resenha APOSTILA DE RADIO

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UESC
	Data de entrega: 09/03/2015
	
	Aluno: Wilyans Oliveira Pereira
	Matrícula: 201310812
	Prof.(a): Eliana Albuquerque 
	Disciplina: Ofc. Radiojornalismo
RESENHA
ALBUQUERQUE, Eliana. Apostila de Rádio. Ilhéus: Curso de Comunicação Social da UESC, 2015. 
Segundo o texto, o radiojornalismo surge no Brasil em 1923, coincidindo com o início da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, a iniciativa foi de Roquete Pinto que enxergava o rádio como um potente transformador social. Também foi Roquete Pinto que O Jornal da Manhã, o primeiro noticiário de rádio foi levado ao ar em 1923, que se caracteriza pela leitura das noticias publicadas nos jornais.
A Rádio Jornal do Brasil surge em 1935, trazendo muita inovação para o meio radiofônico. Entre elas é a primeira a fundamentar sua grade de programação na informação, porém, as notícias ainda eram lidas no ar seguindo o modelo do Jornal da Manhã. A Rádio Jornal do Brasil também é primeira a utilizar o Serviço de Utilidade Pública em 1959, e inova também na década de 60, ao lançar um manual para repórteres e redatores. 
É com a II Guerra Mundial, e com veiculação do Repórter Esso (1941), e do Grande Jornal Falado da Tupi (1942), que o radiojornalismo ganha importância. O Repórter Esso com seu slogan “testemunha ocular da história” e com a locução de Heron Domingues marca a história do rádio brasileiro, por dar credibilidade às notícias veiculadas. Outra característica desse noticiário era a sua pontualidade, toda vez que entrava no ar às 12h55min, muitos ouvintes acertavam o relógio. É sob o comando de Heron Domingues que em 1946, ele implanta a “Seção de Jornais Falados e Reportagens da Rádio Nacional”, que era um departamento dentro da emissora voltado para o jornalismo. Este importante radiojornal mantém-se no ar até o ano de 1962, quando é transferido para o Rádio Globo onde continua até 1968, saindo do ar e encerrando seus 27 anos de história. 
O Grande Jornal falado da Tupi, de São Paulo, organizado por Coripheu de Azevedo Marques e Armando Bertoni, em 1942, inova no modelo de transmissão da notícia. A estrutura deste se assemelhava a de um noticiário escrito com identificação do noticiário; marcação da sonoplastia; manchetes e notícias agrupadas em blocos. Outras inovações chegam até os ouvintes através de outras rádios, por exemplo, a Rádio Continental cria em 1948 um formato calcado no tripé: música-esporte-notícia, passando a cobrir outros esportes e transmitindo ao vivo o carnaval. A Rádio Continental, portanto, traz dinamismo para as transmissões radiofônicas.
Já a Rádio Panamericana de São Paulo, com o slogan “Emissora dos Esportes”, alcança a liderança neste gênero. A Rádio Bandeirante no ano de 1954, é a pioneira ao lançar um sistema de noticiário diferente. Para cada 15 minutos de programas um minuto de informação, em outros momentos quatro boletins de três minutos eram inseridos na programação. 
Nos anos 60, com o regime ditatorial no Brasil foi criada a “doutrina de segurança nacional” que tinha por objetivo ligar todo o território brasileiro. Para isso foi criada em 1965, a Empresa Brasileira de Comunicações (EMBRATEL), que retirou o setor em questão do atraso interligando o país com o mundo. Nos anos seguintes o país se aprofunda no regime de ferro, o clima de medo e a perseguição a centenas de pessoas tomam conta. Em 1973, com a importância que o rádio havia adquirido o Ministério das Comunicações torna a expansão das rádios uma prioridade, em especial para combater a “penetração” das rádios estrangeiras em território nacional, pois, as mesmas não podiam ser controladas pela máquina da censura e acabavam divulgando informações a respeito de regime militar. 
Com a chegada dos anos 80, o enfraquecimento da ditadura era notável, a miséria e o desemprego já tomavam conta de muitas cidades do país e o êxodo rural era crescente agravando ainda mais a miséria, violência e o desemprego nos grandes centros urbanos. A situação econômica do país também estava insustentável; altas taxas de inflação e dívida externa crescente serviram para aumentar ainda mais o clima de insatisfação com o governo que explode com o episódio das Diretas Já que levam milhares de pessoas as ruas gritando por eleições diretas. Este episódio chama atenção também dos veículos de comunicação. 
No contexto radiofônico não se pode deixar de lado o radiojornalismo esportivo, surgido na década de 30, sendo responsável por tornar popular o esporte no rádio em especial, o futebol. As narrações esportivas no rádio são emocionantes, vibrantes e entusiasmadas, levando o ouvinte a criar imagens mentais. Também é no radiojornalismo esportivo que surge o repórter de campo acompanhando de perto a partida. Por fim, é válido ressaltar a rivalidade entre as emissoras e locutores deste meio que vira e mexe inovam no jeito de narrar às partidas.