyV�ID]HPRV�DJRUa, o impossível OHYD�XP�SRXFR�PDLV�GH�WHPSR´� David Bem-Gurion ± Polonês (1886-1973) Estadista, ajudou na criação de Israel. Sobre o curso Este curso é direcionado ao futuro certame para a POLÍCIA FEDERAL (todos os cagos). É um curso de NOÇÕES DE INFORMÁTICA (em Teoria e Exercícios Comentados) que contempla todos os itens presentes no edital nº 28 de 21/11/2013. Caso ocorram modificações no edital, faremos as adaptações em nosso curso. O edital já está publicado e não podemos perder mais tempo. É preciso começar HOJE. Afinal, trata-se de um cargo de primeira linha, com um ambiente de trabalho excelente e ótima remuneração. Neste curso, vou abordar o que é importante para a realização das SURYDV�� DSUHVHQWDQGR�R� FRQWH~GR� FRP� ³ESTRATÉGIA´� H� HP�XPD� OLQJXDJHP� de fácil assimilação. Para o roteiro das aulas adotei o conteúdo presente no edital do certame, a saber: ³1 Noções de sistema operacional (ambientes Linux e Windows). 4 Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas. 2 Edição de textos, planilhas e apresentações (ambientes Microsoft Office e BrOffice). 3 Redes de computadores. 3.1 Conceitos básicos, ferramentas, aplicativos e procedimentos de Internet e intranet. 3.2 Programas de navegação (Microsoft Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome e similares). 3.3 Programas de correio eletrônico (Outlook Express, Mozilla Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 4/98 Thunderbird e similares). 3.4 Sítios de busca e pesquisa na Internet. 3.5 Grupos de discussão. 3.6 Redes sociais. 3.7 Computação na nuvem (cloud computing). 5.5 Armazenamento de dados na nuvem (cloud storage). 5 Segurança da informação. 5.1 Procedimentos de segurança. 5.2 Noções de vírus, worms e pragas virtuais. 5.3 Aplicativos para segurança (antivírus, firewall, anti-spyware etc.). 5.4 ProcedimeQWRV�GH�EDFNXS´. Veja a distribuição dos conteúdos no quadro a seguir. As aulas poderão sofrer alteração na ordem programada, mas todos os temas descritos serão abordados. AULA CONTEÚDO DATA Aula 0 Redes e Internet. 22/11 Aula 1 1 Noções de sistema operacional (ambiente Windows 7). 4 Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos,pastas e programas. 05/12 Aula 2 1 Noções de sistema operacional (Linux). 12/12 Aula 3 2 Edição de textos, planilhas e apresentações (ambiente Microsoft Office ± Word 2010). 17/12 Aula 4 2 Edição de textos, planilhas e apresentações (ambiente Microsoft Office ± Excel 2010 e PowerPoint 2010). 24/12 Aula 5 2 Edição de textos, planilhas e apresentações (ambiente BrOffice ± Writer). 31/12 Aula 6 2 Edição de textos, planilhas e apresentações (ambiente BrOffice ± Calc e Impress). 07/01 Aula 7 3.1 Conceitos básicos, ferramentas, aplicativos e procedimentos de Internet e intranet. 3.2 Programas de navegação (Microsoft Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome e similares). 3.3 Programas de correio eletrônico (Outlook Express e 14/01 Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 5/98 Mozilla Thunderbird). Aula 8 5 Segurança da informação. 5.1 Procedimentos de segurança. 5.2 Noções de vírus, worms e pragas virtuais. 5.3 Aplicativos para segurança (antivírus, firewall e anti-spyware). 5.4 Procedimentos de backup. 21/01 Além das aulas você contará com um fórum de discussão da disciplina, onde poderá enviar suas dúvidas, sugestões e reclamações e, é claro, os elogios. Disponibilizo, ainda, o meu e-mail no estratégia: alexandrelenin@estrategiaconcursos.com.br. E então, vamos iniciar nossa jornada? Nesta aula demonstrativa, quero que você tenha contato com a proposta deste curso e possa avaliar, com calma, minha forma de trabalho. Aproveite para iniciar, agora, os estudos que irão promover sua aprovação no concurso. Acredite, é possível conseguir a aprovação sem estudar, mas as chances são quase imperceptíveis. A melhor forma é, certamente, estudar bastante. Um bom material, muita dedicação e força de vontade são os principais companheiros daqueles que alcançam a vitória! Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 6/98 1. Conceitos Básicos de Redes O que é uma rede de computadores, senão um grupo de computadores conectados entre si? Uma rede de computadores é a conexão de dois ou mais computadores para permitir o compartilhamento de recursos e troca de informações entre as máquinas. A seguir temos algumas definições obtidas da literatura especializada sobre esse assunto: ³8P�FRQMXQWR�GH�FRPSutadores autônomos interconectados por uma única tecnologia. Dois computadores estão interconectados TXDQGR�SRGHP�WURFDU�LQIRUPDo}HV�´��7$1(1%$80�������� ³6LVWHPD� FRPSXWDGRUL]DGR�TXH�XVD�HTXLSDPHQWRV�GH� FRPXQLFDomR� para conectar dois ou mais computadores H� VHXV� UHFXUVRV�´� (CAPRON e JOHNSON, 2004). ³8PD�UHGH�GH�FRPSXWDGRUHV�OLJD�GRLV�RX�PDLV�FRPSXWDGRUHV�GH� forma a possibilitar a troca de dados e o compartilhamento de UHFXUVRV´��0(<(5�et al., 2000). As redes de computadores podem ser divididas em duas partes principais: parte física e lógica. A parte física indica a organização e disposição espacial do hardware da rede, organização essa conhecida como topologia física. A parte lógica abrange as regras que permitem que os componentes de hardware trabalhem adequadamente quando interligados; é a topologia lógica. Classificação das Redes Quanto à Extensão (Por Escala ou Abrangência) Geralmente, as redes de computadores recebem uma classificação quanto à abrangência da rede. Redes pessoais ou PAN (Personal Area Network) São redes voltadas à ligação de equipamentos para uma única pessoa. Exemplos são redes sem fio que conectam um computador a um mouse, uma Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 7/98 impressora e um PDA. O termo PAN é um termo novo, que surgiu muito em função das novas tecnologias sem fio, como o bluetooth, que permitem a ligação de vários equipamentos que estejam separados por poucos metros. Por isso, não devemos estranhar nem considerar errada uma classificação que não inclua uma PAN entre outros tipos de rede. Figura. Exemplo de uma Rede PAN Redes locais ou LAN (Local Area Network) São redes privadas restritas a um edifício, uma sala ou campus com até alguns poucos quilômetros de extensão. Apesar de a distância entre os equipamentos não ser rígida, ela define as características que distinguem uma LAN de redes mais extensas, como tamanho, tecnologia de transmissão e topologia. Devido ao tamanho reduzido, as LANs possuem baixo tempo de atraso (retardo). Além disso, o pior tempo de transmissão em uma LAN é previamente conhecido. As LANs tradicionais conectam-se a velocidades de 10 a 1000 Mbps e as mais modernas podem alcançar taxas de 10Gbps. Essas taxas indicam a velocidade máxima com a qual os dados transitam na rede. Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 8/98 Redes Metropolitanas ou MAN (Metropolitan Area Network) As MANs são redes que abrangem uma cidade. Normalmente são compostas por agrupamentos de LANs, ou seja, há varias redes menores interligadas, como ilustrado a seguir: Figura ± Três filiais se conectando através de uma MAN Redes Remotas, Extensas, Geograficamente Distribuídas ou WAN (Wide Area Network) Esses termos são equivalentes e se referem a redes que abrangem uma grande área geográfica, como um país ou um continente. Devido à grande extensão, possuem taxa de transmissão menor, maior retardo e maior índice de erros de transmissão. Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 9/98 Figura ± A Internet é um exemplo de uma WAN Modelo OSI O modelo OSI é a base para quase todos os protocolos de dados atuais. Como um modelo de referência, esse modelo fornece uma lista extensiva de funções e serviços que podem ocorrer em cada camada. Ele também descreve a interação de cada camada com as camadas diretamente acima e abaixo dela. Consiste em um modelo de sete camadas, com cada uma representando um conjunto de regras específicas. Para que você memorize os nomes das camadas do modelo OSI, aqui vai uma dica: lembre-se da palavra FERTSAA -, com as iniciais de cada camada, que são: F->Física, E->Enlace, R->Rede, Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 10/98 T->Transporte, S->Sessão, A->Apresentação, A->Aplicação - (este símbolo é para lembrá-lo de que a camada de aplicação está mais próxima do usuário final). Fácil, não é mesmo? O quadro seguinte destaca as principais características de cada camada. Camada Nome Observações 7 Aplicação Camada de nível mais alto, fornece serviços ao USUÁRIO -! Essa é, portanto, a camada mais próxima do usuário final. Contém os protocolos e funções que as aplicações dos usuários necessitam para executar tarefas de comunicações (enviar e-mail, acessar páginas, transferir arquivos, entre outras). 6 Apresentação É a tradutora da rede, sendo responsável por determinar o formato utilizado para transmitir dados entre os computadores da rede. Se necessário, pode realizar conversão de um tipo de representação de dados para um formato comum. Um exemplo seria a compressão de dados ou criptografia. 5 Sessão Estabelece, gerencia e termina sessões (momentos ininterruptos de transação) entre a máquinade origem e a de destino. 4 Transporte Camada intermediária, faz a ligação entre as camadas do nível de aplicação (5, 6 e 7) com as do nível físico (1, 2 e 3). Responsável pela comunicação fim-a-fim, ou seja, controlam a saída das informações (na origem) e a chegada delas (no destino). 3 Rede Serve para indicar a rota que o pacote vai Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 11/98 seguir da origem ao destino (decide como rotear pacotes entre os nós conectados por meio de uma rede). A determinação da rota que os pacotes vão seguir para atingir o destino é baseada em fatores como condições de tráfego da rede e prioridades. A camada de rede também fornece um mecanismo de endereçamento uniforme de forma que duas redes possam ser interconectadas. Converte o endereço lógico em endereço físico para que os pacotes possam chegar corretamente ao destino. 2 Enlace (vínculo) de dados Essa camada organiza os sinais brutos (zeros e uns) transferidos pela rede em unidades lógicas chamadas quadros (frames), identifica suas origens e destinos (endereços MAC) e corrige possíveis erros ocorridos durante a transmissão pelos meios físicos. O endereço MAC (endereço físico de 48 bits, que é gravado na memória ROM dos dispositivos de rede) é interpretado por equipamentos nessa camada. 1 Física Responsável pela transmissão das informações em sua forma bruta: sinais elétricos ou luminosos (ou seja, essa camada transmite os sinais ou bits entre as estações). É a camada mais baixa do modelo OSI (mais próxima da transmissão dos sinais). Trata das especificações de hardware e demais dispositivos de rede, incluindo cabos, conectores físicos, hubs, etc. e transmite fluxo de bits desestruturados por um meio. Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 12/98 Tabela. Modelo OSI de sete camadas Para a prova, é importante que você memorize os nomes das camadas, bem como o papel de cada uma delas no contexto do modelo. Alguns Equipamentos que Compõem uma Rede É imprescindível que você entenda os componentes básicos que compõem a construção de uma rede, bem como a tarefa que cada um executa. São eles: Placa de Rede (Adaptador de Rede ou Interface de Rede) As placas de rede (NIC - Network Interface Card) constituem a interface física entre o computador e o cabo da rede e são instalados em um slot de expansão em cada computador e servidor da rede. Ela ± a placa de rede ± permite que os hosts (servidores, estações de trabalho) se conectem à rede e, por isso, é considerada um componente chave da rede. É um equipamento existente em todos os computadores ligados na rede, possui um endereço próprio, que lhe é dado quando fabricada. Esse endereço é chamado Endereço MAC, mas pode ser citado como endereço Físico (não é possível modificá-lo, ele vem armazenado numa memória ROM na placa de rede). Não há duas placas de rede com o mesmo endereço MAC (é como se fosse um Chassi da placa de rede). Ao selecionar uma placa de rede, leve em conta os três seguintes fatores: 1. Verificar se há drivers disponíveis para a placa que irá funcionar com o sistema operacional que você está utilizando. 2. A placa deve ser compatível com o tipo de meio de transmissão (por exemplo, cabo de par trançado, coaxial ou de fibra óptica) e topologia (por exemplo Ethernet) que você escolheu. 3. A placa deve ser compatível com o tipo de barramento (por exemplo, PCI) do computador no qual será instalada. De tempos em tempos, você pode precisar instalar uma placa de rede. A seguir, algumas situações que podem exigir que você faça isso: x Adicionar uma placa de rede a um PC Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 13/98 que não tenha uma; x Substituir uma placa de rede inadequada ou danificada; x Fazer a atualização de uma placa de rede de 10 Mbps para uma placa de rede de 10/100/1000 Mbps. Os computadores laptop e os computadores notebook estão tornando-se cada vez mais populares, da mesma forma que os computadores Pockets PCs e outros dispositivos pequenos de computação. As informações descritas na seção anterior também se aplicam aos laptops. A principal diferença é que os componentes em um laptop são menores - os slots de expansão tornam-se slots PCMCIA, onde as placas de rede, os modems, os discos rígidos e outros dispositivos úteis, geralmente do tamanho de um cartão de crédito, podem ser inseridos nos slots PCMCIA que se encontram ao longo do perímetro, como indicado na figura. A tabela seguinte destaca resumidamente os principais equipamentos utilizados para a interconexão de redes. Vamos lá!! Equipamento Função principal Repeater (Repetidor) ` Equipamento cuja função é realizar a amplificação1 ou a regeneração2 dos sinais de uma rede (via cabo ou wi- fi), quando se alcança a distância máxima efetiva do meio de transmissão e o sinal já sofre uma atenuação 1 Amplifica todas as ondas eletromagnéticas de entrada, inclusive os ruídos indesejáveis. 2 Retira os dados do sinal de transmissão. Em seguida, constrói e retransmite o sinal no outro segmento de mídia. O novo sinal é uma duplicata exata do sinal original, reforçado pela sua força original. Cartão PCMCIA para notebooks Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 14/98 (enfraquecimento) muito grande. ` O repetidor NÃO desempenha qualquer função no fluxo de dados e pertence à Camada 1 (chamada de Camada Física) do modelo OSI. Figura. Repetidor Hub ` Equipamento concentrador de conexões (guarde isso!) que permite a ligação física de cabos provenientes de vários micros. ` Recebe sinais elétricos de um computador e os transmite a TODAS as portas por difusão (os sinais serão enviados a todas as demais máquinas ± broadcast). Adequado para redes pequenas e/ou domésticas. ` É um equipamento da Camada 1 (Camada Física) do modelo OSI. Figura. Hub Switch ` Também chamado de comutador, é um dispositivo que externamente é semelhante ao hub, mas internamente possui a capacidade de chaveamento ou comutação (switching), ou seja, consegue enviar um pacote (ou quadro, se preferir) apenas ao destinatário correspondente. ` Nota: o switch PODE usar broadcast (só usa quando precisa!). ` Opera na Camada de Enlace (Camada 2) do modelo OSI. Bridge ` A ponte é um repetidor inteligente, pois faz controle de fluxo de dados. Ela analisa os pacotes recebidos e Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 15/98 (Ponte) verifica qual o seu destino. Se o destino for o trecho atual da rede, ela não replica o pacote nos demais trechos, diminuindo a colisão e aumentando a segurança. ` Com a ponte é possível segmentar uma rede em "áreas" diferentes, com o objetivo de reduzir tráfego. Essas áreas são chamadas domínios de colisão. ` Também, a ponte é capaz de traduzir os sinais entre duas tecnologias de redes locais diferentes. Ela interliga segmentos de rede de arquiteturas diferentes e permite que eles se comuniquem normalmente (ex.: pode ser instalada ENTRE um segmento de rede Ethernet e um segmento Token Ring). ` Opera na Camada de Enlace (Camada2) do modelo OSI. Access point (Ponto de acesso) ` É o equipamento central para onde todos os sinais de uma rede Wi-Fi do tipo infraestrutura serão mandados. O Access Point, por sua vez, retransmitirá os sinais SDUD� D� UHGH�� FULDQGR� XPD� HVSpFLH� GH� ³iUHD� GH� FREHUWXUD´�SDUD�RV�FRPSXWDGRUHV� ` É um equipamento da Camada 2 (Camada de Enlace) do modelo OSI. Figura. Ponto de acesso ao centro Router (Roteador) ` Equipamento responsável pelo encaminhamento e roteamento de pacotes de comunicação em uma rede ou entre redes. Tipicamente, uma instituição, ao se conectar à Internet, deverá adquirir um roteador para conectar sua LAN (Local Area Network ± Rede de Área Local) ao ponto da Internet. Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 16/98 ` O roteador é um equipamento mais "inteligente" do que o switch, pois, além de poder desempenhar a mesma função deste, também tem a capacidade de escolher a melhor rota que determinado pacote de dados deve seguir para chegar a seu destino. ` Na Internet, os roteadores trocam entre si tabelas de roteamento e informações sobre distância, permitindo a escolha do melhor caminho entre a origem e o destino da conexão. ` É um equipamento da Camada 3 (Camada de Rede) do modelo OSI. Gateway ` Dispositivo usado para interconectar duas redes totalmente distintas. ` Geralmente utilizado para conectar WANs a LANs. ` Atua nas camadas mais altas do modelo OSI (da Camada de Transporte até a Camada de Aplicação). Transmissão de Dados Quando falamos em transmissão, estamos falando do envio de sinais de um ponto a outro. Sinais podem ser analógicos, como os sinais de rádio e tv, ou digitais, como os de computadores. Sinais digitais, que são os que nos interessam, são transmitidos por sinais elétricos que assumem valores de tensão positivos ou negativos, representando os nossos velhos conhecidos 0 e 1. Vejamos algumas características de transmissão de dados. **Formas de utilização do meio físico: Quanto às formas de utilização da ligação, temos a seguinte classificação: - Simplex A transmissão ocorre somente em um sentido, ou seja, somente do transmissor para o receptor. Exemplo: televisão ou rádio. Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 18/98 Figura - Ligação ponto-a-ponto-Liga apenas duas máquinas - ligação multiponto: cada extremidade da ligação pode conter mais de um nó, como no exemplo ilustrado a seguir. Figura- Ligação multiponto ± várias máquinas são ligadas por um mesmo canal de comunicação **Modos de transmissão: Existem dois modos de transmissão de dados: síncrono e assíncrono. x Assíncrono - Nesse modo não há o estabelecimento de sincronia entre o transmissor e o receptor. Dessa forma, o transmissor deve avisar que vai iniciar uma transmissão enviando um bit, chamado de Start Bit. Quando termina a transmissão, o transmissor envia um bit de parada, o Stop Bit. x Síncrono - Nesse modo, a rede funciona baseada em um sinal de sincronização (sinal de clock). Como transmissores e receptores estão sincronizados ao clock da rede, a transmissão pode ser feita sem intervalos, sem que seja preciso indicar quando começa e quando termina a transmissão. Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 19/98 **Problemas na transmissão de dados Podem ocorrer alguns problemas durante um processo de transmissão de dados. x Atenuação - ¬�PHGLGD�TXH�XP�VLQDO�³FDPLQKD´�SHOR�FDQDO�GH�WUDQVPLVVmR� ele vai perdendo potência. Chamamos de atenuação essa perda de potência. A atenuação de um sinal pode ser resolvida utilizando equipamentos repetidores ou amplificadores de sinal, que cumprem o papel de reestabelecer o nível do sinal no caminho entre o transmissor e o receptor. x Ruído - Ruído é qualquer interferência sofrida pelo sinal que possa causar sua distorção ou perda, implicando em falha na recepção. x Retardo - Também chamado de atraso, é a diferença entre o momento em que o sinal foi transmitido e o momento em que foi recebido. Meios Físicos de Transmissão São os meios responsáveis pelo transporte dos sinais que representam os dados em uma rede. Eles transportam um fluxo bruto de bits de uma máquina para outra. Cada meio tem suas características de performance, custo, retardo e facilidade de instalação e manutenção. **Meios de transmissão guiados Os meios de transmissão guiados abrangem os cabos e fios. Cabo Coaxial No passado esse era o tipo de cabo mais utilizado. Atualmente, por causa de suas desvantagens, está cada vez mais caindo em desuso, sendo, portanto, só recomendado para redes pequenas. Entre essas desvantagens está o problema de mau contato nos conectores utilizados, a difícil manipulação do cabo (como ele é rígido, dificulta a instalação em ambientes comerciais, por exemplo, passá-lo através de conduítes) e o problema da topologia. A topologia mais utilizada com esse cabo é a topologia linear (também chamada topologia em barramento) que faz com que a rede inteira saia do ar caso haja o rompimento ou mau contato de algum trecho do cabeamento da rede. Como a rede inteira cai, fica difícil determinar o ponto exato em que está Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 20/98 o problema, muito embora existam no mercado instrumentos digitais próprios para a detecção desse tipo de problema. Cabo Coaxial Fino (10Base2) Esse é o tipo de cabo coaxial mais utilizado. É chamado "fino" porque sua bitola é menor que o cabo coaxial grosso, que veremos a seguir. É também chamado "Thin Ethernet" ou 10Base2. Nesta nomenclatura, "10" significa taxa de transferência de 10 Mbps e "2" a extensão máxima de cada segmento da rede, neste caso 200 m (na verdade o tamanho real é menor). Cabo coaxial fino Cabo Coaxial Grosso (10Base5) Esse tipo de cabo coaxial é pouco utilizado. É também chamado "Thick Ethernet" ou 10Base5. Analogamente ao 10Base2, 10Base5 significa 10 Mbps de taxa de transferência e que cada segmento da rede pode ter até 500 metros de comprimento. É conectado à placa de rede através de um transceiver. Cabo coaxial grosso. Cabos de Par Trançado Esse é o tipo de cabo mais utilizado atualmente. Existem basicamente dois tipos de cabo par trançado: sem blindagem (UTP, Unshielded Twisted Pair) e Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 21/98 com blindagem (STP, Shielded Twisted Pair). A diferença óbvia é a existência de uma malha (blindagem) no cabo com blindagem, que ajuda a diminuir a interferência eletromagnética (EMI) e/ou interferência de frequência de rádio (RFI) e, com isso, aumentar a taxa de transferência obtida na prática. Par Trançado sem Blindagem (UTP) Par Trançado com Blindagem (STP) O par trançado, ao contrário do cabo coaxial, só permite a conexão de 2 pontos da rede. Por este motivo é obrigatória a utilização de um dispositivo concentrador (hub ou switch), o que dá uma maior flexibilidade e segurança à rede. Você deve ter sempre em mente a existência da interferência eletromagnética em cabos UTP, principalmente se o cabo tiver de passar por fortes campos eletromagnéticos,especialmente motores e quadros de luz. É muito problemático passar cabos UTP muito próximos a geladeiras, condicionadores de ar e quadros de luz. O campo eletromagnético impedirá um correto funcionamento daquele trecho da rede. Se a rede for ser instalada em um parque industrial - onde a interferência é inevitável - outro tipo de cabo deve ser escolhido para a instalação da rede, como o próprio cabo coaxial ou a fibra ótica. Ao comprar um cabo par trançado, é importante notar qual a sua categoria: cat1, cat2, cat3, cat4, cat5, cat5e, cat6. Existem várias padronizações relativas aos cabos UTP, sendo comumente utilizado o Padrão de categorias EIA (Eletrical Industries Association). Via de regra, quanto maior a categoria do cabo, maior a velocidade com que ele pode transportar dados. As redes atuais utilizam em sua maioria cabos cat5 e cat5e que suportam redes de 10Mbps, 100Mbps ou 1Gbps. Normalmente, existem conectores apropriados para cada tipo de cabo. No caso dos cabos de par trançado, o conector utilizado é chamado de RJ-45. Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 22/98 Conector RJ-45 O RJ-45 é similar ao conector de linha telefônica, só que maior, com mais contatos. A propósito, o conector de linha telefônica se chama RJ-11. O RJ-45 é o conector apropriado para conectar um cabo de par trançado a placas e outros equipamentos de rede. Cabo Ethernet Par Trançado Direto x Cruzado Ao utilizar cabo de par trançado para sistemas Ethernet (10 Base-T ou 100 Base-TX, por exemplo), você pode ter que utilizar um Cabo Direto (Straight- Pinning) ou um Cabo Cruzado (Cross-over). x O Cabo Direto é utilizado toda vez que você fizer a ligação de um computador para um Hub ou Switch. Neste caso você deve utilizar um cabo conectorizado pino a pino nas duas pontas, obedecendo a codificação de cores 568A ou 568B, conforme a escolhida por você (todas as conexões deverão seguir o mesmo padrão). x O Cabo Cruzado é utilizado toda vez que você fizer a interligação Hub- Switch, Hub-Hub ou Switch-Switch (deve haver apenas um cabo cruzado entre os equipamentos). Nota: A única exceção é na conexão direta de dois micros usando uma configuração chamada cross-over, utilizada para montar uma rede com apenas esses dois micros. Em redes de grande porte, os cabos UTP/STP provenientes dos diversos pontos de rede (caixas conectoras junto aos micros) são conectados a blocos de distribuição fixos em estruturas metálicas. Este conjunto é denominado Patch Panel. A ligação dos blocos de distribuição citados aos hubs e/ou switches se dá através de patch cords. A utilização de Patch Panels confere melhor organização, maior flexibilidade e consequentemente, facilita a manutenção. Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 23/98 Cabos de Fibra Ótica A primeira coisa a notar em um cabo de fibra óptica é que eles não conduzem sinais elétricos, mas pulsos de luz. Em uma extremidade do cabo, há um transmissor que emite pulsos de luz. Os pulsos trafegam pelo cabo até chegar ao receptor, onde são convertidos para sinais elétricos. Essas transmissões são unidirecionais. Na transmissão de pulsos de luz, um pulso indica um bit 1 e a ausência de pulso indica um bit 0. Uma característica importante dos cabos de fibra óptica é que os pulsos podem se propagar por muitos quilômetros sem sofrer praticamente nenhuma perda. Fisicamente os cabos de fibra óptica são parecidos com os cabos coaxiais. São compostos por um núcleo de vidro envolvido por um revestimento também de vidro. Esse revestimento é responsável por não deixar a luz sair do núcleo. Externamente a isso, há uma camada de plástico protetora. Figura - Fibra Óptica Há dois tipos principais de fibras: multimodo e modo único (ou monomodo). A fibra multimodo tem o diâmetro maior permitindo o tráfego de vários pulsos, que vão ricocheteando no núcleo em ângulos diferentes. A fibra modo único tem o diâmetro menor permitindo a propagação do pulso somente em linha reta. Essas fibras são mais caras que as multimodo, mas são muito utilizadas em longas distâncias. Têm capacidade de transmitir dados a 50Gbps por 100Km sem necessitar de amplificação. Outras características da fibra óptica: Baixa atenuação. Só necessita de repetidores a cada 50Km (O cobre necessita a 5Km). Imunidade a interferências eletromagnéticas. Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 24/98 Dimensões e peso reduzidos. Suas dimensões reduzidas possibilitam expandir a estrutura de cabeamento sem que seja necessário aumentar os dutos de passagem dos cabos já existentes. Mil pares trançados com 1Km de comprimento pesam oito toneladas. Duas fibras ópticas pesam 100Kg e têm a mesma capacidade de transmissão. A transmissão é mais segura por não permitir (ou dificultar muito) a interceptação, aumentando a segurança contra escutas. Meios não guiados ± Transmissão sem fio Os meios de transmissão de dados não guiados são os que envolvem o chamado espectro eletromagnético, permitindo o tráfego de dados sem fios. As características das transmissões feitas por espectros eletromagnéticos variam em função da frequência utilizada. Numa escala crescente de frequência, temos as ondas de rádio, as microondas e o infravermelho. Ondas de rádio são omnidirecionais, viajam em todas as direções, o que significa que não é necessário um alinhamento perfeito entre transmissor e receptor. De forma distinta, as microondas trafegam praticamente em linha reta. As ondas de infravermelho por sua vez são muito utilizadas em comunicações de curta distância, como em controle remotos, celulares e PDAs, por exemplo. Também podem ser utilizadas em redes locais sem fio. Ondas de infravermelho não atravessam objetos sólidos. Essa característica é por um lado limitante, entretanto pode ser aproveitada para aplicações que exijam mais segurança. Uma transmissão de dados por ondas de rádio pode ser facilmente interceptada em uma sala ao lado, o que não ocorre em uma transmissão que utilize ondas infravermelhas. A próxima frequência na escala do espectro eletromagnético é a luz visível. Temos então, em sequência: ondas de rádio, microondas, infravermelho e luz visível (depois temos ultravioleta, raios x etc.). É muito interessante observarmos o seguinte: partindo das ondas de rádio, quanto mais nos aproximamos da frequência da luz visível, mais o comportamento das ondas se assemelha ao da luz visível. Por exemplo, as ondas de rádio podem se propagar através de objetos sólidos, mas as ondas de infravermelho, assim como a luz visível, não podem. As ondas de rádio são omnidirecionais, as de infravermelho são mais direcionais, tal qual a luz visível. Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 25/98 A transmissão em uma rede no padrão IEEE 802.11 é feita através de ondas eletromagnéticas, que se propagam pelo ar e podem cobrir áreas na casa das centenas de metros. Os principais padrões da família IEEE 802.11 (Wi-Fi) são: Padrão Frequência Velocidade Observação 802.11b 2,4 GHz 11 Mbps O padrão mais antigo 802.11g 2,4 GHz (compatível com 802.11b) 54 Mbps Atualmente, é o mais usado. 802.11a 5 GHz 54 Mbps Pouco usado no Brasil. Devido à diferença de frequência, equipamentos desse padrão não conseguem se comunicar com os outros padrõescitados. 802.11n Utiliza tecnologia MIMO (multiple in/multiple out), frequências de 2,4 GHz e 5 GHz (compatível portanto com 802.11b e 802.11g e teoricamente com 802.11a) 300 Mbps Padrão recente e que está fazendo grande sucesso. Projetando o Layout - Topologia da Rede A forma com que os cabos são conectados - a que genericamente chamamos topologia da rede - influenciará em diversos pontos considerados críticos, como flexibilidade, velocidade e segurança. A topologia refere-se ao layout, forma como as máquinas/cabos estarão dispostos na rede e como as informações irão trafegar nesse ambiente. Topologia de Rede em Barramento Na topologia de rede em barramento (também chamada de topologia em barra ou linear), os computadores estão dispostos fisicamente de maneira que existe um meio de comunicação central por onde todos os dados da rede de Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 26/98 computadores passam (todas as estações compartilham um mesmo cabo). Este meio é chamado de barra ou bus, sendo que todos os computadores estão ligados apenas a ele. Lembre-se: como um único cabo pode ser conectado a vários computadores simultaneamente, esta estrutura é possível de ser montada com cabos coaxiais e conectores BNC APENAS (esqueça a conexão Barra física com cabos UTP). Então, essa topologia utiliza cabo coaxial, que deverá possuir um terminador resistivo de 50 ohms em cada ponta, conforme ilustra a figura a seguir. O tamanho máximo do trecho da rede está limitado ao limite do cabo, 185 metros no caso do cabo coaxial fino. Este limite, entretanto, pode ser aumentado através de um periférico chamado repetidor, que na verdade é um amplificador de sinais. Figura -Topologia Linear Para pequenas redes em escritórios ou mesmo em casa, a topologia linear usando cabo coaxial pode ser utilizada (se bem que, hoje em dia, não é tão comum encontrar mais esse tipo de rede!). Dentre as principais características da rede barramento cita-se: x A rede funciona por difusão (broadcast), ou seja, uma mensagem enviada por um computador acaba, eletricamente, chegando a todos os computadores da rede. A mensagem em si é descartada por todos os computadores, com exceção daquele que possui o endereço idêntico ao endereço existente na mensagem. É simples entender isso: quando um computador quer falar com outro qualquer, ele envia um sinal elétrico para o fio central da rede... Esse sinal elétrico (que é, na verdade, a comunicação a ser efetuada, é sentido por todas as placas de rede dos computadores). Ou seja, como o caminho central é um fio, ele irá transmitir a eletricidade a todos os que estiverem em contato com ele. x Baixo custo de implantação e manutenção, devido aos equipamentos necessários (basicamente placas de rede e cabos). Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 27/98 x Mesmo se uma das estações falhar, a rede continua funcionando normalmente, pois os computadores (na verdade, as placas de rede, ou interfaces de rede) se comportam de forma passiva, ou seja, o sinal elétrico é APENAS RECEBIDO pela placa em cada computador, e NÃO retransmitido por esta. Essa também é fácil de entender: como as placas de rede dos computadores ligados na rede em barramento funcionam recebendo as mensagens mas não retransmitindo-as, essas placas de rede podem até estar sem funcionar, mas a rede continuará funcionando (demais placas de rede). Se as placas de rede funcionassem retransmitindo, seriam sempre necessárias! Ou seja, a falha de uma delas seria a morte para a rede, que delas necessitaria sempre por causa das retransmissões! ATENÇÃO: Se um conector falhar ou se houver rompimento do cabo, então a rede toda falha. x Quanto mais computadores estiverem ligados à rede, pior será o desempenho (velocidade) da mesma (devido à grande quantidade de colisões). x Como todas as estações compartilham um mesmo cabo, somente uma transação pode ser efetuada por vez, isto é, não há como mais de um micro transmitir dados por vez. Quando mais de uma estação tenta utilizar o cabo, há uma colisão de dados. Quando isto ocorre, a placa de rede espera um período aleatório de tempo até tentar transmitir o dado novamente. Caso ocorra uma nova colisão a placa de rede espera mais um pouco, até conseguir um espaço de tempo para conseguir transmitir o seu pacote de dados para a estação receptora. x Sobrecarga de tráfego. Quanto mais estações forem conectadas ao cabo, mais lenta será a rede, já que haverá um maior número de colisões (lembre-se que sempre em que há uma colisão o micro tem de esperar até conseguir que o cabo esteja livre para uso), o que pode levar à diminuição ou à inviabilização da continuidade da comunicação. x Outro grande problema na utilização da topologia linear é a instabilidade. Como você pode observar na figura anterior, os terminadores resistivos são conectados às extremidades do cabo e são indispensáveis. Caso o cabo se desconecte em algum ponto (qualquer que seja ele), a rede "sai do ar", pois o cabo perderá a sua correta impedância (não haverá mais contato com o terminador resistivo), impedindo que comunicações sejam efetuadas - em outras palavras, a rede pára de funcionar. Como o cabo coaxial é vítima de Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 28/98 problemas constantes de mau-contato, a rede pode deixar de funcionar sem mais nem menos, principalmente em ambientes de trabalho tumultuados. Voltamos a enfatizar: basta que um dos conectores do cabo se solte para que todos os micros deixem de se comunicar com a rede. x E, por fim, outro sério problema em relação a esse tipo de rede é a segurança. Na transmissão de um pacote de dados - por exemplo, um pacote de dados do servidor de arquivos para uma determinada estação de trabalho -, todas as estações recebem esse pacote. No pacote, além dos dados, há um campo de identificação de endereço, contendo o número de nó3 de destino. Desta forma, somente a placa de rede da estação de destino captura o pacote de dados do cabo, pois está a ela endereçada. Se na rede você tiver duas placas com o mesmo número de nó, as duas captarão os pacotes destinados àquele número de nó. É impossível você em uma rede ter mais de uma placa com o mesmo número de nó, a não ser que uma placa tenha esse número alterado propositalmente por algum hacker com a intenção de ler pacotes de dados alheios. Apesar desse tipo de "pirataria" ser rara, já que demanda de um extremo conhecimento técnico, não é impossível de acontecer. Portanto, em redes onde segurança seja uma meta importante, a topologia linear não deve ser utilizada. Topologia em Anel Na topologia em anel, as estações de trabalho formam um laço fechado (todos os computadores são ligados um ao outro diretamente±ligação ponto a ponto), conforme ilustra a próxima figura. Os dados circulam no anel, passando de máquina em máquina, até retornar à sua origem. Todos os computadores estão ligados apenas a este anel (ring). 3 Número de nó (node number) é um valor gravado na placa de rede de fábrica (é o número de série da placa). Teoricamente não existe no mundo duas placas de rede com o mesmo número de nó. Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 29/98 Figura - Topologia em AnelEssa forma de ligação de computadores em rede NÃO é muito comum. As redes Anel são normalmente implementações lógicas, não físicas, ou seja: não é comum encontrar essas redes organizadas REALMENTE em anel, mas na sua maioria apenas funcionando assim (ou seja, é comum as redes serem, por exemplo, fisicamente estrela e logicamente anel ± os micros ACHAM que estão em anel). O padrão mais conhecido de topologia em anel é o Token Ring (IEEE 802.5) da IBM. No caso do Token Ring, um pacote (token) fica circulando no anel, pegando dados das máquinas e distribuindo para o destino. Somente um dado pode ser transmitido por vez neste pacote. Pelo fato de cada computador ter igual acesso a uma ficha (token), nenhum computador pode monopolizar a rede. Quanto à topologia em anel, as principais características que podemos apontar são: x Se um dos computadores falhar, toda a rede estará sujeita a falhar porque as placas de rede (interfaces de rede) dos computadores funcionam como repetidores, ou seja, elas têm a função de receber o sinal elétrico e retransmiti-lo aos demais (possuem um comportamento ATIVO). Em outras palavras, quando uma estação (micro) recebe uma mensagem, ele verifica se ela (a mensagem) é direcionada para ele (o micro), se sim, a mensagem será assimilada (copiada para dentro do micro). Depois disso (sendo assimilada ou não) a mensagem é retransmitida para continuar circulando no Anel. Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 30/98 x Existem redes com topologia em anel que transmitem nos dois sentidos. Desta forma, se um computador falhar, ainda assim a rede continuará funcionando. x A mensagem enviada por um dos computadores atravessa o anel todo, ou seja, quando um emissor envia um sinal, esse sinal passa por todos os computadores até o destinatário, que o copia e depois o reenvia, para que atravesse o restante do anel, em direção ao emissor. x Apresenta um desempenho estável (velocidade constante), mesmo quando a quantidade de computadores ligados à rede é grande. As redes Anel, podem, teoricamente, permitir o tráfego de dados nas duas direções, mas normalmente são unidirecionais. E também não é comum encontrar redes anel físicas (ou seja, redes que apresentam realmente uma ligação em anel). Ao invés disso, é mais comum HQFRQWUDU�D�WRSRORJLD�$QHO�OyJLFD��RX�VHMD��RV�PLFURV�³DFKDP´�TXH�HVWmR� funcionando em anel. Topologia em Estrela Esta é a topologia mais recomendada atualmente. Nela, todas as estações são conectadas a um periférico concentrador (hub ou switch), como ilustra a figura seguinte. Se uma rede está funcionando realmente como estrela, dois ou mais computadores podem transmitir seus sinais ao mesmo tempo (o que não acontece nas redes barra e anel). Figura - Topologia em Estrela As principais características a respeito da topologia em estrela que devemos conhecer são: Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 31/98 x Admite trabalhar em difusão, embora esse não seja seu modo cotidiano de trabalho. Ou seja, mesmo que na maioria das vezes não atue desta forma, as redes em estrela podem enviar sinais a todas as estações (broadcast ± difusão). x Todas as mensagens passam pelo Nó Central (Núcleo da rede). x Uma falha em uma estação (Micro) NÃO afeta a rede, pois as interfaces de rede também funcionam de forma PASSIVA. Ao contrário da topologia linear em que a rede inteira parava quando um trecho do cabo se rompia, na topologia em estrela, mesmo com o rompimento do cabo (que liga uma estação ao nó central) apenas a estação conectada falha. x Uma falha no nó central faz a rede parar de funcionar, o que, por sinal, também é bastante óbvio! O funcionamento da topologia em estrela depende do periférico concentrador utilizado. Se o hub/switch central falhar, pára toda a rede. x Facilidade na implantação e manutenção: é fácil ampliar, melhorar, instalar e detectar defeitos em uma rede fisicamente em estrela. Neste caso, temos a grande vantagem de podermos aumentar o tamanho da rede sem a necessidade de pará-la. Na topologia linear, quando queremos aumentar o tamanho do cabo necessariamente devemos parar a rede, já que este procedimento envolve a remoção do terminador resistivo. x A topologia em estrela é a mais fácil de todas as topologias para diagnosticar problemas de rede. x Custa mais fazer a interconexão de cabos numa rede ligada em estrela, pois todos os cabos de rede têm de ser puxados para um ponto central, requisitando mais cabos do que outras topologias de rede. As redes fisicamente ligadas em estrela utilizam cabos de par trançado, conectores RJ-45 (ou fibras ópticas) e Hubs ou Switches no centro da rede. Há muitas tecnologias de redes de computadores que usam conexão física em estrela, embora funcionem como barra ou anel. A grande maioria das redes atuais, mesmo as que funcionam de outras maneiras (Anel ou Barramento) são implementadas fisicamente em estrela, o que torna os processos de manutenção e expansão muito mais simplificados. Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 32/98 2. Internet: conceitos. Vamos começar o tópico Internet mostrando o conceito de Kurose (renomado autor da área de redes): ³$�,QWHUQHW�S~EOLFD�é uma rede de computadores mundial, isto é, uma rede que conecta milhões de equipamentos de computação em todo o mundo. A maior parte desses equipamentos é formada por PCs (computadores pessoais) tradicionais), por estações de trabalho com sistema Unix e pelos chamados servidores que armazenam e transmitem informações, como páginas Web (World Wide Web ± WWW) e mensagens por e-PDLO�>«@�1R�MDUJmR�GD�,QWHUQHW��WRGRV�HVVHV� equipamentos são chamados de hospedeiros ou sistemas finais. As aplicações da Internet com as quais muito de nós estão familiarizados, como a Web e o e-mail, são programas de aplicação de rede TXH�IXQFLRQDP�QHVVHV�VLVWHPDV�ILQDLV´�� Kurose e Ross (2003, p. 1) Podemos tirar algumas lições daí. Primeiro, que a Internet é uma rede de computadores de alcance mundial. Em concursos públicos, é comum as bancas considerarem que a Internet é uma interligação de redes, ou seja, uma rede de redes. Mas o que é uma rede de computadores, senão um grupo de computadores conectados entre si? Uma rede de computadores é a conexão de dois ou mais computadores para permitir o compartilhamento de recursos e troca de informações entre as máquinas. Existem diversas maneiras de interligar os computadores em rede e de fazer com que a comunicação entre eles aconteça. Didaticamente, acho interessante começarmos com um exemplo simples. Suponha que em sua casa existam dois computadores. Imagine que estes ³PLFURV´�VmR�GH�IDEULFDQWHV�GLIHUHQWHV��PDV�TXH�DPERV�SRVVXHP�XP�DFHVVyULR� que permita o envio e recebimento de mensagens (placa de rede). Um deles, suponha, possui uma impressora instalada e o outro um grande espaço para armazenamento de dados. Seria natural que você quisesse interligar os dois computadores para compartilhar os recursos. Certamente é melhor do que comprar uma nova impressora para o que ainda não possui este recurso. Para tanto, seria necessário conectá-los por algum meio físico (também chamado de enlace de comunicação) como um par de fios. Assim, usando este meio físico, os computadores podem transmitir mensagens entre si. Mas, é importante que RV� FRPSXWDGRUHV� �WDPEpP� FKDPDGRV� GH� QyV�� ³HQWHQGDP´� DV� PHQVDJHQV� recebidas um do outro. De nada adiantaria poder transmitir uma mensagema um computador se este não puder processar a informação e responder a contento. Observe que, em muitos casos, os computadores possuem uma Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 33/98 estrutura interna diferente, inclusive no modo de operação. Daí, uma solução seria criar uma padronização na forma de comunicação de modo que ambos possam conversar utilizando as normas de comunicação estipuladas (protocolo de comunicação). Figura 1: Dois computadores interligados Pronto! Temos uma rede de computadores residencial. Os nós da rede podem, agora, prestar serviços um ao outro. Um deles pode solicitar um serviço, como a impressão de um arquivo e o outro fornecer o serviço de impressão. Da mesma forma, um deles pode funcionar como um servidor de arquivos, permitindo que o outro ± cliente ± usufrua do recurso compartilhado. Incrementando o exemplo acima: imagine, agora, uma casa com três computadores, sendo dois computadores de mesa e um notebook. Na casa em questão tem uma impressora instalada em um dos computadores de mesa. Será criada uma rede que interligará os três computadores permitindo que o computador onde a impressora está instalada compartilhe-a com os demais. Assim, a partir de um dos computadores da rede será possível enviar um arquivo para a impressora compartilhada. Além da impressora a rede permitirá o compartilhamento de outros recursos, como discos rígidos, leitores de DVD e acesso à Internet. Esta rede de computadores pode crescer incrementando novos nós aos dois já interconectados. Seria preciso adicionar placas de rede aos computadores já existentes para criar uma conexão física entre eles. Mas, se para cada novo computador fosse necessário acrescentar uma nova placa de rede para cada um dos já existentes, além de fios interligando cada par de computadores da rede, imagine como ficaria um conjunto de 5 computadores! Seriam 4 placas de rede em cada um e mais 4 pares de fios interligando os computadores 2 a 2. Um total de 20 placas de rede e mais 20 pares de fios! Nem pense se estivéssemos falando de uma empresa com 100 computadores! Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 34/98 Figura 2. Rede com 3 computadores Felizmente existem diversas tecnologias que permitem a conexão de computadores em rede. Por exemplo, a tecnologia em barra oferece uma ³EDUUD´� RQGH� WRGRV� RV� FRPSXWDGRUHV� VH� FRQHFWDP�� $V� PHQVDJHQV� VmR� transmitidas por meio da barra para todos os computadores conectados a ela. Outra forma de conexão permite que um computador conecte-se a apenas dois outros. Um para o qual ele transmite as mensagens e outro do qual ele recebe. Como em um anel de computadores. Existem, ainda, formas de conexão que utilizam equipamentos especiais para gerir a transmissão de mensagens. Seria como se um computador enviasse a mensagem para o gestor e ele a encaminhasse diretamente ao destino. E não podemos nos esquecer que existe a comunicação sem fio, cada dia mais presente em nossas casas. E que tal interligar a rede da sua casa imaginária com as redes das casas vizinhas? Com equipamentos adequados para levar as mensagens de uma rede à outra, poderíamos criar redes cada vez maiores! Este é o princípio da Internet. Uma congregação de redes de computadores que utilizam um protocolo de comunicação para se comunicar. Exemplo 2: Imagine que exista uma rede em cada apartamento de um determinado prédio e que seus moradores desejam compartilhar recursos. Se as redes fossem conectadas de alguma forma, seria possível compartilhar os recursos entre os moradores, inclusive o acesso à Internet! Em qualquer rede p�SRVVtYHO�GLVSRQLELOL]DU�³VHUYLoRV´�FRPR��SRU�H[HPSOR��XP�ORFDO�HVSHFtILFR�SDUD� armazenar músicas ao qual todos possuam acesso. Suponha que os condôminos tenham escolhido um computador para armazenar arquivos que todos possam acessar a partir de outro computador conectado à rede do edifício. O computador que armazena os arquivos compartilhados é chamado GH� ³VHUYLGRU� GH� DUTXLYRV´� H� RV� GHPDLV� VmR RV� ³FOLHQWHV´�� 7HPRV� DTXL� XP� sistema cliente-servidor. Os clientes pedem o serviço e os servidores os executam. Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 35/98 Figura 3: Edifício com computadores interligados Exemplo 3: Imagine, por fim, diversos edifícios em uma cidade. Todos criaram suas próprias redes de computadores com seus serviços específicos (com regras específicas de funcionamento). Em cada prédio, suponha, existem diferentes tipos de computadores, com diferentes formas de comunicação entre eles. Assim, a rede interna de um prédio não consegue comunicar-se diretamente com a rede de outro prédio. Problema? Não se criarmos regras padronizadas para o trânsito dos dados de uma rede para outra. Esta SDGURQL]DomR�GDV�QRUPDV�GH�FRPXQLFDomR�H[LVWH�H�p�FKDPDGD�GH�³SURWRFROR�de UHGH´�� e� R� SURWRFROR� GH� UHGH� TXH� SHUPLWH� D� FRPXQLFDomR� HQWUH� DV� UHGHV� GH� computadores, independente da forma como os computadores de uma rede comunicam-se internamente. Para interligar as diversas redes, basta que exista um ponto de entrada e saída em cada rede onde os dados são convertidos do padrão interno da rede para o padrão comum a todas as redes conectadas. Eis aqui o princípio básico da Internet. Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 36/98 Figura 4. Exemplo de rede conectando-se a outras redes Estes exemplos permitem entender e armazenar em nossa memória interna (use sua memória de longa duração) vários conceitos importantes no contexto da Internet. O objetivo principal de toda rede sempre foi o de compartilhar recursos e oferecer serviços aos usuários. A Internet é uma rede de redes, portanto, motivou-se na busca do compartilhamento de recursos (principalmente informação), ofertando os mais diversos recursos. É uma rede cliente-servidor (cliente = solicitante de serviços / servidor = fornecedor de serviços) de proporções mundiais conectando os computadores, independente do modo de operação interno de cada um deles. Geralmente, as redes de computadores recebem uma classificação quanto à abrangência da rede. Uma rede pequena, limitada a um prédio, por exemplo, é dita uma Local Area Network ± LAN (rede local). Uma rede com abrangência maior, como uma cidade, é chamada Metropolitan Area Network ± MAN (rede metropolitana). Já uma rede de proporções maiores que uma cidade é chamada Wide Area Network ± WAN (rede de alcance global). A Internet é uma WAN, uma rede de redes de computadores de alcance mundial, que interliga milhões de dispositivos espalhados pelo mundo. Estes dispositivos são, em sua maioria, computadores pessoais, estações de trabalho, servidores, que armazenam e transmitem informações. Todos estes equipamentos são chamados de hospedeiros (hosts) ou sistemas terminais, que se utilizam de protocolos de comunicação para trocar informações e oferecer serviços aos usuários da rede. Eles, os hosts, executam as aplicações de rede, como as páginas da World Wide Web ± WWW e o correio eletrônico. Mas observe que existem limitações para compartilhar o mesmo meio físico. Por isso, a Internet é uma rede onde nem todos os computadores estão interligados diretamente. Existe a interligação indireta via rede comutada. A ideia deste tipo de conexão é que equipamentos especiais ± comutadores ou Noções de Informática ʹ PF Teoria e questõescomentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 37/98 roteadores ± realizem a interligação de redes, mesmo que estas utilizem tecnologias diferentes. Neste ponto, podemos perguntar: mas se as redes interligadas podem utilizar tecnologias diferentes, não poderiam existir falhas de comunicação, já que SRGHULDP� ³IDODU´� OtQJXDV� GLIHUHQWHV"� 6LP�� DV� UHGHV� SRGHP� VHU� FULDGDV� FRP� padrões de comunicação diferentes. O que resolveu o problema de comunicação entre elas, inclusive entre os computadores de fabricantes diferentes, foi o protocolo de comunicação. O protocolo é uma padronização, uma regra que define a forma da comunicação entre os computadores. No caso da Internet, o protocolo padrão é o TCP/IP. Este protocolo é, na verdade, um conjunto de vários protocolos e recebeu este nome por conta dos dois mais conhecidos (e primeiros) protocolos do pacote: o TCP (Transmition Control Protocol) e o IP (Internet Protocol). Na Internet, as mensagens encaminhadas de um computador a outro são transmitidas por meio de um caminho definido pelo protocolo IP (rota). Este caminho passa pelos roteadores (routers ou gateways) que armazenam e encaminham as mensagens para outros roteadores até o destino final. É uma técnica conhecida como comutação (a comutação é o processo de interligar dois ou mais pontos entre si) por pacotes, diferente da técnica de telefonia ± comutação por circuito. A grande diferença entre estas tecnologias de comutação é que na comutação por pacotes, a mensagem é dividida em pacotes e cada pacote pode percorrer caminhos (rotas) distintas, de forma independente uns dos outros, enquanto na comutação por circuitos é criado um caminho dedicado entre a origem e o destino para que a comunicação ocorra. Um bom exemplo de comutação por circuito é a rede telefônica. É preciso estabelecer a comunicação (de modo físico mesmo) entre os dois pontos comunicantes para, depois, realizar a transmissão da voz. Olhando a Internet mais detalhadamente, identificamos a periferia da rede, onde ficam os computadores que executam as aplicações, e o núcleo da rede formado pelo grupo de roteadores que interligam as diversas redes. Há o entendimento comum de que na periferia da rede estão os hospedeiros ou sistemas terminais (hosts). São assim chamados por hospedarem as aplicações. Podemos citar como programas de aplicação da Internet: o correio eletrônico, a World Wide Web, a transferência de arquivos etc. A Internet opera em um sistema cliente/servidor, onde os hosts podem participar como clientes (solicitando recursos) e/ou servidores (fornecendo recursos). O protocolo da Internet (TCP/IP) fornece as regras para que as aplicações sejam criadas de acordo com este princípio (cliente/servidor). Os programas trocam informações entre si, mesmo estando em hosts diferentes. O TCP/IP fornece um canal de comunicação lógico entre as aplicações por meio Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 38/98 GDV�FKDPDGDV� ³SRUWDV´��3RU�H[HPSOR�� TXDQGR�GLJLWDPRV�XP�HQGHUHoR�GH�XP� site em nosso programa navegador Internet (browser) ± cliente ± acionamos uma comunicação entre o navegador e o servidor Web indicado no endereço. Neste caso, uma porta de comunicação é indicada internamente para a solicitação e outra para a resposta. Geralmente, a porta de um servidor Web é a porta 80. Neste prisma, os equipamentos que realizam a conexão entre o cliente e o servidor funcionam como caixas-pretas, transmitindo a mensagem entre os comunicantes. Vale observar que nem todas as aplicações da Internet funcionam exclusivamente como cliente ou como servidor. Existem programas que realizam os dois papéis, ora clientes, ora servidores. Quem desejar criar uma aplicação distribuída na rede Internet, deverá escolher entre dois serviços disponíveis na Internet para suportar as aplicações: o serviço orientado à conexão e o serviço não orientado para conexão. O SULPHLUR�p�XP�VHUYLoR�FKDPDGR�³FRQILiYHO´�SRLV�JDUDQWH�D�HQWUHJD�GRV�GDGRV� transmitidos ao destinatário em ordem e completos, enquanto o último não garante a entrega nem, quando a entrega acontece, a ordem ou que os dados estejam completos. Pelas próprias características da comunicação na Internet, não há garantias quanto ao tempo de transmissão. Tenha sempre em mente que a Internet é uma infraestrutura na qual as aplicações são disponibilizadas. Para usufruir da rede Internet, os sistemas finais (hosts) devem conectar-se a uma rede fornecida por um Provedor de Serviços Internet (Internet Service Provider). Este provedores ± locais ± conectam-se a provedores regionais e estes a provedores nacionais ou internacionais. Em suma, é uma arquitetura hierárquica, onde o usuário conecta-se por meio de uma rede de acesso (linha telefônica discada, ADSL, rede corporativa, rede 3G etc.). Existem diversos tipos de conexão. Vejamos os principais: 1. Acesso discado (dial-up): a conexão é realizada por meio de linhas telefônicas convencionais (discadas). É preciso possuir um acessório chamado modem (modulador/demodulador), que é capaz de converter os sinais digitais do computador para os sinais analógicos da linha telefônica. Neste tipo de conexão, o a linha telefônica ficará ocupada enquanto durar a conexão. É uma conexão lenta (baixa taxa de transmissão de dados ± 56Kbps4). 2. ISDN (Integrated Services Digital Network): também chamada de RDSI (Rede Digital de Serviços Integrados) ou de Linha Dedicada, é uma tecnologia que, como o acesso discado, utiliza a linha telefônica comum. Por isso sua grande desvantagem, além de ser lento em 4 Kbps = Kilobits por segundo. Um bit é a menor porção de informação para o mundo computacional. Um conjunto de 8 bits forma um byte e permite representar um símbolo para o computador (letra, dígito, caractere especial). O Kilo, quando estamos falando de unidade de memória do computador, vale 1024 unidade. No caso, 1 Kbits = 1024 bits = 128 bytes Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 39/98 comparação com as novas tecnologias, paga-se pulsos telefônicos. No ISDN tem-se à disposição duas linhas de 64 Kbps cada uma, que podem ser usadas tanto para conexão à Internet quanto para chamadas de voz normais. O usuário pode escolher se irá utilizar as duas linhas em uma determinada conexão ou se deixará uma disponível para ligações de voz. Se fizer a primeira opção, terá uma velocidade total de 128 Kbps. Mas, de outro lado, conectando-se com as duas linhas, paga-se o dobro! 3. ADSL (Assymetric Digital Subscriber Line - Linha Digital Assimétrica de Assinante): tecnologia em grande expansão no Brasil. É um meio de acesso com velocidades altas (banda larga). A grande vantagem do ADSL é permitir acessar a Internet sem ocupar a linha telefônica. É preciso um modem para acessar a rede, conectado ao mesmo fio da linha telefônica, mas sem ocupar o canal por completo. É possível navegar e falar ao telefone ao mesmo tempo! O macete da tecnologia ADSL é utilizar frequências não utilizadas para a voz na linha telefônica. Assim, o modem do usuário pode ficar conectado ao modem da operadora em tempo integral sem a necessidade de ocupar o canal de voz, nem utilizar pulsos telefônicos. 4. Cabo: A conexão via cabo utiliza a mesma infra-estrutura (cabo) do serviço de TV por assinatura, por onde trafegam, ao mesmo tempo, tanto o serviço de televisão quanto os dados de internet. Por isso, a oferta deste tipo de acesso está restrita às regiões onde também existe o serviço de TV paga via cabo. Tal acesso exige umcable modem e um PC com placa de rede. Um aparelho chamado splitter separa o sinal de TV dos dados da web, e o cable modem permite o acesso de seu PC à rede mundial. Uma das vantagens desse tipo de serviço é que a conexão com a web está permanentemente ativa; basta ligar o computador e sair navegando. 5. Satélite: Para efetuar uma conexão com a Internet via satélite, é preciso que o usuário possua uma antena para capturar o sinal do satélite e transmitir para o computador. Por sua vez o computador precisa possuir receptores para este tipo de sinal: modem de satélite. Uma das boas vantagens deste tipo de conexão é que o acesso torna- se independente de localização. Ainda que se esteja em zonas afastadas e esquecidas do Brasil, onde não é oferecido acesso à Internet pelos meios mais convencionais, o acesso via satélite funciona, pois a cobertura atinge todo o território nacional. Só que quanto mais remoto for o local da instalação, mais potência a antena a ser utilizada deve ter. Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 40/98 6. Celular: É possível acessar a Internet via rede celular. Antigamente era uma conexão muito lenta e cara. Atualmente, tem crescido bastante e ofertado boas velocidades de conexão, especialmente após a chegada da tecnologia chamada rede 3G. 7. Rádio: O acesso à internet por rádio é uma forma de acessar a rede sem precisar utilizar fios. É a famosa rede Wireless. Com equipamentos adequados, como roteador sem fio e access point, é possível construir uma rede sem fios para acessar a Internet. 8. Rede elétrica (conhecida como PLC - Power Line Communication): já homologada pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), essa tecnologia permite acesso à Internet pela rede elétrica. Endereço Internet Você já parou para pensar como o seu computador consegue conectar-se a outro, bastando apenas digitar o nome do computador desejado? Como um programa de navegação consegue saber onde está o recurso solicitado? Você pode até imaginar que seu computador conhece todos os demais da rede, mas será que é assim mesmo? Se a Internet possui milhões (ou bilhões!) de computadores conectados, como o seu computador pode conhecer e conversar com todos eles? Primeiramente, devo esclarecer que cada computador da rede Internet/intranet possui uma identificação única. Esta identificação é um número da forma: XXX.XXX.XXX.XXX (onde X é um dígito decimal). São quatro grupos de 3 até 3 dígitos cada (0 a 255). Assim, o menor número é 0.0.0.0, enquanto o maior é 255.255.255.255. Cada host da Internet possui um número dentre estes quase 4 bilhões de possibilidades. Se você souber o número associado a um computador acessível na Internet, então poderá ³FRQYHUVDU´� FRP� HOH�� $JRUD�� GHFRUDU� XP� Q~PHUR� VHTXHr destes não é fácil, imagine conhecer todos os números do mundo! Por isso, ao invés de trabalharmos com o número (endereço) de um computador ± chamado números IP ± utilizamos um nome para acessar a máquina. Este nome é o endereço Internet do recurso. E como o computador faz para saber o número (endereço) de um nome? O segredo está no DNS (Domain Name System ± Sistema de Nomes de Domínio). O DNS é um sistema que torna possível que qualquer computador encontre qualquer outro dentro da Internet quase instantaneamente. O seu computador faz uma pergunta a um computador participante do Sistema de Nomes de Domínio e este ou encontra a informação que você deseja (no caso Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 41/98 o endereço do recurso procurado), ou se encarrega de encontrar a informação de que você precisa, fazendo perguntas a outros computadores. Você, certamente, concorda que para nós, humanos, é mais fácil memorizar nomes do que números. Como os computadores só se conhecem pelo número, foi criado um mecanismo que permite a tradução do nome de um recurso para o número que os computadores usam em sua comunicação. Inicialmente, a lista de computadores da Internet era pequena e cada computador da rede mantinha uma lista com os nomes e endereços de todos os demais, sendo que havia uma centralização da lista (quando havia alterações, o computador centralizador enviava novas cópias das listas aos demais). Depois da explosão de máquinas na rede, a utilização da lista de nomes ficou inviável. Foi aí que apareceu o DNS. Com ele houve a descentralização da informação sobre os nomes dos computadores da rede. De um modo simplificado, podemos dizer que hoje cada rede possui um computador que conhece os computadores presentes em sua rede e quem quiser conectar-se a um destes computadores deve perguntar a este computador. Para encontrar um computador, o solicitante vai perguntando aos computadores da rede que vão indicando o endereço do computador ou a quem pode perguntar. Hoje existem 13 servidores DNS principais (chamados de servidores raiz) espalhados no mundo e sem eles a Internet não funcionaria. Destes 13, dez estão localizados nos EUA, um na Ásia e dois na Europa. Para aumentar a quantidade de servidores disponíveis, uma vez que os clientes consultam a base para recuperar o endereço IP de um recurso, foram criadas, desde 2003, várias réplicas e espalhadas pelo mundo, inclusive o Brasil. Segundo o registro.br, que é o responsável pelo gerenciamento dos domínios EUDVLOHLURV��³'16�p�D�VLJOD�SDUD�Domain Name System ou Sistema de Nomes de Domínios. É uma base de dados hierárquica, distribuída para a resolução de nomes de domínios em endereços IP e vice-YHUVD´��2�'16�p�XP�HVTXHPD�GH� gerenciamento de nomes e define as regras para formação dos nomes usados na Internet e para delegação de autoridade na atribuição de nomes. É, também, um banco de dados que associa nomes a atributos (entre eles o endereço numérico) e um algoritmo (programa) para mapear nomes em endereços. Por meio do DNS é possível converter um nome de domínio em um endereço que permite a comunicação entre os computadores. A estrutura dos nomes de domínios é em forma de árvore, sendo que cada folha (ou nó) da árvore possui zero ou mais registros de recursos. A árvore está subdividida em zonas, sendo uma zona de DNS uma coleção de nós conectados. Seguindo a ideia de uma árvore, o nível mais alto de um nome de domínio é chamado raiz e é representado por um ponto. Este é o nível mais alto para todos os domínios do mundo. Os níveis seguintes são: país de Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 42/98 origem, categoria e domínio. Observe que um domínio pode conter vários subdomínios. Observe o exemplo abaixo: Figura. Exemplo de Nome de Domínio ([LVWHP� DOJXQV� GRPtQLRV� TXH� VmR� ³JHQpULFRV´�� RX� VHMD�� SRGHP� VHU� XWLOL]DGRV� tanto para pessoas físicas quanto jurídicas e, no caso americano, sem a designação do país de origem. São eles: Domínios Destinação .COM Entidades comerciais. .EDU Entidades educacionais .NET Provedores de acesso .ORG Entidades sem fins lucrativos .INT Organizações estabelecidas por tratados internacionais .GOV Apenas para o governo americano. Os demais devem adicionar o nível país. .MIL Idem anterior para as forças armadas americanas Tabela. Tabela com domínios genéricos sob gestão dos EUA Noções de Informática ʹ PF Teoria e questões comentadas Prof. Alexandre Lênin ʹ Aula 0 Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 43/98 Veja a tabela abaixo. Ela foi extraída do site registro.br, entidade responsável pelo registro dos domínios
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