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" Lá Revolucion de Santo Domingo"

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Resenha da obra: “Lá Revolución de Santo Domingo”
Autor: David Geggus
Aluno: Alessandro Léccas Marçal Neves
Professor: Thiago Krause
Disciplina: América III
 No primeiro momento, o autor já introduz a importância da Revolução Haitiana num contexto global e inserido na temporalidade da “ Era das Revoluções”, onde ele afirma que a Revolução que transformou Santo Domingo em um Haiti independente, provocou profundas transformações no campo social e econômico. Dando prosseguimento, a conjutura era relativamente favorável para essa inssureição, já que naquele período víamos revoluções tanto na América do Norte quanto do Sul, e na Metrópole Francesa, com isso, o David deixa ao entender que toda realidade daquele período influenciou absurdamente o movimento haitiano, que como o autor ressalta, lutou por liberdade, igualdade e indepêndencia de forma única. 
 No campo econômico que precedeu a revolução, devemos citar a importância que Santo Domingo interpretava para sua Metrópole, já que era a maior exportadora da América e abastecia majoritariamente o mundo europeu, tal ponto aqui levantado vai de encontro ao do autor, onde ele afirma que a colônia era o principal fornecedor de produtos tropicais para a Europa, onde no seu apogeu, exportava muito mais que Estados Unidos, México e Brasil, sem contar no protagonismo que exercia em relação ao tráfico de negros escravizados, além de todos esses motivos internos a importância de Santo Domingo para a metropóle francesa explica-se pela conjuntura de uma certa estaganação econômica da França no período do Antigo Regime. 
 Já no âmbito populacional e suas características, tinhamos uns 30 mil brancos de elite e de acordo com David, um número equivalente de negros livres. A população cresceu absurdamente, o autor indica que em toda América, a população de Santo Domingo apresentou o crescimento mais veloz, além da rapidez de crescimento populacional, ela apresentava outra característica marcante, que era a discreprância entre negros e brancos, e negros livres e negros escravizados. Os negros escravizados tinha majoritariamente origens africanas, os negros livres poderiam ter diversas “origens”, entretanto, um ponto que foi importantíssimo para entendermos o processo revolucionário era que apesar de serem livres, esse grupo de negros estava subordinado as mesmas leis discriminatórias que afetavam todos os negros no continente americano, causando um certo descontentamento evidente e que poderia tornar-se uma situação perigosa, como foi pertinentemente apontado pelo autor. A realidade populacional censitária era essa, no entanto, deve-se também elucidar o descontentamento dos colonos de Santo Domingo quanto ao Mercantilismo francês recheado de autoritarismo, David afirma que apesar de todas as diferenças e das dificuldades de fazer algo parecido, os colonos viam a indepedência Norte-Americana como um exemplo atrativo, além disso, um protetorado britânico era uma alternativa que era altamente atrativa para os colonos de Santo Domingo.
 Após dar um panorama geral da conjuntura principalmente interna, Geggus introduz um novo tópico encarregado de abrodar a relação ou a importância (não posso definir qual dos termos seria o mais correto) que a Revolução Francesa exerceu na indepência do Haiti. O autor introduz esse tópica abordando uma relação baseada na parecida temporalidade, onde os dois movimentos começam com a convocação dos Estados Gerias e terminam concomitantemete com a ascensão de Napoleão Bonaparte, além disso, ele afirma que essa ideia de liberdade propagada em Santo Domingo não começou naquele período e não aprendeu-se na ou com a França, no entanto, é claro que que as notícias que chegavam as colonias ajudavam a enfraquecer a estrutura de poder tradicional (extremamente importante para a relação entre Metrópole e Colônia de exploracão). Entretanto, o autor introduz um fator que se contrapõe a toda essa questão da insastifação colonial, onde após o chamamento dos Estados Gerais pelo Governo Real, os mesmos não tinham a mínima intenção de discutir a questão colonial, indo mais além, David afirma que os colonos que participaram da reunião não sabiam o necessário para debater a questão colonial. Ele cita a organização que surgira naquele período, que era uma espécie de sociedade conhecida como Amis des Noirs, onde seus membros tinham a motivação de abolir o comércio de negros escravizados, mesmo assim, esse movimento nunca se popularizou (o autor cita a Grã-Bretanha, para contrapor essa não popularização). Já em 1790, a postura era a de não fazer nenhuma discussão em torno da questão colonial, já que a mesma poderia representar uma ameaça para a prosperidade econômica francesa. Sendo assim, os colonos focaram em outro ponto (já que como Geggus afirma, uma parte dos seus interesses não conseguiria ser realizada), no qual desejavam uma liberdade política, na qual, as colônias não participariam da nova Constituição Francesa, e teriam uma constituição própria redigida pelos próprios colonos e que deveria ser aprovada pela Metropóle. Dando prosseguimento, o autor afirma que os colonos aproveitaram-se de toda a paralisia francesa e alcançaram avanços comerciais, militares, onde com a contribuição de donos de terras e advogados, construíram uma guarda nacional baseada na milicia que já existia, redigiram uma constituição que ignorava e excluía a autoridade francesa, apesar desses avanços, a questão racial volta em pauto mais uma vez, quando os negros livres desejavam participar da mudança junto aos colonos brancos, no entanto, essa discussão não poderia acontecer (de acordo com o pensamento dos colonos brancos) pois, fazendo isso, você daria poder político ao negro, eles fundamentam o argumento afirmando que a discrimanação racial é o baluarte principal da escracvidão, o autor cita o comerciante Vincent Ogé, um negro que tentou iniciar uma rebelião mas foi assassinado brutalmente assim como seus seguidores, com o intuito de mostra uma espécie de poder simbólico e executivo. Finalizando o tópico, David relata os negros livres que superandos os colonos brancos numéricamente, na lado Oeste e Sul de Santo Domingo, entretanto, fator preponderante nessa análise do autor, foi a rebelião de negros escravizados que pegou os dois lados de surpresas, através de saques de plantações, munições, e apesar de lutarem contra as tropas francesas de doze mil soldados, eles não não se abateram e através de suas táticas de guerra e contando com as doenças tropicais que abateram boa parte das tropas francesas, e quando depararam-se com a derrota conseguriam a opção de negociar Apesar de ser uma rebelião de escravos, o autor acredita que os escravos que participaram deste movimento não tinham uma consciência de grupo e tinham no seu imaginário uma liberdade individual e não uma questão de abolicionismo, ele cita o lider rebelde Biassou, como um exemplo dessas características citadas anteriormente. Para finalizara o tópico, os girondinos enviaram a colônia um Comissário-Civil, Sothonax, que de acordo com Geggus chegaria a colônia com tropas e poderes ditatoriais, já em 1793, o comissário já começou a avançar contra inssurreições de escravos, e por fim e num âmbito de mudança de equilíbrio, a França declara guerra tanto a Grã-Bretanha quanto a Espanha
 Neste momento da obra, o autor entra de fato no conflito que geraria a independência, logo após esse tópico, ele já trabalhará sobre os desdobramentos da revolução haitiana, de extrema importância e em que muitas vezes foi silenciada num contexto de historiografia eurocêntrica. Num primeiro momento do conflito, ocrreram invasões estrangeiras, que na realidade não eram de fato invasões já que foram “ convidados” por proprietários de terra, tais estrangeiros tinham uma concepção de conquista fácil, muitos escravos foram contratados insurgentes mercenários, a França, obviamente não tinha como se sobrepor a essa proposta, por isso, Sothonax em um ato desesperado, como diria o ator, em 1793 decidiu abolir a escravidão, tal aboliçãoperpertuou-se também nas outras colônias francesas, e os escravos foram declarados como cidadãos. Nesse contexto os colonos brancos perderam uma gigante parte do seu protagonismo, muitos fugiram da colônia, outros até mesmo foram assassinados. Uma mudança de panorama extremamente interessante para a conjuntura, foi a mudança de lado do terceiro general dos auxiliares negros, Toussaint Louverture, tal fator explicita o acontecimento no qual, pela primeira vez naquele período que a ideologia libertária francesa ia de encontro com a com a força e vontade de liberdade negra, e os dois, convergiam com os recursos e aparatos de um Estado Moderno, e a partir desse momento, Geggus afirma que a guerra de Santo Domingo tornou-se uma batalha pelo futuro da escravidão e da igualdade racial. Quanto as “invasões estrangeiras”, após duas derrotas tanto na colônia e quanto na Europa, a Espanha retirou-se da guerra, já a Grã-Bretanha, enviou a colônia um número muito maior de soldados, além disso, usaram um número amplo de negros apesar de sua grande luta era manter a escravidão e a economia de exportação, ou seja, uma atitude altamente ofensiva, entretanto, progressivamente, a Grã-Bretanha adotou uma postura no tanto defensiva.Em 1798 os britânicos foram expulsos por Toussaint, importante personagem para entendermos toda a conjuntura de Santo Domingo. Louverture, foi um negro liberto, que nasceu escravo nesse território, destacou-se militarmente num primeiro momento pelo lado espanhol, já num segundo momento, liderou um exército muito bem treinado composto majoritariamente pelos negros libertos que haviam sido escravizados, de origem africana. Toussaint, deporta Sothonax e após a expulsão dos britânicos, ele lidera a colônia por inteira com exceção da parte Sul, onde David relata um confronto os negros libertos comandados por André Rigaud, tais componentes desse exército, seriam os mesmos que ao mais tardar, no conflito com Toussaint pelo dominío da colônia de Santo Domingo, voltariam-se contra seu próprio líder, com isso, Toussaint agora dominava todo o território de Santo Domingo, inclusice o Sul da colônia. Louverture, apesar de aparentar uma lealdade a França, assinou um pacto de não agressão secretos tanto com a Grã-Bretanha tanto como com os Estados Unidos, além de expulsar os corsários franceses e em 1801 ocupou a área espanhola de Santo Domingo e promulga uma constituição que tentava apagar totalmente a relação de poder (dominante e dominado) entre Santo Domingo e França. Esse conjunto de fatores que agregam um certo autoritarismo ao líder, já que suas premissas não são nadas democráticas, onde ele atribue a si o direito de escolher seu sucessor e centraliza todo o poder em suas mãos. Econômicamente, Toussaint, seguiu os passos de Sothonax e tentou reavivar a economia, e no âmbito social, existe a idéia de que ele tentou criar uma colônia multifacetada, com diferentes racias e com uma certa igualdade, no entanto, como o autor endossa, as duas idéias não são exatas e muitos historiadores divergem em relação a essas opiniões, alguns até dizem que Toussaint explorava as massas africanas, perseguia homens de cor, e endossava o retorno de colonos brancos para prevenir-se de um ataque francês, já historiadores haitianos, acreditavam que Toussaint tinha um intuito de declarar um Estado independente. Geggus crava que a única coisa que podemos afirmar de fato, é que esse novo regime de Toussaint, teve pouco tempo para “mostrar pra que veio” (usando uma expressão popular da cultura brasileira). Nos aproximando do conflito no qual São Domingo tornaria-se independente, devemos esclarecer que o autor adota uma postura na qual, o mesmo, afirma que que a independência era uma ultima opção, e tal opção faz-se presente e necessária quando Napoleão Bonaparte ataca a colônia, com o intuito de retomar todo o controle francês sobre a colônia, além de deportar e punir todos os oficiais negroas ali presentes, além de readotar o a escravidão e todo o sistema institucional e social da discriminação social, comandados por Victor Leclerc, o autor afirma que as tropas tinham uma aparência euroamericana, já que as tropas francesas contaram num primeiro momento com o apoio estrangeiro dos espanhóis, norte-americanos e ingleses principalmente. Entrentanto num primeiro momento, David afirma que o povo de São Domingo não reagiu, principalmente por não compreender as reais intenções francesas sem contar com uma certa descrença (de acordo com o autor) com Toussaint, com isso, após 3 meses de luta intensa, Toussaint rendeu-se em 1802 e logo em seguida deportado, no entanto, o foco mantém-se na colônia, quando Geggus apresenta uma diferença interessante, onde Leclerc, diferentemente dos britânicos e espanhóis, chegou na colônia, no período conhecido como “ mais favorável do ano”, entretanto, isso não os imunizou em relação as doenças tropicais e, a partir do momento em que a população de Santo Domingo descobriu as intenções francesas, moldou-se uma resistência popular, aliados a principalmente ex-negros escravizados que anteriormente apoiavam os franceses, sem contar que a violência empregada pelas tropas francesas foram extremamente mais intensas, o autor adota o termo prática genocidas. A frança perdeu todo o apoio, além disso, reinstaurou-se um clima tensional no âmbito europeu, onde a Grã-Bretanha decide dar apoio naval ao general Dessalines na luta contra os franceses, fazem isso não por terem construído uma consciência social, mas sim, pelo aquilo que David afirma muito pontualmente ao meu ver, onde para os europeus, era muito melhor um país negro no Caribe independente, do que uma expansão agressiva francesa, portanto, com a perda desse apoio estrangeiro, lutando contra o bloqueio britânico, assolado pelas febres tropicais (ponto que já foi tocado nessa resenha) e é claro, enfrentando uma resistência do povo de Santo Domingo, em 1803, os franceses desocupa a colônia e em 1804, Jean-Jacques Dessalines, proclama a indepêndencia do Haiti. Posteriormente essa elucidação, os autores entram num contexto de construção de identidade, primeiro fator que vai de encontro a minha afirmação, é o proprio nome (Haiti), um nome que como relata o autor, com raízes americanas para tentar apagar o passado europeu, a declaração de independência exigia a extinção de todos os franceses, indo mais além, a Constituição de 1805, definia todos os haitianos como negros. Sendo assim a independência haitiana, caracteriza-se pelo autor, como a mais aquele distingui-se de todas as outras que ocorreram na “Era das Revoluções”, e foi muito maior que qualquer outra contemporânea.

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