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História do Direito no Brasil COM GABARITO

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Coletânea de Exercícios
Curso de Direito
HISTÓRIA DO DIREITO NO BRASIL
Exemplar do Professor
2009
(Proibida a Reprodução)
Expediente
Curso de Direito — Coletânea de Exercícios
Organização da Coletânea: 
Professores da Disciplina História do Direito no Brasil, sob a coordenação da Profª Maria de Fátima Alves São Pedro
APRESENTAÇÃO
Caro Aluno
	A Metodologia do Caso Concreto aplicada em nosso Curso de Direito é centrada na articulação entre teoria e prática, com vistas a desenvolver o raciocínio jurídico. Ela abarca o estudo interdisciplinar dos vários ramos do Direito, permitindo o exercício constante da pesquisa, a análise de conceitos, bem como a discussão de suas aplicações.
	O objetivo é preparar os alunos para a busca de resoluções criativas a partir do conhecimento acumulado, com a sustentação por meio de argumentos coerentes e consistentes. Desta forma, acreditamos ser possível tornar as aulas mais interativas e, conseqüentemente, melhorar a qualidade do ensino oferecido.
	Na formação dos futuros profissionais, entendemos que não é papel do Curso de Direito da Universidade Estácio de Sá tão somente oferecer conteúdos de bom nível. A excelência do curso será atingida no momento em que possamos formar profissionais autônomos, críticos e reflexivos.
	Para alcançarmos esse propósito, apresentamos a Coletânea de Exercícios, instrumento fundamental da Metodologia do Caso Concreto. Ela contempla a solução de uma série de casos práticos a serem desenvolvidos pelo aluno, com auxílio do professor.
	Como regra primeira, é necessário que o aluno adquira o costume de estudar previamente o conteúdo que será ministrado pelo professor em sala de aula. Desta forma, terá subsídios para enfrentar e solucionar cada caso proposto. O mais importante não é encontrar a solução correta, mas pesquisar de maneira disciplinada, de forma a adquirir conhecimento sobre o tema.
	A tentativa de solucionar os casos em momento anterior à aula expositiva, aumenta consideravelmente a capacidade de compreensão do discente.
Este, a partir de um pré-entendimento acerca do tema abordado, terá melhores condições de, não só consolidar seus conhecimentos, mas também dialogar de forma coerente e madura com o professor, criando um ambiente acadêmico mais rico e exitoso.
	Além desse, há outros motivos para a adoção desta Coletânea. Um segundo a ser ressaltado, é o de que o método estimula o desenvolvimento da capacidade investigativa do aluno, incentivando-o à pesquisa e, conseqüentemente, proporcionando-lhe maior grau de independência intelectual.
	Há, ainda, um terceiro motivo a ser mencionado. As constantes mudanças no mundo do conhecimento – e, por conseqüência, no universo jurídico – exigem do profissional do Direito, no exercício de suas atividades, enfrentar situações nas quais os seus conhecimentos teóricos acumulados não serão, per si, suficientes para a resolução das questões práticas a ele confiadas.
Neste sentido, e tendo como referência o seu futuro profissional, consideramos imprescindível que, desde cedo, desenvolva hábitos que aumentem sua potencialidade intelectual e emocional para se relacionar com essa realidade.
E isto é proporcionado pela Metodologia do Estudo de Casos.
	No que se refere à concepção formal do presente material, esclarecemos que o conteúdo programático da disciplina a ser ministrada durante o período foi subdividido em 15 partes, sendo que a cada uma delas chamaremos “Semana”. Na primeira semana de aula, por exemplo, o professor ministrará o conteúdo condizente a Semana nº 1. Na segunda, a Semana nº 2, e, assim, sucessivamente.
	O período letivo semestral do nosso curso possui 22 semanas. O fato de termos dividido o programa da disciplina em 15 partes não foi por acaso. Levou-se em consideração não somente as aulas que são destinadas à aplicação das avaliações ou os eventuais feriados, mas, principalmente, as necessidades pedagógicas de cada professor.
	Isto porque, o nosso projeto pedagógico reconhece a importância de destinar um tempo extra a ser utilizado pelo professor – e a seu critério – nas situações na qual este perceba a necessidade de enfatizar de forma mais intensa uma determinada parte do programa, seja por sua complexidade, seja por ter observado na turma um nível insuficiente de compreensão.
	Hoje, após a implantação da metodologia em todo o curso no Estado do Rio de Janeiro, por intermédio das Coletâneas de Exercícios, é possível observar o resultado positivo deste trabalho, que agora chega a outras localidades do Brasil. Recente convênio firmado entre as Instituições que figuram nas páginas iniciais deste caderno, permitiu a colaboração dos respectivos docentes na feitura deste material disponibilizado aos alunos.
A certeza que nos acompanha é a de que não apenas tornamos as aulas mais interativas e dialógicas, como se mostra mais nítida a interseção entre os campos da teoria e da prática, no Direito.
	Por todas essas razões, o desempenho e os resultados obtidos pelo aluno nesta disciplina estão intimamente relacionados ao esforço despendido por ele na realização das tarefas solicitadas, em conformidade com as orientações do professor. A aquisição do hábito do estudo perene e perseverante, não apenas o levará a obter alta performance no decorrer do seu curso, como também potencializará suas habilidades e competências para um aprendizado mais denso e profundo pelo resto de sua vida.
	Lembre-se: na vida acadêmica, não há milagres, há estudo com perseverança e determinação. Bom trabalho.
Centro de Ciências Jurídicas
 PROCEDIMENTOS PARA UTILIZAÇÃO DAS COLETÂNEAS DE EXERCÍCIOS
1- O aluno deverá, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prévia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislação, a doutrina e a jurisprudência e apresentar soluções, por meio da resolução dos casos, preparando-se para debates em sala de aula. 
2- Antes do início de cada aula, o aluno depositará sobre a mesa do professor o material relativo aos casos pesquisados e pré-resolvidos, para que o docente rubrique e devolva no início da própria aula.
3- Após a discussão e solução dos casos em sala de aula, com o professor, o aluno deverá aperfeiçoar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citações de doutrina e/ou jurisprudência pertinentes aos casos.
4- A entrega tempestiva dos trabalhos será obrigatória, para efeito de lançamento dos graus respectivos (zero a um), independentemente do comparecimento do aluno às provas.
4.1- Caso o aluno falte à AV1 ou à Av2, o professor deverá receber os casos até uma semana depois da prova, atribuir grau e lançar na pauta no espaço específico.
5- Até o dia da AV 1 e da AV2, respectivamente, o aluno deverá entregar o conteúdo do trabalho relativo às aulas já ministradas, anexando os originais rubricados pelo professor, bem como o aperfeiçoamento dos mesmos, organizado de forma cronológica, em pasta ou envelope, devidamente identificados, para atribuição de pontuação (zero a um), que será somada à que for atribuída à AV1 e AV2 (zero a nove). 
5.1- A pontuação relativa à coletânea de exercícios na AV3 (zero a um) será a média aritmética entre os graus atribuídos aos exercícios apresentados até a AV1 e a AV2 (zero a um).
6- As provas (AV1, AV2 e AV3) valerão até 9 pontos e serão compostas de questões objetivas, com respostas justificadas em até cinco linhas, e de casos concretos, baseados nos casos constantes das Coletâneas de Exercícios, salvo as exceções constantes do regulamento próprio.
PROGRAMA DA DISCIPLINA
Ementa
O direito no Brasil Colônia, O Direito no Brasil Império, o Direito nos prodomos da independência sob a perspectiva política, econômica e social, o Direito no Republicano sob a perspectiva política, econômica e social, o Direito no Período Militar no Brasile o Direito no Brasil Democrático e Social.
Objetivos
Compreender o pensamento jurídico brasileiro desde a sua formação aos dias atuais, identificando as relações entre as instituições e os institutos jurídicos em cada momento histórico, político, social, cultural e econômico da sociedade que os produziu. Analisar as transformações, rupturas e permanências do Direito brasileiro no decorrer da história, objetivando a compreensão do atual sistema jurídico brasileiro.
Metodologia de Ensino
Análise de caso concreto, aulas expositivas; dialogadas, dinâmicas de grupo; seminários; vídeos com debate; fichamento de textos.
Metodologia de Avaliação
Provas e resultado das Coletâneas de Exercícios.
Conteúdo Programático
 
 UNIDADE 1
 O DIREITO NO BRASIL COLÔNIA SOB A PERSPECTIVA POLÍTICA, ECONÔMICA E SOCIAL
Ordenações Afonsinas, Ordenações Manuelinas, as Leis Extravagantes
Bula Intercoetera e o Tratado de Tordesilhas
Forais, Álvares e Cartas Régias) 
O Direito e a Organização Judiciária nas Capitanias Hereditárias e no Governo Geral 
O Direito no Brasil durante o reinado espanhol – As Ordenações Filipinas
O Direito nas Minas Geraes
UNIDADE 2 
O DIREITO NO BRASIL IMPÉRIO SOB A PERSPECTIVA POLÍTICA, ECONÔMICA E SOCIAL
 O Direito no Brasil de 1808 a 1823
 O Código Brasiliense, a Constituição da Mandioca
 A Formação do Estado Brasileiro e a Constituição de 1824
 O Código Criminal de 1830
O Código de Processo Criminal e a Organização Judiciária
O Código Criminal de 1832 e modificações na estrutura judiciária.
 O Código comercial 1850
 A Lei de Terra 1850
 O Regulamento 738
A crise do Estado Imperial e o “Golpe” da República
UNIDADE 3 
O DIREITO NO BRASIL REPUBLICANO SOB A PERSPECTIVA POLÍTICA, ECONÔMICA E SOCIAL
A Constituição de 1891
O Código Penal de 1890
O Código Civil de 1916
A Constituição de 1934
A Constituição de 1937
O Código de Processo civil de 1939
O Código Penal de 1940
A Lei das Contravenções Penais de 1941
A Consolidação das Leis do Trabalho
A Constituição de 1946
UNIDADE 4 
O DIREITO NO PERÍODO MILITAR SOB A PERSCPECTIVA POLÍTICA, ECONÔMICA E SOCIAL
Os Atos Institucionais
Os Atos Complementares
A Constituição de 1967
O AI-5
A Emenda Constitucional 01 de 1969 ( Constituição de 1969)
O Código de Processo Civil de 1973
O quase Código Penal
A Lei do Divórcio e suas implicações no cenário social
UNIDADE 5 
O DIREITO NO BRASIL DEMOCRÁTICO E SOCIAL 
 A Lei da Anistia
 As Diretas Já
A Constituição de 1988
Os Novos Códigos
Visão panorâmica do quadro jurídico atual
Bibliografia Básica
CASTRO, Flávia Lages. História do Direito Geral e do Brasil. 6. Ed. rev. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008.
PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. 6. Ed. rev. ampla. E atual. Rio de Janeiro: Lumen Júris 2008.
WOLKMER, Antonio Carlos. História do Direito no Brasil. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2007.
Bibliografia Complementar
BITTAR, Eduardo C. B. História do direito brasileiro: leituras da ordem jurídica nacional. São Paulo: Atlas, 2006.
CICCO, Cláudio de. História do Pensamento Jurídico e da Filosofia do Direito. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
LOPES, José Reinaldo de Lima. O Direito na História. 2. Ed. São Paulo: Max Limonad, 2002.
SUMÁRIO
Semana 1 – DIREITO PORTUGUÊS NA COLÔNIA BRASIL- As Ordenações Portuguesas como cenário Jurídico da Expansão Marítima: Bula Intercoetera e o Tratado de Tordesilhas; Forais, Alvarás, Cartas Régias – Concessões de Sesmarias. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.
Semana 2 - DIREITO PORTUGUÊS NA COLÔNIA BRASIL - O Direito e a Organização Judiciária nas Capitanias Hereditárias e no Governo Geral – Séc. XVI e XVII. O Direito nas Minas Geraes - Séc. XVIII. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.
Semana 3 - DIREITO NO MOMENTO QUE PRECEDE À INDEPENDENCIA – A organização do Estado Português no Brasil. O Direito no Brasil de 1808 a 1823: os tratados comerciais, a elevação do Brasil a Reino Unido. A Independência. A “Constituição da Mandica”. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.
Semana 4 - DIREITO NO ESTADO IMPERIAL - Constituição Brasileira, de 25 de março de 1824 (Império, Território, Governo, Dinastia e Religião; Estrutura dos Poderes; Sistema eleitoral; Direitos e garantias individuais. O Código Criminal de 1830 e o Código de Processo Criminal de 1832. Lei Interpretativa do Ato Adicional e da reforma do Código do Processo Criminal. O Golpe da maioridade. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.
Semana 5 - DIREITO NO SEGUNDO REINADO: DA CONSOLIDAÇÃO À CRISE - A Consolidação do Direito no Segundo Reinado sob a perspectiva da Economia Agroexportadora de base escravista: A Legislação Comercial e a Lei de Terras; A Consolidação de Teixeira de Freitas; A legislação abolicionista e a crise do Segundo Reinado. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.
Semana 6 - O DIREITO NA PRIMEIRA REPÚBLICA - A Velha República (1889-1930). As Influencias positivistas e liberais: Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, de 24 de fevereiro de 1891 (Forma de Governo, Território e Religião; Estrutura dos Poderes; Sistema Eleitoral; Direitos de Garantias Individuais). A Codificação de Direito Penal e de Direito Civil. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.
Semana 7 - O DIREITO NA ERA VARGAS - Era Vargas. Burguesia e Movimentos Operários. A Revolução de 1930. A formação da Legislação eleitoral e trabalhista. A Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, de 16 de julho de 1934 (Forma de Governo, Território; Estrutura de Poderes;Sistema Eleitoral; Direitos de Primeira e Segunda Dimensão. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.
Semana 8 - O DIREITO NO ESTADO NOVO - Estado Novo. O Papel das Forças Armadas: O aparato legal da “Defesa Nacional” (Lei de Segurança Nacional; O Tribunal de Segurança Nacional) . A Constituição dos Estados Unidos do Brasil, de 10 de novembro de 1937: Forma de Governo, Território, Plebiscito; Estrutura de Poderes; Sistema Eleitoral. Os “Direitos” presentes no Texto Constitucional. A Consolidação das Leis do Trabalho. Código Penal de 1940 e A Lei das Contravenções Penais de 1941. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.
Semana 9 - DIREITO NO BRASIL DO PÓS GUERRA - A Ordem Constitucional da República Populista: O processo de Redemocratização. A Constituição dos Estados Unidos do Brasil, de 18 de setembro de 1946 (A Organização Federal; Estrutura de Poderes; Sistema Eleitora; Direitos e Garantias Fundamentais). Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.
Semana 10 - OS DIREITOS NO PERÍODO MILITAR - A Crise da Ordem Constitucional de 1946. O Golpe Militar. Os Atos Institucionais 1, 2, 3 E 4. Os Atos Complementares. A Constituição da República Federativa do Brasil, de 24 de janeiro de 1967(Organização Nacional; Estrutura dos Poderes; Sistema Eleitoral; Os Direitos e Garantias Fundamentais). Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.
Semana 11 - OS “DIREITOS” NA DITADURA ESCANCARADA - O Fechamento do Regime: Ditadura Total. O AI-5. A Emenda Constitucional Nº 1, de 17 de outubro de 1969: (Organização Nacional; Organização dos Poderes; Sistema Eleitoral; Os Direitos e Garantias Fundamentais). Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.
Semana 12 - OS “DIREITOS” NA DITADURA DECADENTE - A Lei do Divórcio. A Lei daAnistia. As Diretas Já. Todos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.
Semana 13 - A RECONSTRUÇÃO DO BRASIL PÓS DITADURA - A Constituinte. A Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988 (Os Princípios Fundamentais; Organização dos Poderes; Poder Judiciário: O Papel do Supremo Tribunal Federal; Sistema eleitoral; Direitos e Garantias Fundamentais e a Dignidade da Pessoa Humana). Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.
Semana 14 - A CONSTITUCIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS - Meio Ambiente. Consumidor. Família, Criança, Adolescente e Idoso. Função Social do Contrato e da Propriedade. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.
Semana 15 - O BRASIL ATUAL - A Adaptação do Texto Constitucional aos Novos Tempos da Organização sócio-econômica do Capitalismo Contemporâneo, observada a realidade política, sócio-econômica e cultural na atualidade. 
SEMANA 1 
EMENTA DA AULA: DIREITO PORTUGUÊS NA COLÔNIA BRASIL
Conteúdos:
As Ordenações Portuguesas como cenário Jurídico da Expansão Marítima: Bula Intercoetera e o Tratado de Tordesilhas; Forais, Alvarás, Cartas Régias – Concessões de Sesmarias. Todos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período
Objetivos Específicos: 
- Analisar, sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural, o cenário do período referente à expansão marítima portuguesa e sua correlação com os tratados e legislações que lhe deram base.
- Examinar a legislação vigente nos primeiros momentos do Brasil português. 
Estratégia:
Se você quiser ir além sugerimos as seguintes atividades: 
Assista aos Filmes: 
1492 - A CONQUISTA DO PARAÍSO (1992) Direção: Ridley Scott - Sinopse: Vinte anos da vida de Colombo, desde quando se convenceu de que o mundo era redondo, passando pelo empenho em conseguir apoio financeiro da Coroa Espanhola para sua expedição, o descobrimento em si da América, o desastroso comportamento que os europeus tiveram com os habitantes do Novo Mundo e a luta de Colombo para colonizar um continente que ele descobriu por acaso, além de sua decadência na velhice.
CRISTOVÃO COLOMBRO - A AVENTURA DO DESCOBRIMENTO (1992) Direção: John Glen. Totalmente convencido de que a Terra é redonda, Cristovão Colombo (Georges Corrafece) desejava encontrar um novo caminho marítimo para as Índias, mas para isto precisa dobrar a resistência do inquisidor Tomas de Torquemada (Marlon Brando). 
Bibliografia / Jurisprudência:
PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. 6. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2008. (Capítulo X – p. 307 a 327)
WOLKMER, Antonio Carlos. História do Direito no Brasil. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008. (Capítulo II – p. 43 a 72)
Caso Concreto 1
Observe o mapa que apresenta o pormenor do planisfério do Atlântico com as divisões de 100 e de 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, estipuladas no Tratado de Tordesilhas. Depois, responda ao que se pede.
Anônimo – elaborado, aproximadamente, em 1545
“Comparando o território atual do Brasil com a área de colonização portuguesa no século XVI, delimitada pelo Tratado de Tordesilhas, percebe-se que aquela área praticamente triplicou, pois mal chegava a um terço dos atuais 8,5 milhões de km2.” (VESENTINI, José William. Brasil Sociedade & Espaço. São Paulo: Ática, 1999, p. 43). 
Pergunta-se:
O que foi o tratado de Tordesilhas?
B) Por que alguns países da Europa, como a França contestavam aquele tratado?
Gabarito – caso 1
A) Para auxílio da resposta apresentamos a adaptação do texto abaixo, disponível em http://www.brasilescola.com/historiab/tratado-de-tordesilhas.htm), conforme segue: “ ... com a ascensão dos espanhóis na exploração de novas terras, o clima de disputa com os portugueses se acirrou. Para que um conflito de maiores proporções fosse evitado, o papa Alexandre VI foi convocado para negociar os limites de exploração colonial entre essas duas potências européias. Inicialmente, Portugal buscava garantir seu monopólio na costa africana e a Espanha preocupava legitimar a exploração nas terras localizadas a oeste. No ano de 1493, o papa então anunciou a assinatura da Bula Inter Coetera, que fixava uma linha imaginária a 100 léguas da Ilha de Açores. No entanto, no ano seguinte, o rei português Dom João II exigiu a revisão desse primeiro acordo, que não satisfazia os interesses lusitanos. Segundo alguns historiadores, essa mudança de idéia era um forte indício de que os portugueses tinham conhecimento de outras terras localizadas na porção sul do novo continente descoberto pelos espanhóis. Séculos mais tarde, documentos explicariam essa “repentina” mudança de idéia dos lusitanos.Buscando evitar o desgaste de um conflito militar, os espanhóis aceitaram a revisão dos acordos com uma nova intermediação do papa. Com isso, o Tratado de Tordesilhas foi assinado em junho de 1494. Nesse novo acerto ficava estabelecida a demarcação de um novo meridiano localizado a 370 léguas a oeste da ilha de Cabo Verde. Os territórios a oeste seriam explorados pelos espanhóis; e as terras a leste deveriam ser controladas pelos lusitanos. Dessa forma, o novo acordo assegurou a exploração lusitana em parte dos territórios que hoje compõem o Brasil.” 
B) Conforme o relatado na resposta acima, o Tratado de Tordesilhas foi celebrado entre Portugal e Espanha que partilhava o novo mundo. Neste contexto foram excluídos os demais países dessa partilha, como exemplo: França. Assim, a corrida colonial via-se restrita à Portugal e Espanha, retirada toda a legitimidade dos demais países a participar deste processo. Neste sentido, declarou o Rei Francisco I, da França, em 1540: "Gostaria de ver o testamento de Adão para saber de que forma este dividira o mundo." (Conforme Cláudio Vicentino, HISTÓRIA GERAL, 1991). 
  
Caso Concreto 2
Leia a notícia a seguir e, depois, responda as questões.
O Foral de Olinda de 1537, o documento mais antigo relativo à cidade e o único Foral de Vila conhecido no Brasil, é uma carta de doação feita pelo primeiro donatário de Pernambuco, Duarte Coelho aos povoadores e moradores. Este documento elevou o povoado de Olinda à Vila, estabelecendo seu patrimônio público, bem como um plano de ocupação territorial. Além da importância histórica, gera, ainda hoje, à Prefeitura Municipal o direito de cobrança do foro anual, laudêmio e resgate de aforamento.
Através do resgate histórico deste documento do século XVI, o Projeto Foral de Olinda possibilitou o aumento da arrecadação municipal, através da incorporação do cadastro de terrenos foreiros ao Sistema de Cadastro Imobiliário do município. Os trabalhos iniciaram em 1984, culminando com a emissão dos carnês de cobrança em 1994, 1996 e 1998, para, respectivamente, 34.000 imóveis localizados em Olinda, 15.000 em Recife e 18.000 parcelas no Cabo. Apesar de significativa a quantidade de foreiros, verifica-se que a arrecadação ainda é baixa. (texto adaptado, disponível em: http://geodesia.ufsc.br/Geodesia-online/arquivo/cobrac_2002/048/048.htm, acessado em 12 de outubro de 2008)
Conforme o texto, o documento celebrado no Século XVI, ainda, nos dias atuais, gera arrecadação municipal. Sendo assim, explique o que é uma Carta Foral e por que, ainda hoje, permite a cobrança do tributo?
Gabarito – caso 2
Uma carta de foral é um documento concedido por um rei ou por um senhorio a uma povoação onde se estabelecem as normas de relacionamento dos seus habitantes, entre si e com o senhor que lhes outorgou o documento. É concedido como uma carta de privilégio, concedendo aos moradores da terra que a recebe um estatuto privilegiado ou de exceção.
Carta Foral, tanto no Brasil como em Portugal, tratava, entre outras coisas, dos tributos a serem pagos pelos colonos. O seu nome origina-se de um documento régio que estabelecia os foros (direitos, deveres, liberdades e garantias) dos povoadoresou habitantes de uma terra a ser fundada, ou que recebia mercê nova por seu desenvolvimento. Assim, cada carta de foral estabelecia direitos e deveres particulares desses colonos, habitantes ou povoadores na vida municipal, exercício da Justiça, 
privilégios da terra, organização social e administrativa, etc. Definia, ainda, o que pertencia à Coroa e ao senhor donatário, quando o houvesse. Geralmente, se descobertos metais e pedras preciosas, 20% seriam da Coroa e, ao donatário caberiam 10% dos produtos do solo. A Coroa detinha o monopólio do comércio do paul-brasil e de especiais. O donatário podia doar sesmarias aos cristãos que pudessem colonizá-las e defendê-las, tornando-se assim colonos..
SEMANA 2
EMENTA DA AULA: DIREITO PORTUGUÊS NA COLÔNIA BRASIL
Conteúdos:
O Direito e a Organização Judiciária nas Capitanias Hereditárias e no Governo Geral – Séc. XVI e XVII. O Direito nas Minas Geraes - Séc. XVIII
Objetivos Específicos: 
- Analisar, sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural, a legislação e a estrutura judicial utilizada no Brasil, a partir da fase inicial do seu processo de colonização.
Estratégia:
Se você quiser ir além sugerimos as seguintes atividades: 
Leia a obra: 
TOSTO, Ricardo; LOPES, Paulo Guilherme. M. O Processo de Tiradentes. São Paulo: ConJur Editorial, 2007.
Assista aos Filmes: 
DESMUNDO (2003) Direção: Alain Fresnot. Sinopse: Brasil, por volta de 1570. Chegam ao país algumas órfãs, enviadas pela rainha de Portugal, com o objetivo de desposarem os primeiros colonizadores. 
BRAVA GENTE BRASILEIRA: (2000) Direção: Lucia Murat, Sinopse: Pantanal, 1778, região do Médio-Paraguai, um grupo de soldados acompanha Diogo, astrônomo, naturalista e cartógrafo, recém-formado em Coimbra, que chega à região para fazer um levantamento topográfico para a Coroa Portuguesa. A coluna se encaminha para o Forte Coimbra, permanentemente assediada pelos índios cavaleiros, com quem Portugal está tentando um acordo de paz.
OS INCONFIDENTES LA CONGIURA (1972). Realização: Joaquim Pedro de Andrade. Produção: - Filmes do Serro, Grupo Filmes, Mapa Filmes, J.P. Andrade (Brasil), Radiotelevisão Italiana/RAI (Itália). Sinopse: A Inconfidência Mineira - conspiração independentista do Século XVIII, em Minas Gerais, centro das riquezas coloniais. Do grupo, faziam parte poetas e nobres, incluindo o padre e o coronel da guarnição. 
Bibliografia / Jurisprudência:
PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. 6. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2008. (Capítulo XI – p. 329 a 349)
CASTRO, Flávia Lages. História do Direito, Geral e Brasil. 6. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. ( Capítulos XII – XIII – p. 267 a 314)
Caso Concreto 1
Leia o texto referente a sentença de Tiradentes e, depois, responda as questões propostas.
“... Portanto condenam ao Réu Joaquim José da Silva Xavier por alcunha o Tiradentes Alferes que foi da tropa paga da Capitania de Minas a que com baraço e pregão seja conduzido pelas ruas publicas ao lugar da forca e nella morra morte natural para sempre, e que depois de morto lhe seja cortada a cabeça e levada a Villa Rica aonde em lugar mais publico della será pregada, em um poste alto até que o tempo a consuma, e o seu corpo será dividido em quatro quartos, e pregados em postes pelo caminho de Minas no sitio da Varginha e das Sebolas aonde o Réu teve as suas infames práticas e os mais nos sitios (sic) de maiores povoações até que o tempo também os consuma; declaram o Réu infame, e seus filhos e netos tendo-os, e os seus bens applicam para o Fisco e Câmara Real, e a casa em que vivia em Villa Rica será arrasada e salgada, para que nunca mais no chão se edifique e não sendo própria será avaliada e paga a seu dono pelos bens confiscados e no mesmo chão se levantará um padrão pelo qual se conserve em memória a infamia deste abominavel Réu; (...)” (Sentença de Tiradentes. Disponível em: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=612, acessado em 10 de outurbro de 2008).
Como podemos notar, a execução de Tiradentes teve um sentido bem mais amplo que o de um enforcamento. Tratava-se de uma punição exemplar: esquartejar, exibir o corpo nos locais onde os crimes foram praticados, salgar terrenos e demolir casas faziam parte do esforço de apagar a memória do criminoso e reavivar a memória da punição de seus crimes. Por estas práticas, afirmava-se o poder do soberano e incutia-se temor em seus súditos.
Sendo assim:
O que significa aqui a expressão “castigo exemplar”? 
Por que as reivindicações dos inconfidentes foram consideradas “crimes”, em 1789?
O que significava a condenação “morra morte natural para sempre”?
Por que no Brasil, atualmente, esse tipo de pena não mais seria passível de ser prevista?
Gabarito – caso 1
Tomando como exemplo o caso de Tiradentes, este, no o dia 21 de Abril de 1792, é enforcado no Largo do Lampadário, no Rio de Janeiro, sendo o único dos inconfidentes executado. Neste sentido, acaba por servir de exemplo para que outros não insurjam contra à Coroa Portuguesa. O seu corpo é esquartejado e pedaços deste são espalhados pela estrada que vai para Vila Rica., sendo que uma gaiola com a sua cabeça é alçada a um poste cravado no centro desta cidade.
B) Porque eram insurgentes à coroa portuguesa, que considerou o movimento como crime de lesa-majestade.
	
C) Segundo as Ordenações Filipines (Livro V) “morte natural” indica que a morte simples deveria ser executada mediante degolação ou enforcamento. Neste último caso, só eram enforcadas as pessoas de mais baixa camada social, visto que este tipo de morte era considerada como infame. (CASTRO, Flávia Lages. História do Direito, Geral e Brasil. 6. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008). Já a expressão “morte para sempre” significa (Livro V, título 133 das Ordenações Filipinas) a exposição do cadáver na forca. (LOPES, José Reinaldo de Lima. O Direito na História. 2. Ed. São Paulo: Max Limonad, 2002, p. 269)
D) Em razão de evidente impedimento imposto pela ordem jurídico-constitucional. Assim, a CRFB/88, em seu artigo 5º, inciso XLVII, prevê não apenas a impossibilidade de haver pena de morte (excetuando-se o caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX), mas também as penas cruéis. Já o inciso XLIX do mesmo artigo assegura aos presos o respeito à integridade física e moral. De qualquer forma, a consagração do princípio da dignidade da pessoa humana - inserido no inciso III do art. 1º da CF/88 - como princípio da fundamental da República, opõe-se de forma contundente a possibilidade de uma pena com estas características. 
Questão Objetiva 1
Observe a estrutura da organização judiciária do Brasil, no Século XVI, e escolha a alternativa que descreve CORRETAMENTE características pessoais e/ou funcionais do Juiz Ordinário:
Homem bom, nativo, que presidia também a Câmara Municipal.
Bacharel em direito indicado pelo Rei.
Apreciavam questões relativas aos interesses de menores, inventários e tutorias.
Apreciava demandas acerca de terras.
Gabarito – Questão Objetiva 1
O correto é a letra “a”. Segundo Flávia Lages, era o indivíduo anualmente eleito entre os “homens bons” nas Câmaras Municipais e tinham competência para causas cíveis, criminais, além de competência subsidiária para as causas atinentes ao juiz de órfãos. CASTRO, Flávia Lages. História do Direito, Geral e Brasil. 6. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. (p. 283)
SEMANA 3 
EMENTA DA AULA: O DIREITO NO MOMENTO QUE PRECEDE À INDEPENDENCIA
	
Conteúdos:
A organização do Estado Português no Brasil. O Direito no Brasil de 1808 a 1823: os tratados comerciais, a elevação do Brasil a Reino Unido. A Independência. A “Constituição da Mandioca”. Todos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.Objetivos Específicos: 
- Analisar a organização do Estado Português e o direito aplicado no Brasil no período entre 1808 a 1823, tendo como referência a conjuntura política, sócio-econômica e cultural do período que circunstancia o processo de independência do país.
Estratégia:
Se você quiser ir além sugerimos as seguintes atividades: 
Leia a obra: 
COSTA, Emília Viotti. Da Monarquia à República: momentos decisivos. São Paulo: Unesp. 1999.
NEVES, Lúcia Maria Bastos Pereira das. Corcundas e constitucionais: a cultura política da independência (1820-1822). Rio de Janeiro: Revan/FARPEJ, 2003.
Assista ao filme:
INDEPENDÊNCIA OU MORTE (1971). Realização: Carlos Coimbra. Produção: Cinedistri (Brasil). Sinopse: A vida do Imperador D. Pedro I do Brasil - desde a infância, até à abdicação (1831). Destaque para o grito da independência, nas margens do Rio Ipiranga, e as aventuras amorosas do monarca; suas relações com a Marquesa de Santos e a Imperatriz Leopoldina.
Bibliografia / Jurisprudência:
PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. 6. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2008. (Capítulo XII – p. 351 a 364)
CASTRO, Flávia Lages. História do Direito, Geral e Brasil. 6. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. (Capítulo XIV – p. 319 a 341)
WOLKMER, Antonio Carlos. História do Direito no Brasil. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008. ( Capítulo III – p. 91 a 114)
Caso Concreto 1
Depois da leitura e da pesquisa procedida na bibliografia indicada, responda as questões abaixo:
Nos textos que se seguem, encontramos, em primeiro lugar, alguns exemplos de leis que, durante séculos, regulamentaram a economia brasileira. Em seguida, temos fragmentos de um Decreto, a "Carta Régia" de janeiro de 1808. 
Texto 1 - As Leis:
1591: decreto fecha os portos do Brasil aos navios estrangeiros.
1603: o governo português decreta o monopólio real da pesca da baleia.
1642: a Coroa portuguesa estabelece o monopólio sobre o tabaco.
1658: é imposto pela Coroa o monopólio do sal.
1682: o governo português cria a Companhia de comércio do Maranhão.
1731: Carta Régia estabelece o monopólio sobre a extração de diamantes.
1785: o governo português proíbe as manufaturas de tecidos no Brasil.
Texto 2: Carta Régia de 28 de janeiro de 1808, promulgada pelo príncipe regente D. João
[...]”Primo: que sejam admissíveis nas Alfândegas do Brasil todos e quaisquer gêneros,fazendas e mercadorias transportadas, ou em navios estrangeiros das Potências, que se conservam em paz e harmonia com a minha leal Coroa, ou em navios dos meus vassalos, 
[...] Segundo: que não só os meus vassalos, mas também os sobreditos estrangeiros possam exportar para os Portos, que bem lhes parecer a benefício do comércio e agricultura, que tanto desejo promover, todos e quaisquer gêneros e produções coloniais, a exceção do pau-brasil, ou outros notoriamente estancados.[...]”
Que mudanças podemos identificar analisando as leis, elencadas no texto 1, e o Decreto de 1808?
Analise as situações políticas de Portugal e do Brasil que levaram à promulgação da Carta Régia de 1808.
Como podemos relacionar o Decreto de 1808 e os tratados com a Grã-Bretanha em 1810?
Gabarito – caso 1
1) O conjunto de leis mencionado acaba por identificar o processo de montagem e consolidação da exploração colonial no Brasil, dentro da lógica de exclusividade prevista pelo Pacto Colonial. Já a Carta Régia de 1808 vem a representar exatamente a ruptura com as disposições anteriores, uma vez que liberou o comércio entre o Brasil e o exterior, rompendo com o modelo vivenciado em todo o período colonial anterior.
2) Situação de Portugal: a influência inglesa sobre o governo português é cada vez mais contundente, levando este último a romper o Bloqueio Continental imposto por Napoleão. Tal ato acabou por ocasionar a transferência da Corte Portuguesa para o Brasil. 
Situação do Brasil: sendo ainda colônia de Portugal, mas transformada em sede provisória do Império Português, por força da transferência da Corte, a conjuntura é marcada pelas pressões da elite colonial para flexibilizar as relações comerciais do Brasil com o exterior.
3) O decreto de 1808 possuiu um caráter geral, abrindo o comércio brasileiro a todos os países que estivessem em paz com Portugal. Mas o inegável predomínio que a Inglaterra exercia sobre o governo de D. João levou à assinatura dos Tratados de 1810. O denominado por Tratado de Comércio e Navegação estabelecia tarifas preferenciais de 15% para os produtos britânicos. Já o Tratado da Aliança e Amizade estipulava a diminuição do tráfico negreiro para o Brasil. Ambos os acordos continham, ainda, outras cláusulas de menor importância.
Questão Objetiva 1
A Assembléia Constituinte foi marcada por uma disputa entre D. Pedro I e a aristocracia rural. Nessa assembléia havia três grupos com idéias diferentes: o grupo português, que era composto por comerciantes militares e que defendia a monarquia absolutista para D. Pedro I; o grupo brasileiro (ala moderada),formado pela aristocracia rural que defendia a centralização e maior limitação aos poderes monárquicos; e, ainda, outro grupo brasileiro, mais radical que o anteriormente citado, que possuía facções da aristocracia rural - principalmente nordestina - menos privilegiada. A grande disputa ocorreu em torno da limitação do poder de D. Pedro I, já que este queria poderes absolutos, o que contrariava as idéias da aristocracia rural. Como resultado, surgiu o projeto de “Constituição da Mandioca” cujas características fundamentais eram: uma monarquia constitucional com 3 poderes; limite ao poder do imperador; valorização do parlamento que não podia ser vetado pelo próprio imperador. Porém, esse projeto não vingou, já que a Assembléia foi dissolvida e uma nova Constituição foi elaborada por um Conselho de confiança escolhido por D. Pedro I.
Com a Assembléia Constituinte dissolvida, D. Pedro I nomeou um Conselho de Estado formado por 10 membros, que redigiu a Primeira Constituição brasileira. Após ser apreciada pelas Câmaras Municipais, ela foi outorgada em 25 de março de 1824. 
Analise as assertivas abaixo e marque a opção que apresenta com correção as características da Constituição de 1824:
 a centralização do poder e um governo monárquico e hereditário.
o catolicismo como religião oficial do país.
o estabelecimento do sufrágio universal.
a existência de quatro poderes: executivo, legislativo, judicial e moderador.
(a) apenas as assertivas I, II e IV são corretas. 
(b) apenas as assertivas I, III e IV são corretas.
(c) apenas as assertivas II, III e IV são corretas.
(d) todas as assertivas são corretas.
Gabarito – Questão Objetiva 1
A opção correta é a letra “a”
Analisando as características apresentadas:
I - D. Pedro I nomeia uma comissão especial, o Conselho de Estado, para redigir uma Constituição que garanta a centralização do poder em suas mãos. A primeira Constituição do país é outorgada em 25 de março de 1824. Estabelece um governo "monárquico, hereditário e constitucional representativo". Institui os poderes: Executivo – representado pelo próprio imperador –, Legislativo e Judiciárial e garante ao Imperador privilégios de monarcas absolutistas, instituindo o Poder Moderador.
II - Do descobrimento à Proclamação da República, o catolicismo foi à religião oficial do Brasil, devido a um acordo de Direito de Padroado firmado entre o Papa e a Coroa Portuguesa. Neste acordo, todas as terra que os portugueses conquistassem deveriam ser catequizadas. Mas tanto as igrejas, quanto os religiosos, submeteram-se à Coroa Portuguesa, em termos de autoridade, administração e gerência financeira.
III - A Constituição institui o voto censitário – os eleitores são selecionados de acordo com sua renda. O processo eleitoral é feito em dois turnos: eleições primárias para a formação de um colégio eleitoral que, por sua vez, escolherá, nas eleições secundárias, os senadores, deputados e membros dos conselhos das Províncias. Oscandidatos precisam ser brasileiros e católicos. Nas eleições primárias, somente podem votar os cidadãos com renda líquida anual superior a 100 mil-réis. Dos candidatos ao colégio eleitoral, é exigida renda anual superior a 200 mil-réis. Os candidatos à Câmara dos Deputados devem comprovar renda mínima de 400 mil-réis e, para o Senado, de 800 mil-réis. A maioria da população fica excluída, não apenas do exercício dos cargos representativos, como também do próprio processo eleitoral.
IV - Quatro poderes: Executivo, Legislativo, Judiciárial e Moderador. O exercício do Poder Executivo competia ao imperador e o conjunto de ministros por ele nomeados. O Legislativo, representado pela Assembléia Geral, era formada pela Câmara de Deputados (eleita por quatro anos) e pelo Senado (nomeado e vitalício). O Poder Judiciárial era formado pelo Supremo Tribunal de Justiça, com magistrados escolhidos pelo imperador. Por fim, o Poder Moderador era pessoal e exclusivo do próprio imperador, assessorado pelo Conselho de Estado, que também era vitalício e nomeado por aquele.
SEMANA 4
EMENTA DA AULA: O DIREITO NO ESTADO IMPERIAL
Conteúdos:
Constituição Brasileira, de 25 de março de 1824 (Império, Território, Governo, Dinastia e Religião; Estrutura dos Poderes; Sistema eleitoral; Direitos e garantias individuais. O Código Criminal de 1830 e o Código de Processo Criminal de 1832. Lei Interpretativa do Ato Adicional e da reforma do Código do Processo Criminal. O Golpe da maioridade. Todos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.
Objetivos Específicos: 
- Analisar, sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período, a estrutura jurídica imposta pela Constituição de 1824, bem como os Códigos Penal de 1830 e Processual Penal de 1832.
- Examinar as modificações jurídico-políticas impostas ao país pela Lei Interpretativa do Ato Adicional e pela reforma ao Código de Processo Criminal.
Estratégia:
Se você quiser ir além sugerimos as seguintes atividades: 
Leia a obra: 
SALEM, Marcos David. História da Polícia no Rio de Janeiro - 1808 a 1930: Uma Instituição a Serviço das Classes Dominantes. Rio de Janeiro: Lumem Juris, 2007. 
Leia o texto:
A elite imperial e a violência institucionalizada, disponível em: http://www.unimontes.br/unimontescientifica/revistas/Anexos/artigos/revista_v6_n2/05_dossie_a_elite.htm.
Assista ao filme:
SEM CONTROLE (2007). Direção: Cris D’Amato. Sinopse: Danilo é um diretor de teatro obcecado com a injustiça cometida contra o fazendeiro Manoel da Motta Coqueiro, caso que iniciou o processo de extinção da pena de morte no Brasil. Estimulado por uma mulher linda e misteriosa, Danilo passa a ensaiar uma peça sobre a vida de Motta Coqueiro, com ele próprio interpretando o fazendeiro e os demais personagens sendo vividos por pacientes psiquiátricos. Aos poucos Danilo começa a confundir o que é real e o que é imaginário, passando a reviver os fatos históricos como se ele próprio fosse Motta Coqueiro.
Bibliografia / Jurisprudência:
PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. 6. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2008. (Capítulo XII – p. 359 e Capítulo XIII – p. 354 e 460)
CASTRO, Flávia Lages. História do Direito, Geral e Brasil. 6. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. (Capítulo XV – p. 345 385)
Caso Concreto 1
Em julho de 1840, após a aprovação de uma emenda constitucional - que antecipava a maioridade de Dom Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança e Habsburgo -, foi, então, o Segundo Pedro coroado Imperador do Brasil. Este episódio é conhecido como Golpe da Maioridade (D. Pedro tinha, na ocasião 15 anos). 
Tomando como referência o ato acima apresentado pelo texto, responda:
Que fatores políticos levaram a declaração da maioridade de D. Pedro de Alcântara e, conseqüentemente, sua ascensão ao trono?
Pesquise na Constituição de 1988 e, após, responda se é possível menor emancipado assumir a Presidência da República?
Gabarito – caso 1
1) Desde 1835, a idéia de antecipar a maioridade já havia surgido no cenário político da Corte. Proprietários de escravos e de terras estavam assustados com a experiência de descentralização ocorrida durante o Período Regencial, que resultara em tantas revoltas sociais. O restabelecimento da autoridade monárquica era visto como a solução para a crise política.
No dia 21 de julho de 1840, os representantes do Partido Progressista, ou Liberal, apresentaram à Assembléia Geral um projeto de declaração da maioridade, antecipando o início do Governo pessoal de D. Pedro de Alcantara. O Governo regencial, procurando ganhar tempo, tentou evitar a votação, adiando a abertura das sessões para novembro. Inconformados, os deputados, com o apoio do Senado, formaram uma comissão que foi ao palácio de São Cristóvão pedir ao jovem Príncipe herdeiro que concordasse em assumir o Governo. 
 (...) Segundo o historiador Paulo Pereira de Castro, a maioridade não foi um golpe parlamentar, mas um golpe que contou com o consentimento do jovem príncipe. O movimento, liderado por Antônio Carlos de Andrada, transformou-se num golpe palaciano, que terminou com a queda dos conservadores e a volta dos liberais. No dizer de cronistas do Império, D. Pedro, ao ser consultado pela comissão dos maioristas sobre se queria assumir o trono quando completasse 15 anos, ou imediatamente, teria respondido: "Quero já!" (disponível em: http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo02/tema61_1.html) 
2) A emancipação é um mecanismo legal que eleva uma pessoa de menor idade à idade supostamente adulta. Em direito, maioridade refere-se à idade em que a pessoa física passa a ser considerada capaz para os atos da vida pública (ou seja, para exercer direitos próprios de adultos, contrair obrigações e ser responsabilizado civil e penalmente por suas ações). No entanto, no caso em pauta, a Constituição da República de 1988, estabelece a idade mínima de 35 anos de idade - e não a maioridade - para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República. Neste sentido, não é possível um menor emancipado candidatar-se ao cargo.
Questão Objetiva 1
(ENADE – História – 2008) Numa aula sobre a estrutura política do Império brasileiro, o professor apresentou a seus alunos o trecho da Constituição de 1824 e a charge reproduzidos abaixo.
Constituição Política do Império do Brasil (1824) (Adaptado de: Constituição Política do Império do Brasil, de 25 de março de 1824)
CAPITULO I. Do Poder Moderador.
Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização Política, e é delegado privativamente ao Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro Representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da Independência, equilíbrio, e harmonia dos mais Poderes Políticos.
Art. 99. A Pessoa do Imperador é inviolável, e Sagrada: Ele não está sujeito a responsabilidade alguma.
(...)
Art. 101. O Imperador exerce o Poder Moderador
I. Nomeando os Senadores (...)
V. Prorrogando ou adiando a Assembléia Geral, e dissolvendo a Câmara dos Deputados, nos casos em que o exigir a salvação do Estado; convocando imediatamente outra, que a substitua.
VI. Nomeando e demitindo livremente os Ministros de Estado.
VII. Suspendendo os Magistrados (...).
NOVAES, Carlos Eduardo; LOBO, César. História do Brasil para
principiantes: de Cabral a Cardoso, 500 anos de novela.
São Paulo: Ática, 1997. p. 150.
Depois de pedir aos alunos que lessem os artigos da Constituição selecionados, o professor apresentou a charge acima, com as devidas ressalvas quanto ao anacronismo presente na caricatura. A seguir, sugeriu à turma que relacionasse a Constituição de 1824 à interpretação da charge. Ao final da aula, os alunos resumiram suas discussões às quatro afirmações apresentadas abaixo.
I - A charge confirma a Constituição de 1824, que garante amplos poderes ao Imperador.II - A charge contesta o texto da Constituição, que estabelece a submissão do Estado à Igreja.
III - A charge contraria o texto da Constituição, que afirma o caráter Sagrado da pessoa do Imperador.
IV - A charge ratifica o texto da Constituição de 1824, que assegura a supremacia do Poder Moderador sobre os demais poderes.
Estão corretas APENAS as afirmativas
(a) I e II 
(b) I e III 
(c) I e IV 
(d) II e III 
(e) III e IV
Gabarito – Questão Objetiva 1
Correto é a afirmativa “c”
Questão Objetiva 2
Leia, atentamente, os textos e, após, responda ao que se pede.
Texto 1 
“... os Conselhos de Províncias, que tinham o caráter apenas consultivo, cederam lugar às Assembléias Legislativas, com amplos poderes, podendo legislar sobre matérias civil e militar, instruções públicas, políticas e econômicas dos municípios; o Conselhos de Estado, principal órgão de assessoria do Imperador, foi abolido (...)”. (Texto adaptado: disponível em http://www.culturabrasil.pro.br/regencias.htm, acessado em 04 de outubro de 2008)
Texto 2 
	O Código de Processo Criminal é a grande vitória legislativa dos liberais, logo após a abdicação de D. Pedro I. Promulgado em 1832, põe fim ao sistema judicial antigo, introduz novidades completas trazidas da Inglaterra, especificamente o Conselho de Jurados (Tribunal do Júri) e o recurso de habeas corpus, inexistente na tradição do direito continental. A investigação criminal das Ordenações Filipinas, a devassa, de tom inquisitorial, desaparece e é substituída por um juizado de instrução, de perfil contraditório, sob a direção do juiz de paz, leigo e eleito pela população local, que além dos poderes judiciários, tinha ainda o poder de polícia (Texto adaptado. LOPES, José Reinaldo de Lima Lopes. O Direito na História. 2. ed. São Paulo: Max Limonard, 2002, p.289)
Após a consulta da bibliografia indicada e análise dos textos apresentados, podemos concluir que eles identificam:
(a) parte do conjunto de inovações estabelecidas pelo texto constitucional de 1824 que concentra o poder nas mãos do Imperador D. Pedro I.
(b) algumas das modificações realizadas pela Lei de Interpretação que descaracterizaram o conteúdo liberal do Código de Processo Criminal de 1832.
(c) parte do conjunto das modificações realizadas no Período Regencial, que recebeu o nome de Ato Adicional à Constituição do Brasil de 1824.
(d) algumas das características políticas do Anteprojeto Constitucional elaborado pela Assembléia, após a Independência.
Gabarito – Questão Objetiva 2
Correto é a alternativa “C”
	O golpe dos moderados fracassou, mas as reformas defendidas por eles foram implementadas sem grandes resistências. E foram as seguintes as reformas que caracterizaram o avanço liberal: 
a) Através de um acordo com os restauradores, aprovou-se a lei de 12 de outubro de 1832, que deu aos deputados a serem eleitos em 1833, para a legislatura de 18341837, poderes constituintes para reformar a Carta de 1824. 
b) Em 29 de novembro de 1832 foi aprovado o Código de Processo Criminal, que deu a mais ampla autonomia judiciária aos municípios. Através desse novo código, o poder municipal concentrou-se nas mãos dos juízes de paz, eleitos pela população local, que, além dos poderes judiciários, tinha, ainda, o poder de polícia. Mas esses juízes foram facilmente controlados ou neutralizados pelos grandes proprietários locais, que detinham os poderes de fato - com seus bandos armados - e não eram punidos por seus crimes. 
c) Os deputados eleitos em 1833, com poderes constituintes, nomearam uma comissão integrada por três membros para realizar as reformas constitucionais, entre os quais Bernardo Pereira de Vasconcelos. As modificações constitucionais foram votadas em 12 de agosto de 1834: os Conselhos de Províncias, que tinham caráter apenas consultivo, cederam lugar às Assembléias Legislativas que, com amplos poderes, podiam legislar sobre matéria civil e militar, instrução pública, política e econômica dos municípios; o Conselho de Estado, principal órgão de assessoria do Imperador, foi abolido; a Regência Trina foi transformada em Una, e eleita pelo voto direto; a cidade do Rio de Janeiro tornou-se um município neutro, separado da Província Fluminense, que tinha como Capital a Cidade de Niterói. 
    O conjunto dessas modificações recebeu o nome de Ato Adicional à Constituição Política do Império ou, simplesmente, Ato Adicional. A vitaliciedade do Senado foi preservada, o que significou uma concessão aos restauradores. Da mesma forma, a autonomia provincial atendeu, em parte, aos anseios dos exaltados, embora viesse a beneficiar, de fato, os potentados locais. 
SEMANA 5
EMENTA DA AULA: O DIREITO NO SEGUNDO REINADO: DA CONSOLIDAÇÃO À CRISE
Conteúdos:
A Consolidação do Direito no Segundo Reinado sob a perspectiva da Economia Agroexportadora de base escravista: A Legislação Comercial e a Lei de Terras; A Consolidação de Teixeira de Freitas; A legislação abolicionista e a crise do Segundo Reinado. Todos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.
Objetivos Específicos: 
- Examinar, sob o âmbito político, sócio-econômico e cultural do período, a produção jurídica brasileira no Segundo Reinado, especialmente no que se refere à Lei de Terras e às legislações comercial e abolicionista.
- Analisar a gênese do pensamento civilista tipicamente brasileiro, a partir da Consolidação de Teixeira de Freitas. 
Estratégia:
Se você quiser ir além sugerimos as seguintes atividades: 
Leia a obra: 
FREYRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzala. 34 ed. Rio de Janeiro: Editora Record, 1998. (especificamente o Capítulo IV, pág. 372).
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 19. ed. Coleção Documentos Brasileiros. Rio de Janeiro: José Olympio, 1987. 
Assista aos Filmes:
QULOMBRO (1984) Direção: Carlos Diegues. História da fuga e resistência dos escravos no Quilombo dos Palmares.
QUANTO VALE OU É POR QUILO? (2005) Diretor: Sergio Bianchi. Uma analogia entre o antigo comércio de escravos e a atual exploração da miséria pelo marketing social, que forma uma solidariedade de fachada. 
O CORTIÇO (1977). Direção: Francisco Ramalho Jr.. Baseado no romance de Aluísio de Azevedo, mostra a sociedade do Rio de Janeiro no fim do Império
Bibliografia / Jurisprudência:
PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. 6. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2008. (Capítulo XII – p. 361 a 366)
CASTRO, Flávia Lages. História do Direito, Geral e Brasil. 6. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. (Capítulo XV – p. 387 A 405)
Após a leitura da bibliografia indicada, responda as questões abaixo:
Caso Concreto 1
Na década de 1840, com a perspectiva do fim do tráfico negreiro, o governo brasileiro começou a interessar-se por fontes alternativas de mão-de-obra, encorajando a imigração de "trabalhadores pobres, moços e robustos" e tentando fixá-los nas fazendas de café. Se os imigrantes tivessem de comprar terras e os preços fossem mantidos em alta, eles seriam obrigados a trabalhar alguns anos antes de poderem comprar seu próprio lote. A Lei de Terras foi aprovada em 18 de setembro de 1850, duas semanas após a aprovação da lei contra o tráfico de escravos. (Adaptado de Leslie Bethell e José Murilo de Carvalho, "O Brasil da Independência a meados do século XIX". In: Leslie Bethell (org.), História da América Latina: da Independência a 1870, vol. III. São Paulo: Edusp / Imprensa Oficial, 2001, p. 753-54, 766.)
Tomando o texto como referência, responda: 
1- Como se dava o acesso à terra antes e depois da promulgação da Lei de Terras de 1850? 
2- De que maneira a Lei de Terras de 1850 buscou promover o trabalho livre? Ainda: há alguma influência da Lei de Terras no sistema de distribuição de terras no Brasil atual?
Gabarito – caso 1
1) O acesso às terras antes de 1850 se dava pela doação de terras através das sesmarias desde o período colonial ou ainda pela compra e, principalmente, ocupação eposterior posse de terras devolutas. A partir da aprovação da Lei de Terras de 1850, as terras desocupadas se tornaram propriedades do Estado e somente poderiam ser adquiridas mediante compra e venda ou por autorização do rei. 
 2) A Lei de Terras garantia mão-de-obra livre aos grandes proprietários, pois restringia o acesso à terra mediante a compra. Assim, o imigrante ou homem livre deveria se dedicar ao trabalho assalariado, geralmente nas plantações de café, para obter o capital suficiente para compra de sua propriedade. Isto porque, as terras ainda não ocupadas passavam a ser propriedade do Estado e só poderiam ser adquiridas através da compra nos leilões mediante pagamento à vista, e não mais através de posse. E quanto às terras já ocupadas, estas podiam ser regularizadas como propriedade privada. Sem a aprovação da Lei de Terras, possivelmente, escravos libertos e imigrantes europeus, ao invés de trabalharem nas grandes lavouras, dirigiriam-se para o interior do país em busca de terras desocupadas para tomar posse. A criação desta Lei garantiu os interesses dos grandes proprietários do Nordeste e do Sudeste que estavam iniciando a promissora produção do café e, certamente, contribuiu para a formação de grandes concentrações latifundiárias e do injusta distribuição de terras no Brasil. 
Questão Objetiva 1
Analise os dados abaixo apresentados por Pandiá Calógeras (In: FERREIRA, Olavo Leonel. História do Brasil. São Paulo: Ática, 1995, p. 215) sobre a entrada de escravosno Brasil, a partir de 1845:
Ano Número de escravos que entraram
1845 19453
1846 56172
1847 50325
1848 60000
1849 54000
1850 23000
1851 3278
1852 700
Agora, relacionando o quadro estatístico acima, sobre a importação de escravos, com o contexto da época - principalmente no que se refere às leis que antecedem à Lei Áurea -, podemos concluir que: 
(a) a Lei Eusébio de Queiroz foi promulgada no ano em que houve elevação da importação de escravos.
(b) a Lei do Ventre Livre teve repercussão imediata na importação de escravos.
(c) a importação de escravos aumentou a partir de 1850, devido à expansão da lavoura cafeeira.
(d) a importação de escravos cresceu, apesar da pressão inglesa efetuada através do Bill Aberdeen.
Gabarito – Questão Objetiva 1
O caminho até a abolição foi longo e penoso. Apenas no século XIX se começou a questionar seriamente a condição da escravidão. A Inglaterra havia feito a Revolução Industrial no século XVIII e as relações de trabalho no mundo estavam mudando rapidamente. O liberalismo pregava a não intervenção do estado na economia. Cada vez mais, o trabalho escravo tornava-se incompatível com a nova realidade econômica e social do mundo. 
O Governo da Inglaterra decretou, em agosto de 1845, o Bill Aberdeen. Este ato, que recebeu o nome de Lord Aberdeen, então Ministro das Relações Exteriores do Governo britânico, concedia ao almirantado inglês o direito de aprisionar navios negreiros, mesmo em águas territoriais brasileiras, e de julgar seus comandantes. O ato foi alvo de inúmeros ataques, inclusive na Inglaterra, onde alguns criticavam por pretender, dessa forma tornar-se "guardiã moral do mundo". No Brasil, o Bill Aberdeen, entendido por muitos como uma represália da Inglaterra, provocou pânico entre os traficantes e proprietários de escravos e de terras. A conseqüência mais imediata foi o significativo, e paradoxal, aumento na quantidade e no preço dos escravos importados. Pelos dados fornecidos por Caio Prado, este número chegara em 1846 a 50324, e, em 1848, a um total de 60 mil cativos desembarcados nos portos do Brasil. Cientes deste crescimento, os escaleres armados de bandeira inglesa perseguiam implacavelmente as embarcações suspeitas de conduzir escravos que seriam comercializados nas províncias do Império. A Marinha britânica invadia águas territoriais do Brasil, ameaçando, inclusive, bloquear os portos principais. Alguns incidentes - como a troca de tiros no Paraná entre uma embarcação inglesa e a guarnição do Forte de Paranaguá - agravaram mais ainda a situação.
O Governo imperial, nas mãos dos saquaremas desde 1848, temendo uma ação efetiva da Inglaterra, elaborou um projeto de lei, apresentado pelo Ministro da Justiça Eusébio de Queirós, ao Parlamento, visando à adoção de medidas mais eficazes para a extinção do trafico negreiro. O projeto, convertido em lei em setembro de 1850, apoiado nos mais "sólidos princípios do direito das gentes," extinguia o tráfico determinando que: 
(...) "Artigo 3º - são autores do crime de importação, ou de tentativa dessa importação, o dono, o capitão ou mestre, o piloto e o contramestre da embarcação, e o sobrecarga. São cúmplices a equipagem, e os que coadjuvarem o desembarque de escravos no território brasileiro de que concorrerem para ocultar ao conhecimento da autoridade, ou para os subtrair à apreensão no mar, ou em ato de desembarque sendo perseguida."
Muitos protestaram contra a decisão do Governo imperial, o que motivaria, mais tarde, a ida de Eusébio de Queirós à Câmara dos Deputados, a 16 de julho de 1852. Lembrou ele em seu depoimento que inúmeros fazendeiros - em especial os do " Norte do Império" - há tempos enfrentavam dificuldades financeiras graves, não tendo como pagar as dívidas contraídas com os traficantes de escravos. Muitos tinham, inclusive, hipotecado suas propriedades para grandes traficantes - entre os quais inúmeros portugueses - a fim de obter recursos destinados à compra de cativos. Prosseguiu Queirós dizendo que (...) "os escravos morriam mas as dívidas ficavam e, com elas, os terrenos hipotecados". Neste contexto de risco, Eusébio de Queirós apelava para a mudança da "opinião pública" quanto à extinção do tráfico, acentuando a possibilidade "da nossa propriedade territorial" passar das mãos dos fazendeiros para "os especuladores e traficantes".
O próximo passo para dar fim à escravidão foi dado em 1871, com a Lei do Ventre Livre. O projeto da Lei do Ventre Livre foi proposto pelo gabinete conservador presidido pelo Visconde do Rio Branco em 27 de maio de 1871. Por vários meses, os deputados dos partidos Conservador e Liberal discutiram a proposta. Em 28 de setembro de 1871 a Lei nº 2040, após ter sido aprovada pela Câmara, foi também aprovado pelo Senado. Embora tenha sido objeto de grandes controvérsias no Parlamento, a Lei representou, na prática, um passo tímido na direção do fim da escravatura.
Em 1885, foi promulgada a Lei Saraiva-Cotegipe, ou Lei dos Sexagenários, que tornava livres os escravos com mais de 60 anos e obrigava o Estado a pagar uma indenização aos senhores pela alforria destes escravos.
Os fazendeiros, aos poucos, substituíam a mão de obra escrava por imigrantes assalariados, e a campanha abolicionista ganhou a adesão dos republicanos. Não só a escravidão estava em crise, mas o próprio sistema imperial brasileiro.
 O Império estava dividido. Por um lado, os latifundiários, que desejavam a manutenção da escravidão. De outro, os liberais, que desejavam a abolição. Os liberais tinham um apoio de peso, a Inglaterra, que  desejava a abolição para aumentar o mercado consumidor, já que vinha se industrializando desde o século XVIII. Em 13 de maio de 1888, é promulgada a tão desejada Lei, que ficou conhecida como Lei Áurea. A Princesa Isabel, então regente do Brasil, ficou conhecida como “A Redentora”, por ter libertado os escravos. 
SEMANA 6
EMENTA DA AULA: O DIREITO NA PRIMEIRA REPÚBLICA
Conteúdos:
A Velha República (1889-1930). As Influencias positivistas e liberais: Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, de 24 de fevereiro de 1891 (Forma de Governo,Território e Religião; Estrutura dos Poderes; Sistema Eleitoral; Direitos de Garantias Individuais). A Codificação de Direito Penal e de Direito Civil. Todos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.
Objetivos Específicos: 
- Examinar, sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período, o direito brasileiro e a estrutura do Estado republicano, a partir da Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, de 1891.
- Analisar as importantes mudanças havidas na legislação civil e penal no período conhecido como República Velha. 
Estratégia:
Se você quiser ir além sugerimos as seguintes atividades: 
Assista ao filme:
ABRIL DESPEDAÇADO (2001). Realização: Walter Salles. Produção/Distribuição: Imagem Filmes (Brasil). Sinopse: Situado no início do Século XX, Abril Despedaçado é a história de uma disputa secular entre duas famílias vizinhas, envolvendo posse da terra. Em conseqüência dessa briga, sucessivas gerações de jovens são obrigadas a assassinar umas às outras em nome da vingança, da honra e do respeito pela tradição. 
Faça o roteiro de estudo, consultando a bibliografia indicada, baseando-se nos seguintes temas:
a influência do patriarcalismo na legislação civil brasileira.
a superação da sacralidade do direito da propriedade
Bibliografia / Jurisprudência:
PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. 6. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2008. (Capítulo XII – p. 367 a385)
CASTRO, Flávia Lages. História do Direito, Geral e Brasil. 6. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. (Capítulo XVI – p. 407 a 434)
Caso Concreto 1
Leia a notícia a seguir e, depois, responda as questões propostas.
Ensino Religioso continua obrigatório na Rede Pública - São Paulo - Enquanto escolas particulares têm garantida a liberdade de oferecer ou não ensino religioso, a rede pública se vê obrigada a incluir a disciplina no currículo do ensino fundamental. A determinação é prevista na Constituição Federal de 1988, que obriga a oferta por parte do Estado e garante ao aluno a opção de freqüentar ou não essas aulas. Resultados preliminares de estudo feito pela ONG (...), apontam os problemas da contradição de um Estado laico financiar esse tipo de ensino em suas escolas públicas. (...) o problema é que a mesma Constituição que traduz o Brasil em um Estado laico prevê ensino religioso na escola pública e financiamento do governo às instituições religiosas. "A presença do ensino religioso, além de contrariar a laicidade do Estado, dá margem a toda problemática das diferentes regulamentações", avalia. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996, os municípios e Estados são responsáveis por determinar as normas do ensino religioso nas suas redes de ensino. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo online em 18/08/2008).
Como se vê na notícia acima, a discussão a cerca da laicidade do Estado não se esgotou. Sendo assim: 
Consulte a bibliografia indicada e explique a diferença entre Estado confessional e Estado laico.
Utilizando as categorias acima (laico e confessional), como podemos classificar o Estado no período Imperial? E no período republicano?
Analisando a notícia acima, é possível afirmar que laicidade do Estado estabelecida pela Constituição de 1988 importa em concluir uma completa superação da relação Igreja/Estado? Justifique sua resposta.
Gabarito – caso 1
Estado Confessional é aquele que, embora não se confunda com determinada religião, possui uma religião oficial que pode influir nos rumos políticos e jurídicos da nação, além de possuir privilégios não concedidos às demais. Estado Laico é aquele que não se confunde com determinada religião, não adota uma religião oficial, permite a mais ampla liberdade de crença, descrença e religião, com igualdade de direitos entre as diversas crenças e descrenças. Além disso, no estado laico as fundamentações religiosas não podem influir nos rumos políticos e jurídicos da nação. É o que a Constituição Federal de 1988, em razão de seu art. 19, inc. I estabelece, ao vedar relações de dependência ou aliança com quaisquer religiões.
2) O Estado Imperial é confessional. A Constituição de 1824 definiu a religião católica apostólica romana como religião oficial do país.
O Estado republicano brasileiro é laico, não apenas desde a Constituição de 1988, mas desde o Decreto nº 119A, de 07/01/1890. A laicização do Estado brasileiro foi confirmada pela primeira Constituição republicana, promulgada em 24 de fevereiro de 1891, no parágrafo 7º de seu art. 72, que desde então foi reproduzido pelas constituições subseqüentes até chegar ao art. 19, I da Constituição de 1988 que, quase com a mesma redação, proíbe à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios "estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público".
3) Propomos para essa pergunta uma discussão a respeito do assunto que enfatize o artigo 19, I da Constituição 1988 e a notícia apresentada.
Questão Objetiva 1
Após a leitura do texto abaixo, responda o solicitado.
“A Nação Brasileira adota como forma de governo, sob o regime representativo, a República Federativa proclamada a 15 de novembro de 1889, e constitui-se, por união perpétua e indissolúvel das suas antigas províncias, em Estados Unidos do Brasil”. (Art. 1º da Constituição Republicana de 24 de fevereiro de 1891).
Tomando o artigo, transcrito, como referência, a República implantada no Brasil em 15 de novembro de 1889:
(a) resultou de grande participação do povo, especialmente nos primeiros anos do novo regime.
(b) rompeu com a estrutura socioeconômica existente no Império.
(c) contou com o apoio do Exército brasileiro, ligado ao advento e à consolidação da forma republicana de governo.
(d) instituiu um governo social-democratico como pretendiam todos os envolvidos no movimento republicano.
Gabarito Questão Objetiva 1
Correto é a alternativa “C”
	Em 15 de novembro de 1889, oficiais do Exército proclamavam a República, num movimento que, segundo a historiografia, é definido como nada mais do que uma quartelada. Porém, uma quartelada vitoriosa, visto que contava com o decidido apoio da elite econômica mais representativa do país, os cafeicultores paulistas. Instaura-se um regime conhecido por “regime oligárquico”.
	Proclamada a República, apenas o Exército, entre os grupos que lideraram o movimento, estava aparelhado para exercer o poder e o fez até que as oligarquias cafeeiras reunissem condições para assumir diretamente o governo federal. A disputa entre cafeicultores e Exército, aliados na Proclamação da República, em torno da definição das novas regras do regime, dominou os dois primeiros governos militares, chefiados por Deodoro da Fonseca (1889-1891). 0 confronto estava centrado na oposição entre a autonomia regional desejada pelas oligarquias estaduais e o projeto centralizador dos militares.
SEMANA 7
EMENTA DA AULA: O DIREITO NA ERA VARGAS
Conteúdos:
Era Vargas. Burguesia e Movimentos Operários. A Revolução de 1930. A formação da Legislação eleitoral e trabalhista. A Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, de 16 de julho de 1934 (Forma de Governo, Território; Estrutura de Poderes; Sistema Eleitoral; Direitos de Primeira e Segunda Dimensão. Todos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.
Objetivos Específicos: 
- Analisar, no âmbito político, sócio-econômico e cultural do período, as mudanças jurídico-políticas geradas pela Constituição de 1834.
- Relacionar o momento histórico vivenciado no país e no mundo com o aparecimento da chamada “segunda dimensão de direitos fundamentais”.
Estratégia:
Se você quiser ir além sugerimos as seguintes atividades: 
Assista ao filme: 
GETÚLIO VARGAS (1974). Direção: Ana Carolina. Uma reconstituiçãodos anos 30 e 50, tendo como personagem principal Getúlio Vargas.
REVOLUÇÃO DE 30 (1980).Direção: Silvio Back. Documentário sobre o movimento tenentista e a Revolução de 1930, com comentários dos historiadores Bóris Fausto, Edgar Carone e Paulo Sérgio Pinheiro.
PARAHYBA MULHER MACHO 1983). Direção: Tizuka Yamasaki.No agitado ambiente político de 1930, narra o romance entre Anayde Beiriz e João Dantas que, por motivos pessoais e políticos, mata João Pessoa, governador da Paraíba. O episódio é utilizado para deflagrar a revolução de 30.
Vídeos: Visite o site: 
Memorial de Getúlio Vargas: http://www.rio.rj.gov.br/memorialgetuliovargas/conteudo/apresentacao.html e assista aos vídeos históricos.
Revolução de 30 – disponível em: http://br.youtube.com/watch?v=ljbusGW_L4k
Bibliografia / Jurisprudência:
PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. 6. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2008. (Capítulo XII – p. 385 A 390)
CASTRO, Flávia Lages. História do Direito, Geral e Brasil. 6. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. (Capítulo XVII – p. 439 a 468)
Após a leitura da bibliografia indicada, responda as questões abaixo:
Caso Concreto 1
Constituição de 1934 pretendeu compatibilizar a ordem constitucional brasileira com certo grau de civilização jurídica. A nova Constituição, elaborada por uma Assembléia Nacional Constituinte, introduziu no país uma nova ordem jurídico-político que consagrava uma tentativa de refletir a influência do Estado de bem-estar social adaptado as nossas particularidades históricas, sociais, políticas e econômicas. Teve vida curta, mas marcou profundamente todos ordenamentos jurídicos posteriores, agregando temas que jamais deixariam de figurar nas constituições vindouras. 
Tomando o exposto acima como referência, apresente os principais temas abordados pela Constituição de 1934, destacando sua atualidade para o desenvolvimento da sociedade brasileira. 
Gabarito – caso 1
Questão Objetiva 1
Um código eleitoral é o conjunto de normas legislativas que rege o processo de eleição para cargos políticos. As primeiras disposições eleitorais no Brasil datam da Constituição de 1824, a primeira do país. Através dos tempos, diversas alterações, de maior ou menor relevância, foram sendo feitas na regulamentação das eleições brasileiras. Porém, um código eleitoral propriamente dito, que reunisse todas as disposições legislativas referentes ao processo eleitoral, só foi instituído no Brasil pelo Decreto nº 21.076, de fevereiro de 1932.
Nesse sentido, o código eleitoral de 1932 significou um avanço importante em termos de exercício da democracia no Brasil. Entre as medidas nele consagradas estavam: 
(a) Criação da justiça eleitoral, voto censitário, direito de voto para maiores de 18 anos. 
(b) Introdução do voto secreto, criação da justiça eleitoral, direito de voto para as mulheres.
(c) Direito de voto para maiores de 18 anos, direito de voto para os analfabetos, direito de voto para as mulheres.
(d) Voto censitário, direito de voto para analfabetos, introdução do voto secreto.
Gabarito – Questão Objetiva 1
SEMANA 8 
EMENTA DA AULA: O DIREITO NO ESTADO NOVO
Conteúdos:
Estado Novo. O Papel das Forças Armadas: O aparato legal da “Defesa Nacional” (Lei de Segurança Nacional; O Tribunal de Segurança Nacional) . A Constituição dos Estados Unidos do Brasil, de 10 de novembro de 1937: Forma de Governo, Território, Plebiscito; Estrutura de Poderes; Sistema Eleitoral. Os “Direitos” presentes no Texto Constitucional. A Consolidação das Leis do Trabalho. Código Penal de 1940 e A Lei das Contravenções Penais de 1941. Todos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.
Objetivos Específicos: 
- Analisar, observada a realidade política, sócio-econômica e cultural do período, as repercussões trazidas pela breve Constituição outorgada de 1937.
- Examinar as legislações trabalhista e penal produzidas no período, relacionando-as com o momento histórico vivenciado. 
Estratégia:
Se você quiser ir além sugerimos as seguintes atividades: 
Assista ao filme: 
OLGA (2004) Dirigido por Jayme Monjarim. Narra a história da judia alemã Olga Benário Prestes (1908-1942). Militante comunista desde jovem, Olga é perseguida pela polícia e foge para Moscou, onde faz treinamento militar. É encarregada de acompanhar Luís Carlos Prestes ao Brasil para liderar a Intentona Comunista de 1935, se apaixonando por ele na viagem.
Bibliografia / Jurisprudência:
PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. 6. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2008. (Capítulo XII – p. 391 a 397)
CASTRO, Flávia Lages. História do Direito, Geral e Brasil. 6. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. (Capítulo XVII – p. 349 a 496)
Após a leitura da bibliografia indicada, responda as questões abaixo:
Caso Concreto 1
A ditadura getulista sustentou-se em agências criadas pelo próprio Estado e na prática do controle das pressões sociais através dos sindicatos. Com relação aos órgãos oficiais, destacavam-se o DASP e o DIP; o primeiro, Departamento Administrativo do Serviço Público, assegurava o controle da máquina burocrática do Estado, supervisionando, entre outras atribuições, a ação dos interventores nos Estados, além de funcionar como um grande cabide de empregos. O Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), criado em 1939, exercia o controle ideológico da Nação através da censura total aos meios de comunicação, da publicidade do governo e do controle sobre a opinião pública. Entre as ações do DIP, podem-se mencionar o confisco temporário do jornal O Estado de S. Paulo, com a prisão e o exílio de dois de seus diretores; a difusão da “boa imagem” do governante como um verdadeiro culto à personalidade, através de fotos, passeatas, concentrações ou outros eventos; por fim, a criação da Hora do Brasil, programa radiofônico de emissão obrigatória por todas as estações de rádio do País. Além disso, pode ser acrescentada a eficiente Polícia Política da ditadura estadonovista, comandada por Filinto Müller e responsável pela prisão, morte e tortura de milhares de “inimigos” do regime. Por outro lado, a política trabalhista de Vargas, de caráter nitidamente populista, suprimiu a luta entre capital e trabalho através da organização corporativa dos sindicatos e da eficiente política do peleguismo. O ponto culminante do populismo getulista, voltado para o operariado urbano, deu-se com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), concedida em 1943. (disponível em: http://www1.curso-objetivo.br/vestibular/roteiro_estudos/estado_novo.aspx, acessado em 10 de outubro de 2008)
1) Tomando o texto como referência, caracterize o Estado Novo, tomando como foco principal as conquistas efetivadas pelas legislações trabalhista e sindical por ele consagradas. 
2) E uma perspectiva das liberdades individuais e políticas, o Estado Novo poderia ser considerado como um Estado Democrático de Direito?
Gabarito – caso 1
1) O Estado Novo representou a consagração de alguns direitos trabalhistas importantes, tais como a instituição do salário mínimo (1940), o estabelecimento da consolidação das Leis de Trabalho (CLT, 1943) e a cristalização das juntas de conciliação e julgamento do Ministério do Trabalho (1939). Também veio a consagrar o sindicato único por profissão (Lei Sindical de 1939), verticalizado, atrelado ao Estado e a ele totalmente subordinado, de modo a impedir qualquer outra modalidade de organização dos trabalhadores. Durante o Estado Novo foi criado o imposto sindical, obrigatório para todos os trabalhadores - sindicalizados ou não. Tal imposto tornou-se uma importante fonte de recursos que permitiu ao Estado não só ter mais verbas, mas também, com elas, dotar os sindicatos, federações e confederações, favorecendo suas funções assistencialistas. Neste período, a sindicalização tornou-se pré-condição para a reivindicação de alguns direitos, como a aquisição da casa própria ou empréstimos junto aos institutos de aposentadorias e pensões.

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