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RESUMO DE SAÚDE MENTAL TEÓRICO

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RESUMO DE SAÚDE MENTAL TEÓRICO
AULA 1 – HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA
SURGIMENTO DA PSIQUIATRIA, PHILLIPE PINEL E SAMUEL TUCK.
- Meados do sec. XVII(17) – Desorganização social e crise econômica na Europa. O mundo da loucura torna-se o mundo da exclusão. Criam-se em toda Europa(1º Espanha, 2º Itália) casas de correção, hosp. Gerais e outros...
Limpeza da sociedade, prover trabalho, punir a ociosidade, reeducar para a moralidade mediante instrução religiosa e moral. 
- A partir do séc. XVII(18) – primeiros movimentos contra as internações liberando-se todos os outros indivíduos, exceto os loucos.
- “os reformadores da Revolução Francesa delegaram a Phillipe Pinel (1745-1826), a tarefa era humanizar e dar sentido terapêutico aos hosp. Gerais. Mesmo com reformadores médicos bem intencionados, como Pinel, conseguiram amenizar as condições dos manicômios, porém, ainda não existiam tratamentos de rotina efetivos no começo do sec. XXI. 
- o isolamento era definido como algo terapêutico e indispensável. 
- Phillipe Pinel na França, Samuel Tuck na Inglaterra. Movimento de reforma, separar os loucos, cuidado psiquiátrico sistematizado – tratamento moral – Surge a psiquiatria, o louco passa a ser visto como um doente. 
-Tratamento alienista/ cérebro em repouso, longe de distúrbios, vividez reprimida.
-o internato torna-se medida médica. Pinel transforma o asilo em instancia perpétua de julgamento, o louco era vigiado, ridicularizado nos seus erros. Controle ético e não terapêutico. 
-Pinel volta os tratamentos do sec. XVII E XVIII – banho para refrescar os espíritos, injetar sangue fresco para remover a circulação perturbada. 
- ducha para punição, quando o louco cometia um erro. Não mais para refrescar ou acalmar. 
- a cura significava reinculcar-lhe sentimentos de dependência, humildade, culpa, reconhecimento que são a armadura moral da vida familiar. Meios para consegui-los: ameaça, castigo, privações alimentares, humilhações, tudo que infantilizava e culpabilizava o louco. 
- a loucura adquire status de doença mental, tornando-se objeto de um novo saber.
BRASIL – PERÍODO COLONIAL
- assistência medica e hospitalar dependiam das irmandades religiosas – santa casa de misericórdia, albergue para pobres, órfãos, inválidos e loucos. Eram amontoados em porões insalubres, sem assistência médica, entregues a guardas e carcereiros, seus delírios e agitações eram reprimidos por espancamentos e contenções. 
- 1567, fundado o hosp. Da santa casa de misericórdia no rio de janeiro. 
HOSP. NACIONAL DOS ALIENADOS – PRAIA VERMELHA 1842
-A psiquiatria no Brasil, surge com a função de tomar para si a normatização social – transformar todos os excluídos da sociedades em normais. 
- 1830 – médicos alienistas – pressão para construção de um hospício para os alienados – celebrar a maioridade do monarca Pedro II – pressão da elite política e da elite médica – idéia da criação do hospício Pedro II, Rio de Janeiro, 1841. 
-1852 – conclusão da obra do hospital Pedro II (durou 10 anos) – administrado pela santa casa de misericórdia que era anexa ao hospital.
-1887, Dr. João Carlos Teixeira Brandão, dispensou as irmãs de caridade, que eram responsáveis pelos serviços de enfermagem e pela administração interna do hospício, pois eram acusadas de colabora e acobertar os maus tratos causados pelos guardas aos doentes. 
-escola para formação de pessoal de enfermagem e capacitação dos guardas e serviçais do hospício para atividade profissional específica, ainda inexistente no país. A enfermagem psiquiátrica brasileira surgiu no hospício para, vigiar, controlar e reprimir. 
- as primeiras instituições psiquiátricas surgiram no Brasil em meio a um contexto de ameaça a à ordem e à paz social, objetivando a necessidade de tratamento segundo as teorias e técnicas já em pratica na Europa.( indicação social: remoção e exclusão do elemento perturbador visando a segurança dos cidadãos. – indicação clínica: intenção de curá-los.)
- divisão da psiquiatria empírica e psiquiatria científica, a laicização do asilo (retirada do caráter religioso) – posterior a proclamação da republica.
- sec. XX – “reforma” – insuficiência do asilo; produção das colônias agrícolas. 
- reforma psiquiatrica desde o sec. Xix. / Juliano Moreira (1872-1933) defensor das colônias agrícolas para alienados, doente mental deve ser tratado com o auxilio do trabalho, idéia disseminada no Brasil. 
Adesão política de colônias agrícolas(vida em comunidade rural), surgem os primeiros hospitais agrícolas que utilizavam a LABORTERAPIA como técnica terapêutica (sinônimo de disciplina e ordem, docilizar os incuráveis.
-técnicas modernas de tratamento
HIDROTERAPIA: banho longo quente e/ou frio por imersão ou ducha.
MALARIOTERAPIA:febre induzida pela inoculação do germe da malaria, causando convulsão (Julius Wagner, 1917 em Viena.)
INSULINOTERAPIA: aplicação de insulina em altas dosagens provocando convulsões – coma e sofrimento físico intenso para tratar esquizofrenia (Manfred, 1927,Berlim). 
- inicio do sec. Xix – idéias de Esquirol – médico contemporâneo de Pinel – espaço para isolar o louco – atividade psiquiátrica nasce no Brasil com internações dos doentes mentais. 
- no Brasil, a loucura é apropriada pelo saber médico, torna-se então alienação mental. Surge a necessidade de atuação terapêutica. 1881 vão ser criadas as cadeiras de clínicas das moléstias mentais das escolas médicas do Rio de Janeiro. 
- 1930 – estado novo- hospícios reformados e ampliados, centro de toda política mental. 1950 hospitais se tornam estaduais. 
HISTÓRIA DA ENFERMAGEM PSIQUIATRICA BRASILEIRA 
-1890- escola profissional de enfermeiros e enfermeiras, criada no hosp. Nacional dos alienados, com objetivo de formação de enfermeiros psiquiátricos para trabalhar nos hospícios. Onde surgiu a enfermagem psiquiátrica no Brasil. 
- o governo provisório da republica, manda buscar na frança, enfermeiras leigas para organizar uma escola de enfermeiros no hospício nacional dos alienados. Foi a primeira tentativa de sistematização de ensino de enfermagem no Brasil. Escola francesa no sistema Nightingale. 
- era atributo da enfermagem realizar os cuidados direto com o doente mental, a manutenção da ordem no interior do espaço asilar, vigiar e disciplinar o doente que perdeu a razão, higienização do paciente, alimentação, adm de medicamentos, aplicação de terapias de choque. 
- 1923 a enfermagem é iniciada fora dos hospitais, na área da saúde pública. Com o aumento da população urbana, deteriorização das condições de higiene e saneamento, proliferação de cortiços e favelas, foco e reservatórios de vetores de doenças infecciosas.
-1949, lei 775, disciplina de enfermagem psiquiátrica obrigatória no curso de graduação.
- período posterior a II guerra mundial –comunidades terapêuticas – relacionamento entre equipe terapêutica e pacientes – apontando para o processo de desinstitucionalização.
 
AULA 2 – A POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL
- década de 60, Itália, Franco Baságlia, liderava um movimento que questionava a psiquiatria. Em 1978, consegue aprovação de uma Lei proibindo a construção de novos hospitais psiquiátricos e redirecionado os recursos públicos destinados a saúde mental para a criação e manutenção de serviços substantivos, abertos como leitos psiquiátricos em hospitais gerais, lares abrigados, hospital-dia, albergues ou pensões protegidas. (lei 180 ou Lei baságlia).
- fim da década de 70, movimento dos trabalhadores em saude mental (MTSM), debate e encaminhamento de propostas de transformação da assistência psiquiátrica (reforma psiquiátrica no Brasil), movimento composto por técnicos de diferentes categorias profissionais. 
- a experiência de Basaglia, na década de 60, trouxeram contribuições teóricas e práticas para a reforma psiquiátrica brasileira. 
-década de 80, propostas de uma psiquiatria menos repressora, seja, através do processo de desospitalização, ou de um trabalho mais voltado para os interesses e necessidades da comunidade. 
-Entra a DESINSTITUCIONALIZAÇÃO:anos 60, EUA, reinserção dos pacientes psiquiátricos na comunidade. Desconstruir formas institucionalizadas de lidar com a loucura. 
DESCONSTRUÇÃO: valorização do doente e não da doença.
LUTA ANTIMANICOMIAL 18-05-1987
-necessidade de se superar o hospital psiquiátrico, estabelecendo serviços alternativos na própria comunidade, em suas redes sociais. 
-portaria 189/91 – ministério da saúde - instituía rol de procedimentos e dispositivos de atenção em saúde mental custeados por verba pública. 
- portaria 224/92 – ministério da saúde – divide o atendimento em saúde mental em dois grandes grupos de atendimento:
I- hospitalar: internação e semi-internação
II- ambulatorial: atendimento ambulatorial, CAPS e NAPS.
-final de 1992 – Brasília – II conferencia nacional de saúde mental. Projeto de lei no senado propondo a extinção progressiva dos manicômios e sua substituição por outros recursos assistenciais , bem como a regulamentação da internação psiquiátrica involuntária. Proibição da construção de novos hospitais psiquiátricos públicos. 
-1995 – secretaria municipal de saúde do rio de janeiro assumiu a gestão do SUS na cidade.
- 1996 primeiro CAPS é inaugurado no RJ. 
- a reforma psiquiátrica reinvidica a cidadania do louco. Insiste no argumento do direito do doente mental, sua cidadania.
-Deputado Paulo Delgado, após mais de 10 anos, aprovada Lei federal da reforma psiquiátrica – Lei 10.216/2001.
AULA 3 – CAPS E RAPS
RAPS – Rede de Atenção Piscosocial
- Tem por objetivo plano de cuidados singular, de acordo com a necessidade do cliente. 
- Atendimento regionalizado e comunitário, unidades próximas. 
-Estratégia de redução de danos, distribuição de preservativos e seringas descartáveis, por exemplo. 
-Ações específicas para alcançar a população em geral, projetos contra drogas e álcool. 
-promover o acesso de pessoas com transtornos mentais.
-cuidado qualificado por meio do acolhimento e acompanhamento contínuo, escutar o que o cliente tem a dizer. 
COMPONENTES E PONTOS DE ATENÇÃO:
1. Atenção básica de saúde: Unidades Básicas de Saúude (ESF,CMS,est.), Equipes de consultório na rua, equipes de apoio aos serviços do componente da atenção residencial de caráter transitório, centros de convivência. 
2. Atenção piscosocial especializada: CAPS
3. Atenção a urgência e emergência: SAMU 192, UPA24H, Salas de estabilização, Portas hospitalares de atenção as urgências, pronto socorro em hospital geral. Podem ser recebidos em qualquer rede de emergência, caso precise, será transferido para unidade especializada.
4. Atenção residencial de caráter transitório: unidade de acolhimento adulto +18, unidade de acolhimento infato-juvenil 12 a 18 incompletos (podem ficar até 6 meses, entrada pelo CAPS).
5. Atenção hospitalar: leito de saúde mental em hospital geral. 
6. Estratégia de desinstitucionalização: serviços residenciais terapêuticos(tipo i e ii) Max. 10 pessoas, programa de volta pra casa (bolsa lei 3.400).
7. Estratégia re reabilitação psicosocial: iniciativas de trabalho e geração de renda, empreendimentos solidários e cooperativas sociais(produção de renda como artesanatos, ajudantes...).
CAPS – 8h as 18h. 5 dias da semana em 2 turnos. 
-serviço comunitário que tem como papel cuidar de pessoas que sofrem com transtornos mentais, em especial os transtornos severos e persistentes, no seu território de abrangência. 
- é indicado pata pacientes de longa permanência institucional, várias internações, sem vinculo ou suporte familiar. 
-tratamento terapêutico singular. 
- cuidado intenso (todos os dias) e diverso (varias atividades e pessoas).
- ATIVIDADES REALIZADAS NO CAPS: 
atendimento individual (medicamentoso,piscoterapico,orientação), atendimento em grupos, oficinas terapêuticas, visitas domiciliares, atendimento a família, atividade comunitária enfocando a integração do paciente na comunidade e sua inserção familiar e social. 
TIPOS DE CAPS:
CAPSl 
165 pac/mês – aut. Proc. De alto custo. Para municipios com 20mil e 70 mil habit.
8h de func. 
Semi-intensivo 50 pac/mês. 
não intensivo 90 pac/mês. 
intensivo 25 pac/mês. 
CAPSII
08h as 17h ou 18h ou até 21h. 
municípios com população entre 70 mil e 200mil habit.
CAPS I CAPS II = características: a- responsabilizar-se, sob coordenação do gestor local, pela organização da demanda e da rede de cuidados em saúde mental no âmbito do seu território.
CAPSIII
acolhimento noturno 24hr. 
para população acima de 200mil. 
características: constituir-se em serviço ambulatorial de atenção contínua, durante 24hr. diariamente, incluindo feriados e fds. 
CAPSiII 
serviço infantil
cerca de 200 mil habit. 
CAPS AD II -
álcool e drogas 
população superior a 70mil. 
ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM NA PROPOSTA ATUAL DO ATENDIMENTO PSIQUIÁTRICO.
- A prática contemporânea da enfermagem psiquiátrica ocorre em um contexto social e ambiental. Ela engloba as dimensões da competência clinica, defesa do paciente e da família, responsabilidade física, colaboração interdisciplinar, responsabilidade social e parâmetros ético-legais. 
- crise: distúrbio interno que resulta de um evento estressante ou de uma ameaça percebida a si próprio. É um estado de desequilíbrio e um aumento na ansiedade. A crise torna-se grande no momento do desajustamento, a fissura no sistema adaptativo do indivíduo. 
- caminha-se para um a enfermidade mental bem caracterizada pelo acúmulo de crises que deterioram o sistema de segurança individual pelo seu desgaste repetitivo. 
PAPEL DA ENFERMAGEM:
- fazer avaliações biopsicossociais da saúde que sejam sensíveis á cultura;
- idealizar e implementar planos de tratamento para pacientes e familiares com problemas complexos de saúde e condições patológicas;
- participar em atividades de gerenciamento de caso, como organização, avaliação, negociação, coordenação e integração de serviços e benefícios para os indivíduos e as famílias. 
-fornecer um mapa de cuidados de saúde para indivíduos , famílias e grupos a fim de encaminhá-los para os recursos comunitários de saúde mental, incluindo os profissionais e sistemas sociais mais adequados. 
-promover a saúde mental e controlar os efeitos da doença mental, através de ensino e aconselhamento. 
-fornecer os cuidados para o paciente fisicamente doentes com problemas psicológicos e pacientes psiquiátricos com problemas físicos. 
OBJETIVO DO RELACIONAMENTO TERAPEUTICO
1. Auto-realização, auto-aceitação e auto-respeito aumentados.
2. Senso claro de identidade pessoal e da integração pessoal melhorada(saber quem é, o que quer...)
3. Capacidade de formar relacionamentos íntimos, com capacidade de dar e receber amor (socialização, ter relações próximas..)
4. Melhoria da função e capacidade aumentada de satisfazer as necessidades e alcançar objetivos pessoais realistas. 
OBG: a comunicação é o meio utilizado para se estabelecer o relacionamento terapêutico. 
* FORMAS DE COMUNICAÇÃO: verbal, não-verbal(gestos e posições corporais), indícios vocais (ruídos ou sons paralinguísticos), indícios de ação, de objeto(usar de um objeto para ganhar atenção, seduzir), espaço(respeitar o espaço) e toque(necessidade de tocar para se comunicar).
IMPASSES TERAPÊUTICOS:
- RESISTÊNCIA: tentativa do paciente de não perceber os aspectos que geram ansiedade nele próprio. Resistência natural ou defesa. Má vontade do paciente de aceitar as mudanças. 
Ex.: conversa superficial, intensificação dos sintomas, desatenção nas consultas, atraso. 
- TRANSFERÊNCIA: resposta inconsciente em que o paciente experimenta sentimentos e atitudes pela enfermeira que estavam originalmente associados a figuras significativas na vida pregressa do paciente. Os dois princípios típicos são: reações hostis e as reações dependentes. 
- CONTRATRANSFERÊNCIA: é um impasse terapêutico criado pela enfermeira, e não pelo paciente. É a transferência aplicada á enfermeira. Pode se apresentar em 3 tipos: reação de amor e preocupação intensa, reações de hostilidade ou aversão intensa, reação de ansiedadeintensa geralmente em resposta a um resistência do paciente. 
Ex.: dificuldade de criar empatia com o paciente em determinados aspectos do problema.
AULA 4 – EXAME PSÍQUICO. 
ORIENTAÇÃO
- é um complexo de ações psíquicas, pelo qual tomamos consciência da situação real em que nos encontramos a cada momento de nossa vida. Capacidade de situar-se quanto a si mesmo e ai ambiente. Esta ligada as noções de tempo e espaço. Em geral o primeiro sentido de orientação que se perde é o do tempo, depois o espaço, que envolve deslocamento e localização e num estado mais grave, a desorientação do próprio eu (identidade e corpo).
A ORIENTAÇÃO DIVIDE-SE EM: 
a. Autopsíquica: paciente reconhece dados de identificação pessoal e sabe quem é; 
b. Alopsíquica: paciente reconhece os dados fora do eu; no ambiente: 
- Temporal: dia, mês, ano em que está; em que parte do dia se localiza (manhã, tarde, noite);
 - Espacial: a espécie de lugar em que se encontra, para que serve; a cidade onde está; como chegou ao consultório; 
- Somatopsíquica: alterações do esquema corporal, como, por exemplo, os membros fantasmas dos amputados, negação de uma paralisia, a incapacidade de localizar o próprio nariz ou olhos... 
Ex: “Sabe fornecer dados de identificação pessoal, informar onde se encontra, dia, mês e ano em que está...”. 
ATENÇÃO
A atenção é um processo psíquico que concentra a atividade mental sobre determinado ponto, traduzindo um esforço mental. É resultado de uma atividade deliberada e consciente do indivíduo – foco da consciência – a fim de inserir profundamente nossa atividade no real. Direção da consciência, estado de concentração da atividade mental sobre determinado objeto.
 Essa energia concentrada sobre esse foco está intimamente ligada ao aspecto da afetividade. Destaca-se aí a vigilância (consciência sem foco, difusa, com atenção em tudo ao redor) e a tenacidade (capacidade de se concentrar num foco). O paciente não pode ter essas duas funções concomitantemente exaltadas (o paciente maníaco, por exemplo, é hipervigil e hipotenaz), porém, pode tê-las rebaixadas, como no caso do sujeito autista, esclerosado ou esquizofrênico catatônico.
Investiga-se assim: 
- atenção normal: ou euprossexia; normovigilância; 
- hipervigilância: ocorre num exagero, na facilidade com que a atenção é atraída pelos acontecimentos externos; 
- hipovigilância: é um enfraquecimento significativo da atenção, onde é difícil obter a atenção do paciente; 
- hipertenacidade: a atenção se adere em demasia a algum estímulo ou tópico; concentração num estímulo; 
- hipotenacidade: a atenção se afasta com demasiada rapidez do estímulo ou tópico. 
Ex: “Concentra-se intensamente no entrevistador e no que lhe é dito, abstendo-se completamente do que se passa à sua volta...”. 
MEMÓRIA
É o elo temporal da vida psíquica (passado, presente, futuro). A memória permite a integração de cada momento. Há cinco dimensões principais do seu funcionamento: percepção (maneira como o sujeito percebe os fatos e atitudes em seu cotidiano e os reconhece psiquicamente), fixação (capacidade de gravar imagens na memória), conservação (refere-se tudo que o sujeito guarda para o resto da vida; a memória aparece como um todo e é um processo tipicamente afetivo), evocação (atualização dos dados fixados – nem tudo pode ser evocado). Cabe ressaltar aqui que nada é fixado e evocado de maneira anárquica: há dependência das associações que estabelecem entre si (semelhança, contraste, oposição, contigüidade e causalidade), e reconhecimento (reconhecimento do anagrama (imagem recordada) como tal – é o momento em que fica mais difícil detectar onde e quando determinado fato aconteceu no tempo e no espaço). 
A função mnésica pode ser avaliada pela rapidez, precisão e cronologia das informações que o próprio paciente dá, assim como a observação da capacidade de fixação. O exame da memória passada (retrógrada) faz-se com perguntas sobre o passado do paciente, data de acontecimentos importantes. Contradições nas informações podem indicar dificuldades. Com relação à memória recente (anterógrada), podem ser feitas perguntas rápidas e objetivas, como “O que você fez hoje?” ou dizer um número de 4 ou 5 algarismos ou uma série de objetos e pedir para que o paciente repita após alguns minutos, se houver necessidade. Para o exame da memória de retenção pode-se pedir ao paciente que repita algarismos na ordem direta e depois inversa. A maior parte das alterações da memória é proveniente de síndromes orgânicas (amnésia, hiper ou hipomnésia). Ex: “A.F. é capaz de fornecer dados com cronologia correta; consegue lembrar de informações recentes, como a próxima consulta com seu psiquiatra...”. 
SENSOPERCEPÇÃO 
É o atributo psíquico, no qual o indivíduo reflete subjetivamente a realidade objetiva. Fundamenta-se na capacidade de perceber e sentir. Neste ponto, investigam-se os transtornos do eu sensorialmente projetados, simultâneos à percepção verdadeira, ou seja, experiências ilusórias ou alucinatórias que são acompanhadas de profundas alterações do pensamento. 
Sensação: fenômeno gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos que produzem alterações nos órgãos receptores, estimulando-os. 
Percepção: tomada de consciência pelo indivíduo do estímulo sensorial. 
Ilusão é a percepção deformada da realidade, de um objeto real e presente, uma interpretação errônea do que existe. Percepção alterada por refração ótica.
Alucinação é uma falsa percepção, que consiste no que se poderia dizer uma “percepção sem objeto”, aceita por quem faz a experiência como uma imagem de uma percepção normal, dadas as suas características de corporeidade, vivacidade, nitidez sensorial, objetividade e projeção no espaço externo.
São significativas as alucinações verdadeiras (aquelas que tendem a todas as características da percepção em estado de lucidez), as pseudo-alucinações (mais representação do que realmente percepção; os relatos são vagos), as alucinações com diálogo em terceira pessoa, fenômenos de repetição e eco do pensamento, sonorização, ouvir vozes. 
As alucinações podem ser auditivas, auditivo-verbais (mais comuns), visuais, olfativas, gustativas, cenestésicas (sensopercepção do próprio corpo, corpórea, sensibilidade visceral), cinestésicas (não é tátil, movimento, ex: paredes se movendo ou eles se movendo no espaço). 
As perguntas que esclareçam essa análise poderão ser feitas à medida que a oportunidade apareça. 
Porém, não se pode deixar de investigar completamente esse item. 
 Algumas perguntas são sugeridas: “Acontece de você olhar para uma pessoa e achar que é outra?”; “Já teve a impressão de ver pessoas onde apenas existam sombras ou uma disposição especial de objetos?; “Você se engana quanto ao tamanho dos objetos ou pessoas?”; “Sente zumbidos nos ouvidos?”; “Ouve vozes?”; “O que dizem?”; “Dirigem-se diretamente a você ou se referem a você como ele ou ela?”; “Falam mal de você?”; “Xingam?”; “De quê?”; “Tem tido visões?”; “Como são?”; “Vê pequenos animais correndo na parede ou fios”; “Sente pequenos animais correndo pelo corpo?”; “Tem sentido cheiros estranhos?”. 
Ex: Relata sentir um vazio na cabeça, mas que “é bom, pois não ligo pros problemas da vida” e “ouvir uma voz que lhe diz ser um deus...”. 
Caso o paciente não apresente nenhuma situação digna de nota neste item, pode-se registrar: “Não apresenta experiências ilusórias ou alucinatórias”. 
PENSAMENTO
Atividade mental que envolve a manipulação de símbolos, sinais, conceitos oi idéias simbolicamente representados. Por meio do pensamento ou do raciocínio, o ser humano é capaz de manifestar suas possibilidades de adaptar-se ao meio. É por ele que se elaboram conceitos, articulam-se juízos, constrói-se, compara-se, solucionam-se problemas, elaboram-se conhecimentos adquiridos, idéias, transforma-se e cria-se. 
 Este item da anamnese é destinado à investigação do curso, forma e conteúdo do pensamento. 
Aqui se faz uma análise do discurso do paciente. 
a. Curso: Trata-se da velocidade com que opensamento é expresso e pode ir do acelerado ao retardado, passando por variações. 
· Fuga de idéias: paciente muda de assunto a todo instante, sem concluí-los ou dar continuidade, numa aceleração patológica do fluxo do pensamento; é a forma extrema do taquipsiquismo (comum na mania), fuga temática. 
· Interceptação ou bloqueio: há uma interrupção brusca do que vinha falando e o paciente pode retomar o assunto como se não o tivesse interrompido (comum na esquizofrenia). 
· Prolixidade ou circunstancialidade: é um discurso detalhista, cheio de rodeios e repetições, com uma certa circunstancialidade; há introdução de temas e comentários não-pertinentes ao que se está falando. Detalhes desnecessários, discurso viscoso. 
· Descarrilamento: há uma mudança súbita do que se está falando. 
· Perseveração: há uma repetição das mesmas idéias, dos mesmos conteúdos de pensamento (comum nas demências). Ex: paciente epilético. 
b. Forma (estrutura – ordenação – começo, meio e fim): Como a pessoa pensa, a maneira como processa idéias e associações. Na verdade, é um conceito difícil de se explicar. Não há coerência entre as idéias. Porém, pode-se dizer que a forma é a maneira como o conteúdo do pensamento é expresso. O pensamento abriga um encadeamento coerente de idéias ligadas a uma carga afetiva, que é transmitida pela comunicação. Há um caráter conceitual. 
Concretismo: alteração da forma do pensamento. Incapacidade de distinguir entre o simbólico e o concreto. Paciente não abstrai.
As desordens da forma podem ocorrer por: perdas (orgânicas) ou deficiência (oligofrenia) qualitativas ou quantitativas de conceitos ou por perda da intencionalidade (fusão ou condensação, desagregação ou escape do pensamento, pensamento imposto ou fabricado), onde pode se compreender as palavras que são ditas, mas o conjunto é incompreensível, cessando-se os nexos lógicos, comum na esquizofrenia.
É importante lembrar que a velocidade do pensamento (curso) pode ser normal, porém a forma pode estar alterada por conter idéias frouxas com o fluxo quebrado. 
Ex: “Paciente apresenta um discurso com curso regular, porém não mantém uma coerência entre as idéias, que se apresentam frouxas e desconexas”. 
Associações frouxas: esquizo – pensamentos vagos, difusos, sem foco, ilógico. 
Ex: Paciente delirante: um diz que é REI (grandeza) e o outro diz que é DEUS (deificação) sintomas com a mesma FORMA (idéia delirante), porém os CONTEÚDOS são diferentes. 
c. Conteúdo: Se refere ao que a pessoa está pensando (idéias, crenças, preocupações). As perturbações no conteúdo do pensamento estão associadas a determinadas alterações, como as obsessões, hipocondrias, fobias e especialmente os delírios. 
Para se classificar uma idéia de delirante tem-se que levar em conta alguns aspectos: a incorrigibilidade (não há como modificar a idéia delirante por meio de correções). A ininfluenciabilidade (a vivência é muito intensa no sujeito, chegando a ser mais fácil o delirante influenciar a pessoa dita normal). A incompreensibilidade (não pode ser explicada logicamente). O delírio é uma convicção íntima e inemovível, contra a qual não há argumento. 
Os delírios podem ser primários (núcleo da patologia) ou secundários (são conseqüentes a uma situação social, a uma manifestação afetiva ou a uma disfunção cerebral). 
Observar: Coerência e grau de concordância com a realidade. 
Uma distinção faz-se importante: 
delirium: rebaixamento da consciência, estado de consciência momentaneamente alterado, quando existe um distúrbio da consciência, produzindo uma alteração de juízo (delirium tremens; delirium febril, convulsão, trauma) transtorno mental orgânico.
delírio: alteração do pensamento, alteração do juízo da realidade, incapacidade de distinguir o falso do verdadeiro, e implica em lucidez de consciência.; delírio = sair dos trilhos (de: fora; liros: sulcos). 
- b.1 idéia delirante ou delírio: empobrecimento mental, delírio primário, também chamada de delírio verdadeiro; é primário e ocorre com lucidez de consciência; não é conseqüência de qualquer outro fenômeno. É um conjunto de juízos falsos, que não se sabe como eclodiu. - b.2 idéia deliróide: delírio secundário, é secundária a uma perturbação do humor ou a uma situação afetiva traumática (perda de um membro), existencial grave ou uso de droga. Pode fazer parte de uma reação psicótica aguda. Há uma compreensão dos mecanismos que a originaram. 
As idéias delirantes podem ser agrupadas em temas típicos de: 
- expansão do eu: (grandeza, ciúme, reivindicação, genealógico, místico, de missão salvadora, deificação (Deus imagem e semelhança), erótico, de ciúmes, invenção ou reforma, idéias fantásticas, excessiva saúde, capacidade física, beleza...). 
- retração do eu: (prejuízo, auto-referência, perseguição, influência, possessão, humildade, experiências apocalípticas). 
- negação do eu: (hipocondríaco, negação e transformação corporal, auto-acusação, culpa, ruína, niilismo (falta de sentimento de esperança, negação de um sentido para a vida, atitude negativa, o nada – em latim), tendência ao suicídio).
O exame do conteúdo do pensamento poderá ser feito por meio da conversa, com a inclusão hábil por parte do entrevistador de algumas questões que conduzam à avaliação. Pode-se perguntar se o paciente tem pensamentos dos quais não consegue se livrar (explicar quais), se acha que quando está andando na rua as pessoas o observam ou fazem comentários a seu respeito (explicitar); se os vizinhos implicam; se existe alguém que lhe queira fazer mal, alguma organização secreta; se acha que envenenam sua comida; se possui alguma missão especial na Terra (qual), se é forte e poderoso, rico; se freqüenta macumba; se sofre de “encosto”; se espíritos lhe falam; se há alguma comunicação com Deus e como isso se processa. Aqui vale apontar para o fato cultural-religioso. Dependendo da religião que professa (espiritismo, umbanda, candomblé), algumas dessas situações podem ser observadas, sem, no entanto, a priori, fazerem parte de patologias. Ex: “A.F. muda de assunto a todo instante e subitamente. Reconhece que já ficou “bem ruim, mas nunca fiz sadomasoquismo, porque isso é coisa de judeu de olhos azuis. Mas, graças a Deus, nunca pisei numa maçonaria. Não influencio ninguém, mas sou influenciado. Sou o deus A., defensor dos fracos e oprimidos...”.
PRAGMATISMO
 Aqui, analisa-se se o paciente exerce atividades práticas como comer, cuidar de sua aparência, dormir, ter autopreservação, trabalhar, conseguir realizar o que se propõe e adequar-se à vida. 
Ex: “Exerce suas tarefas diárias e consegue realizar aquilo a que se propõe...”. 
JUÍZO DE MORBIDADE
Verifica-se o grau de consciência e compreensão que o paciente tem de estar enfermo, assim como a sua percepção de que precisa ou não de um tratamento. 
Observa-se que considerações os pacientes fazem a respeito do seu próprio estado; se há perda do juízo ou um embotamento. 
Ex: “Compreende a necessidade de tratamento e considera que a terapia pode ajudá-lo a encontrar melhores soluções para seus conflitos...”. 
AULA5- TRANSTORNOS DISMÓRFICOS OU TRANSTORNOS ALIMENTARES.
São transtornos mentais canalizados para o padrão de alimentação. 10% chegam a óbito. Pode estar ligado a fatores externos e sociais ou internos (fatores genéticos, traumas de infância)porém sem comprovação cientifica. 
Ocasionam normalmente um distúrbio da percepção da própria imagem, negação de problemas e distúrbios da personalidade. 
BULIMIA: ingestão de grandes quantidades de alimentos de uma só vez, seguidas provocações e vômitos, usa de laxantes, enemas, jejuns e pratica exagerada de exercícios. 
- ingestão descontrolada, compulsiva e rápida, termina em desconforto abdominal, sentimento de culpa, náusea e depressão. 
- podem aparecer comportamentos destrutivos, tentativas de suicídio, cleptomania e promiscuidade sexual. 
-principais complicações: ICC, lesões estomacais, irregularidade menstrual, HAS, DM, caries, fraqueza muscular e transtornos psiquiátricos comodéficits do auto-cuidado, isolamento social, dificuldades cognitivas.
ANOREXIA: falta de apetite ocasionado pela distorção da percepção corporal: a pessoa se vê gorda, está ligado a fatores perfeccionistas de comportamentos.
- alterações físicas: desnutrição grave, lesão de órgãos vitais, anemias, desidratação, constipação intestinal, redução da massa muscular. 
- alterações psíquicas: TOC, baixa estima, depressão. 
OBSIDADE: Considera-se obesidade o acumulo excessivo de tecido adiposo no organismo, ou seja, é o excesso de gordura, IMC acima de 30.
VIGOREXIA: a vigorexia é um transtorno de ansiedade que faz com que a pessoa enxergue seu corpo muito menor do que na verdade ele é ou está. Ela também é conhecida como complexo de Adônis, ou pelo termo científico Transtorno Dismórfico Muscular (TDM).
-na vigorexia, o sujeito se vê muito mais fraco do que realmente está e tende a buscar alimentos, exercícios e suplementos para aumentar cada vez mais a sua massa muscular.
-ambos os transtornos são caracterizados pelos exageros e a insatisfação em relação ao próprio físico
TRANSTORNO DE PICA:  Ingestão continuada de substâncias não alimentares, não nutritivas.
Acufagia – ingerir objetos pontiagudos
Auto-canibalismo – comer partes do corpo (raridade)
Coprofagia – comer excremento
Emetofagia – comer vômito
Geofagia – ingerir terra ou solo
Hematofagia – comer sangue
Hialofagia – ingerir vidro
Lithofagia – comer pedras
Mucofagia – ingerir muco
Pagofagia – comer gelo
Trichofagia – comer cabelo ou lã
Urofagia – ingerir urina
Xilofagia – comer madeira
AULA 6 – NEUROSE – GREGO/ NEURON(NERVO) OSIS (CONDIÇÃO DOENTE OU ANORMAL).
-Neurose está ligado ao que é real porém de forma obsessiva, psicose está ligado ao irreal, alucinógeno, algo que interfira no pensamento, ouvir e ver. 
- É um distúrbio neurótico esse refere a qualquer desordem mental que, embora cause tensão, não interfere com o pensamento racional ou com a capacidade funcional da pessoa. 
TRANSTORNO DE ANSIEDADE: é uma emoção e em alguns momentos da vida se torna mais presente. É uma apreensão difusa e vaga associada a sentimentos de incerteza e desesperança. Um grau mais intenso de ansiedade é um sinal que está havendo um desequilíbrio, uma desadaptação e perturbação psicológicas. 
-SÍNDROME DO PÂNICO: ataque de ansiedade aguda e/ou grave, recorrentes, os quais não estão restritos a qualquer situação ou circunstância. O ataque dura menos de 1h, atingindo o máximo de intensidade em 10min. 
-sinais e sintomas:intenso medo ou, palpitações, sudorese, sensações de falta de ar ou sufocamento, dor ou desconforto torácico, medo de morrer, calafrios ou ondas de calor.
- tratamento: medicamentoso> benzodiazepínicos, antidepressores tricíclicos. 
-psicoterapia: individual ou grupo.
-TRANST. D ANSIEDADE GENERALIZADA: é caracterizado por preocupações irrealistas ou excessivas, com diversos sintomas somáticos. Ansiedade generalizada e persistente ( pelo menos 6 meses). Setimento de nervosismo acompanhado de tremores, tensão muscular, sudorese excessiva, sensação de cabeça leve, palpitações, tonturas e desconforto disgestivo, inquietação, insônia, irritabilidade. 
tratamento: benzodiazepínicos e terapia de grupo ou individual. 
-EXTRESSE PÓS TRAUMA: a resposta é mais tardia ou protraída a um evento ou situação estressante. Poderá ser de longa duração. Embotamento emocional, afastamento social, sonhos freqüentes com a situação causadora, diminuição do interesse para com o ambiente e evitação de de situações recordativas do trauma. 
- características: pode ser agudo ou tornar-se crônico; podem ocorrer sintomas de sobressaltos exagerados, distúrbios do sono, culpa, pesadelo, raiva; para aliviar os sintomas há a fuga para o álcool e drogas. 
MEDICAMENTOS:
- Benzodiazepínicos: VO 20 a 40 min, efeito sedativo. IM 30min a 2h (ñ fazer em emergência c/ exceção de lorazepan). EV caso de agitação grave pois sua ação inibidora o SNC pode ocasionar parada respiratória.

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