Buscar

Annelidae - Completo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

17/12/2013
1
Annelidae
Prof. Wendel Pontes
• Corpo dividido em três partes: prostômio, tronco e pigídio.
• No prostômio encontram-se o cérebro e órgãos sensoriais
• O primeiro segmento do tronco é chamado peristômio, e circunda
ventralmente a boca boca.
• No pigídio encontra-se o ânus.
Pigídio
Prostômio
17/12/2013
2
• Corpo dividido em pequenas unidades semelhantes entre si,
sequenaciadas, chamadas de metâmeros, segmentos ou somitos.
• O pigídio e o prostômio não são considerados metâmeros, pois sua
origem não vem da zona de crescimento segmental da larva trocófora.
Pigídio
Prostômio
Segmentos
• A parede do corpo é composta por:
• 1) cutícula colágena fibrosa
• 2) epiderme glandular estratificada
• 3) tecido conjuntivo dérmico
• 4) musculatura circular e músculos longitudinais.
17/12/2013
3
• Os músculos longitudinais são divididos em quatro bandas.
• Além dos músculos longitudinais e circulares, existem os músculos
diagonais ou oblíquos, que quando estão associados a parapódios, são
chamados de músculos parapodais
• A cavidade do corpo (celoma) é revestido internamente pelo peritônio,
que também revesta a superfície dos órgãos internos.
• Sistema Nervoso – composto de um cérebro anterior dorsal e um par
ventral de cordões nervosos. Consiste de:
• A) um par de gânglios hipofaríngeos dorsais (gânglio cerebral)
• B) um par de conectivos circunfaríngeos que ligam o cérebro com um par
de gânglios subfaríngeos, a partir do qual partem os cordões nervosos
ventrais
• Em cada segmento, os cordões nervosos apresentam um par de gânglios
unidos por um nervo (comissura)
17/12/2013
4
• Sistema hemal – Cada segmento
do anelídeo possui um par de
cavidades celômicas isoladas das
demais por septos. No segmento,
as cavidades são separadas pelo
mesentério, um ligando o intestino
à superfície superior do corpo, e
outro ligando o intestino à
superfície inferior do corpo.
• Um septo é constituído de duas
camadas de mesotélio, e entre
estas uma camada de tecido
conjuntivo.
• O fluido celômico circula no
celoma pela atividade dos cílios do
peritônio e por contrações da
musculatura da parede do corpo
• Circulação sanguínea – se dá através de um vaso sanguíneo dorsal e um
vaso sanguíneo ventral, e o sangue é impulsionado para o sentido
anterior no vaso sanguíneo dorsal e impulsionado no sentido posterior
pelo vaso sanguíneo ventral.
• Em cada segmento, parte do sangue do vaso ventral passa para o dorsal
através de capilares na parede do corpo. Parte do sangue do vaso dorsal
passa para o vaso ventral através de capilares ao redor do trato digestivo
• O pigmento respiratório é a hemoglobina, e as trocas gasosas ocorrem na
superfície do corpo, apêndices e brânquias, de acordo com cada espécie
17/12/2013
5
• Sistema excretor – é feita por protonefrídios ou metanefrídios. O nefrídio
abre-se no interior da segmentação (célula terminal ou nefróstomo), o
tubo nefridial atravessa o septo e passa para o segmento posterior,
quando se abre para o exterior do corpo.
• Metanefrídios ocorrem em anelídeos com sistema hemal, e
protonefrídios em anelídeos que não apresentam sistema hemal.
• Sistema digestivo – é um tubo que se estende desde a boca até o ânus,
atravessando os septos e ligado à parede interna do corpo pelo
mesentério superior e inferior.
• O intestino anterior é especializado em uma faringe muscular e um
esôfago ciliado (que pode ser protrátil), que liga a faringe ao trato
digestivo
17/12/2013
6
• Sistema reprodutivo e desenvolvimento – nos anelídeos ocorrem todas a
formas de reprodução assexuada.
• São gonocóricos e eliminam seus gametas através dos nefrídios.
• As gônadas são células germinativas que ficam retidas na cavidade
celômica, até sua liberação pelos nefrídios. A fecundação ocorre no meio
externo (aquático marinho) e os zigotos transformam-se em larvas
trocóforas. Na metamorfose, a porção anterior ao telotróquio começa a
formar os segmetos do corpo.
TelotróquioPrototróquio
Larva trocófora
• Diversidade de Annelida
CLASSE SUBCLASSE ORDEM
ANNELIDA
POLYCHAETA
Capitellida
Chaetopterida
Cirratulida
Eunicida
Myzostomida
Opheliida
Spionida
Orbiniida
Oweniida
Phyllodocida
Sabellida
terebellida
CLITELLATA
OLIGOCHAETA
Lumbriculida
Moniligastrida
Haplotaxida
HIRUDINOMORPHA
Acanthobdellida
Branchiobdellida
Hirudinida
17/12/2013
7
Classe Polychaeta
• Polychaeta – anelídeos marinhos altamente diversificados
• Distribuição - cosmopolita
• Número de espécies – aproximadamente 8.000
• Hábitos – escavadores, rastejadores (sobre substratos ou organismos)
perfuradores, natantes e pelágicos. Podem secretar tubos.
• Tamanho – em geral pequenos (entre menos de 10cm de comprimento).
Algumas espécies são intersticiais com menos de 1mm e outras com mais
de dois metros de comprimento (Eunice aphroditois)
17/12/2013
8
• Poliquetos são anelídeos com pernas
• Parapódios – são projeções laterais carnosas de estrutura e tamanhos
variados, utilizados para locomoção. Cada segmento do corpo possui um
parapódio.
• Parapódios se constituem de duas partes: uma superior (notopódio) e
uma inferior (neuropódio). Cada parte é sustentada por um bastão
quitinoso chamado acícula. Presos às acículas estão músculos parapodais,
que movimentam o parapódio.
17/12/2013
9
• Os parapódios possuem bolsas que secretam feixes de cerdas, chamadas
de sacos septígeros.
• As cerdas possuem variadas formas, de acordo com diferentes funções:
forma serrilhada, de agulho, de gancho, de pás, ou ganchos microscópicos
como um velcro.
17/12/2013
10
• Os segmentos de poliquetas são similares, mas em espécies escavadoras
ou tubícolas, o tronco se especializou em regiões distintas, comumente
chamadas de tórax e abdomen, devido a variações na forma dos
parapódios ou presença de brânquias
• A cabeça do poliqueta pode ser formada por prostômio, prostômio e
peristômio, ou por prostômio, peristômio e outro segmento.
• Os poliquetas são os únicos anelídeos a possuírem apêndices cefálicos:
• Antenas anteriores (ântero-dorsais)
• Palpos ântero-ventrais
• Cirros tentaculares
• Palpos tentaculares
17/12/2013
11
• A parede do corpo de poliquetos é semelhante a dos anelídeos em geral
• Poliquetos são únicos que secretam um tubo para proteção.
• Os tubos podem ser enterrados no substrato, ser aberto em uma ou
ambas extremidades, ou aderido à superfície.
• O material dos tubos é uma proteína fibrosa com diferentes texturas.
Materiais como areia, conchas, pedras, plantas podem ser incorporadas
aos tubos como fonte de alimento ou camuflagem.
17/12/2013
12
17/12/2013
13
• Locomoção – poliquetos possuem uma grande variedade de adaptações
adequadas para seu estilo de vida e hábitos.
• A escavação por movimentos peristálticos é comum em poliquetos de
corpo alongado, com parapódios e apêndices cefálicos reduzidos.
• Escavação por eversão da faringe – ocorre em espécies que evertem a
faringe, que é ancorada na porção anterior do substrato, e depois retraída,
puxando o corpo do poliqueto para frente.
17/12/2013
14
• Ondulações – espécies como Armandia e Ophelia (Opheliidae) realizam
movimentos laterais ondulados rápidos, que os fazem praticamente nadar
na areia pouco unida.
• Cílios – utilizados por poliquetos menores e intersticiais para se
locomover.
• Parapódios – são usados para locomoção no substrato e natação, quando
provindos de cerdas bem desenvolvidas. O movimento combinado dos
parapódios, da musculatura da parede do corpo e do esqueleto
hidrostático gera o movimento.
• Rastejar lento – os parapódios movimentam-se como pernas, alternado
movimentos de força e de recuperação, empurrando o substrato no movimento de
força e elevando-se no movimento de recuperação.
17/12/201315
• Rastejar rápido – envolve os movimentos parapodais lentos e movimentos laterais
do corpo, produzido por contrações musculares.
• Os músculos longitudinais de um dos lados do corpo se contrai, enquanto que
relaxam no lado oposto, exercendo mais força no lado onde o parapódio está sobre
o substrato, empurrando o animal pra frente.
• Sistema Nervoso – semelhante ao dos anelídeos em geral. Se a cabeça
possuir órgãos sensoriais, o cérebro pode ser grande.
• Gânglios pedais (podais) – comumente associados a cordas nervosas nas
bases dos parapódios. São exclusivos dos poliquetas e responsáveis pelos
seus complexos movimentos.
• Cordão nervoso ventral – pode ser pareado ou fundido na linha mediana
do corpo
17/12/2013
16
• Órgãos sensoriais – ocelos, estatocistos, antenas, palpos, cirros e órgãos
nucais
• Órgão nucal – depressões ou fendas ciliadas situadas póstero-
lateralmente no prostômio. São quimiorreceptores, especialmente
importantes para encontrar alimentos. Mais desenvolvidos em espécies
predadoras.
• Olhos – bem desenvolvidos em poliquetas não fixos (errantes), onde se
encontram no prostômio, e dois ou mais pares.
• Ocelos ocorrem em poliquetos sedentários, capazes de detectar claridade
e obscuridade, fazendo com que se recolham imediatamente para seus
tubos mediante a detecção de alguma sombra.
• Os ocelos detectam, na sua maioria, intensidade de luzes. Mas os ocelos
de poliquetos pelágicos seriam capazes de ver imagens.
17/12/2013
17
• Estatocisto – estruturas em forma de câmara oca cheia de fluido, onde
contém um grão sólido denominado estatólito. É responsável pela noção
do animal em detectar o lado “para cima” e “para baixo”. É predominante
em espécies sedentárias e tubícolas.
• Demais órgãos sensoriais – apêndices do prostômio (antenas, palpos),
peristômio (cirros), parapódios (cirros) e pigídio.
17/12/2013
18
• Sistema digestivo – típico dos anelídeos em geral. Um tubo reto e
completo, com boca e ânus. Nos poliquetas, diferencia-se em :
• Faringe – pode ser protrátil, um bulbo muscular ou órgão eversível. Se for
bulbo, encontra-se na parede mediana ventral do intestino anterior.
• A faringe dos poliquetas pode portar dentes, formando mandíbulas, e
possuir cecos glandulares, para auxiliar na digestão.
• Defecação – fezes simplesmente liberadas em espécies rastejantes e
cavadoras
• Tubícolas – as fezes são liberadas na corrente exalante (quando as duas
extremidades dos tubos são abertas)
• Alguns poliquetos vivem de cabeça pra baixo, e liberam suas fezes na
superfície.
17/12/2013
19
• Nutrição – variam muito de acordo com o estilo de vida de cada espécie
• Comedores de depósitos diretos – ingerem sedimentos com a boca e
faringe bulbosa
• Comedores de depósitos indiretos – ingerem alimento de forma mais
discriminatória, coletando o material orgânico no sedimento utilizando
apêndices especializados (tentáculos ou palpos peristomiais)
• Carnívoros, detritívoros e herbívoros – poliquetas móveis rastejantes.
Espécies carnívoras possuem faringe muscular com mandíbula. Outros
podem possuir um lábio inferior raspador
• Suspensívoros – animais sedentários que filtram partículas orgânicas na
água, através de apêndices ciliados com grande superfície.
• Parasitas – alguns poliquetos parasitam outros animais e até mesmo
outros poliquetos.
17/12/2013
20
• Trocas gasosas – ocorrem através das paredes do corpo, mas pode ocorrer
através de brânquias.
• Brânquias – projeções da parede do corpo, altamente irrigadas, por onde
ocorre as trocas gasosas em certos poliquetos. Geralmente estão
associadas com parapódios (ou modificações deste).
• Geralmente o cirro dorsal do parapódio se especializa e torna-se uma
brânquia.
• Em poliquetos conhecidos como vermes de escamas, a troca gasosa
ocorre sobre a superfície do dorso, recoberto por escamas denominadas
élitros. Cílios na superfície dorsal do poliqueto criam uma corrente por
baixo dos élitros e promovem as trocas gasosas.
17/12/2013
21
• Espécies sedentárias desenvolveram brânquias ramificadas com forma
arborescente, na parte anterior do corpo. Tais brânquias também podem
funcionar como filtradores de alimentos.
• Ventilação das brânquias – resultam de contrações musculares ou de
batimentos ciliares.
• Espécies tubícolas ventilam suas brânquias com movimentos peristálticos
dentro do tubo, fazendo com que a água circule pela galeria.
• Transporte interno – ocorre por movimento do fluido no sistema hemal e
no celoma.
• O sistema básico de transporte interno dos anelídeos em geral ocorre nos
Polychaeta, acrescido pela circulação parapodal e branquial.
• A cada segmento, o vaso ventral se ramifica, formando um par de vasos
parapodais e vários pares de vasos intestinais.
• As brânquias possuem vasos eferentes e aferentes, fazendo o fluxo
sanguíneo em ambas as direções.
17/12/2013
22
• Sangue – quase sempre incolor e com poucas células.
• Pigmentos respiratórios – hemoglobina, clorocruonina, hemoeritrina.
• Fluido celômico – circula por atividade dos cílios que revestem a parede
do celoma e por contrações musculares.
• Excreção – ocorre através de proto ou metanefrídios. Quando são pequenos e não
apresentam sistema hemal, são portadores de protonefrídios. Quando possuem
sistema hemal (maioria) possuem os metanefrídios.
• A extremidade pré-septal (nefróstomo) possui forma de funil e é ciliada. Um longo
e enrolado tubo pós-septal desenvolveu-se para aumentar a área de secreção e
reabsorção de nutrientes. O nefridióporo abre-se no lado ventral.
17/12/2013
23
• Reprodução – maioria das espécies são gonocóricas. Gônadas presentes na
maioria dos segmentos.
• Reprodução sexuada - Células germinativas são liberadas no celoma, onde se
desenvolvem e crescem. No poliqueto maduro, observa-se que o celoma está
preenchido com óvulos e esperamtozóides completamente formados, visíveis
através da parede transparente do corpo.
• Os gametas são liberados por metanefrídios ou pela parede do corpo
• Epitoquia – formação de um indivíduo reprodutor pelágico, o epítoco, a partir de
um indivíduo não reprodutor bentônico, o átoco.
• O surgimento deste novo indivíduo pode ocorrer por diferenciação e separação
simples (brotamento) ou por metamorfose.
17/12/2013
24
• Enxameamento – quando as formas epítocas nadam para a superfície e liberam
óvulos e espermatozóides, de forma sincronizada. Em algumas espécies, há sinais
luminosos.
• Oviposição – poliquetas de fecundação externa, que liberam seus gametas no
mar, não tem oviposição. Após a fertilização, formam-se larvas planctônicas.
• Algumas espécies podem reter os ovos no seu corpo ou ovipositá-los em massas
gelatinosas.
• Alguns poliquetos incubam os ovos.
• Desenvolvimento e metamorfose – clivagem geralmente em espiral e
holoblásticos. A gastrulação ocorre por invaginação, epibolia ou ambos.
• O embrião se desenvolve e torna-se uma larva trocófora
• Após a metamorfose, a larva trocófora torna-se um poliqueta juvenil,
caracterizada pelo alongamento do corpo.
• Essa metamorfose pode encerrar a vida planctônica do poliqueto ou não.
• Em algumas espécies, a larva trocófora ocorre antes da eclosão do ovo.
• Padrões de desenvolvimento
• Espécies anuais – vivem um ou dois anos e se reproduzem uma única vez,
gerando muitos ovos relativamente pequenos
• Espécies perenes – vivem por mais de um ano e se reproduzem muitas vezes,
gerando poucos ovos com grande vitelo
• Espécies multianuais – vivem pouco e produzem muitas gerações ao ano, gerando
pequenos grupos de ovos com grande vitelo.
17/12/2013
25
• DIVERSIDADE DE POLYCHAETA
Ordem Capitellidae
Ordem Chaetopteridae
Ordem Cirratulidae
Ordem Eunicidae
Ordem Opheliidae
Ordem Spionidae
Ordem Orbiniida
Ordem Oweniida
Ordem Phyllodocida
Ordem Sabellida
OrdemTerebellida
Classe
Polychaeta
17/12/2013
26
Capitellida Chaetopterida
Cirratulidae
Eunicidae
Opheliida
Classe Clitellata
17/12/2013
27
• Classe Clitellata – inclui minhocas e sanguessugas.
• Clitelo – característico dos Clitellata, é uma série de segmentos anteriores numa
epiderme glandular que forma uma espécie de cintura ao redor do corpo. Engloba
os gonóporos femininos ou está intimamente associado a estes.
• O clitelo secreta: muco para cópula, albumina para os ovos e um casulo para
deposição dos ovos.
• Os clitelados são hermafroditas, e sua reprodução depende de cópula.
• O zigoto se desenvolve no casulo e eclode como formas jovens (desenvolvimento
direto)
• O cérebro dos clitelados foi deslocado do prostômio para o primeiro segmento
do tronco.
• Formam os Clitellata:
• A) SubClasse Oligochaeta
• B) SubClasse Hirudinomorpha
• Oligochaeta –
• Diversidade – mais de 3.500 espécies
• Habitat – terrestres e aquáticas (marinhas e de água doce). Os oligoquetos de
água doce cavam no lodo e areia de fundo, entre a vegetação submersa.
• Estrutura e função – corpo semelhante ao do anelídeo generalizado. Quatro
feixes de cerda por segmento. Alguns oligoquetos possuem o prostômio afilado e
em forma de tentáculo (gênero Stylaria).
• Cerdas – nos oligoquetas são simples e terminam numa ponta bífida ou em forma
de agulha.
• Sacos septígeros – secretam as cerdas.
• Parede do corpo – uma fina cutícula cobre a epiderme, que contém células
glandulares mucosas.
• Celomóporos – aberturas nos sulcos intersegmentares do corpo responsável pela
comunicação entre a cavidade celômica com o meio externo. Os póros permitem
que o fluido celomático possa ajudar na manutenção da umidade do corpo, e ser
usado como defesa.
17/12/2013
28
• Locomoção – rastejam e cavam por contrações peristálticas (semelhante ao
deslocamento do anelídeo geral).
• Sistema nervoso – os cordões nervosos se fundem na linha mediana ventral e
ficam dentro da camada de músculos da parede do corpo.
• Nos oligoquetos, o cérebro migrou para o terceiro segmento, acima da
extremidade anterior da faringe.
17/12/2013
29
• Axônios gigantes – encontrados no interior do cordão nervoso ventral das
minhocas.
• Gânglio subfaríngeo – centro de controle motor e dos reflexos. O controle motor
funciona mesmo com a retirada do cérebro, mas perde sua habilidade de
relacionar o movimento com as condições do ambiente externo.
Gânglio subfaríngeo
• Órgãos dos sentidos – a grande maioria dos oligoquetos não possui olhos, exceto
por alguns representantes aquáticos, portadores de ocelos.
• Tegumento – possuidor de fotorreceptores concentrados na região dorsal anterior
do corpo.
17/12/2013
30
• Sistema digestivo – os oligoquetas alimentam-se de material orgânico em
decomposição. Seu sistema digestivo é bastante simples
• A boca (abaixo do prostômio) dá acesso à cavidade bucal e a uma faringe.
• Bulbo faríngeo mediano-dorsal – principal estrutura de ingestão. Age como uma
bomba de sucção, podendo ter superfície aderente em espécies aquáticas. É
repleta de glândulas salivares que produzem muco e enzimas.
• A parte anterior do trato digestivo é formado por boca, faringe e esôfago.
• Intestino – é ciliado e forma o
restante do trato digestivo. A
metade anterior do intestino é a
parte responsável pela digestão e
secreção de enzimas, enquanto a
metade posterior é a região de
absorção.
• O epitélio intestinal dos
oligoquetos secretam celulase
(quebrar a parede celular das
plantas) e quitinase (quebrar a
parede celular de fungos).
• O material nutritivo absorvido é
conduzido aos seios sanguíneos
entre o epitélio do trato digestivo
e os músculos intestinais.
17/12/2013
31
Tiflossole – uma prega ou dobra da parede do intestino, aumentando sua
superfície de absorção.
• Sistema hemal – similar ao dos anelídeos em geral, nos oligoquetas possuem
capilares tegumentares e corações auxiliares do vaso dorsal contrátil.
• Esses corações são expansões dos vasos sanguíneos que ligam os vasos
longitudinais aos vasos dorsais. O número desses corações variam de espécie para
espécie.
Coração auxiliar
17/12/2013
32
• Trocas gasosas – ocorre por difusão na parede do corpo. Secreções epidérmicas e
fluidos umedecem a superfície do corpo, facilitando as trocas.
• Oligoquetas grandes possuem hemoglobina no sangue, e chega a transportar até
20% de oxigênio, em condições normais (galeria). Quando o nível de oxigênio cai
devido a chuva encharcar o solo, muitos anelídeos podem buscar oxigênio na
superfície.
• Brânquias – ocorrem em poucos oligoquetas. São digitiformes e se concentram na
região posterior do corpo
• Excreção – ocorre através de metanefrídios. Um par de metanefrídios estão
presentes por segmento (menos no primeiro e último). Como nos poliquetas, o
nefróstomo abre-se no segmento anterior e túbulo, muito enrolado, se encontra
no segmento seguinte.
• O túbulo pode se dilatar e se transformar numa bexiga, antes de se abrir no
nefridióporo, que se encontra na superfície ventrolateral de cada segmento
Bexiga
Túbulo
Nefróstomo
Nefridióporo
17/12/2013
33
17/12/2013
34
• Uréia – principal produto de excreção dos oligoquetas.
• Os nefrídios também são importantes para regular o balanço de sais e água, com
considerável reabsorção de sais quando os fluido celômico atravessam os túbulos.
• Os oligoquetas podem apresentar dois tipos de nefrídios:
• A) Holonefrídios – os metanefrídios simples.
• B) Enteronefrídios – nefrídios ramificados, que ao invés de possuírem o
nefridióporo aberto no exterior, estão associados ao trato digestivo. Animais com
enteronefrídios reabsorvem e retém mais água, uma adaptação que os permite
tolerar solos mais secos.
• Reprodução – Os oligoquetas
possuem reprodução assexuada
(clonal) e sexuada. A reprodução
clonal é a fissão do oligoqueta
parental em dois novos
indivíduos.
• Na reprodução assexuada, os
oligoquetas podem gerar
descendentes por duas maneiras:
• A) Quando a fissão precede a
diferenciação – o oligoqueta tem
seu corpo fragmentado e a partir
dos fragmentos vão surgir novos
indivíduos
• B) Quando a fissão acontece
depois da diferenciação
(paratomia) – o oligoqueta
começa a diferenciação que
culmina com a separação dos dois
indivíduos. Cada nova forma
juvenil é chamada de zoóide.
17/12/2013
35
• Reprodução sexuada – os oligoquetas são hermafroditas e possuem gônadas
desenvolvidas. Os segmentos genitais se encontram na metade anterior do corpo,
onde os órgãos masculinos ficam alguns segmentos à frente do segmento
feminino.
• Ovários e testículos são encontrados aos pares, por segmento. Estão presos na
parede posterior de cada septo, para onde se projetam.
• Espermatozóides – são armazenados na vesícula seminal e conduzidos para fora
do corpo pelo duto espermático.
• Óvulos – são armazenados nos ovissacos e conduzidos para fora pelo oviduto.
• Receptáculos seminais (espermateca) – parte do sistema reprodutivo feminino,
são bolsas receptoras do esperma do parceiro, com abertura entre os segmentos.
• Quando o testículo, o duto espermático e a abertura para a vesícula seminal
encontram-se localizadas num compartimento separado do celoma, esse
compartimento é chamado de saco testicular.
17/12/2013
36
• Cópula – ocorre por contato ventral entre as extremidades anteriores, de forma
que o gonóporo masculino se sobreponha à abertura do receptáculo seminal do
outro. Uma camada de muco e as cerdas mantém os oligoquetos na posição
correta de cópula.
• Alguns oligoquetos não sobrepõe o gonóporo e o receptáculo seminal. Para
favorecer a transferência, o clitelo secreta um muco para auxiliar a locomoção dos
espermatozóides, e contrações peristálticas dos segmentos auxiliam essa
condução.
• Algumas espéciespossuem um pênis que auxilia a transferência de esperma para o
receptáculo seminal .
• Casulo – secretado pelo clitelo para a deposição dos ovos. Um tubo mucoso é
secretado e depois albumina é depositada, para nutrir os ovos. Quando formado, o
casulo é deslocado para frente. Ao passar nos gonóporos femininos, os ovos são
depositados no casulo. Ao passar nos receptáculos seminais, os ovos são
fecundados.
• Ao sair do corpo, as extremidades do casulo se contraem e fecham.
17/12/2013
37
• Desenvolvimento – o desenvolvimento é direto. O período de incubação é de
aproximadamente 8 dias, mas pode se estender até muitos meses, dependendo
da espécie.
• A maturação sexual pode levar de seis meses a um ano, e sua longevidade é
motivo de discussões. Em condições controladas, algumas minhocas podem viver
até seis anos.
• DIVERSIDADE DE OLIGOCHAETA
• Ordem Lumbriculida – oligoquetas de água doce (Russia)
• Ordem Moniligastrida - oligoquetos gigantes da Ásia (+ 1m)
• Ordem Haplotaxida – maioria dos oligoquetos terrestres.
SubClasse Hirudinomorpha
17/12/2013
38
• SubClasse Hirudinomorpha (= Hirudinoidea) - sanguessugas
• Diversidade – aproximadamente 500 espécies
• Habitat – habitantes predominantemente de água doce, como rios e lagos.
Algumas podem ocorrer no mar ou ambiente terrestre muito úmido.
• Estrutura e função – Corpo achatado dorsoventralmente e afinado na
extremidade. O segmento anterior e posterior converteram-se em ventosas
anterior e posterior, para aderir no hospedeiro e/ou substrato e um ânus dorsal
acima da ventosa posterior. A ventosa anterior circunda a boca, e a ventosa
posterior é o último segmento.
• Cerdas – ausentes
• Cabeça – se constitui de prostômio e cinco segmentos.
• Ocelos- presentes na parte superior da cabeça
• Corpo - possui um número de segmentos que variam pouco (33 a 34), que
podem ser mascarados por anelações secundárias superficiais.
• Parede do corpo – consiste de cutícula e epiderme. O tecido conjuntivo fibroso
abaixo da epiderme é espesso. Neste tecido encontram-se os músculos circulares,
diagonais, longitudinais e dorsoventrais.
• Celoma – a contrário dos outros anelídeos, os hirudíneos não possuem septos ou
mesentários separando a cavidade celômica. O aumento da espessura do tecido
conjuntivo está relacionado com a redução do espaço celômico. O celoma é
contínuo ao longo do corpo
17/12/2013
39
• Sistema hemal – o celoma, por circular ao longo do corpo do hirudíneo, assume a
função de sistema circulatório, com algumas adaptações. Existem dois vasos
longitudinais principais (seio lateral), artérias e veias. Os vasos longitudinais
principais são laterais, e não dorsal e ventral. A contração dos músculos é
responsável pela circulação do fluido celômico.
• Locomoção – os hirudíneos
movem-se por mede-palmos e por
natação.
• Mede-palmos – a ventosa
posterior é fixada no substrato. O
hirudíneo distende o corpo para
frente através da contração dos
músculos circulares e fixa a
ventosa anterior no substrato. Em
seguida, solta a ventosa posterior e
por contração dos músculos
longitudinais arrasta o corpo para
frente.
• Natação – a musculatura
dorsoventral e longitudinal se
contraem alternadamente,
produzindo ondulações verticais.
17/12/2013
40
• Trocas gasosas – ocorre na superfície geral do corpo da maioria das
sanguessugas. Em espécies parasitas de peixes, podem ocorrer brânquias
(Piscicolidae). As brânquias são projeções laterais do corpo.
• O pigmento respiratório é hemoglobina, e é responsável por metade do
transporte de oxigênio.
• Sistema Excretor – composto de 10 a 17
pares de metanefrídios, um por
segmento. Com a redução do celoma, os
túbulos nefridiais estão inseridos no
tecido conjuntivo e o nefróstoma está
aberto nos canais celômicos.
• A cápsula contém uma população de
moléculas fagocitárias chamadas
celomócitos, que englobam material
estranho do fluido celômico circundante.
O nefróstomo tornou-se ciliado para criar
uma circulação que leve o fluido para
dentro da cápsula.
• A ultrafiltração do fluido celômico ocorre
através das células da parede do vaso
celômico para o tecido conjuntivo e
depois para o túbulo nefrídico.
17/12/2013
41
• Sistema digestivo – possuem uma faringe protraível ou não, com ou sem
mandíbulas. A faringe é tubular e musculosa, revestida por cutícula. Quando o
hirudíneo se alimenta ele protrai a faringe, forçando-a para dentro dos tecidos do
hospedeiro.
• Na cavidade bucal, existem três mandíbulas. A ventosa oral se fixa ao hospedeiro e
as bordas da mandíbula cortam a sua pele. Um anticoagulante é liberado pelas
glândulas salivares, a hirudina. A faringe se dilata, criando uma pressão negativa que
leva ao bombeamento do sangue para o interior.
• O esôfago se abre num estômago longo e
imediatamente depois um intestino que
pode ser um tubo simples ou possuir
ramificações. O intestino se abre num reto
para o exterior.
• Todos os sanguessugas são hematófagos
ou carnívoros. Quando carnívoros,
alimentam-se dos fluidos de seus
hospedeiros.
• Bactérias mutualistas são muito
importantes para os hirudíneos.
17/12/2013
42
• Sistema nervoso – os gânglios
anteriores e posteriores foram
modificados devido ao surgimento
das ventosas.
• Cérebro – é composto de gânglio
suprafaríngeo ou supra-esofágico e
gânglio subfaríngeo. Atrás do
gânglio subfaríngeo se estendem os
cordões nervosos. Todo os sistema
nervoso central se encontra dentro
do vaso celômico.
• Olhos – dois a 10 ocelos.
• Papilas sensoriais – discos que se
projetam do tegumento, em fileira
ou em anel ao redor das ventosas.
• Possuem sistema nervoso capazes
de detectar estímulos fracos. Podem
rastrear escamas de peixe, secreções
corporais, corpos quentes, emissão
de CO2
• Reprodução – unicamente sexual. São
hermafroditas. São Protândricos, pois os
testículos amadurecem antes dos
ovários.
• Possuem um par de ovários alongados e
de testículos que atravessam diversos
segmentos.
• Órgãos reprodutivos acessórios – são
dutos espermáticos e ovidutos.
• A fertilização é interna em todos os
hirudíneos.
17/12/2013
43
• A transferência espermatíca em hirudíneos é semelhante ao processo de
transferência entre oligoquetas. As superfícies ventrais de sanguessugas se unem, na
região do clitelo, de forma a sobrepor o gonóporo masculino de um indivíduo no
gonóporo feminino de outro.
• Alguns hirudíneos possuem pênis, e este é introduzido na vagina. Nas espécies que
não possuem, a transferência espermática se dá por impregnação hipodérmica.
• Impregnação hipodérmica – dois indivíduos se unem ligando-se pelas ventosas orais,
promovendo a justaposição dos clitelos. Um espermatóforo é expelido por um
animal e colocado sobre o tegumento do outro. Do espermatóforo saem os
espermatozóides, que vão migrar para os ovissacos.
• Quando os ovos vão ser liberados, o clitelo se destaca, num processo muito
semelhante ao que ocorre nos oligoquetos. Algumas espécies fixam o clitelo sobre
uma superfície. Os ovos eclodem entre duas e quatro semanas.
• Alguns hirudíneos podem prender o clitelo sobre um hospedeiro, sobre uma
superfície dura, como uma pedra, ou mole, como areia ou solo úmido. Algumas
espécies incubam os filhotes, que se prendem na superfície ventral da mãe pelas
ventosas.
• O ciclo pode ser bienal ou anual.

Outros materiais