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Resumo Completo de Teoria Geral do Processo

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Teoria Geral do 
Processo 
 
 
Aulas digitadas – Teoria Geral do Processo 
 
 
www.direitoesquematizado.com 
 
 
 
Teoria Geral do Processo 
 
 
 
Tudo que há de princípios dentro de um processo iremos aprender nesta matéria, as regras básicas. 
Ex: Princípios relacionados aos recursos 
Conteúdo Programático 
Tudo que envolva os métodos processuais. 
Bibliografia 
Teoria Geral do Processo, editora Malheiros, 29ª edição/2013, Ada Pellegrini Grinover, Candido 
Rangel Dinamarco, Antonio Carlos de Araujo Cintra. 
Curso de Processo Civil, vol. 1, Teoria Geral do Processo, editora RT, Luiz Guilherme Marinoni. 
Teoria Geral do Processo, editora Atlas, José de Albuquerque Rocha. 
 
3 | P á g i n a 
 
MATÉRIA INICIAL DO CURSO 
 
TEORIA: é um corpo de conceitos sistematizados que nos permite conhecer determinado 
domínio da realidade. A teoria não nos da um conhecimento direito e imediato de uma realidade 
concreta, mas nos proporciona os meios (os conceitos) que nos permitem conhecê-la. 
CONCEITOS: são os meios ou instrumentos que nos permitem conhecer determinado domínio da 
realidade, os quais, sistematizados, formam a teoria. O conceito é a representação das propriedades 
essenciais e comuns a um grupo de objetos, nos dando o que é peculiar a um grupo de objetos (ex. 
fruta). 
SISTEMATIZAR: significa imprimir uma ordem na exposição de um conjunto de conhecimentos, de 
forma a torná-lo coerente. 
DUAS ESPÉCIES DE CONCEITO: 
a) O mero conceito: já definido antes: Representação das qualidades essenciais e comuns a 
um grupo de objetos; 
b) Conceito – definição: serve pré definir outro conceito, ou seja, para explicar esse conceito. 
COMO SÃO OBTIDOS ESSES CONCEITOS: são três correntes a respeito: 
a) Empirismo – Teoria empírica – É a que se baseia na experiência jurídica (direito positivo); 
seus conceitos são elaborados a partir da observação dos diferentes direitos processuais; 
observa a realidade, ou seja, entende alcançar o conhecimento da realidade pela observação 
da própria realidade, que seria, por isso, seu fundamento (Relação Sujeito X Objeto). 
b) Racionalismo: o fundamento do conhecimento não é a experiência, mas o pensamento. 
Desta forma, a fonte do conhecimento é a razão a qual independe dos fatos (Relação Sujeito 
x Objeto). 
c) Paradigma Linguístico – Pragmático – Poe em evidencia o fato de que o conhecimento da 
realidade é linguisticamente mediado, já que a linguagem é o único canal de acesso do 
diálogo chegamos à verdade; (Relação Sujeito X Objeto através do diálogo). – Filósofo 
Alemão Habermas – 
CONCLUSÃO: Teoria Geral do Processo é o resultado de um dialogo entre a comunidade 
jurídica sobre realidades processuais empíricas (normas, valores, práticas judiciais, doutrinas, 
contexto social, economia e política). 
 
 
4 | P á g i n a 
 
 
ANOTAÇÕES 
Teoria é o conjunto de vários conceitos sistematizados no qual irá explicar o processo. 
Conceito significa encontrar aquilo que é básico 
Sistematizado é colocar o conjunto de determinado conhecimento em uma ordem lógica 
Paradigma Linguístico vem de língua, fala, observa e fala 
Racionalismo vem de raciocínio, através do pensamento 
Empirismo vem de observação 
As normas de Processo propriamente ditas regulam o Polo ativo (o autor da ação); o Polo 
passivo (o réu da ação) e o Juiz 
Um Processo tem vários princípios, esses princípios servem para: 
 Ter uma função fundamentadora - Constitui uma raiz, algo básico, fundamental 
 Orientadora da interpretação – Ao interpretar a Lei, não pode ferir os princípios 
 Fonte subsidiaria – Existem algumas regras, sem bases, que pode chegar no resultado final 
através de leis, costumes, em geral, as fontes do Direito; sendo assim quando não há lei, 
costumes, aplica-se os Princípios. 
CONTINUAÇÃO DA MATÉRIA INICIAL 
Teoria Geral do Processo – Abrange pela nova doutrina: 
a) Direito Processual Jurisdicional 
b) Direito Processual Legislativo 
c) Direito Processual Administrativo 
d) Direito Processual Negocial 
Divisão Do Direito Processual: 
a) Normas de organização – estrutura organizacional do Poder Judiciário. 
b) Normas de Competência – Divisão do Trabalho. 
c) Normas de Processo propriamente ditas: disciplinam as situações jurídicas dos sujeitos do 
processo. 
 
Funções Dos Princípios 
a) Função fundamentadora – constituem a raiz de onde deriva a validez intrínseca do conteúdo 
das normas jurídicas. 
b) Função orientadora da interpretação – as leis devem ser interpretadas de acordo com os 
princípios, pois são eles que dão sentido às normas, servindo de guia e orientação na busca do 
sentido e alcance das normas. 
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c) Função de fonte subsidiária – nos casos de lacunas da lei os princípios atuam como 
elemento integrador do direito, servindo como critério para o juiz formular a norma do caso 
concreto. 
Princípios Constitucionais – Têm ainda a função de revogar as normas anteriores e invalidar as 
posteriores que lhes sejam irredutivelmente incompatíveis. 
Princípio – Designa fundamento, base ou ponto de partida de um raciocínio, argumento ou 
proposição. 
Geral – Relaciona-se com o caráter unilateral e abstrato do princípio. 
Direito Processual – Delimita seu âmbito de validade material. 
Princípios Gerais do Direito Processual – São as proposições fundamentais e gerais desse ramo 
jurídico que desempenham funções em relação à realidade a que se referem e, por consequência, 
às normas. 
 
PRIMEIRO QUESTIONÁRIO 
 
1) O que se entende por teoria? 
r. Teoria é um conjunto de conceitos sistematizados que nos da um prévio conhecimento 
da realidade 
2) O que são conceitos? 
r. São propriedades fundamentais e comuns a um grupo de objetos, nos dando o que 
peculiar. É encontrar aquilo que é básico 
3) O que se entende por sistematizar? 
r. É uma organização de um conjunto de conhecimentos, colocando em uma ordem 
lógica 
4) Quais são as duas espécies de conceito? Fale sobre elas. 
r. Dividido em mero conceito, no qual define as propriedades fundamentais e comuns a 
um grupo de objetos; e definição, que serve para pré definir outro conceito, 
explicando-o. 
 
5) O que se entende pelo empirismo? 
r. Entende-se por uma experiência jurídica que busca a realidade através da observação 
6) O que se entende pelo racionalismo? 
r. Entende-se por um raciocínio jurídico no qual independe dos fatos 
7) O que se entende pelo paradigma linguístico? 
r. Entende-se que o conhecimento da realidade é através do diálogo 
8) O que se entende por Teoria Geral do Processo? 
9) Qual a abrangência da Teoria Geral do Processo? 
10) Qual a divisão do Direito Processual? 
11) Quais as funções dos Princípios? Fale sobre elas. 
 
 
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SEGUNDO QUESTIONÁRIO 
 
1. O que se entende por controle social, tomando-se por base o aspecto sociológico do 
direito? 
R: Controle social é entendido como o conjunto de instrumentos de que a sociedade dispõe na sua 
tendência à imposição dos modelos culturais, dos ideais coletivos e dos valores que persegue, para 
a superação das antinomias, das tensões e dos conflitos que lhe são próprios. 
2. Como se caracterizam os conflitos e insatisfações da sociedade em relação à tutela 
jurídica? 
R: Caracterizam-se por situações em que uma pessoa, pretendendo para si determinado bem, não 
pode obtê-lo – seja porque (a) aquele que poderia satisfazer a sua pretensão não a satisfaz, seja 
porque (b) o próprio direito proíbe a satisfação voluntária da pretensão (p. ex., a pretensão punitiva 
do Estado não pode ser satisfeita mediante um ato de submissão do indigitado criminoso).3. Em relação à jurisdição, o que se entende por autotutela? 
R: Trata-se da autodefesa, ou seja, da obtenção de uma pretensão pela própria força e na medida 
dela tratar de conseguir, para si mesmo, a satisfação de sua pretensão. Criminalmente pode-se 
constatar através da vingança privada, a qual é vetada pelo nosso sistema legal, uma vez que o 
Estado chamou para si, através da jurisdição, a defesa dos interesses lesados, evitando-se, com 
isso, a vitória do mais forte e garantindo, com isso, a aplicação da justiça. Todavia, nosso 
ordenamento jurídico permite, em determinadas situações, a aplicação da autodefesa, como, por 
exemplo, na hipótese de esbulho possessório, conforme previsão contida no artigo 1210 do Código 
Civil. 
4. Em relação à jurisdição, o que se entende por autocomposição (AUTONOMIA)? Como pode 
ocorrer? Explique. 
R.: Autocomposição é a solução dos conflitos por uma das partes, ou por ambas, abrindo mão do 
interesse ou de parte dele. Pode ocorrer em três formas: a) desistência (renúncia à pretensão); b) 
submissão (renúncia à resistência oferecida à pretensão); c) transação (concessões recíprocas). 
Todas essas soluções têm em comum a circunstância de serem parciais, no sentido de que 
dependem da vontade e da atividade de uma ou de ambas as partes envolvidas. Diferentemente, na 
HETERONOMIA a decisão é produto de um terceiro, como na arbitragem. 
5. O que é processo? 
R.: Processo é o instrumento por meio do qual os órgãos jurisdicionais atuam para pacificar as 
pessoas conflitantes, eliminando os conflitos e fazendo cumprir o preceito jurídico pertinente a cada 
caso que lhes é apresentado em busca de solução, o qual se dá em três formas: Processo civil, 
penal ou trabalhista. O processo é, portanto, um instrumento a serviço da paz social. 
6. O que é direito processual? 
R.: É o complexo de normas e princípios que regem o método do trabalho do processo, ou seja, o 
exercício conjugado da jurisdição pelo Estado-juiz, da ação pelo demandante e da defesa pelo 
demandado. 
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7. O que é direito material ou substancial? 
R.: É o corpo de normas que disciplinam as relações jurídicas referentes a bens e utilidades da vida 
(direito civil, penal, administrativo, empresarial, tributário, trabalhista, etc.). 
8. Como se distingue fundamentalmente o direito material do direito processual? 
R.: O Direito processual cuida das relações dos sujeitos processuais, da posição de cada um deles 
no processo, da forma de se proceder aos atos deste, ao passo que o direito material refere-se ao 
bem da vida que é o objeto do interesse primário das pessoas (o que entra na órbita do direito 
substancial). 
9. O que se entende pelo princípio da imparcialidade do juiz? 
R.: É o princípio pelo qual o juiz coloca-se entre as partes e acima delas, sendo a primeira condição 
para que possa exercer sua função dentro do processo, tornando-se, com isso, pressuposto para 
que a relação processual se instaure validamente. Assim, a imparcialidade do juiz é uma garantia de 
justiça para as partes, sabedoras de que não haverá nenhuma tendência ou preferência para 
qualquer dos litigantes, mas, ao contrário, plena isenção. 
10. O que se entende pelo princípio do contraditório e da ampla defesa? 
R.: É a obrigatoriedade de sempre estar dando oportunidade para que a parte adversa possa 
expressar seus pontos de vista. O juiz, por força de seu dever de imparcialidade, coloca-se entre as 
partes, mas equidistante delas: ouvindo uma, não pode deixar de ouvir a outra; somente assim se 
dará a ambas a possibilidade de expor suas razões, de apresentar suas provas, de influir sobre o 
convencimento do juiz. Somente pela soma da parcialidade das partes (uma representando a tese e 
a outra, a antítese) o juiz pode corporificar a síntese, em um processo dialético. Desta forma, as 
partes, em relação ao juiz, não têm papel de antagonistas, mas sim de “colaboradores necessários”: 
cada um dos contendores age no processo tendo em vista o próprio interesse, mas a ação 
combinada dos dois serve à justiça na eliminação do conflito ou controvérsia que os envolve. 
 
COMENTÁRIOS DO SEGUNDO QUESTIONÁRIO 
O nosso Poder é Uno e Tripartido – Executivo, Legislativo e Judiciário. 
O Poder Legislativo está inserido na sociedade para que regule as necessidades da Sociedade. 
Toda Sociedade tem regras, leis, disciplina. 
Controle Social pelo aspecto sociológico nada mais é a resolução dos conflitos através do Poder 
Judiciário em decorrência das regras de comportamento da sociedade, trazendo a paz social. 
Tutela é uma pretensão/proteção; Jurídica é judicial, dado pelo Poder Judiciário 
Existem duas obrigações básicas que obrigam o individuo a querer a tutela jurídica: Resistência a 
uma pretensão e o interesse público, a lei obriga a fazer. 
Autotutela é fazer justiça com as próprias mãos, regra geral isso não é permitido. Ex: 1210 do CC, 
trata de ação possessória, no qual o possuidor poderá manter ou restituir por sua própria força, 
defendendo na mesma proporção, isso é uma exceção de justiça com as próprias mãos. 
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Autocomposição é a solução dos conflitos por uma das partes ou por ambas. Ela pode se dar de 
três maneiras: 
1) Desistência ou Renúncia – É um ato unilateral, uma das partes abre mão do direito 
2) Submissão – É um ato unilateral na qual a parte se submete a resistência, a vontade 
3) Transação – É um ato bilateral. Cada um abre mão de alguma coisa para chegar em um 
denominador comum, cada um perde um pouco. 
 
Direito Processual e Direito Material 
Direito Material é conhecido como Direito Subjetivo ou Substancial, nós vivemos em sociedade, e 
viver em sociedade significa viver em baixo de regras, estas regras servem para disciplinar o 
comportamento das pessoas, desta forma estas regras que disciplinam é o Direito Material, que 
regula o nosso comportamento na sociedade. Torna-se Direito Subjetivo quando a pessoa usa a lei 
para si. 
Direito Processuais são regras que regulam o comportamento das pessoas envolvidas dentro de um 
processo. 
A diferença entre eles é que Direito Material regula o comportamento dentro da sociedade e o Direito 
Processual regula o comportamento dentro do processo 
 
Princípio da Imparcialidade do Juiz 
O Juiz não pode pender para o lado de alguma das partes, não pode ter interesse, ele deve ser 
imparcial. Desta forma, conforme o art. 134 do CPC, é proibido ao Juiz julgar alguns casos 
específicos. Não deve confundir posicionamento doutrinário do Juiz com imparcialidade. 
Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa 
O Juiz não pode julgar uma causa baseada exclusivamente na versão de uma pessoa, no caso na 
versão do autor, o réu deve ser citado e concedido à oportunidade para sua defesa (Ampla Defesa). 
Após a defesa do réu é concedido à oportunidade de defesa para o autor, réplica (Contraditório). 
 
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TERCEIRO QUESTIONÁRIO 
11. O que se entende pelo princípio da ação ou princípio da demanda? 
R.: Ele indica a atribuição à parte da iniciativa de provocar o exercício da função jurisdicional. 
Denomina-se ação o direito (ou poder) de ativar os órgãos jurisdicionais, visando à satisfação de 
uma pretensão. A jurisdição é inerte e, para sua movimentação, exige a provocação do interessado. 
É a isto que se denomina princípio da ação. Desta forma, o princípio da ação manifesta-se, em 
primeiro lugar, através da iniciativa de provocar a movimentação do aparelho jurisdicional, confiada à 
parte. 
12. O que se entende pelo princípio da disponibilidade e da indisponibilidade? 
R.: Chama-se poder dispositivos a liberdade que as pessoas têm de exercer ou não seus direitos.Em direito processual tal poder é configurado pela possibilidade de apresentar ou não sua pretensão 
em juízo, bem como de apresentá-la de Maneira que melhor lhes aprouver e renunciar a ela (desistir 
“da ação”) ou a certas situações processuais. 
Esse poder dispositivo é quase absoluto no processo civil, mercê da natureza do direito material que 
se visa a atuar. Sofre limitações quando o próprio direito material é de natureza indisponível, por 
prevalecer o interesse público sobre o privado. 
Pela razão inversa, prevalece no processo criminal o princípio da indisponibilidade (ou da 
obrigatoriedade). O crime é uma lesão irreparável ao interesse coletivo e a pena é realmente 
reclamada, para a restauração da ordem jurídica violada. O Estado, portanto, não tem apenas o 
direito, mas, sobretudo, o dever de punir. 
 
13. O que se entende pelo princípio dispositivo e princípio da livre investigação das provas? 
R.: O princípio dispositivo consiste na regra de que o juiz depende, na instrução da causa, da 
iniciativa das partes quanto às provas e às alegações em que se fundamentará a decisão. 
No campo do processo civil, embora o juiz hoje não mais se limite a assistir inerte à produção das 
provas, pois em princípio pode e deve assumir a iniciativa destas (CPC, arts. 130, 342, etc.), na 
maioria dos casos (direitos disponíveis) pode satisfazer-se com a verdade formal, limitando-se a 
acolher o que as partes levam ao processo e eventualmente rejeitando a demanda ou a defesa por 
falta de elementos probatórios. 
No processo penal, porém, o fenômeno é inverso: só excepcionalmente o juiz penal se satisfaz com 
a verdade formal, quando não disponha de meios para assegurar a verdade real (CPP, art. 386, 
inciso VI). 
Verdade formal, portanto, resulta da verdade em face das provas carreadas nos autos, deixando o 
juiz de buscá-la. Já a verdade real, o juiz busca, a todo custo, descobrir o que realmente aconteceu, 
para que possa proferir uma decisão dentro da realidade dos acontecimentos, não se contentando, 
desta forma, com as provas produzidas. 
14. O que se entende pelo princípio do impulso oficial? 
R.: É o princípio pelo qual compete ao juiz, uma vez instaurada a relação processual, mover o 
procedimento de fase em fase, até exaurir a função jurisdicional. 
10 | P á g i n a 
 
 
15. O que se entende pelo princípio da oralidade? 
R.: Os atos processuais são eminentemente orais, tais como depoimento pessoal das partes, oitiva 
de testemunhas, alegações finais, etc. A presença do juiz, quando da instrução, tem também por 
finalidade a oralidade, pois através dela pode-se, muitas vezes, constatar a veracidade ou não das 
afirmações. Atualmente a maioria dos atos são transcritos, mas esse princípio ainda prevalece em 
nosso ordenamento jurídico. 
16. O que se entende pelo princípio da persuasão racional do juiz? 
R.: Tal princípio regula a apreciação e a avaliação das provas existentes nos autos, indicando que o 
juiz deve formar livremente sua convicção. Desta forma, o juiz atribui aos elementos probatórios 
valores de acordo com sua convicção, devendo, todavia, ser sempre motivado, nunca podendo 
desprezar regras legais porventura existentes (artigo 131, CPC). 
17. O que se entende pelo princípio da motivação das decisões judiciais? 
R.: Trata-se da necessidade de, toda decisão, ter uma motivação, visando aferir-se em concreto a 
imparcialidade do juiz e a legalidade e justiça das decisões, tendo, desta forma, como destinatário, 
não apenas as partes e o juiz competente para julgar o recurso, mas toda a sociedade. 
18: O que se entende pelo princípio da publicidade? 
R.: Esse princípio constitui uma preciosa garantia do indivíduo no tocante ao exercício da jurisdição. 
A presença do público nas audiências e a possibilidade do exame dos autos por qualquer pessoa 
representam o mais seguro instrumento de fiscalização popular sobre a obra dos magistrados, 
promotores públicos e advogados. Em última análise, o povo é o juiz dos juízes. E a 
responsabilidade das decisões assume outra dimensão, quando tais decisões hão de ser tomadas 
em audiência pública, na presença do povo (art. 155, CPC). 
Existe, todavia, exceções a essa regra geral, como nos casos das ações que se processam em 
segredo de justiça, como nos casos envolvendo menores e direito de família. 
19. O que se entende pelo princípio da lealdade processual? 
R.: Sendo o processo, por sua índole, eminentemente dialético, é reprovável que as partes se sirvam 
dele faltando ao dever de verdade, agindo deslealmente e empregando artifícios fraudulentos. Desta 
forma, as partes envolvidas no processo (partes, juízes e auxiliares da justiça; advogados e 
membros do Ministério Público), têm que atuar dentro dos preceitos éticos e morais, sob pena das 
sanções legais (art. 14, inciso II, CPC). 
20. O que se entende pelo princípio da economia e da instrumentalidade das formas? 
R.: Este princípio preconiza o máximo resultado na atuação do direito com o mínimo emprego 
possível de atividades processuais. Típica aplicação desse princípio encontra-se em institutos como 
a reunião de processos em casos de conexidade ou continência (CPC, art. 105), a própria 
reconvenção, ação declaratória incidente, litisconsórcio, etc. 
No processo penal não se anulam atos imperfeitos quando não prejudicarem a acusação ou a 
defesa e quando não influírem na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa (CPP, 
arts. 566 e 567). 
 
11 | P á g i n a 
 
 
COMENTÁRIOS DO TERCEIRO QUESTIONÁRIO 
Princípio da ação ou da demanda 
A iniciativa para entrar com uma ação é do autor, somente a parte legitima pode entrar com 
uma ação (partes legitimas estão previstas no Código). O Juiz é inerte, não tem legitimidade 
para propor ação para as outras pessoas. 
Princípio da Disponibilidade e da Indisponibilidade 
A pessoa tem a liberdade de exercer ou não seus direitos. 
Princípio Dispositivo e da Livre Investigação das Provas 
Quem alega tem que provar. O juiz no cível, em regra geral, ele está atrás da verdade formal, 
naquilo que está dentro do processo, tendo como exceção a verdade real. No processo penal, 
o juiz está atrás da verdade real. 
Princípio do Impulso Oficial 
O processo visa uma sentença a partir de sua distribuição, o impulso que fará o processo 
andar será exercida pelo Juiz, através de despachos de mero expediente, decisões 
interlocutórias e sentença. 
Princípio da Oralidade 
Esse princípio prevalece até hoje dentro do nosso direito, é lógico que hoje, com a 
modernidade, os atos são transcritos. O local aonde é aplicado hoje esse princípio, é na 
audiência de instrução e julgamento. 
Instruir é provar, as partes devem levar para dentro do processo, cada qual, a sua versão dos 
fatos. 
Princípio da persuasão racional do Juiz 
O Juiz ao decidir deve fundamentar a sua decisão, art. 131 do CPC “ O juiz apreciará 
livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não 
alegados pelas partes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos que formaram o 
convencimento. 
Princípio da Motivação Decisões Judiciais 
 O Juiz deve fundamentar a decisão tomada. 
Princípio da Publicidade 
Os atos processuais são públicos, regra geral, a finalidade é fazer com que exista uma lisura na 
pratica desses atos. Art. 155. Os atos processuais são públicos. Correm, todavia, em segredo 
de justiça os processos: I - em que o exigir o interesse público; Il - que dizem respeito a 
casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda 
de menores. 
 
12 | P á g i n a 
 
 
Princípio da Lealdade Processual 
Parte-se do pressuposto que as partes têm queagir dentro das regras, da lealdade. 
Princípio da economia e da instrumentalidade das formas 
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QUARTO QUESTIONÁRIO 
 
21. O que se entende pelo princípio do duplo grau de jurisdição? 
R.: Esse princípio indica a possibilidade de revisão, por via de recurso, das causas já julgadas pelo 
juiz de primeiro grau (ou primeira instância), que corresponde à denominada jurisdição inferior. 
Garante, assim, um novo julgamento, por parte dos órgãos da “jurisdição superior”, ou de segundo 
grau (também denominada de segunda instância). 
22. O que se entende pelas garantias do devido processo legal? 
R.: Entende-se com essa fórmula, o conjunto de garantias constitucionais que, de um lado, 
asseguram às partes o exercício de suas faculdades e poderes processuais e, de outro lado, são 
indispensáveis ao correto exercício da jurisdição. Garantias que não servem apenas aos interesses 
das partes, como direitos públicos subjetivos (ou poderes e faculdades processuais) destas, mas 
que configuram, antes de mais nada, a salvaguarda do próprio processo, objetivamente 
considerado, como fator legitimamente do exercício da jurisdição. 
Pela primeira vez na Constituição brasileira, o texto de 1988 adota expressamente a fórmula do 
direito anglo-saxão, garantindo que “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o 
devido processo legal” (art. 5º, inc. LIV, CF). 
Desta forma, por direito ao processo não se pode entender a simples ordenação de atos, através de 
um procedimento qualquer. O procedimento há de realizar-se em contraditório, cercando-se de 
todas as garantias necessárias para que as partes possam sustentar suas razões, produzir provas, 
influir sobre a formação do convencimento do juiz. E mais: para que esse procedimento, garantido 
pelo devido processo legal, legitime o exercício da função jurisdicional. 
Desta forma, o contraditório e a ampla defesa vêm assegurados em todos os processos, inclusive 
administrativos, desde que neles haja litigantes ou acusado (art. 5º, inc. LV, CF). 
23. O que se entende por norma material e norma instrumental? 
R.: Segundo o seu objeto imediato, geralmente se distinguem as normas jurídicas em normas 
materiais e instrumentais. 
São normas jurídicas materiais (ou substanciais) as que disciplinam imediatamente a cooperação 
entre pessoas e os conflitos de interesses ocorrentes na sociedade, escolhendo qual dos interesses 
conflitantes, e em que medida, deve prevalecer e qual deve ser sacrificado. 
13 | P á g i n a 
 
 
As normas instrumentais apenas de forma indireta contribuem para a resolução dos conflitos 
interindividuais, mediante a disciplina da criação e atuação das regras jurídicas gerais ou individuais 
destinadas a regulá-los diretamente. 
24. No tocante à norma processual, quais as fontes de direito em geral? Fale sobre elas. 
R.: Chamam-se fontes formais do direito os meios de produção ou expressão da norma jurídica. Tais 
meios são a lei (em sentido amplo, abrangendo a Constituição), os usos-e-costumes e o negócio 
jurídico. 
Quanto à inclusão da jurisprudência entre as fontes de direito, há muita controvérsia. De um lado 
encontram-se aqueles que, partindo da idéia de que os juízes e tribunais apenas devem julgar de 
acordo com o direito já expresso por outras fontes, dele não se podem afastar; de outro lado, os que 
entendem que os próprios juízes e tribunais, através de suas decisões, dão expressão às normas 
jurídicas até então não declaradas por qualquer das outras fontes. 
25. Fale sobre a eficácia da norma processual no espaço. 
R.: O princípio que regula a eficácia espacial das normas de processo é o da territorialidade, que 
impõe sempre a aplicação da lex fori. No tocante às leis processuais a aplicação desse princípio 
justifica-se por uma razão de ordem política e por uma de ordem prática. 
Em primeiro lugar, a norma processual tem por objeto precisamente a disciplina da atividade 
jurisdicional que se desenvolve através do processo. Ora, a atividade jurisdicional é manifestação do 
poder soberano do Estado e por isso, obviamente, não poderia ser regulada por leis estrangeiras 
sem inconvenientes para a boa convivência internacional. 
Em segundo lugar, observem-se as dificuldades práticas quase insuperáveis que surgiriam com a 
movimentação da máquina judiciária de um Estado soberano mediante atividades regidas por 
normas e institutos do direito estrangeiro. Basta imaginar, por exemplo, o transplante para o Brasil 
de uma ação de indenização proposta de acordo com as leis americanas, com a instituição do júri 
civil. 
A territorialidade da aplicação da lei processual é expressa pelo art. 1º do Código de Processo Civil 
(“a jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida pelos juízes em todo o território nacional, 
conforme as disposições que este Código estabelece”) e pelo art. 1º do Código de Processo Penal. 
26. Fale sobre a eficácia da norma processual no tempo. 
R.: Estando as normas processuais limitadas também no tempo como as normas jurídicas em geral, 
são como a seguir as regras que compõem o direito processual intertemporal: 
a) as leis processuais brasileiras estão sujeitas às normas relativas à eficácia temporal das leis, 
constantes da Lei de Introdução ao Código Civil. Assim, salvo disposição contrária, a lei processual 
começa a vigoras, em todo o país, quarenta e cinco dias depois de publicada se, antes de entrar a 
lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, o prazo começará a correr da nova publicação 
(artigo 1º da LICC). 
Desta forma, a lei processual em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, 
o direito adquirido e a coisa julgada (LICC, art. 6º). A própria Constituição Federal assegura a 
estabilidade dessas situações consumadas em face da lei nova (art. 5º, inc. XXXVI, CF). 
14 | P á g i n a 
 
 
b) dada a sucessão de leis no tempo, incidindo sobre situações (conceitualmente) idênticas, surge o 
problema de estabelecer qual das leis – se a anterior ou a posterior – deve regular uma determinada 
situação concreta. Como o processo se constitui por uma série de atos que se desenvolvem e se 
praticam sucessivamente no tempo (atos processuais, integrantes de uma cadeia unitária, que é o 
procedimento), torna-se particularmente difícil e delicada a solução do conflito temporal de leis 
processuais. 
Desta forma, temos três entendimentos, onde o primeiro deles considera a unidade processual, ou 
seja, apesar de se desdobrar em uma série de atos diversos, o processo apresenta tal unidade que 
somente poderia ser regulado por uma única lei, a nova ou a velha, de modo que a velha teria de se 
impor para não ocorrer a retroação da nova, com prejuízos dos atos já praticados até a sua vigência; 
o segundo entendimento é o das fases processuais, para o qual distinguir-se-iam fases processuais 
autônomas (postulatória, ordinatória, instrutória, decisória e recursal), cada uma suscetível de ser 
disciplinada por uma lei diferente; finalmente, temos o terceiro entendimento, do isolamento dos atos 
processuais, no qual a lei nova não atinge os atos processuais já praticados, nem seus efeitos, mas 
se aplica aos atos processuais a praticar, sem limitações relativas às chamadas fases processuais. 
27. Fale sobre a interpretação da lei processual quanto aos seus métodos. 
R.: Interpretar a lei consiste em determinar o seu significado e fixar o seu alcance. Desta forma, 
quanto aos seus métodos, existem quatro situações: 
a) Método gramatical ou filológico – Como as leis se expressam por meio de palavras, o intérprete 
deve analisá-las, tanto individualmente como na sua sintaxe. 
b) Método lógico-sistemático – De outrolado, os dispositivos legais não têm existência isolada, mas 
inserem-se organicamente em um sistema, que é o ordenamento jurídico, em recíproca dependência 
com as demais regras de direito que o integram. Desse modo, para serem entendidos devem ser 
examinados em suas relações com as demais normas que compõem o ordenamento e à luz dos 
princípios gerais que o informam. 
c) Método histórico – Além disso, considerando que o direito é um fenômeno histórico-cultural, é 
claro que a norma jurídica somente se revela por inteiro quando colocada a lei na sua perspectiva 
histórica, com o estudo das vicissitudes sociais de que resultou e das aspirações a que 
correspondeu. 
d) Método comparativo – Nem se pode olvidar que os ordenamentos jurídicos, além de enfrentarem 
problemas idênticos ou análogos, avizinham-se e se influenciam mutuamente, partindo-se, portanto, 
para o método comparativo. 
28. Fale sobre a interpretação da lei processual quanto aos seus resultados. 
R.: Conforme o resultado dessa atividade, a interpretação será declarativa, extensiva, restritiva ou 
ab-rogante. 
É declarativa a interpretação que atribui à lei o exato sentido proveniente do significado das palavras 
que a expressam. 
É extensiva a interpretação quando se considera a lei aplicável a casos que não estão abrangidos 
pelo seu teor literal. 
15 | P á g i n a 
 
 
Restritiva é a interpretação que limita o âmbito de aplicação da lei a um círculo mais estrito de casos 
do que o indicado pelas suas palavras. 
Finalmente, diz ab-rogante a interpretação que, diante de uma incompatibilidade absoluta e 
irredutível entre dois preceitos legais ou entre um dispositivo de lei e um princípio geral do 
ordenamento jurídico, conclui pela inaplicabilidade da lei interpretada. 
29. No tocante a interpretação da lei processual, o que se entende por integração? 
R.: Integração é a atividade através da qual se preenchem as lacunas verificadas na lei, mediante a 
pesquisa e formulação da regra jurídica pertinente à situação concreta não prevista pelo legislados. 
Nesse sentido, o juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da 
lei, conforme, aliás, preceitua o artigo 126 do CPC. 
O preenchimento das lacunas da lei faz-se através da analogia e dos princípios gerais de direito (art. 
4º, LICC) 
Consiste analogia em resolver um caso não previsto em lei, mediante a utilização de regra jurídica 
relativa a hipótese semelhante. Fundamenta0se o método analógico na idéia de que, num 
ordenamento jurídico, a coerência leva à formulação de regras idênticas onde se verifica a 
identidade da razão jurídica. 
Quando ainda a analogia não permite a solução do problema, deve-se recorrer aos princípios gerais 
do direito, que compreendem não apenas os princípios decorrentes do próprio ordenamento jurídico, 
como ainda aqueles que informam e lhe são anteriores e transcendentes. Na utilização dos 
princípios gerais do direito é de ser percorrido o caminho do crescente grau de abstração, partindo 
dos princípios gerais atinentes ao ramo do direito em foco. 
 
COMENTÁRIOS DO QUARTO QUESTIONÁRIO 
Princípio do Duplo Grau de Jurisdição 
O Juiz pratica três atos no processo: Despacho de mero expediente, Decisão Interlocutória e 
Sentença. Contra o despacho de mero expediente, regra geral, não cabe nenhum recurso. 
Contra a decisão interlocutória é cabível o recurso de agravo. Contra a sentença cabe o 
recurso de apelação. Em regra o recurso é feito por órgão superior ou órgão colegiado. Desta 
forma o duplo grau de jurisdição garante a possibilidade da revisão de uma decisão/sentença. 
Garantias do Devido Processo Legal 
É uma garantia constitucional que todo cidadão tem, a partir do momento que ajuíza uma 
ação no poder judiciário, uma série de coisas garantidas previstas em lei. Tudo deve ser 
estabelecidos em regras. 
Norma Material e Norma Instrumental 
Norma material é a norma que regula o comportamento das pessoas na sociedade, são as 
leis, os códigos. Norma instrumental que regula o comportamento das pessoas no processo. 
 
16 | P á g i n a 
 
 
Fonte em Geral 
Leis, Usos e Costumes e Negócio Jurídico são fontes do direito processual. 
Eficácia da norma processual no espaço 
Estamos falando do território que a norma processual irá valer. 
Eficácia da norma processual no tempo 
Há três caminhos para aplicar a lei processual no tempo: a) Unidade Processual; b) Fase 
Processual; c) Atos Processuais. Para a unidade processual o processo é um todo, uma coisa 
só, indivisível, nenhuma outra lei irá entrar durante o processo, irá aplicar apenas as leis que 
eram válidas na vigente da distribuição do processo. Para a fase processual o processo é 
dividido em fases, entretanto a lei só irá valer se a mudança decorrente da nova lei for para 
uma fase posterior, nunca para fase em que está presente ou que já passou. Para a fase dos 
atos processuais o processo é dividido em fases e essas fases em atos, desta forma a lei irá 
valer para atos presente e futuros, mas nunca para atos passados. 
Interpretação quanto aos Métodos da Lei Processual 
Métodos para interpretação: a) Método gramatical ou filológico – Como as leis se expressam 
por meio das palavras; b) Método lógico-sistemático – tem uma visão como todo, analisa o 
sistema inteiro; c) Método histórico – A necessidade da sociedade naquele momento; d) 
Método comparativo – Comparar as leis com a finalidade de chegar a um resultado diferente. 
Interpretação quanto aos Resultados da Lei Processual 
Há quatro interpretações para chegar ao resultado final: a) forma declarativa – Chegar na 
mesma conclusão do legislador; b) extensivo – Chega em um resultado maior do que a do 
legislador; c) restritiva – o resultado final é menor que o legislador disse; d) ab-rogante – a 
norma vai contra os princípios, a norma deve ser retirada do ordenamento jurídico. 
 
Integração da interpretação da Lei Processual 
Acabar com as lacunas existentes no ordenamento jurídico, aplicando a analogia, costumes e 
princípios gerais do Direito. 
 
QUINTO QUESTIONÁRIO 
 
30. Qual o conceito de jurisdição? 
R.: É uma das funções do Estado, mediante a qual este se substitui aos titulares dos interesses em 
conflito para, imparcialmente, buscar a pacificação do conflito que os envolve, com justiça. Essa 
pacificação é feita mediante a atuação da vontade do direito objetivo que rege o caso apresentado 
em concreto para ser solucionado; e o Estado desempenha essa função sempre mediante o 
processo, seja expressando imperativamente o preceito (através de uma sentença de mérito), seja 
realizando no mundo das coisas o que o preceito estabelece (através da execução forçada). 
17 | P á g i n a 
 
 
A jurisdição é, portanto, ao mesmo tempo, poder, função e atividade. Como poder, é manifestação 
do poder estatal, conceituado como capacidade de decidir imperativamente e impor decisões. Como 
função, expressa o encargo que têm os órgãos estatais de promover a pacificação de conflitos 
interindividuais, mediante a realização do direito justo e através do processo. E como atividade ela é 
o complexo de atos do juiz no processo, exercendo o poder e cumprindo a função que a lei lhe 
comete. O poder, a função e a atividade somente transparecem legitimamente através do processo 
devidamente estruturado (devido processo legal). 
31. O que se entende pelo caráter substitutivo da jurisdição? 
R.: Exercendo a jurisdição, o Estado substitui, com uma atividade sua, as atividades daqueles que 
estão envolvidos no conflito trazido à apreciação. Não cumpre a nenhuma das partes interessadas 
dizer definitivamente se a razão está com ela própria ou com a outra; nempode, senão 
excepcionalmente, quem tem uma pretensão invadir a esfera jurídica alheia para satisfazer-se. A 
única atividade admitida pela lei quando surge o conflito é a do Estado que substitui a das partes. 
Essa proposição, que no processo civil encontra algumas exceções (casos raros de autotutela, 
casos de auto composição), é de validade absoluta no penal: nunca pode o direito de punir ser 
exercido independentemente do processo e não pode o acusado submeter-se voluntariamente à 
aplicação da pena, exceção feita à conciliação em matéria penal, pelo Juizado Especial. 
32. Dentre as características da jurisdição, temos a lide, a inércia e a definitividade. Fale sobre 
elas. 
R.: A existência da lide é uma característica constante na atividade jurisdicional, quando se trata de 
pretensões insatisfeitas que poderiam ter sido satisfeitas pelo obrigado. Afinal, é a existência do 
conflito de interesses que leva o interessado a dirigir-se ao juiz e a pedir-lhe uma solução; e é 
precisamente a contraposição dos interesses em conflito que exige a substituição dos sujeitos em 
conflito pelo Estado. 
No tocante à inércia, temos que o exercício espontâneo da atividade jurisdicional acabaria sendo 
contraproducente, pois a finalidade que informa toda a atividade jurídica do Estado é a pacificação 
social e isso viria em muitos casos a fomentar conflitos e discórdias, lançando desavenças onde elas 
não existiam antes. Desta forma, é melhor deixar que o Estado só intervenha, mediante o exercício 
da jurisdição, quando provocado pelas partes envolvidas, conforme, aliás, preceituam os artigos 2º 
do CPC e 24 do CPP. 
Temos, todavia, raros casos e específicos, em que a própria lei institui certas exceções à regra da 
inércia dos órgãos jurisdicionais, como, por exemplo, o contido no art. 878, da CLT, art. 654, § 2º, do 
CPP, e artigo 989 do CPC. 
Finalmente, no tocante à definitividade, temos que somente os atos jurisdicionais são suscetíveis de 
se tornar imutáveis, não podendo ser revistos ou modificados, conforme, aliás, previsão contida no 
art. 5º, inc. XXXVI, da CF. 
33. Dentre os princípios inerentes à jurisdição, fale sobre a investidura. 
R.: O princípio da investidura corresponde à ideia de que a jurisdição só será exercida por quem 
tenha sido regularmente investido na autoridade de juiz. A jurisdição é um monopólio do Estado e 
este, que é uma pessoa jurídica, precisa exercê-la através de pessoas físicas que sejam seus 
órgãos ou agentes: essas pessoas físicas são os juízes. É claro, pois, que, sem ter sido 
18 | P á g i n a 
 
 
regularmente investida, não será uma pessoa a encarnação do Estado no exercício de uma de suas 
funções primordiais. 
34. Dentre os princípios inerentes à jurisdição, fale sobre a aderência ao território. 
R.: No princípio da aderência ao território manifesta-se, em primeiro lugar, a limitação da própria 
soberania nacional ao território do país: assim como os órgãos do Poder Executivo ou do Legislativo, 
também os magistrados só têm autoridade nos limites territoriais do Estado. Além disso, como os 
juízes são muitos no mesmo país, distribuídos em comarcas (Justiças Estaduais) ou seções 
judiciárias (Justiça Federal), também se infere daí que cada juiz só exerce a sua autoridade nos 
limites do território sujeito por lei à sua jurisdição. O princípio de que tratamos é, pois, aquele que 
estabelece limitações territoriais à autoridade dos juízes. 
35. Dentre os princípios inerentes à jurisdição, fale sobre a indelegabilidade. 
R.: O princípio da indelegabilidade é, em primeiro lugar, expresso através do princípio constitucional 
segundo o qual é vedado a qualquer dos Poderes delegar atribuições. A Constituição fixa o 
conteúdo das atribuições do Poder Judiciário e não pode a lei, nem pode muito menos alguma 
deliberação dos próprios membros deste, alterar a distribuição feita naquele nível jurídico-positivo 
superior. Além disso, no âmbito do próprio Poder Judiciário não pode juiz algum, segundo seu 
próprio critério e talvez atendendo à sua própria conveniência, delegar funções a outro órgão. É que 
cada magistrado, exercendo função jurisdicional, não o faz em nome próprio e muito menos por um 
direito próprio: ele é, aí, um agente do Estado (age em nome deste). O Estado o investiu, mediante 
determinado critério de escolha, para exercer uma função pública que o Estado lhe cometeu, 
segundo seu próprio critério de divisão de trabalho, a função jurisdicional referente a determinadas 
causas. E agora não irá o juiz, invertendo os critérios da Constituição e da lei, transferir a outro a 
competência para conhecer dos processos que elas lhe atribuíram. 
36. Dentre os princípios inerentes à jurisdição, fale sobre a inevitabilidade. 
R.: O princípio da inevitabilidade significa que a autoridade dos órgãos jurisdicionais, sendo uma 
emanação do próprio poder estatal soberano, impõe-se por si mesma, independentemente da 
vontade das partes ou de eventual pacto para aceitarem os resultados do processo; a situação de 
ambas as partes perante o Estado-juiz (e particularmente a do réu) é de sujeição, que independe de 
sua vontade e consiste na impossibilidade de evitar que sobre elas e sobre sua esfera de direitos se 
exerça a autoridade estatal. 
37. Dentre os princípios inerentes à jurisdição, fale sobre a inafastabilidade. 
R.: O princípio da inafastabilidade (ou princípio do controle jurisdicional), expresso na Constituição 
(art. 5º, inc. XXXV), garante a todos o acesso ao Poder Judiciário, o qual não pode deixar de atender 
a quem venha a juízo deduzir uma pretensão fundada no direito e pedir solução para ela. Não pode 
a lei “excluir da apreciação do Poder Judiciário qualquer lesão ou ameaça a direito”, nem pode o juiz, 
a pretexto de lacuna ou obscuridade da lei, escusar-se de proferir decisão (CPC, art. 126). 
 
38. Dentre os princípios inerentes à jurisdição, fale sobre o juiz natural. 
R.: O princípio do juiz natural assegura que ninguém pode ser privado do julgamento por juiz 
independente e imparcial, indicado pelas normas constitucionais e legais. A Constituição proíbe os 
chamados tribunais de exceção, instituídos para o julgamento de determinadas pessoas ou de 
19 | P á g i n a 
 
 
crimes de determinada natureza, sem previsão constitucional (art. 5º, inc. XXXVII, CF). Não se pode 
confundir, todavia, tribunais de exceção com justiças especiais, como a Militar, a Eleitoral e a 
Trabalhista, as quais são instituídas pela Constituição. 
39. Quais são os poderes inerentes à jurisdição? Fale sobre eles. 
R.: O juiz dispõe, no exercício de suas funções, do poder jurisdicional e do poder de polícia; este 
último lhe é conferido, em última análise, para que possa exercer com autoridade e eficiência o 
primeiro (por exemplo, tem o juiz o poder de “polícia das audiências”, que o autoriza a manter a 
ordem e o ambiente de respeito (CPP, art. 794 e art. 445, CPC). 
 
COMENTÁRIOS DO QUINTO QUESTIONÁRIO 
Jurisdição 
Decide a questão aplicando a Lei, não pode fugir da aplicação da Lei e julgar aquilo que ele 
acha. Entretanto o Juiz pode ter a sua própria interpretação da Lei. 
Características da jurisdição 
Lide, inércia e definitividade. Regra geral quando se procura o Poder Judiciário é porque 
existe uma lide, um conflito, uma pretensão resistida. A inércia é em relação ao Juiz, pois ele 
não pode entrar com uma ação para as outras pessoas, a iniciativa deve ser das partes. A 
partir de a decisão transitar em julgado as partes devem aceitar a decisão, pode exercer o 
direito do segundo grau de jurisdição, entretanto deve ser acatada a sentença. 
Art. 2º do CPC: Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o 
interessado a requerer,nos casos e forma legais. 
Algumas exceções são: 
Art. 989 CPC. O juiz determinará, de ofício, que se inicie o inventário, se nenhuma das 
pessoas mencionadas nos artigos antecedentes o requerer no prazo legal. 
§2 do art. 654 do CPP. Os juízes e os tribunais têm competência para expedir de ofício ordem 
de habeas corpus, quando no curso de processo verificarem que alguém sofre ou está na 
iminência de sofrer coação ilegal. 
Art. 878 da CLT - A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou ex oficio 
pelo próprio Juiz ou Presidente ou Tribunal competente, nos termos do artigo anterior. 
Coisa julgada que não cabe mais recurso quer dizer que transitou em julgado (decorreu o 
prazo para recurso), então está decisão fez coisa julgada, art. 5, XXXVI da CF, isto é a 
imperatividade, o poder, regra geral esta decisão se torna imutável. 
Coisa julgada material, diz respeito ao mérito, aquilo que levou a pretensão resistida 
Coisa julgada formal, resolve o mérito porem pode discutir novamente, ex: revisional de 
alimentos, guarda 
 
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Investidura 
Investidura é a transferência do Poder do Estado para as pessoas que irão ocupar os cargos 
Legislativo, Judiciário e Executivo. O Estado “investe” na pessoa. 
Princípio da Aderência no Território 
Temos que pensar de duas formas, macro e micro. Macro é o território nacional, todo o Brasil, 
irá investir para atuar em todo o território nacional. Entretanto deve ser dividida a Justiça, 
foram criadas Justiças especializadas (micros), ex: Justiça do Trabalho, Militar, Eleitoral, 
Comum. 
Princípio da Indelegabilidade 
 O Poder investido pelo Estado não pode ser transferido para outra pessoa 
Princípio da Inevitabilidade 
 Tem a ver com a forma que tem o Poder Estatal 
Princípio da Inafastabilidade 
Nada pode impedir de ir até o Poder Judiciário e também na ausência de Lei o Poder 
Judiciário não pode deixar de aplicar a justiça, deve procurar a integração (costumes, 
princípios gerais, equidade e analogia). 
Poderes Inerentes a Jurisdição 
Além do poder de Decidir que o Juiz tem, ele tem o Poder de Polícia, de colocar as coisas em 
ordem, de mandar na sala de audiência. O Juiz pode dar voz de prisão, entretanto o 
advogado também pode, porem apenas em flagrante delito. 
 
REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA UMA AÇÃO 
 
 
CONDIÇÕES DA AÇÃO 
As condições da ação são no direito processual, os requisitos necessários que desde o momento 
inicial são exigidos que uma Ação possua para que o judiciário possa proferir uma decisão de mérito 
Há três teorias tradicionais que explicam as condições da ação: 
a) teoria concretista 
b) teoria abstrativista 
c) teoria eclética ou mista 
Concretista, o direito de ação se fundamenta no direito material. Em outras palavras, os 
precursores desta teoria confundiam procedência do pedido com condições da ação. O direito de 
ação era considerado como o direito a um julgamento favorável. 
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Abstrativista, por sua vez, preconiza que o direito de ação existe independente do direito material. 
Para ela, o direito de ação é o direito a um provimento judicial, qualquer decisão. 
Eclética, o direito de ação é o direito a um julgamento de mérito (favorável ou desfavorável); 
entende esta corrente que as condições da ação são condições para o exame do mérito. 
Daí a razão de uma outra teoria ter sido desenvolvida no Brasil, a teoria da asserção. Para a teoria 
da asserção, as condições da ação devem ser analisadas com base apenas nas afirmações das 
partes; para esta teoria, não há que se falar em produção de provas para análise das condições da 
ação. Desta forma, se com o que foi alegado pelo autor, as condições estiverem presentes, posterior 
análise sobre sua veracidade será considerada decisão de mérito. 
São 3 as condições da ação: 
 Possibilidade jurídica do pedido; 
 Interesse de agir; 
 Legitimidade das partes. 
A falta de qualquer uma dessas condições importará no final do processo em que o juiz emite uma 
sentença em que não será analisado o mérito, declarando o autor carente de ação. 
A possibilidade jurídica do pedido é a aptidão de um pedido, em tese, ser acolhido. Se, em tese, o 
pedido é possível, está preenchida esta primeira condição da ação. 
O interesse de agir é verificado pela reunião de duas premissas: a utilidade e a necessidade do 
processo. A utilidade está em se demonstrar que o processo pode propiciar benefícios; a 
necessidade do processo se constata quando o proveito de que se precisa só é possível alcançar 
por meio do Judiciário. 
Com relação à legitimidade “ad causam” (ou legitimidade para agir), ela pode ser conceituada 
como o poder jurídico de conduzir validamente um processo em que se discute um determinado 
conflito. A legitimidade pode ser exclusiva (atribuída a um único sujeito), concorrente (atribuída a 
mais de um sujeito), ordinária (o legitimado discute direito próprio) e extraordinária (o legitimado, em 
nome próprio, discute direito alheio). 
ELEMENTOS DA AÇÃO 
Cada ação proposta, considerada em particular, tem certos elementos próprios que a identificam, 
servindo para isolá-la e distingui-la das demais. 
São elementos da ação: 
1 – Partes – sujeitos da lide; 
2 – Causas de pedir, as razões que suscitam a pretensão e a providência, sendo que poderá 
ser próxima ou remota, devendo o advogado expor os Fatos e Fundamentos; 
3 – Pedido, a providência jurisdicional solicitada quanto a um bem. 
 
 
 
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PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS 
Os pressupostos processuais são de existência ou de validade. São os documentos mínimos que o 
processo deve ter. 
Os pressupostos de existência subdividem-se em subjetivos e em objetivos. Os primeiros são 
compostos de: um órgão jurisdicional e da capacidade de ser parte (aptidão de ser sujeito 
processual). O pressuposto processual de existência objetivo é a própria demanda (ato que instaura 
um processo, ato de provocação). 
Presentes os pressupostos processuais de existência, passa-se à análise dos pressupostos 
processuais de validade, que também se subdividem em subjetivos e objetivos. 
Os pressupostos processuais de validade subjetivos dizem respeito ao juiz (sua competência e 
imparcialidade) e às partes (que devem ter capacidade processual e capacidade postulatória). Já 
os pressupostos processuais de validade objetivos podem ser intrínsecos ou extrínsecos. Os 
intrínsecos são os pressupostos que devem ser vistos dentro do processo, como o adequado 
desenrolar dos atos processuais. Os extrínsecos, também chamados de negativos, são 
pressupostos que não devem estar presentes. Em outras palavras, para que o processo seja válido, 
não podem existir, como a coisa julgada, por exemplo. 
Diante da superficial análise das condições da ação e dos pressupostos processuais, nota-se que 
são todos requisitos de admissibilidade para o conhecimento de um conflito perante o Poder 
Judiciário, através do qual será possível que se forneça ou não aos litigantes o bem da vida que se 
busca. 
 Objetivos – São aqueles que dizem respeito ao processo 
 Subjetivos – São aqueles que dizem respeito às partes 
 Genéricos – São aqueles que dizem respeito a todos os processos 
 Específicos – São aqueles que dizem respeito a critérios específicos 
Código de Processo Civil 
Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: 
IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e 
regular do processo; 
VI - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a 
legitimidade das partes e o interesse processual;23 | P á g i n a 
 
 
TIPOS DE AÇÕES E PROCEDIMENTOS 
 
AÇÕES CÍVEIS 
 Conhecimento/Cognição – Busca uma pretensão, sendo que o Poder Judiciário irá dizer se 
a pessoa terá ou não o direito, ex. Conhecimento de Dissolução e União Estável, 
conhecimento de paternidade, ação de alimentos, divórcio, inventário, etc. 
 Execução – Diferente da ação de conhecimento, a ação de execução já está na fase de 
executar e exigir o direito adquirido na ação de conhecimento, visa cumprir a obrigação, ex. 
Execução de obrigação de fazer, de não fazer, dar coisa certa, dar coisa incerta, de 
alimentos, etc. 
 Cautelar – Quando a ação de conhecimento ou a ação de execução estiver em “perigo” entra 
com a ação cautelar para garantir a proteção 
PROCEDIMENTOS CÍVEIS 
Procedimento é o caminho em que a ação segue, através de determinados ritos. 
 Comum 
o Ordinário – Procedimento mais lento 
o Sumário – Tem menos fases e menos atos, através de audiência de conciliação 
 Especial – É diferente, pois tem liminar, prazo pra contestação é diferente, etc. 
 Sumaríssimo – Aplicado no JEC 
 
AÇÕES TRABALHISTAS 
 Conhecimento/Cognição 
 Execução 
 Cautelar 
 
PROCEDIMENTOS TRABALHISTAS 
 Sumário – Até 2 salários mínimos 
 Sumaríssimo – Até 40 salário mínimos 
 Ordinário – Mais de 40 salários mínimos 
 Especiais – Quando for ação cautelar é usado o procedimento especial 
 
AÇÕES PENAIS 
 Pública Incondicionada – Não tem uma condição, não há como desistir da ação 
 Pública Condicionada – Tem uma condição, necessita da manifestação da vítima através do 
MP, sendo que poderá desistir da ação 
 Privada – O MP não tem uma relação com a ação penal, a vítima contrato um advogado 
particular 
 Subsidiária da Pública – O Advogado particular assume a titularidade do MP em caso do 
MP ficar inerte 
24 | P á g i n a 
 
 
PROCEDIMENTOS OU RITOS PENAIS 
 Ordinário – Pena de Reclusão 
 Sumário – Pena de Detenção 
 Sumaríssimo - JECRIM 
 Especial – Tóxicos, Júri, Falência, etc.

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