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DESENHO TÉCNICO PROJETO ARQUITETÔNICO

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DESENHO TÉCNICO 
PROJETO ARQUITETÔNICO 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Dr. Rodrigo Couto Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOURADOS - MS 
2012 
 
 2
INTRODUÇÃO - Generalidades 
 
Conforme já visto, desenho técnico é uma ferramenta de extrema importância 
utilizada por desenhistas, arquitetos, engenheiros e até mesmo administradores. Nas 
construções tecnológicas, as idéias e dados se registram em uma linguagem gráfica, 
através da qual se descreve minuciosamente cada operação e guarda-se um registro 
completo da estrutura, para reprodução ou mesmo reparos futuros. 
Ao ensinar executar ou mesmo interpretar projetos, o Desenho Técnico pode 
ser considerado uma das principais disciplinas de um curso para a formação técnica. 
Todo engenheiro ou profissional que pretenda administrar agronegócios deve saber 
interpretar e/ou esboçar desenhos, principalmente desenho arquitetônico, por ser o mais 
comum deles. 
Os desenhos são feitos a mão livre, por meio de instrumentos ou computadores. 
Um desenho arquitetônico deve conter informações necessárias para ser 
possível determinar a forma e as dimensões, aliando-se a nomenclaturas, orientação, 
símbolos convencionais, notas explicativas referentes aos materiais e seu acabamento, o 
qual será descrito separadamente em forma de especificação. 
No desenho arquitetônico é muito importante aliar um sentimento artístico à 
técnica, pois eles se harmonizam, dando idéia da obra realizada e suas finalidades. 
 
Divisão 
Normalmente, os desenhos de um projeto arquitetônico passam por três fases 
distintas antes de serem concluídos. São elas: 
• Desenhos preliminares – inclui o estudo das exigências do proprietário, da 
função do edifício, materiais disponíveis e experiência do projetista. São os 
primeiros esboços grosseiros, normalmente feitos à mão-livre. Geralmente 
é neste momento que o projetista usa seu “dom” para concretizar o negócio. 
É importante também levar-se em consideração as condições do terreno da 
vizinhança. 
 
 3
 
Exemplos de Desenhos Preliminares 
 
• Desenhos de apresentação ou anteprojeto – têm como objetivo dar uma 
representação real e efetiva ao projeto. Contém poucos dados estruturais e 
são muitas vezes desenhados em perspectivas e coloridos. Atualmente 
utiliza-se muito de maquetes nesta fase do projeto. Normalmente jasão 
feitos após o serviço ter sido contratado pelo dono da obra. 
 
 
Exemplo de Desenhos de Apresentação 
 
• Desenhos de execução – formam o corpo do projeto arquitetônico, e junto 
com as especificações dos materiais de acabamento servirão para o cálculo 
do orçamento. São os desenhos definitivos, previamente aprovados. 
 
 
 4
 
Projeto arquitetônico 
O projeto arquitetônico constitui um conjunto de desenhos, especificações, 
descrições e orçamentos da obra. 
A partir dos desenhos, fazem-se as especificações dos materiais, o memorial 
descritivo e o orçamento da obra. 
 
Terreno 
Antes de projetar qualquer obra, deve-se ter conhecimento do terreno pela sua 
planta, considerando o seu valor, localização, limites, conteúdo, topografia, orientação, 
insolação e redes de esgotos, água e energia elétrica. 
 
Desenhos de projetos 
Os desenhos que compõem um projeto arquitetônico são constituídos por uma 
série de vistas variáveis de acordo com a simplicidade ou complexidade da obra. As 
vistas são internas e externas, projetadas em planos horizontais e verticais. São elas: 
• Planta-baixa; 
• Cortes verticais; 
• Fachadas; 
• Planta de situação; 
• Planta de cobertura; 
• Desenho de detalhes; 
• Desenhos de instalações hidrossanitárias, elétricas, etc. 
 
Por ser o conjunto de desenhos com maior riqueza de detalhes, neste material 
será explanado um Projeto Arquitetônico residencial, pois assim, será possível conhecer 
a maioria das simbologias existentes, e não apenas as normalmente apresentadas em 
projetos de instalações agropecuárias. 
 
 5
1. DESENHO ARQUITETÔNICO – PLANTA-BAIXA 
 
É a projeção horizontal da seção que se obtém, fazendo passar um plano 
horizontal a uma altura tal, que corte as paredes, interceptando as portas e janelas 
(Figura 1). Normalmente esta altura é em torno de 1,20 a 1,50m. 
 
 
FIGURA 1 – Seqüência para obtenção da planta-baixa 
 
As estruturas das paredes, tanto internas como externas, serão representadas 
pelas projeções das suas arestas visíveis, por meio de linhas. As paredes internas tem 
normalmente 15cm e as externas 25cm. As linhas são contínuas e grossas nas partes 
onde há seção ou corte, e contínuas e médias, onde não são seccionadas, como arestas 
de portas, janelas, pisos, etc. 
Normalmente, no Brasil, as paredes são construídas de tijolos assentados e 
revestidos com argamassa. Geralmente, as paredes externas são mais espessas que as 
internas, uma vez que aquelas, por estarem em contato direto com o meio exterior, 
devem dar maior proteção, além de servirem de sustentação do telhado. A espessura das 
paredes são determinadas de acordo com a arrumação de seus tijolos. As plantas baixas 
devem vir acrescidas de informações técnicas complementares. 
Representação das paredes: 
 
 
 6
As portas e portões devem sempre vir acompanhadas das folhas das esquadrias, 
de forma a permitir a visualização do espaço ocupado pelas mesmas, conforme pode ser 
visto nos exemplos abaixo. 
 
 
 As janelas já são representadas de uma forma mais genérica, sem dar margem a 
uma interpretação mais detalhada, conforme pode ser visto nos exemplos a seguir: 
 
 
As portas e janelas são aberturas normais nas paredes. Podem vir com suas 
dimensões convencionadas na planta-baixa ou em legendas, conforme pode ser visto na 
Figura 2. 
 
 
 7
 
 
 
 
FIGURA 2 – Convenções para portas e janelas 
 
 
 
 
 
 8
A Figura 3 representa uma planta baixa completa. 
 
Figura 3: Exemplo de planta baixa. 
 
 9
O tamanho de uma residência deve ser variável, de acordo com o padrão e 
constituição da família. 
 
1.1. Grupamentos residenciais 
Uma casa residencial deve ser dividida em três grupamentos: privativo (quartos 
e banheiros), social (salas de estar e jantar) e de serviço (copa e lavanderia). Todos eles 
devem ter pelo menos uma parede externa com aberturas (portas e janelas). 
 
A distribuição dos grupamentos na planta-baixa pode ser regida pelas seguintes 
regras: 
a) No grupamento privativo, quando há vários quartos e apenas um banheiro, 
todos devem ter portas para um corredor. 
b) Os quartos devem ser silenciosos e sombrios durante a noite e iluminados 
e alegres durante o dia. 
c) Em qualquer tipo de residência o acesso ao banheiro deve ser por um 
corredor, sem que seja necessário atravessar nenhum outro cômodo. 
d) A circulação entre quartos e banheiro deve ser feita pelo menor trajeto 
possível. 
e) A orientação dos quartos deve ser voltada para o lado que se tenha 
insolação matinal. 
f) A cozinha e a copa devem se localizar perto da sala-de-estar e de jantar. 
g) Deve-se evitar, sempre que possível, abrir portas entre dois quartos, 
cozinha e quarto, banheiro e cozinha, banheiro e sala, quarto e sala. 
h) A circulação é melhorada abrindo-se duas entradas: uma social, pela sala 
de estar, e uma de serviço, pela copa.i) Os banheiros e cozinha, quando possível, devem ser próximos, pois assim 
permitem economia de tubulação hidrossanitária. 
j) As portas devem se localizar nos cantos das paredes, e não no seu centro, o 
que já é o caso das janelas. 
k) Não se deve construir compartimento algum com áreas do piso e das 
janelas menores que as mínimas recomendadas. 
 
 
 10
1.2. Dimensões mínimas 
A área útil de uma casa é o somatório das áreas dos compartimentos. As 
dimensões mínimas das janelas estão relacionadas com a área do compartimento, 
conforme Tabela 1: 
 
TABELA 1 – Áreas mínimas dos compartimentos 
Compartimentos Área 
Mínima 
Dimensão 
Mínima 
Área Mínima da 
Janela 
Altura do Peitoril* 
da Janela 
Sala 12,0 m2 3,0 x 4,0 1/8 área do piso 1,0 a 1,5 m 
Quarto 8,0 m2 2,5 x 3,2 1/6 área do piso 1,0 a 1,5 m 
Cozinha 4,0 m2 2,0 x 2,0 1/8 área do piso 1,5 a 1,8 m 
Banheiro 2,2 m2 2,0 x 1,1 1/8 área do piso 1,5 a 1,8 m 
Garagem 10,0 m2 4,0 x 2,5 1/8 área do piso 1,5 a 1,8 m 
Corredor _ Largura 0,9 a 1,10 _ _ 
*A altura inferior de uma janela é chamada de peitoril e a altura superior de verga. 
 
As alturas das portas externas, normalmente coincidem com a altura máxima 
das janelas (verga). As dimensões mínimas para as portas são: 
• Portas externas 0,80 x 2,10 
• Portas internas 0,70 x 2,10 
• Portas de banheiro 0,60 x 2,10 
A altura do piso de uma casa pode ser variável ao longo dos compartimentos. 
Compartimentos como o banheiro podem ter pisos mais altos e rebaixamento na parte 
do box. Pisos da varanda e área de serviço são normalmente mais baixos que os demais. 
 
1.3. Planta de telhados 
Pode-se também, sobre a planta-baixa, representar a planta de telhado, embora 
seja conveniente fazer a planta e seus detalhes à parte, como será visto a diante. 
 
1.4. Posição dos cortes na planta 
Um projeto deve ter quantos corte forem necessários para sua boa 
interpretação, sendo demarcados com linhas grossas traço-ponto na posição 
preestabelecida e identificadas por letras maiúsculas AB e CD. A linha de corte deve 
 
 11
sempre passar por um compartimento impermeabilizado e por um maior número de 
compartimentos. 
 
1.5. Cotagem ou dimensionamento 
A cotagem é feita por meio de linhas denominadas linhas de cota, que indicam 
a distância entre dois pontos. As linhas de cota são finas, terminadas em setas ou linhas 
inclinadas em 45º e acompanhadas pelo valor, em metros, até duas casas decimais, 
escritos nos locais convenientes. O dimensionamento de portas e janelas é feito de 
forma especial. Nas janelas as dimensões aparecem na forma de fração com traço fino 
perpendicular a elas, cujo numerados indica, na ordem, a largura e altura, e o 
denominador, a altura do peitoril. Nas portas aparece apenas o numerador. Caso não 
haja espaço na planta para se indicar as dimensões desta forma, pode-se indicar as 
dimensões pela sua primeira letra (J1, J2, J3;... e P1, P2, P3,...), discriminando-se suas 
dimensões em uma legenda. 
 
Exemplo de Cotagem de parede 
 
1.5.1. Fator de Escala (FE) 
É um numero qualquer destinado a facilitar as operações aritméticas da escala. 
Normalmente na escala 1:50, por exemplo, seria moroso fazer “regra de três” ou ter de 
dividir por 50 todas as medidas do objeto para obter a medida do desenho. Ex. 2,40 m ÷ 
50 = 0,048 m = 4,8 cm. Neste caso, para obter o fator de escala (FE) basta dividir o 
numero da escala por 100 (converter para cm) e multiplicar pelo fator de escala (FE). 
Assim, no caso anterior FE = 100 ÷ 50 = 2, ou seja, 2,40 m ÷ 100 = 0,048 m que 
multiplicado pelo FE = 2 dá 0,048 m ou 4,8 cm. Basta então multiplicar por 2 todas as 
medidas lineares correspondentes. Assim têm-se a situação: 2 × 2,4 m = 4,8 cm. 
 
 
 12
1.6. Convenções arquitetônicas 
As convenções arquitetônicas são simbologias de uso corrente, para representar 
principalmente os aparelhos e acessórios da casa. São traçados com o auxílio de 
“gabaritos” organizados para diversos fins e em várias escalas. Também servem para 
indicar os níveis dos pisos de cada cômodo. 
 
 
Exemplo de simbologia indicativa do nível de um cômodo com sua respectiva área útil 
 
1.7. Superfícies impermeabilizadas 
As superfícies de pisos e paredes de banheiros, cozinhas, copas, lavanderias, 
garagens e outras dependências que necessitam ser a prova d’água, são normalmente 
revestidos de materiais impermeáveis, como azulejos, ladrilhos ou cerâmicas. Na 
planta-baixa, como nos cortes, estas superfícies são quadriculadas com linhas finas, 
sendo a última parte que se traça no desenho, com quadrículos geralmente de tamanho 
igual ao dos ladrilhos. 
 
 13
1.8. Algumas definições de interesse 
Em Desenho Arquitetônico, é de interesse o conhecimento de alguns termos 
técnicos, normalmente mostrados nos desenhos e discutidos entre os especialistas. São 
eles: 
• Fundação: Base da construção. Alicerce, que deve ficar enterrado por servir de 
sustentação para a obra. Tem espessura maior que as paredes e pode 
apresentar-se na forma contínua, em sapatas ou tubulões. 
 
Exemplo de Fundação 
 
• Linha de terra: linha que separa a parte aérea da construção da parte que fica 
enterrada. Representa normalmente a linha do terreno original, 
considerada a cota zero. 
• Embasamento: Formado pelo alicerce e piso. As paredes e demais componentes da 
construção são normalmente construídos sobre o embasamento 
 
Exemplo de embasamento 
 
• Baldrame: Continuação do alicerce acima da linha de terra, que tem como 
finalidade elevar o nível de paredes de forma a protege-las da umidade. 
 
 14
 
Exemplo de baldrame 
 
• Pé-direito: Relacionada com a altura da construção, que vai da parte superior do 
piso até a altura inferior da laje do forro. No caso de construções sem 
forro, considera-se o pé direito como sendo até a altura onde ficaria o 
forro, caso este existisse, ou seja, a altura da parede. O pé-direito é 
variável de acordo com o nível de cada cômodo. 
 
 (A) (B) 
Exemplo de pé-direito simples (A) e duplo (B) 
 
• Beiral: Projeção horizontal do telhado além da parte externa da parede externa. 
Continuação do telhado além da parede externa que tem como 
finalidade principal a proteção da parede da construção contra chuvas e 
insolação direta. 
 
 15
 
Exemplo de beiral 
 
• Platibanda: Continuação da parede externa acima da altura da laje. Forma de 
acabamento que pode ser utilizado no lugar do beiral, para algumas 
situações específicas. Neste cão, o telhado deverá ter calha para 
escoamento das águas pluviais. 
 
Exemplo de platibanda 
 
• Cumeeira: É a parte mais alta de um telhado, horizontal e que serve para dividir 
águas. 
• Boneca: Parte da parede que fica “atrás da porta” e em certos casos também janelas. 
Sua finalidade é permitir a abertura da porta ou janela em ângulos 
superiores a 90º . 
 
 16
 
Exemplo de boneca 
 
• Contra-verga ou peitoril: Parte da parede onde fica apoiada a janela. Coincide com 
a parte inferior da janela. No caso de portas, o peitoril não existe, pois 
as mesmas se encontram apoiadas no piso. 
• Verga: Pequena viga que fica apoiada na parte superior de portas ou janelas. Tem 
como finalidade aumentar a resistência da parte superior das portas e 
janelas, evitando que estas se deformem em função do peso da 
construção que se encontra em cima das mesmas. Se possível, deve-se 
construir a contra-verga com cerca de 20cm a mais que a largura da 
janela ou porta. 
 
Exemplo de verga e contra-verga 
 
 17
• Soleira: peça que vai no mesmo nível do piso e que serve de acabamento para a 
parte inferior de uma porta. Muitoutilizada na entrada das edificações. 
 
Exemplo de soleira 
• Área útil: é a área total construída subtraída dos espaços ocupados por paredes, 
portas e pilares. É a área disponível para utilização. A área interna de 
cada cômodo. 
• Área total: é a área total construída considerando-se os espaços ocupados por 
paredes, portas e pilares. 
 
1.9. Como desenhar uma planta-baixa 
O desenho de uma planta-baixa é feito preliminarmente a lápis, sobre papel 
opaco, em escala apropriada, para depois ser definitivamente copiado para papel 
transparente. 
 
No traçado a lápis, primeiramente centraliza-se o desenho no espaço livre do 
papel, e depois procede-se da seguinte forma (Figura 3): 
a) É regra que toda planta baixa de construção tenha a sua frente sempre 
voltada para a parte inferior ou para a esquerda, no caso de desenho 
bastante retangular. 
b) Inicialmente, todas as linhas do desenho devem ser bem finas, contínuas e 
suaves, para facilitar o remanejo (apagamento). 
c) Executa-se o esboço a mão-livre e calcula-se os valores de X e Y para sua 
perfeita centralização. 
 
 18
d) Mede-se e desenha-se as linhas que representem as arestas da face externa 
das paredes externas. 
e) Interiormente, marcam-se as espessuras das paredes externas e em seguida 
as internas. 
f) Localizam-se e marcam-se as portas, janelas, escadas, etc., não se 
esquecendo das bonecas. 
g) Completa-se o desenho. As linhas iniciais que sobrarem devem ser 
apagadas. As linhas devem ser definitivamente decalcadas, conforme suas 
espessuras: grossas (paredes seccionadas) e médias (partes não 
seccionadas, como peitoris). 
h) Dispõe-se portas e aparelhos sanitários na posição escolhida e quadriculam-
se os pisos impermeabilizados. 
i) Dá-se nome aos compartimentos, acrescentando abaixo destes, caso seja 
solicitado, sua área em metros quadrados. 
j) Marca-se os níveis de cada cômodo 
k) Por último, coloca-se a linha de corte vertical na posição correta, a planta 
de telhado em linhas tracejadas grossas, se for o caso, e identifica-se o 
desenho, colocando seu nome e escala usada logo abaixo, em letras 
maiores. 
 
 
 
FIGURA 3 – Seqüência inicial no traçado da planta-baixa 
 
 19
2. DESENHO ARQUITETÔNICO - CORTES 
 
2.1.Cortes verticais 
São as vistas laterais internas da casa, com o fim de mostrar o interior da casa, 
mostrando todas as distâncias e detalhes que não aparecem na planta-baixa. 
 
Esquema ilustrativo de um corte – figura da direita 
 
São dois os cortes verticais principais: o corte transversal (feito no sentido do 
menor comprimento da casa, Figura 4) e o corte longitudinal (no maior sentido, Figura 5). 
Um corte completo tem duas partes: a parte aérea (formada pala cobertura, 
paredes e embasamento) e a parte subterrânea (fundação). 
 
 
FIGURA 4 – Corte transversal AB 
 
 20
 
 
FIGURA 5 – Corte longitudinal CD 
 
Cada material utilizado numa construção possui convenções próprias de 
apresentação, dependendo da vista em que se encontra, conforme pode ser visto na 
Figura 6. 
 
 
 
FIGURA 6 – Convenção usual dos principais materiais de construção 
 
 
Assim como na planta baixa, um desenho de corte também deverepresentar as 
portas e janelas, em corte, caso estas sejam seccionados pela linha representativa do 
 
 21
plano vertical de referencia (AB ou CD). As figuras a seguir ilustram casos de secção de 
porta em nível e com diferença de níveis entre cômodos. 
 
(A) 
 
 
(B) 
Exemplo de corte com pisos entre cômodos em nível (A) e com diferença de nível (B) 
 
 
2.2. Cobertura ou telhado 
A cobertura é um detalhe importante num projeto, para se obter um bom 
conforto interno no ambiente, uma vez que esta é o principal elemento de proteção 
contra agentes externos. 
A inclinação do telhado deve obedecer certas recomendações, de acordo com o 
tipo de telha. A Figura 7 mostra a recomendação para três tipos principais de telha. 
 
 22
 
 
FIGURA 7 – Inclinação recomendada para três tipos principais de telha 
 
2.3. Dimensionamento dos cortes 
Nos cortes é obrigatório ser cotado: 
- altura do pé-direito; 
- altura do revestimento em azulejos das paredes; 
- espessura da laje de teto; 
- embasamento; 
 
Não é obrigado ser cotado: 
- fundações e estruturas do telhado; 
- portas e janelas. 
 
2.4. Como desenhar um corte 
Conhecida a escala, a posição do corte na planta-baixa e o considerando o 
terreno plano, primeiramente faz-se o enquadramento do desenho num papel opaco, 
depois traça-se a linha de terra, que separa a parte aérea da subterrânea. Em seguida 
procede-se da seguinte forma: 
a) Sobre a linha de terra marcam-se as distâncias entre paredes e suas 
espessuras, tomadas da planta-baixa na posição do corte. Levantam-se as 
paredes com uma altura igual à soma do embasamento mais o pé-direito, 
sobre os quais se põe a laje do forro pela sua espessura, assim como, na 
altura do embasamento, a laje do piso (Figura 8A). 
 
 23
b) Abaixo da linha de terra sob as paredes, determina-se sua fundação pelas 
espessuras e profundidade do alicerce. Quando as distâncias são 
desconhecidas, ou não deseja-se mostrá-la, aplica-se uma linha de 
interrupção para indeterminá-la (Figura 8B). 
c) Sobre as paredes cortadas, determinam-se, as portas e janelas cortadas 
(como feito na planta baixa) e não cortadas, mas visíveis através do corte 
(Figura 8C). 
d) Apagam-se as linhas que estão sobrando, decalcam-se as linhas grossas 
(seções seccionadas) e médias (não seccionadas). Fazem-se as convenções 
de materiais e representação das superfícies impermeabilizadas. 
e) A representação das portas e janelas, em vista frontal, se faz de modo 
simples, em linhas médias, sem cotá-las. 
f) Desenha-se a estrutura do telhado até os caibros, omitindo-se as ripas e 
telhas. 
g) Finalizam-se dimensionando as outras partes não cotadas, conforme regra 
vista anteriormente. 
 
 
 24
 
 
FIGURA 8 – Seqüência preliminar no traçado de um corte 
 
 25
 
3. DESENHO ARQUITETÔNICO - FACHADAS 
 
3.1.Fachadas 
Fachadas são as vistas resultantes das projeções verticais das faces externas da 
casa, mostrando de maneira quase real a sua forma e composição estética com o meio 
ambiente. 
 
Exemplo de fachada 
 
Embora uma construção permita se mostrar quatro plantas de fachada, apenas 
aquela voltada para a via pública é obrigatória (Figura 9). 
Em desenho arquitetônico, as fachadas são apresentadas normalmente na 
mesma escala da planta-baixa. 
As fachadas não são cotadas, recebendo, apenas na parte inferior do desenho, 
sua identificação e escala. 
 
 
 26
 
 
FIGURA 9 – Vista frontal ou fachada frontal 
 
3.1.1. Como desenhar uma fachada 
 
Na fachada, o desenho é executado apenas da superfície do terreno para cima. 
Para executar uma fachada, procede-se preliminarmente com linhas finas, da 
seguinte forma: 
a) Marca-se uma linha horizontal correspondente à linha de terra, e sobre ela 
as paredes e portas que compõe a superfície externa desta vista (dimensões 
tiradas da planta-baixa e cortes) (Figura 10A). 
b) As diferentes alturas das paredes externas são determinadas pela altura 
máxima e mínima do telhado. 
c) O telhado é representado pela projeção vertical dos planos inclinados que o 
compõe. 
d) Determinam-se a posição das portas, janelas, saliências, divisões, vegetação 
e outros (Figura 10B). 
e) Faz-se o acabamento dos componentes externos, incluindo portas e janelas. 
f) Identifica-se o desenho escrevendo seu nome e escala na parte inferior dele. 
 
 27
 
 
FIGURA 10 – Seqüência para composição da fachada 
 
 28
4. DESENHO ARQUITETÔNICO – PLANTA DE SITUAÇÃO 
 
4.1.Planta de situaçãoA planta de situação de uma construção qualquer é a parte do projeto 
arquitetônico que determina a posição exata da casa dentro do terreno ou lote, 
normalmente feito na escala 1:500 (Figura 11). 
 
Exemplo de vista aérea que pode ser representada em planta de situação 
 
Abrange os seguintes pontos: 
a) Forma e dimensões do terreno: frente, laterais e fundos. 
b) Localização da casa: afastamento frontal e lateral da obra. 
c) Linhas de contorno parcial ou total das construções vizinhas. 
d) Dimensão do passeio e do logradouro público. 
e) Orientação 
f) Indicação da posição do meio fio, incluindo a entrada de veículos, postes, etc. 
 
 
 
 29
 
FIGURA 11 – Detalhes de uma planta de situação 
 
4.1.1. Norte verdadeiro (NV) e Norte Magnético (NM) 
 
Suponha que uma pessoa tenha decidido viajar para o Pólo Norte. E ela não 
tem como pegar um avião até lá. Então, tira uma bússola do bolso, observa a agulha que 
aponta para o norte e traça um caminho, seguindo a agulha. Mas desta forma, ao final 
do percurso, a pessoa não chega ao centro físico chamado “Pólo Norte” da Terra. Isto 
ocorre por que para chegar ao Pólo Norte, ou norte verdadeiro, apenas seguir a agulha 
da bússola não funcionará. 
Se quiser ir de um ponto na extremidade inferior de um mapa para um ponto na 
extremidade superior, a pessoa precisará seguir o norte verdadeiro. Norte verdadeiro é 
uma direção geográfica representada nos mapas e globos pelas linhas da longitude. 
Cada linha de longitude começa e termina nos pólos físicos da Terra e representa o 
percurso direto norte-sul. A Figura 12 representa uma linha de longitude que vai até o 
norte verdadeiro. 
 
 30
 
FIGURA 12 – Representação de uma linha de longitude e o norte verdadeiro 
 
As bússolas, por outro lado, levam uma pessoa ao norte magnético, um ponto 
nas regiões árticas do Canadá que muda constantemente de lugar com base na atividade 
dos campos magnéticos da Terra. O ferro líquido no centro do planeta age como um 
grande ímã, criando um campo magnético. A agulha de uma bússola é magnetizada e 
como está livremente suspensa permite que a força magnética a direcione ao norte 
magnético. 
Mas como o ímã da Terra não está perfeitamente alinhado com os pólos 
geográficos existe uma diferença entre o norte verdadeiro em um mapa e o norte 
magnético indicado por uma bússola. Essa diferença é chamada de declinação 
magnética e é medida pelo ângulo entre o norte verdadeiro e o norte magnético quando 
traçado em um mapa. Vale ressaltar que as declinações magnéticas variam conforme o 
lugar, dependendo da intensidade dos campos magnéticos da Terra. 
 
 
 31
5. DESENHO ARQUITETÔNICO – PLANTA DE COBERTURA 
 
5.1. Planta de cobertura 
 
Planta de cobertura é a projeção horizontal da face superior externa de uma 
casa. A escala mínima exigida é 1:100. 
 
Ilustração da origem de uma planta de cobertura 
 
Na planta de cobertura indica-se por linhas tracejadas o contorno da planta 
baixa, mostrando todo o beiral circundante à casa; as interseções entre os planos do 
telhado são mostrados por uma linha grossa; e se necessário as calhas, com linha dupla 
(Figura 13). 
 
 
 
FIGURA 13 – Vista em perspectiva de uma casa e sua planta de cobertura 
 
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6. DESENHO ARQUITETÔNICO – DESENHO DE DETALHES 
 
6.1.Desenhos de detalhes 
 
Constituem um conjunto de desenhos feitos em escalas diferenciadas, com o 
fim de mostrar certos detalhes de construção da obra. Estes detalhes são desenhados 
numa escala que os torna bem visíveis, mostrando todas as suas dimensões formas e 
características próprias. Também podem ser complementados por projeções ou 
perspectivas. A Figura 14 ilustra o desenho de detalhes de uma fechadura (A) e uma 
porta (B). 
 
 
(A) 
 
 
 33
 
 
 
(B) 
FIGURA 14 – Detalhes de uma fechadura (A) e uma porta (B) 
 
 
 34
7. BIBLIOGRAFIA 
 
ABBOTT, W. Desenho Técnico. Ed. Ediouro. 1988. 
A. SILVA, C. T. RIBEIRO, J. DIAS, L. SOUSA. Desenho Técnico Moderno, 8ª 
Edição, Editora LIDEL, 2008. 
DIAS, J. P. D. Normas NP, ISO e EN relacionadas com o desenho técnico. (Versão 
1.3). 2000. Disponível em: 
http://www.dem.ist.utl.pt/~m_desI/dowload/normas_v3.pdf. Acesso em: 
06/10/2011. 
HOWSTUFFWORKS - Como encontrar o norte verdadeiro. Publicado em 25 de março 
de 2008 (atualizado em 16 de outubro de 2008) Disponível em: 
http://ciencia.hsw.uol.com.br/norte-verdadeiro.htm. Acesso em: 06/10/2011. 
MONTENEGRO, G. A. Desenho Arquitetônico. São Paulo, Ed. Edgard Blücher, 2a 
ed., 1989. 
UNIVERSITÁRIO, Curso pré-vestibular. Apostila de Matemática - Geometria Plana 
I. Campinas, 1992. 
UNTAR, J., JENTZSCH, R. Desenho Arquitetônico. Viçosa, UFV, Imprensa 
Universitária, 1a ed., 1987. 
Imagens de acesso livre retiradas da internet

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