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A4 - Legislação de Segurança Privada

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LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA 
PRIVADA 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. José Paulo D. Pereira 
 
 
2 
 
CONVERSA INICIAL 
 Nesta aula veremos o Estatuto do Desarmamento e suas consequências 
no segmento de Segurança Privada, a Portaria n° 485/2015 que trata da 
Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada, a Portaria n° 
001/2009 que trata da aquisição diretamente no fabricante de armamento e 
munição não-letais para as atividades de segurança privada, a Portaria n° 
191/2006 do MTE que trata do uso do colete à prova de balas, como 
Equipamento de Proteção Individual (EPI), e as circulares e despachos da 
DPF. 
 
TEMA 1: LEI N° 10.826/03 – ESTATUTO DO DESARMAMENTO 
 O Estatuto do Desarmamento é uma lei federal que entrou em vigor no 
dia seguinte à sanção do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 
 Trata-se da Lei n° 10826 de 22 de dezembro de 2003, regulamentada 
pelo Decreto n° 5123 de 01 de julho de 2004 e publicada no Diário Oficial da 
União em 2 de julho de 2004, que "dispõe sobre registro, posse e 
comercialização de armas de fogo e munição (...)". 
 O Estatuto entrou em vigor no dia seguinte à sanção do presidente da 
República, quando foi publicado no Diário Oficial da União (ou seja, começou a 
vigorar no dia 23 de dezembro de 2003). O Artigo 35 do Estatuto do 
Desarmamento foi rejeitado em um referendo no ano de 2005, o Artigo 35 
proibia a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território 
nacional. 
 A necessidade de regulamentação do estatuto ocorreu a fim de aplicar 
alguns de seus artigos, como por exemplo o teste psicotécnico para a 
aquisição e porte de armas de fogo, marcação de munição e indenização para 
quem entregar sua arma. 
 
 
 
 
 
3 
 
 A lei proíbe o porte de armas por civis, com exceção para os casos onde 
haja necessidade comprovada; nesses casos, haverá uma duração 
previamente determinada e sujeita o indivíduo à demonstração de sua 
necessidade em portá-la, com efetuação de registro e porte junto à Polícia 
Federal (Sinarm) para armas de uso permitido, ou ao Comando do Exército 
(Sigma) para armas de uso restrito, e ao pagamento das taxas, que foram 
aumentadas. 
 Somente poderão portar arma de fogo os responsáveis pela garantia da 
segurança pública, integrantes das Forças Armadas, policiais civis, militares, 
federais e rodoviários federais, agentes de inteligência, agentes e guardas 
prisionais, auditores fiscais e os agentes de segurança privada quando em 
serviço. Já os civis, mediante ou não a concessão do porte de arma de fogo, só 
podem comprar agora os maiores de 25 anos, e não maiores de 21 anos, 
devido a estatísticas que sugerem grande número de perpetradores e vítimas 
de mortes ocorridas com jovens entre 17 e 24 anos. 
 A aquisição de armas por particulares (civis) manteve-se permitida no 
Brasil, desde que cumpridos os seguintes requisitos: 
 Possuir idade mínima de 25 (vinte e cinco) anos; 
 Possuir ocupação lícita e residência certa; 
 Comprovar idoneidade por meio da apresentação de certidões 
negativas de antecedentes criminais, certidões negativas de distribuição 
de processos criminais e não estar "respondendo a inquérito policial"; 
 Apresentar capacidade técnica e aptidão psicológica para 
manuseio de arma de fogo, atestados por profissionais credenciados 
pela Polícia Federal; 
 Declarar efetiva necessidade; 
 Proceder ao pagamento da respectiva taxa. 
 A aquisição de armas de fogo em território nacional é permitida nas 
seguintes hipóteses, satisfeitas as exigências da lei: 
 
 
 
 
4 
 
Por Pessoas Físicas 
 Mediante declaração de efetiva necessidade nos termos do Art. 
4º. Apesar de a lei falar em declaração e não em comprovação, a 
Instrução normativa nº 23 de 2005 DG/PF fala em demonstrar fatos e 
circunstâncias na declaração de efetiva necessidade; 
 Pessoas autorizadas ao porte citadas no Art. 6º: embora não 
tenha havido a proibição do comércio de armas, nos termos do Art. 36, 
as entidades que mesmo com a proibição poderiam continuar a adquirir 
armas por certo que continuam a poder adquirir armas, como aliás 
ocorreu antes do referendo. O artigo fala em entidades, mas isso inclui 
as seguintes pessoas físicas: 
o Magistrados e membros do ministério público, por terem tal direito 
em lei própria, conforme o Art. 6º; 
o Integrantes das Forças Armadas, nos termos do regulamento da 
Lei (Decreto nº 5123 de 1º de julho de 2004), conforme o parágrafo 1º do 
próprio artigo 6º; 
o Integrantes das Polícias Federal, Rodoviária Federal, Civis e 
Militares, e dos Bombeiros Militares. Caso existisse a Polícia ferroviária 
Federal seus integrantes também poderiam portar armas. Nestes casos 
o porte é nos termos do regulamento; 
o Integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e 
dos Municípios com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, nas 
condições estabelecidas no regulamento desta Lei; 
o Integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 
50.000 (cinquenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, 
quando em serviço, nos termos do regulamento da Lei; 
o Os agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência e 
os agentes do Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança 
Institucional da Presidência da República, nos termos do regulamento da 
lei; 
o Integrantes das polícias legislativas da Câmara e do Senado 
Federal, nos termos do regulamento; 
 
 
 
5 
 
o Os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas 
prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as guardas 
portuárias, nos termos do parágrafo 1º B do próprio Artigo, integrantes 
das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-
Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário. 
Por Pessoas Jurídicas 
 A aquisição de arma de fogo é autorizada para as seguintes pessoas 
jurídicas: 
 Empresas de segurança privada e de transporte de valores 
constituídas, nos termos do Estatuto do desarmamento; 
 Tribunais do Poder Judiciário descritos no Art. 92 da Constituição 
Federal e os Ministérios Públicos da União e dos Estados, para uso 
exclusivo de servidores de seus quadros pessoais que efetivamente 
estejam no exercício de funções de segurança, na forma de regulamento 
a ser emitido pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho 
Nacional do Ministério Público – CNMP; 
 As Forças Armadas; 
 As Polícias Federal, Rodoviária Federal, Civis e Militares, e os 
Bombeiros; 
 Militares, caso existisse a Polícia Ferroviária Federal também 
poderia adquirir armas; 
 As guardas municipais de municípios com mais de 50.000 
(cinquenta mil) habitantes; 
 A Agência Brasileira de Inteligência e Departamento de 
Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da 
República; 
 As polícias legislativas da Câmara e do Senado Federal; 
 As guardas prisionais e portuárias; 
 A entidades de tiro e/ou de caça; 
 Colecionadores pessoas jurídicas: mesmo a lei falando apenas 
em colecionadores, sem especificar se estão incluídas pessoas 
 
 
6 
jurídicas, o Exército Brasileiro autoriza a aquisição de armas por 
pessoas jurídicas que sejam colecionadores; 
 Representações diplomáticas; 
 Lojas de armas. 
 
TEMA 2: PORTARIA N° 485/2015 – MJ 
 Publicada no DOU em 26/05/2015. Altera a Portaria nº 2.494, de 3 de 
setembro de 2004, do Ministério da Justiça, que trata da Comissão Consultiva 
para Assuntos de Segurança Privada, e o anexo da Portaria nº 1.546-MJ, do 
Ministério da Justiça, que trata do regimento interno da Comissão Consultivapara Assuntos de Segurança Privada. 
 Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada 
(CCASP): é o órgão colegiado de natureza deliberativa e consultiva, presidido 
pelo Diretor-Executivo do Departamento de Polícia Federal, composto por 
representantes de entidades das classes patronal e laboral que atuam na 
segurança privada, bem como por representantes de órgãos públicos que 
atuam em atividades correlatas. 
Portaria nº 001/2009 - D Log – Exército Brasileiro 
 Autoriza a aquisição diretamente no fabricante de armamento e munição 
não-letais para as atividades de segurança privada, praticada por empresas 
especializadas ou por aquelas que possuem serviço orgânico de segurança: 
 Máscara contra gases lacrimogêneos (OC ou CS) e fumígenos; 
 Lançador de munição não-letal no calibre 12; 
 Arma de choque elétrico (“air taser”); 
 Espargidor (spray) de gás pimenta; 
 Granadas lacrimogêneas (OC ou CS) e fumígenas; 
 Munições lacrimogêneas (OC ou CS) e fumígenas. 
 
 
 
 
7 
Portaria nº 191/06 – MTE 
 De acordo com a Portaria nº 191, de 04 de dezembro de 2006, todos os 
vigilantes que trabalham portando arma de fogo têm direito ao uso do colete à 
prova de balas, como equipamento de proteção individual (EPI). 
 Esta Portaria altera a Norma Regulamentadora nº 06, do Ministério do 
Trabalho e Emprego, incluindo o subitem E2, no anexo 1 desta norma. 
 As obrigações de aquisição, fornecimento e uso deste equipamento para 
todos os vigilantes ficaram estipuladas na proporção de 10% a cada semestre, 
totalizando 5 anos, contados da publicação da portaria. 
 
TEMA 3: EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) 
 Considera-se Equipamento de Proteção Individual todo dispositivo ou 
produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de 
riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. 
 Todos os vigilantes que portam arma de fogo devem ter este 
equipamento de proteção individual. 
 Circulares CGCSP/DPF 
 Circular é a formula pela qual as autoridades superiores transmitem 
ordens uniformes a funcionários subordinados. Veicula regras de caráter 
concreto, ainda que geral, por abranger uma categoria de subalternos 
encarregados de determinadas atividades. 
Despachos CGCSP/DPF 
 O despacho é uma decisão final ou intermediária de autoridades sobre a 
matéria submetida à sua apreciação. No âmbito da administração, o despacho 
pode ser: 
 Terminativo ou definitivo (também há quem o nomine de 
decisório): aquele que dá solução ao que foi submetido à autoridade e 
põe termo à questão; 
 
 
8 
 De mero expediente ou ordinatório – aquele que apenas dá 
andamento ao documento; 
 Interlocutório – aquele que, sem resolver terminantemente a 
questão, transfere-a à autoridade hierarquicamente superior ou à de 
outra unidade da repartição. O despacho também pode ser saneador, no 
sentido de ser aquele que resolve as falhas porventura encontradas no 
procedimento. Em alguns casos, o despacho é composto apenas de 
uma ou duas palavras: Encaminhe-se; Aprovo; Autorizo; De acordo, etc. 
 No caso da segurança privada, a Polícia Federal emite despachos 
determinando que determinadas condutas em leis do segmento sejam 
tomadas. 
 
NA PRÁTICA 
 Muito importante é o uso do colete à prova de balas que foi colocado 
como EPI, ou seja, faz parte do equipamento de proteção do vigilante. O seu 
uso é obrigatório e caso o vigilante se negue a usá-lo pode ser dada justa 
causa ao mesmo. A empresa precisa estar atenta ao prazo de validade do 
colete, assim como cuidar da higienização. As mulheres possuem colete 
especial em função dos seios e devem solicitar que lhes sejam dados coletes 
específicos. 
 
SÍNTESE 
 Vimos como o Estatuto do desarmamento afetou o segmento de 
segurança privada, a portaria n° 485/2015 da DPF que dispõe sobre as 
Comissões consultivas, a Portaria n° 001/2009 do Exército que trata da 
aquisição diretamente no fabricante de armamento e munição não-letais para 
as atividades de segurança privada, a Portaria n° 191/2006 do MTE que trata 
do uso do colete à prova de balas, como equipamento de proteção individual 
(EPI), e as circulares e despachos da DPF. 
 
 
 
 
9 
 
 
REFERÊNCIAS 
LEI no 10.826, de 22 de dezembro de 2003. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.826.htm>. Acesso em: 23 
jan. 2017. 
PORTARIA MTE/SIT/DSST nº 191, de 04 de dezembro de 2006 - DOU de 
06/12/2006. Disponível em: 
<http://sislex.previdencia.gov.br/paginas/63/MTE/2006/191.htm>. Acesso em: 
23 jan. 2017. 
PORTARIA nº 001 - D Log, de 05 de janeiro de 2009. Disponível em: 
<https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ca
d=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjT2b7hjefQAhVCDJAKHWtiD4EQFggaMAA&url=
http%3A%2F%2Fwww.dfpc.eb.mil.br%2Findex.php%2Fpublicacoes%2Fcatego
ry%2F31-nao-letais%3Fdownload%3D68%3Aportaria-n-01-dlog-05-de-janeiro-
de-2009-armas-e-municoes-nao-
letais&usg=AFQjCNHBRLKwjX6NNzSMqGS0JbBXdyzs4A&sig2=JHO6I9Tjobjt
oPcbj1LVsg>. Acesso em: 23 jan. 2017. 
PORTARIA nº 485, de 25 de maio de 2015. Disponível em: 
<http://www.lex.com.br/legis_26824232_PORTARIA_N_485_DE_25_DE_MAIO
_DE_2015.aspx>. Acesso em: 23 jan. 2017.

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